Você está na página 1de 15

República de Angola

Repartição Municipal de Educação do Kilamba Kiaxi


Complexo Escolar Privado A Colina do Saber

TRABALHO DE BIOLOGIA

O CORAÇÃO

Grupo nº 01

 Ano Letivo: 2022-2023


 Classe:8ª
 Sala:10
 Turno: Tarde
 Turma: Única

Docente
_________________________________
Complexo Escolar Privado
A Colina do Saber

O CORAÇÃO

 Integrantes:

Nº Nome Completo Classificação


01 Alfocinal Abel
02 Celma da Conceição
03 Daniel Nascimento
04 Arleth Nzinga
05 Edna André
06 Diavita Pedro
07 Debora João
08 Ermelinda João
09 Claudia Maria
10 Afonso Kanza
11 Cristiano Miguel
12 Beatriz Afonso
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................1
I. HISTÓRIA..........................................................................................................2
 Da Antiguidade à Idade Média................................................................2
 Idade Moderna........................................................................................2
II. CONCEITO SOBRE O CORAÇÃO.................................................................4
2.1. Sistema cardiovascular..............................................................................5
 Circulação sistémica e circulação pulmonar...........................................5
 Localização e morfologia do coração......................................................5
2.2. Anatomia e válvulas do coração................................................................6
2.3. Estrutura e camadas do coração...............................................................7
Pericárdio.......................................................................................................7
Endocárdio.....................................................................................................7
Miocárdio........................................................................................................7
2.4. Qual a função do coração?........................................................................8
2.5. Batimentos cardíacos.................................................................................8
2.5.1. Estrutura do músculo cardíaco............................................................8
 Inervação.................................................................................................9
2.5.2. Pressão arterial.......................................................................................9
III. APENDÍCE....................................................................................................10
CONCLUSÃO.....................................................................................................11
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS.................................................................12
INTRODUÇÃO

O coração humano é um órgão muscular oco que representa a parte


central do sistema circulatório. Ele mede cerca de 12 cm de comprimento e 9
cm de largura. Pesa, em média, de 250 a 300 g nos adultos. O coração
humano localiza-se na parte central da caixa torácica, pouco inclinado para a
esquerda. Situa-se entre os pulmões e atrás dele encontram-se o esôfago e a
artéria aorta.

1|Página
I. HISTÓRIA
 Da Antiguidade à Idade Média

Desde a Antiguidade que o ser humano conhece a existência do


coração, embora a sua função e anatomia não fossem totalmente
compreendidas. As primeiras sociedades viam o coração de forma
essencialmente religiosa. Os gregos antigos foram os primeiros na
Antiguidade a tentar compreender o coração de forma científica. Aristóteles
acreditava que a função do coração era produzir sangue e Platão considerava
que o sangue em circulação tinha origem no coração. Hipócrates observou
que o sangue circulava ciclicamente do corpo para os pulmões através do
coração. O anatomista Erasístrato, que descobriu as válvulas cardíacas,
observou também que o coração atuava como uma bomba e que fazia dilatar
os vasos sanguíneos. Descobriu ainda que tanto as artérias como as veias
irradiavam a partir do coração, tornando-se progressivamente mais estreitas à
medida que se afastavam do órgão. No entanto, acreditava que continham ar, e
não sangue.

No século II, o médico grego Cláudio Galeno foi o primeiro a distinguir


o sangue venoso (vermelho escuro) do arterial (mais claro e menos espesso) e
concluiu que cada um teria diferentes funções. No entanto, acreditava que o
sangue arterial era criado a partir do sangue venoso ao passar por poros entre
os ventrículos, onde receberia ar dos pulmões através da artéria pulmonar. Ao
observar que o coração era o órgão mais quente do corpo, sugeriu que seria o
órgão responsável pelo calor corporal.

