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PROTOCOLO

MEDIDAS DE
PRECAUÇÃO PARA
PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES
RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À
SAÚDE
POP.SVSSP.008
V.3

CAJAZEIRAS-2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO BANDEIRA DE MELLO

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1. SUMÁRIO
2. SIGLAS E CONCEITOS ................................................................................................................3
3. OBJETIVO .................................................................................................................................3
4. JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................................3
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO ................................................................................4
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ............................................................4
6.1. Precauções padrão ...........................................................................................................4
6.2. Precauções para gotículas.................................................................................................5
6.3. Precauções para aerossóis ................................................................................................6
6.4. Precauções de contato......................................................................................................7
6.5. Precauções especiais para Covid-19 .................................................................................9
6.6. Exemplos de precauções .................................................................................................10
6.7. Precauções para microorganismos multirresistentes .....................................................12
6.8. Culturas de vigilância ......................................................................................................13
6.9. Higienização do ambiente...............................................................................................13
7. FLUXOGRAMA ........................................................................................................................13
8. MONITORAMENTO ................................................................................................................14
9. REFERÊNCIAS..........................................................................................................................14
10. HISTÓRICO DE REVISÃO .........................................................................................................15
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2. SIGLAS E CONCEITOS

CDC – Center for Disease Control and Prevention


EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
HUJB – Hospital Universitário Júlio Bandeira
IRAS – Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
MR - Multirresistente

As medidas de precaução fazem parte das normas de biossegurança e consistem


em atitudes que devem ser tomadas por todos trabalhadores de saúde no ambiente da assistência
com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos, principalmente
veiculados por gotículas, aerossóis, sangue, fluidos corpóreos através do contato direto ou
indireto.

3. OBJETIVO

Padronizar o processo e aplicação de medidas de precaução no Hospital


Universitário Júlio Bandeira (HUJB).

4. JUSTIFICATIVA

Os profissionais de saúde estão diariamente expostos a diversas doenças


infectocontagiosas passíveis de serem transmitidas pelo contato com sangue e outras secreções
corporais de pacientes que nem sempre possuem uma doença clinicamente manifesta.
Apesar das vias de disseminação de infecção hospitalar não terem mudado, novas
situações tornaram seu controle mais problemático. As características dos hospitais mudaram. Os
pacientes são acometidos por doenças mais graves, medicações imunossupressoras são
amplamente utilizadas, procedimentos invasivos são cada vez mais comuns, novas variedades de
microorganismos são responsáveis por infecções hospitalares, bactérias isoladas estão se
tornando mais resistentes às terapias antimicrobianas padrão, os pacientes estão agrupados em
unidades especializadas, e um grande efetivo de profissionais de saúde está envolvido nos
cuidados diretos com o paciente.
Diante disso, evidenciou-se a necessidade de adotar uma diretriz, com
recomendações padronizadas para prevenir a ocorrência das Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde - IRAS. Portanto, o Center for Disease Control and Prevention (CDC) adotou um conjunto
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de medidas de controle de infecção hospitalar baseadas em duas categorias de precauções, que


são: as Precauções Padrão e as Precauções Específicas.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO

A adoção de medidas de precaução na prática assistencial tem sido recomendada


para o cuidado a todo e qualquer paciente independente do conhecimento de seu diagnóstico, ou
seja, todo e qualquer paciente atendido deve ser considerado como potencialmente portador de
uma doença infectocontagiosa transmissível pelo sangue e/ou fluidos corpóreos. A
implementação e adesão às precauções padrão constituem a estratégia primária para evitar a
transmissão de micro-organismos entre pacientes e profissionais.

