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Lição 10:

A Solicitude da Vida
TEXTO ÁUREO
“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de
amanhã, porque o dia de amanhã cuidará
de si mesmo. Basta a cada dia o seu
mal.” Mateus 6.34
VERDADE APLICADA
Um viver com qualidade glorifica a Deus e inclui
confiança em Nosso Pai Celestial e priorizar o Reino
de Deus e a Sua justiça.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que confiar em Deus é a arma contra a
ansiedade.
Destacar o cuidado de Deus para com os Seus.
Apresentar como podemos vencer a ansiedade.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 6
25- Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber;
nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a
vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o
vestido?
26- Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam,
nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27- E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,
acrescentar um côvado à sua estatura?
1- Combatendo a ansiedade
2– A ansiedade para nada é proveitosa
3– Vencendo a ansiedade
INTRODUÇÃO
Mais uma vez o conselho divino nos instrui a
confiarmos em Deus, pois Ele nos ama e é
poderoso para provê tudo o que necessitamos.
Nesta parte do Sermão da Montanha o Senhor
trata da preocupação excessiva com as coisas
materiais [Mt 6.25].
1- COMBATENDO A ANSIEDADE
O alvo principal dos princípios ensinados por
Jesus Cristo é mostrar que a ansiedade é
desnecessária e que não devemos permitir que
o afã do dia de amanhã desequilibre a
estrutura de nossas vidas.
1.1. Não andeis ansiosos.
Antes de falar de ansiedade, precisamos entender corretamente o
que Jesus está proibindo ou não neste parágrafo. A ideia central dos
princípios ensinados por Ele diz respeito a não vivermos distraídos,
pois quando a mente humana vive em duplicidade, ela procura
seguir em duas direções ao mesmo tempo, resultando em confusão
e certa dose de sofrimento. A mente começa a admitir o
pensamento interior de que a vida consiste apenas em comer,
beber e vestir-se. Esse é o tipo de atitude daquele que serve
a Mamom e não de um discípulo de Cristo [Pv 14.12; Mt 6.24-25].
Jesus não está proibindo a prudência que faz provisão para o futuro,
está proibindo o afã, o angustiar-se pelo amanhã antes de saber o
que ele produzirá. O termo usado aqui é o grego “merimnan”, que
significa preocupar-se ansiosamente.
1.2. A vida é mais que o mantimento.
Champlin diz que a vida deve incluir desejos e interesses que não
abranjam apenas as coisas físicas. Esta vida deve ser orientada pelos
princípios espirituais do Reino de Deus e deve levar em conta o
verdadeiro destino e utilização da vida humana [Rm 14.17]. Ao
afirmar que a vida é mais que o mantimento, Jesus não exige a
absoluta abstenção de uma e a exclusiva busca da outra. Ele está
desafiando Seus seguidores a decidir o que terá o lugar mais alto
em seus corações: comida, bebida e vestimenta ou a justiça do
governo do céu [Mt 5.6; 6.33]. Mesmo animais, como as aves, não
são vencidos pela ansiedade, cabe ao homem, como criatura feita à
imagem do Criador, ter a obrigação de aprender a confiar e
depender de Deus, que o criou, assim como as demais criaturas.
1.3. Olhai para as aves do céu.
Jesus nos apresenta aqui mais um importantíssimo princípio: o
Pai cuida de Suas criaturas. Ele se utiliza das aves do céu para
nos falar acerca do cuidado que o Pai tem com a nossa
alimentação. As aves não produzem, não cuidam da terra, nem
guardam em celeiros como nós, mas recebem gratuitamente o
alimento que necessitam. Jesus não está ordenando que
fiquemos esperando cair do céu a nossa provisão, não está
encorajando a preguiça, nem falando contra nos esforçarmos
em trabalhar para suprir as necessidades da vida [2Ts 3.10]. Ele
ensina que não devemos viver ansiosos. As aves não ficam
ansiosas pelo amanhã [Mt 6.26a]. A aves são criaturas, nós
somos filhos. Aqui está toda a diferença [Mt 6.26b].
2- A ANSIEDADE PARA NADA É PROVEITOSA
O único efeito que a ansiedade pode produzir em nossas
vidas é torná-la inoperante e negativa. Devemos confiar
em Deus, pois se Ele provê para o que é passageiro,
como não proverá para o que é eterno? O Deus que nos
deu a vida, também promete sustentá-la enquanto
vivermos.
2.1. A vida não permite acréscimos.
De maneira muito convincente, Jesus afirma que mesmo com
todos os cuidados que venhamos ter com a vida, ela em nada
pode ser acrescentada porque o plano de Deus é inalterável [Mt
6.27; Lc 12.26]. A medida de um côvado equivale a cerca de
meio metro, e é usualmente utilizada como unidade para
distância, não para tempo. Em linguagem popular o exemplo
teria a conotação de “esticar” a vida um pouco mais. Eis o
motivo pelo qual Jesus diz que não devemos ficar ansiosos,
porque a ansiedade não é fecunda, nada acrescenta, não
produz resultados positivos [Lc 10.41].