Galeno acreditava também que não era o coração que bombeava o


sangue, apenas que o sugava durante a diástole, e que o sangue fluía movido
pela pulsação das próprias artérias. As propostas de Galeno só seriam
questionadas cerca de um milénio mais tarde. A primeira descrição da
circulação coronária e pulmonar foram publicadas pelo médico árabe Ibn al-
Nafis na obra Comentário sobre o Cânone da Medicina de Avicena, editada em
1242. Al-Nafis observou que o sangue passava pela circulação pulmonar, e
não entre os ventrículos, como acreditava Galeno. A publicação foi mais tarde
traduzida para latim por Andrea Alpago.

 Idade Moderna

No início da Idade Moderna, a comunidade académica na Europa


continuava a ser dominada pelas ideias de Galeno, as quais foram adotadas
como cânone pela própria Igreja. Em 1543, Andreas Vesalius publicou a obra
De Humani Corporis Fabrica, na qual questionava algumas das crenças de
Galeno sobre o coração. No entanto, esta obra foi considerada uma afronta à
autoridade e sujeita a uma série de ataques na época. Em 1553, Miguel
Servet defendeu em Christianismi Restitutio que o sangue passa de um lado
do coração para o outro por meio dos pulmões. Um dos grandes avanços na
compreensão da corrente sanguínea no coração e no corpo aconteceu com a
publicação em 1628 da obra De Motu Cordis pelo médico inglês William

2|Página
Harvey. O livro de Harvey descreve de forma precisa a circulação sistémica e
a força mecânica do coração, tendo tornado obsoletas as doutrinas de Galeno.

O primeiro transplante de coração bem sucedido foi realizado em 1967


pelo cirurgião sul-africano Christiaan Barnard. Este evento é considerado um
marco importante na cirurgia cardíaca, tendo chamado à atenção não só da
comunidade científica, mas de todo o mundo. No entanto, nos primeiros anos
de transplantes a sobrevivência a longo prazo dos pacientes era muito baixa. A
primeira pessoa a receber um transplante, morreu decorridos apenas 18 dias
da operação e outros pacientes não sobreviviam mais do que algumas
semanas. Nos anos seguintes as técnicas de transplante foram
significativamente melhoradas, graças ao trabalho pioneiro dos cirurgiões
Norman Shumway, Richard Lower, Vladimir Demikhov e Adrian
Kantrowitz. À data de março de 2000, tinham já sido realizados em todo o
mundo cerca de 55 000 transplantes de coração.

Em meados do século XX, as doenças cardiovasculares


ultrapassaram pela primeira vez as doenças infecciosas como principal causa
de morte nos Estados Unidos e são hoje a principal causa de morte em todo o
mundo. Desde 1948 que o Estudo de Framinghan tem vindo a descobrir a
influência no coração de vários fatores, entre os quais a dieta, exercício físico e
medicamentos comuns como a aspirina. Embora o aparecimento no mercado
de vários inibidores da enzima de conversão da angiotensina e de
betabloqueadores tenha melhorado significativamente o tratamento da
insuficiência cardíaca crónica, a doença continua a representar enormes
encargos médicos e sociais.

3|Página
II. CONCEITO SOBRE O CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular presente nos humanos e em outros


animais que bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos do sistema
circulatório. O sangue fornece ao corpo oxigénio e nutrientes e ajuda a
eliminar resíduos metabólicos. Nos humanos, o coração situa-se na
cavidade torácica entre os pulmões, num espaço denominado mediastino.

O coração humano divide-se em quatro cavidades. Na parte superior


situam-se as aurículas direita e esquerda e, na parte inferior, os ventrículos
direito e esquerdo. É comum designar o conjunto da aurícula e do ventrículo
direitos por "coração direito" e o conjunto equivalente do lado esquerdo por
"coração esquerdo". Num coração saudável, as válvulas cardíacas fazem com
que o sangue dentro do coração flua em sentido único, impedindo o seu
refluxo. O coração é envolvido pelo pericárdio, uma membrana protetora em
forma de saco que contém uma pequena quantidade de líquido. A parede do
coração é constituída por três camadas: o epicárdio, o miocárdio e o
endocárdio. O coração dos restantes mamíferos e das aves apresenta
igualmente quatro cavidades. O coração dos peixes apresenta apenas duas
cavidades, uma aurícula e um ventrículo, enquanto o dos répteis apresenta três
cavidades.