6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

6.1. Precauções padrão


São medidas de proteção adotadas por todos os profissionais em relação a todos os
pacientes que visam evitar qualquer tipo de contato com sangue e fluidos corpóreos. Englobam as
seguintes condutas:
 Higienização das mãos
Os profissionais devem realizar higienização das mãos conforme estabelecido no
PROT.SVSSP.005 – Higienização das Mãos, observando os 5 momentos para esta prática durante a
assistência.
 Luvas
Devem ser usadas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções,
membranas mucosas ou itens e superfícies contaminadas. Calçar imediatamente antes do contato
com o paciente, trocá-las entre procedimentos e retirá-las logo após o uso, higienizando as mãos
em seguida.
 Avental
Deve-se usar avental limpo, não necessariamente estéril, para proteger roupas e
superfícies corporais sempre que houver possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos
corporais e sangue. Proceder com a retirada do avental o mais rápido possível higienizando as
mãos, em seguida.
 Óculos e máscaras
Usar máscara e óculos para a proteção da mucosa dos olhos, nariz e boca durante
procedimentos e atividades no atendimento aos pacientes que tragam risco de contaminação.
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 Materiais/insumos perfurocortantes
O profissional deve manter cuidado com o uso, manipulação e descarte de agulhas,
bisturis e outros materiais perfurocortantes. Não retirar agulhas usadas das seringas descartáveis,
não dobrá-las e nunca reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em caixas
apropriadas e resistentes destinadas para este fim. Seguir adequadamente as orientações para
montagem e preenchimento destes recipientes, não ultrapassando o limite indicado.

Figura 1. Precauções padrão

6.2. Precauções para gotículas


São medidas de proteção adotadas para reduzir o risco de
transmissão/contaminação de doenças por meio de gotículas que englobam:
 Higienização das mãos
Os profissionais devem realizar higienização das mãos conforme estabelecido no
PROT.SVSSP.005 – Higienização das Mãos, observando os 5 momentos para esta prática durante a
assistência.
 Máscara cirúrgica
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É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de transmissibilidade de


cada doença, e para todas as pessoas que entrarem no quarto. O transporte do paciente deve ser
limitado ao mínimo possível e, quando impossível, o paciente deve usar máscara cirúrgica.
 Quarto privativo
O paciente deve ser internado em quarto privativo obrigatório ou comum para o
mesmo microrganismo, mantendo a porta fechada e a distância mínima de 1 metro entre os
leitos.

Figura 2. Precauções para gotículas

6.3. Precauções para aerossóis


São medidas que devem ser adotadas com o objetivo de reduzir o risco de
transmissão de doenças por aerossóis que envolvem:
 Higienização das mãos
Os profissionais devem realizar higienização das mãos conforme estabelecido no
PROT.SVSSP.005 – Higienização das Mãos, observando os 5 momentos para esta prática durante a
assistência.
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 Máscara
É obrigatório o uso de máscara tipo N95 (possui capacidade de filtrar partículas <
3µm de diâmetro), por todo profissional que prestar assistência ou realizar procedimento a
pacientes com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas por aerossóis. Deverá ser
colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída do mesmo.
O paciente deve utilizar máscara do tipo cirúrgica quando for transportado.
 Quarto privativo
O paciente deve ser internado em quarto privativo obrigatório, com porta fechada;
idealmente, o quarto deverá dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de
ar por hora, com o uso de filtro HEPA.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser
internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microorganismo.
Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir
o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.

Figura 3. Precauções para aerossóis

6.4. Precauções de contato


São as medidas utilizadas na prevenção da disseminação de doenças e infecções de
transmissão por meio de contato direto ou indireto, assim como, em casos de suspeita ou
confirmação de doença ou colonização por microrganismos multirresistentes. Os pacientes com
precauções de contato devem ter seu prontuário identificado como “PRECAUÇÕES DE CONTATO”,
assim como em evolução médica e de enfermagem e porta de acesso aos leitos.
São medidas de precauções de contato:
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 Higienização das mãos