2.2. A ansiedade é cega.
Pessoas ansiosas são incapazes de enxergar as lições que
a própria natureza oferece. Ao falar acerca da
preocupação com aquilo que devemos vestir, Jesus
apresenta os lírios e a erva do campo, em comparação
com o vestuário humano [Mt 6.27-28]. O Senhor veste as
flores com tão rara beleza que está além da capacidade
humana imitar, como não cuidará de Seus filhos amados?
O Senhor nosso Deus dispensa tanto cuidado, sabedoria e
tempo a uma pequenina flor quanto às grandes coisas de
Sua criação [Sl 55.22].
2.3. A ansiedade é incrédula.
Ao dizer que Seus discípulos são homens de “pequena fé” [Mt
6.30], Jesus aponta uma deficiência na fé, não sua ausência, e
segue propondo um argumento fundamental contra a
ansiedade. A ansiedade, diz Ele, é característica dos pagãos e
não de quem conhece a Deus tal qual Ele é [Mt 6.32]. A
ansiedade por parte de um súdito do Reino é inadequada, pois
desonra seu Pai Celestial. Tal desconfiança é compreensível em
um pagão, que acredita em deuses egoístas, caprichosos e
imprevisíveis, porém não se pode aceitar nos que aprenderam a
chamar a Deus de Pai. Deve haver uma diferença entre os
discípulos do reino e os pagãos.
3- VENCENDO A ANSIEDADE
Jesus falou acerca de importantes princípios com os
quais podemos eliminar a preocupação de nossas
vidas. O Senhor conhece as nossas necessidades,
ordena que priorizemos Seu Reino e vivamos bem
a cada dia.
3.1. O Pai conhece as nossas necessidades.
Esse é um princípio importantíssimo para nossas vidas, pois se
Deus sabe de tudo o que necessitamos, não existem motivos
para um viver ansioso de nossa parte [Mt 6.32b]. É possível que
um pai natural e terreno, mesmo tendo conhecimento das
necessidades de seus filhos, não os sustente, mas Deus jamais
faria isso. Em toda a Escritura somos ensinados acerca da
bondade e fidelidade de nosso Pai Celestial [Sl 34.8; 113.5].
Nele podemos esperar confiantes. O Deus Todo-Poderoso,
Criador, age com justiça e retidão para com Suas criaturas; por
ser sábio, conhece perfeitamente do que necessitamos; e, por
ser totalmente bom e poderoso, provê essas coisas aos que nEle
confiam e esperam [2Sm 22.31; Sl 125.1].
3.2. Estabelecendo prioridades.
Este deve ser o objetivo de cada cristão, buscar o Reino e não a glória
pessoal ou objetivos egoístas [Mt 6.33]. A questão referente a “sua
justiça” deve ser compreendida em relação ao modo de vida justo
proposto por todo o sermão. A aceitação da vontade divina e o
propósito de pô-la em ação em nossas vidas é a primeira maneira de
derrotar a preocupação. Sabemos muito bem, por nossa própria
experiência, como um grande amor pode eliminar de nossa mente
qualquer outro interesse e preocupação [Lc 16.13a]. Tal amor pode ser
capaz de inspirar o trabalho, intensificar o estudo, purificar a vida,
dominar a totalidade do ser. A convicção de Jesus é que quando Deus se
torna o poder dominante de nossas vidas, toda ansiedade desaparece.
3.3. Basta a cada dia o seu mal.
Nesse último princípio, Jesus nos afirma como a preocupação
pode ser derrotada, quando aprendemos a arte de viver um dia
de cada vez [Mt 6.34]. Jesus recomenda a cada filho seu que
enfrente cada dia sem preocupar-se com um amanhã que
poderá não acontecer [Pv 27.1]. Esta é a razão de nossos dias
terem apenas horas e não períodos maiores; seria doloroso
demais para nós lidarmos com tanta pressão. A vida cristã é
uma jornada diária, com suas lutas, derrotas e vitorias; não
existem reservas para o futuro. Da mesma forma que Jesus nos
ensina a orar pelo pão de cada dia e assim estar sempre na
dependência do Pai, também nos pede que vivamos a cada dia
em paz e confiança em Sua provisão [Sl 68.19].
CONCLUSÃO
A advertência contra a ansiedade não é uma
condenação da prevenção. Trata-se de não sermos
sobrecarregados com os problemas e as
dificuldades que ainda nos são desconhecidos. Em
todo o tempo devemos confiar no cuidado e na
provisão de Deus necessários para cada dia.

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