O coração bombeia sangue ao ritmo determinado por um grupo de


células marca-passo situadas no nódulo sinoatrial. Estas células produzem
uma corrente elétrica que percorre o nódulo atrioventricular e o sistema de
condução elétrica do coração, provocando a sua contração a um ritmo
regular. O coração recebe o sangue pobre em oxigénio da circulação
sistémica, que entra na aurícula direita pelas veias cava superior e inferior e
daí passa para o ventrículo direito. Do ventrículo direito o sangue é bombeado
para a circulação pulmonar, onde liberta dióxido de carbono e recebe
oxigénio.

O sangue oxigenado regressa então à aurícula esquerda e daí passa


para o ventrículo esquerdo, onde é bombeado para a artéria aorta, entrando
novamente na circulação sistémica. Em repouso, o coração bate a um ritmo de
aproximadamente 72 batimentos por minuto. O exercício físico aumenta
temporariamente o ritmo cardíaco, embora a longo prazo contribua para
diminuir o ritmo em repouso e seja benéfico para a saúde do coração.

As doenças cardiovasculares foram a causa de morte mais comum em


todo o mundo em 2008, sendo responsáveis por 30% dos óbitos. Mais de três
quartos dessas mortes foram causadas pela doença arterial coronária e por
acidentes vasculares cerebrais. Os fatores de risco incluem fumar, ter
excesso de peso, falta de exercício físico, colesterol elevado, hipertensão
arterial e diabetes descontrolada, entre outros.

As doenças cardiovasculares muitas vezes não apresentam sintomas ou


podem causar dor no peito ou falta de ar. O diagnóstico baseia-se geralmente
na avaliação do historial médico, na auscultação dos sons cardíacos com
um estetoscópio e na realização de exames como o eletrocardiograma ou

4|Página
ecografia. Os especialistas que se focam nas doenças do coração
denominam-se cardiologistas, embora o tratamento possa envolver diversas
especialidades médicas.

2.1. Sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular, ou sistema circulatório, é constituído pelo


coração e pelos vasos sanguíneos. O coração, embora seja um órgão único,
pode ser descrito como um conjunto de duas bombas que fazem circular o
sangue de forma contínua em dois circuitos: a circulação sistémica e a
circulação pulmonar. Os vasos sanguíneos transportam o sangue rico em
oxigénio e nutrientes para todas as células do corpo.

 Circulação sistémica e circulação pulmonar

O coração atua de forma semelhante a uma bomba hidráulica, fazendo


com que o sangue circule no sistema cardiovascular de forma contínua. O
sistema cardiovascular divide-se em dois circuitos distintos: a circulação
pulmonar, que transporta o sangue para os pulmões onde se dão as trocas
gasosas, e a circulação sistémica, que fornece sangue a todos os órgãos do
corpo, incluindo aos pulmões e ao próprio coração.

O coração esquerdo irriga a circulação sistémica, bombeando sangue


arterial rico em oxigénio para a maior artéria do corpo, a artéria aorta. A aorta
ramifica-se em inúmeras artérias que levam o sangue a todas as células do
corpo. Nas células, o sangue liberta oxigénio e nutrientes e recolhe dióxido de
carbono e outros resíduos metabólicos. O sangue venoso, pobre em
oxigénio, regressa ao coração pelas veias.

O coração direito irriga a circulação pulmonar. A aurícula direita recebe o


sangue venoso da circulação sistémica, pobre em oxigénio. Daí passa para o
ventrículo direito, onde é bombeado para a artéria pulmonar e entra na
circulação pulmonar. Nos pulmões, o sangue liberta o dióxido de carbono e
recebe o oxigénio inalado pelo sistema respiratório. O sangue rico em
oxigénio regressa então ao coração esquerdo pelas veias pulmonares. Entra
pela aurícula esquerda e daí passa para o ventrículo esquerdo, onde é
novamente bombeado para a circulação sistémica, repetindo-se o ciclo. As
válvulas cardíacas fazem com que o sangue flua em sentido único e ajudam a
manter a pressão necessária.