Os profissionais devem realizar higienização das mãos conforme estabelecido no
PROT.SVSSP.005 – Higienização das Mãos, observando os 5 momentos para esta prática durante a
assistência.
 Quarto privativo
O paciente deve ser internado em quarto privativo. Quando não for possível,
interna-lo em um quarto com paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo
mantendo a distância entre leitos de um metro.
O transporte do paciente para fora do quarto deve ser limitado ao mínimo
necessário assegurando que as precauções sejam mantidas para diminuir o risco de transmissão
de microrganismos para outros pacientes e a contaminação de superfícies ambientais ou
equipamentos.
Equipamentos de cuidado ao paciente, como estetoscópio, termômetro, devem ser
usados de forma exclusiva para um único paciente.
O profissional deve assegurar que as mãos não toquem as superfícies ambientais ou
itens do quarto do paciente para evitar infecção cruzada para outros pacientes e ambientes.
 Utilização de EPI
O profissional deve fazer uso de luvas, avental e máscara durante toda manipulação
do paciente, de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento ventilatório e de outras
superfícies próximas ao leito. Devem ser colocados imediatamente antes do contato com o
paciente ou as superfícies e retirá-los logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. As luvas
devem ser trocadas após contato com material infectante e devem ser retiradas após o uso, antes
de deixar o ambiente procedendo com a higienização das mãos com antisséptico.
O avental limpo deve ser usado antes de entrar no quarto, quando se prevê um
contato substancial com o paciente (incontinente, diarreico, com ileostomia, colostomia ou
drenagem de ferida não contida por curativo), com superfícies ambientais ou itens do quarto. O
avental deve ser retirado antes de deixar o quarto.
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Figura 4. Precauções de contato

6.5. Precauções especiais para Covid-19


Seguir recomendações do POP de Paramentação e Desparamentação do HUJB
disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132097/4926566/POP.SOST.001+-
+PARAMENTA%C3%87%C3%83O+E+DESPARAMENTAC%C3%83O+%28COVID-19%29.pdf/fbfaad3f-
1913-4970-b668-f00f4f42cd4f.
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Figura 5. Precauções especiais Covid-19

6.6. Exemplos de precauções


A Tabela 1 apresenta exemplos de precauções de acordo com as indicações e sua
duração.

INDICAÇÕES PRECAUÇÃO
TIPO DURAÇÃO
Celulite Padrão ---

Dengue Padrão ---

Mononucleose Padrão ---

Salmonelose Padrão ---

Caxumba Gotículas Até 9 dias após o início do edema

Coqueluche Gotículas Até 5 dias após o início da terapia


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Pneumonia pneumocócica Gotículas 24 horas após terapia

Influenza H1N1/Covid-19 Contato e Durante internamento de acordo com


Gotículas* orientações da CCIH
Meningite meningocócica e Gotículas 24 horas após terapia
por Hemophilus influenza
Sepse meningocócica Gotículas 24 horas após terapia

Difteria Gotículas Até completar antibioticoterapia e


cultura negativa
Rubéola Gotículas Até 7 dias após o início do exantema

Infecção por estreptococo Gotículas 24 horas após tratamento


grupo A (faringite, pneumonia
e escarlatina) em crianças
Varicela Contato e aerossóis Até que as lesões estejam em fase de
crosta
Sarampo Aerossóis Durante o internamento

Tuberculose Aerossóis Enquanto tiver escarro positivo

Herpes zoster disseminado Contato e aerossóis Até que as lesões estejam em fase de
crosta
Enterocolite (Clostridium Contato Durante o internamento
difficile)
Escabiose Contato 24 horas após terapia

Impetigo Contato 24 horas após terapia

Pediculose Contato 24 horas após terapia

Estafilococcia Contato Durante o internamento

Herpes simples mucocutâneo Contato Durante o internamento

Infecções por microrganismos Contato Durante o internamento


multirresistentes
Tabela 1 – Exemplos de precauções de acordo com as indicações e sua duração
*Procedimentos potencialmente geradores de aerossóis (citados abaixo) ou que manipularem secreções biológicas de
pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de SRAG, COVID-19, Influenza H1N1 devem utilizar a máscara PFF2
(equivalente a N95). Procedimentos que podem gerar aerossóis: Intubação/extubação ou aspiração traqueal;
Ventilação não invasiva (dispositivo bolsa –válvula –mascara, VNI, cateter de alto fluxo); Ressuscitação
cardiopulmonar; Ventilação manual; Indução de escarro; Coletas de amostras nasotraqueais e nasobrônquicos;
Broncoscopias; Nebulização; Coleta de SWAB oronasal.
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6.7. Precauções para microorganismos multirresistentes