 Localização e morfologia do coração

O coração humano situa-se no mediastino médio, um espaço na caixa


torácica entre os pulmões. Pesa em média entre 250 e 350 gramas e tem o
tamanho aproximado de um punho cerrado.

O coração humano situa-se na caixa torácica, no espaço do mediastino


médio à altura das vértebras dorsais T5 a T8. É envolvido por um saco com
duas membranas denominado pericárdio, que o une ao mediastino. A

5|Página
superfície posterior do coração encontra-se adjacente à coluna vertebral e a
superfície anterior encontra-se adjacente ao osso esterno e às costelas. A
parte superior do coração é o nó de ligação de vários vasos sanguíneos de
grande dimensão: a veia cava, a artéria aorta e a artéria pulmonar. A parte
superior do coração situa-se à altura da terceira cartilagem costal. O vértice
inferior do coração, o ápice cardíaco, situa-se à esquerda do esterno, a
aproximadamente 8–9 cm da linha médio-esternal, entre a união das quarta e
quinta vértebras, perto da articulação com as respetivas cartilagens costais.

O coração tem forma cónica, estando a base orientada para a parte


superior do corpo e o ápice para a parte inferior. A massa de um coração
adulto é de 250 a 350 gramas. O coração é geralmente do tamanho de um
punho cerrado, medindo em média 12 cm de comprimento, 8 cm de largura e 6
cm de espessura. No entanto, os atletas de competição podem apresentar
corações de tamanho muito maior devido ao efeito do exercício físico no
músculo cardíaco, de forma semelhante à resposta no músculo esquelético.

Grande parte do volume do coração está ligeiramente orientado para o


lado esquerdo do tórax, embora muito raramente possa estar orientada para o
lado direito. A percepção de se encontrar no lado esquerdo é ainda ampliada
pelo facto do coração esquerdo ser a parte maior e mais forte, dado que tem a
função de bombear o sangue para todo o corpo. Como o coração se situa entre
os pulmões, o pulmão esquerdo é ligeiramente menor que o pulmão direito e
apresenta uma forma que permite encaixar o coração.

2.2. Anatomia e válvulas do coração

O coração humano divide-se internamente em quatro cavidades:

 Dois átrios: Cavidades superiores por onde o sangue chega ao


coração;
 Dois ventrículos: Cavidades inferiores por onde o sangue sai do
coração.

O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o átrio esquerdo


comunica-se com o ventrículo esquerdo.

6|Página
Entre os átrios e os ventrículos existem válvulas que regulam o fluxo do
sangue e impedem seu refluxo, ou seja, o retorno do sangue dos ventrículos
para os átrios. São as chamadas válvulas atrioventricular direita e a válvula
atrioventricular esquerda.

Por muito tempo, as válvulas atrioventriculares eram denominadas


tricúspide (direita) e bicúspide ou mitral (esquerda).

2.3. Estrutura e camadas do coração

A parede cardíaca é formada por três túnicas: pericárdio, endocárdio e


miocárdio.

Pericárdio

O pericárdio é a membrana serosa que envolve o coração. Ele é


formado por dois tipos de membranas com diferentes constituições:

 Pericárdio parietal ou fibroso: Camada externa formada por uma


camada de feixes de colágenos.
 Pericárdio visceral ou seroso: Camada interna formada por uma
membrana serosa.

O pericárdio possui a função protetora e auxilia o coração a manter-se


na posição correta.

Endocárdio

O endocárdio é a membrana fina e lisa que reveste internamente as


cavidades do coração. É formado por células endoteliais achatadas, dispostas
em uma única camada.

Miocárdio

O miocárdio é a camada média e mais espessa do coração. É formado


por tecido muscular estriado e responsável pelas contrações do coração. Essa
condição permite que o coração possa realizar a sua função propulsora do
sangue.
7|Página
2.4. Qual a função do coração?

A função primordial do coração é bombear sangue para todo o corpo.

Para isso, ele funciona como uma bomba dupla, o seu lado esquerdo
bombeia sangue oxigenado (arterial) para diversas partes do corpo. Enquanto
isso, o lado direito bombeia sangue venoso para os pulmões.

2.5. Batimentos cardíacos

O coração funciona impulsionando o sangue através de dois movimentos:

 Sístole: Movimento de contração, em que o sangue é bombeado para o


corpo;
 Diástole: Movimento de relaxamento, em que o coração se enche de
sangue.

Quando ficam cheios de sangue, os átrios se contraem (sístole), as


válvulas se abrem e o sangue é bombeado para os ventrículos que estão
relaxados (diástole).

Em seguida, os ventrículos se contraem (sístole) e pressionam o sangue


para os vasos. Nesse momento, os átrios em diástole se enchem de sangue.
Esse conjunto de movimentos é denominado de ciclo cardíaco.

O barulho que ouvimos dos batimentos cardíacos corresponde ao


movimento das válvulas, que acontece de modo ritmado.

 Em uma pessoa adulta em repouso o coração bate cerca de 70 vezes


por minuto;
 Em uma criança o coração bate normalmente cerca de 120 vezes por
minuto;
 Em um bebê o coração bate normalmente 130 vezes por minuto.

2.5.1. Estrutura do músculo cardíaco

Existem dois tipos de células no músculo cardíaco: os cardiomiócitos,


células musculares com a capacidade de se contraírem facilmente, e as
células marca-passo do sistema condutor. As células musculares constituem
a maioria (99%) das células nas aurículas e nos ventrículos. Estas células
contrácteis estão ligadas por discos intercalares que possibilitam uma
resposta rápida aos impulsos do potencial de ação cardíaco das células
marca-passo.

Os discos intercalares fazem com que as células atuem como sincícios


e possibilitam as contrações que bombeiam o sangue através do coração e
para as principais artérias do corpo. As células marca-passo correspondem a
1% das células e constituem o sistema de condução elétrica do coração. São
geralmente muito menores que as células contractéis e possuem poucas
miofibrilhas, o que limita a sua capacidade de contração. Em muitos aspetos,
8|Página
a sua função é semelhante à dos neurónios. O músculo cardíaco possui auto-
ritmicidade, a capacidade de iniciar um potencial de ação cardíaco a um ritmo
fixo, propagando rapidamente o impulso elétrico de modo a contrair todo o
coração.

 Inervação

Embora o coração possua o seu próprio sistema excitatório, também é


irrigado por nervos do sistema nervoso simpático e parassimpático. Estes
nervos não ativam o batimento cardíaco, mas são capazes de influenciar o seu
ritmo e força de contração.

O coração recebe sinais nervosos do nervo vago e de nervos no


tronco simpático. Estes nervos atuam para influenciar, e não controlar, o ritmo
cardíaco. Os nervos simpáticos também influenciam a força da contração
cardíaca. Os sinais que são transmitidos por estes nervos têm origem em dois
centros cardiovasculares no bulbo raquidiano. O nervo vago do sistema
nervoso parassimpático atua para diminuir o ritmo cardíaco, enquanto os
nervos do tronco simpático atuam para aumentar o ritmo cardíaco. Estes
nervos formam uma rede nervosa em redor do coração denominada plexo
cardíaco

O aumento da pressão sanguínea na aurícula direita ou na veia cava


desencadeia o reflexo de Bainbridge, que aumenta o ritmo cardíaco. Os
quimiorrecetores presentes no corpo carótido ou adjacentes à aorta são
sensíveis aos níveis de oxigénio e dióxido de carbono no sangue, sendo
ativados quando os níveis gasosos se encontram reduzidos.

2.5.2. Pressão arterial

Cada vez que os ventrículos se contraem, eles impulsionam o sangue


para as artérias.

À medida que é bombeado, o sangue faz pressão sobre as paredes dos


vasos sanguíneos que se expande e se contrai. Essa pulsação é chamada de
pressão ou pulso arterial, através da qual pode-se verificar a frequência dos
batimentos cardíacos.