A resistência microbiana é um fenômeno mundial, que ocorre de forma natural, na
qual os microrganismos vem desenvolvendo resistência a maior parte dos antimicrobianos que
eram indicados para o seu tratamento.
As bactérias são consideradas multirresistentes (MR) observando critérios
epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Um microrganismo MR também pode ser introduzido no
ambiente hospitalar através da admissão de um novo paciente colonizado e/ou infectado,
proveniente da comunidade ou, mais frequentemente, proveniente de outra instituição.
A identificação precoce dos pacientes colonizados e/ou infectados por MR é
primordial para evitar a disseminação destes agentes. Quando há suspeita de colonização e/ou
infecção por MR, devem ser instituídas de imediato, barreiras de precauções. Segue abaixo a lista
de microorganismos MR que devem ser isolados, se encontrados em: swabs, urina em pacientes
com incontinência urinária ou uso de fraldas, aspirado traqueal em pacientes intubados ou
traqueostomizados.
Não há indicação de isolamento de pacientes fundamentado apenas em resultado
de hemoculturas. Situações não contidas neste documento serão avaliadas pela CCIH. Não há
indicação de uso de avental para acompanhantes ou visitantes. Para estes, utilizar luvas, se
necessário, e higienização das mãos antes e após o contato com o paciente.
Tabela 2 – Exemplos de microorganismos multirresistentes

GRAM NEGATIVOS ANTIMICROBIANOS RESISTENTES

Enterobactérias - carbapenens (imipenem, meropenem ou


Klebsiella spp., E. coli, Proteus mirabilis ertapenem) E cefalosporinas de 3ª ou 4ª
Citrobacter spp., Enterobacter spp., Serratia geração
spp., Providencia spp., Morganella spp. p. ex.

Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. - carbapenens (imipenem, meropenem ou


ertapenem)

Burkolderia spp. e Stenotrophomonas spp. - Todos são considerados naturalmente MR,


independente de antibiograma

Salmonella e Shigella - quinolonas

GRAM POSITIVO ANTIMICROBIANOS RESISTENTES

Staphylococcus aureus - vancomicina

Staphylococcus coagulase negativa - vancomicina


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Enterococcus spp. (E. faecalis e E. faecium) - vancomicina

Streptococcus pneumoniae - penicilina ou cefotaxima ou levofloxacina

Clostridium difficile naturalmente MR, independente antibiograma

6.8. Culturas de vigilância


Culturas de vigilância são as culturas coletadas no momento da admissão,
independente da suspeita de infecção, o mais rápido possível, de pacientes com risco de estarem
colonizados por microorganismos MR.
 Quando coletar?
Pacientes provenientes de outra instituição de saúde que tenham permanecido na
mesma, por mais de 24 horas;
Pacientes provenientes de asilos e home care;
Pacientes que tenham usado antimicrobiano nos últimos 90 dias;
Pacientes com internação hospitalar nos últimos 90 dias.
 O que coletar?
Urocultura em pacientes com sondagem vesical;
Aspirado traqueal em pacientes com tubo orotraqueal ou traqueostomia;
Swab retal e nasal;
Fragmento de tecido em caso de lesões por pressão ou infecção em sítio cirúrgico.
Obs: Hemocultura não é considerada, de rotina, cultura de vigilância.
 Pacientes que coletaram culturas de vigilância devem permanecer sob
isolamento e precauções de contato até que se tenha o resultado negativo das mesmas.
 Cabe somente a CCIH a retirada dos pacientes em isolamento na instituição.

6.9. Higienização do ambiente


A higienização do ambiente deve acontecer de acordo com o protocolo
normatizado no HUJB.

7. FLUXOGRAMA

Não se aplica.
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8. MONITORAMENTO

O monitoramento será realizado pelos membros executores da CCIH e pelas


técnicas em enfermagem do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente nas visitas às
unidades de internamento.

9. REFERÊNCIAS

ANVISA. Nota Técnica nº 04/2020 GVIMS/GGTES/ANVISA BRASIL. Orientações para serviços de


saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos
casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona vírus (covid-19). Atualizada em
09/09/2021.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes
Biológicos para Trabalhadores de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária –Brasília:
Anvisa, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). POP. Equipamento
de proteção individual e segurança no trabalho para profissionais de saúde da APS no
atendimento às pessoas com suspeita ou infecção pelo novo corona vírus (Covid-19) Disponível
em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/30/20200330-POP-EPI-ver002-
Final.pdf. Acesso em 14 abr. de 2020.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Precauções padrão, de contato, para gotículas e
aerossóis. Brasília: ANVISA. 2014. Disponível em
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/precaucoes-
padrao-de-contato-para-goticulas-e-para-aerossois.