A hipertensão ocorre quando a pressão atinge valores elevados e


permanece assim por longo período. Em geral não provoca sintomas, mas
aumenta o risco de derrame (acidente vascular cerebral), ataque cardíaco e
outros problemas do sistema cardiovascular.

9|Página
III. APENDÍCE

Durante a gravidez, o desenvolvimento do coração tem início com a


formação de dois tubos endocardíacos no embrião por volta da terceira
semana de gestação. Estes tubos fundem-se, formando um tubo cardíaco
primitivo denominado coração tubular. Entre a terceira e quarta semana de
gestação, o coração tubular aumenta de comprimento e começa-se a dobrar
em forma de "S" no pericárdio, dando ao coração desenvolvido o alinhamento
correto. Por volta do mesma altura começam-se a formar os septos e as
válvulas e as cavidades começam a tomar forma. Por volta do fim da quinta
semana, está concluída a formação dos septos. Na nona semana está
concluída a formação das cavidades.

O coração embrionário começa a bater cerca de 22 dias após a


fecundação, a um ritmo aproximado do da mãe (75–80 bpm). O ritmo aumenta
progressivamente até atingir um máximo de 165–185 bpm por volta da sétima
semana de gestação. Após a nona semana, quando se dá o início da fase
fetal, o ritmo diminui progressivamente até cerca de 145 (±25) bpm no
momento do parto. Antes do nascimento, não existem diferenças de ritmo
cardíaco entre os sexos.

Até à quinta semana forma-se no coração fetal um orifício denominado


forame oval. Este orifício permite ao sangue passar diretamente da aurícula
direita para a aurícula esquerda, desviando-o dos pulmões. Segundos após o
parto, este orifício é fechado por uma membrana de tecido denominada septo
primário, que até esse momento funcionava como válvula, dando assim início
ao padrão de circulação de sangue regular

10 | P á g i n a
CONCLUSÃO

Concluímos em dizer que: A função do coração é bombear sangue para


todo o corpo. Do seu lado esquerdo, o coração bombeia sangue oxigenado
(arterial) para todos os órgãos e outras partes do corpo. O lado direito bombeia
sangue venoso para os pulmões.

O coração humano localiza-se na parte central da caixa torácica, pouco


inclinado para a esquerda. Situa-se entre os pulmões e atrás dele encontram-
se o esôfago e a artéria aorta.

11 | P á g i n a
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o

https://www.todamateria.com.br/coracao/

Taber, Clarence Wilbur; Venes, Donald (2009). Taber's cyclopedic medical


dictionary. [S.l.]: F. A. Davis Co. pp. 1018–23. ISBN 0-8036-1559-0
 Guyton & Hall 2011, p. 157.

 Moore, Keith L.; Dalley, Arthur F.; Agur, Anne M. R. «1». Clinically Oriented
Anatomy. [S.l.]: Wolters Kluwel Health/Lippincott Williams & Wilkins. pp. 127–
73. ISBN 978-1-60547-652-0

Starr, Cecie; Evers, Christine; Starr, Lisa (2 de janeiro de 2009). Biology: Today
and Tomorrow With Physiology. [S.l.]: Cengage Learning. p. 422. ISBN 978-0-
495-56157-6

Hall, John (2011). Guyton and Hall textbook of medical physiology 12th ed.
Philadelphia, Pa.: Saunders/Elsevier. ISBN 978-1-4160-4574-8

Longo, Dan; Fauci, Anthony; Kasper, Dennis; Hauser, Stephen; Jameson, J.;
Loscalzo, Joseph (11 de agosto de 2011). Harrison's Principles of Internal
Medicine 18 ed. [S.l.]: McGraw-Hill Professional. ISBN 978-0-07-174889-6

Saladin, Kenneth (2016). Human Anatomy 5 ed. [S.l.]: McGraw Hill. ISBN 978-
0073403700

Susan Standring; Neil R. Borley; et al., eds. (2008). Gray's anatomy : the
anatomical basis of clinical practice 40th ed. London: Churchill Livingstone.
ISBN 978-0-8089-2371-8

Lana Magalhães
Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos
Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em
Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.

12 | P á g i n a

Você também pode gostar