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Procedimento


Operacional Padrão - Medidas de precaução para prevenção de infecção hospitalar.
POP/CCIH/005/2015. João Pessoa: Hospital Universitário Lauro Wanderley. 2015.

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Protocolo de


precauções de contato para micro-organismos multirresistentes da MEAC. PRO.SCIH.004.
Fortaleza: Maternidade Escola Assis Chateaubriand. 2016.
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Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Plano de contingência


de infecção humana pelo novo coronavírus –covid-19do Hospital Universitário Júlio Bandeira –
HUJB/UFCG. Jan. 2022. Disponível em: Plano Contingência COVID-19 Ebserh VERSÃO 2022 (4).pdf
— Ebserh (www.gov.br).

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. POP.HUJB.001.


Hospital Universitário Júlio Bandeira -Utilização de respirador tipo PFF2 (equivalente a N95).
Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132097/4926566/POP.HUJB.001+-
+UTILIZA%C3%87%C3%83O+DE+RESPIRADOR+TIPO+PFF2+%28EQUIVALENTE+A+N95%29+V.2+09.
04.pdf/ef84bca9-2c08-426a-b5b7-cb34d6b32333. Acesso em 20 mai. de 2020.

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. POP.UVS.001.


Unidade de Vigilância em Saúde do HU-UFPI –Paramentação e desparamentacão no
atendimento à pacientes com suspeita/confirmação de covid-19. Disponível em:
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132097/4926566/POP.SOST.001+-
+PARAMENTA%C3%87%C3%83O+E+DESPARAMENTAC%C3%83O+%28COVID-19%29.pdf/fbfaad3f-
1913-4970-b668-f00f4f42cd4f. Acesso em 20 mai. de 2020.

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.


PRT.SVSSP.005.Hospital Universitário Júlio Bandeira –Protocolo de higienização das mãos.
Disponível em:
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132097/4926566/PRT+SVSSP+005+Higieniza%C3%A7%C
3%A3o+das+m%C3%A3os.pdf/95fa4b35-f929-46b7-a44f-4573401ccad8. Acesso em 20 mai. de
2020.

10. HISTÓRICO DE REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
Trata dos procedimentos de medidas de precaução para prevenção
1 20/02/2019
de infecções relacionadas à assistência à saúde
Realizado Adequação quanto a Norma Operacional de Elaboração
de Documentos da Ebserh.
Alterado os seguintes itens: Siglas e Conceitos; Justificativa;
2 20/05/2020 Critérios de Inclusão e Exclusão; Atribuições, Competências e
Responsabilidades; Precauções Específicas; Exemplos de
Precauções; Precauções por microorganismos multirresistentes;
Culturas de vigilância; Fluxograma; Monitoramento; Referências
Alterado os seguintes itens: Siglas e Conceitos; Justificativa;
3 15/07/2022
Atribuições, Competências e Responsabilidades; Referências.
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Elaboração
Cícero Emanoel Alves Leite – Chefe do Setor de Vigilância em Saúde Data: 20/02/2019
e Segurança do Paciente
Revisão e Validação
Patrícia Lopes Oliveira – Enfermeira do Setor de Vigilância em Saúde Data: 20/05/2020
e Segurança do Paciente e CCIH
Andressa Pedroza Pereira – Enfermeira/Chefe do Setor de Vigilância Data: 13/07/2022
em Saúde e Segurança do Paciente Conforme Processo SEI Nº 23771.003106/2020-91
Aprovação
Cícero Emanoel Alves Leite – Chefe do Setor de Vigilância em Saúde Data: 29/05/2020
e Segurança do Paciente e CCIH Data: 14/09/2022
José Dilbery Oliveira da Silva – Gerente Substituto Atenção à Saúde Conforme Processo SEI Nº 23771.003106/2020-91

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