Você está na página 1de 14

Maturidade, alvo de todo cristão

“Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda


necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os
primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis
feito tais que necessitais de leite, e não de sólido
mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de
leite não está experimentado na palavra da justiça, porque
é menino.” (Hebreus 5:12,13)
A maturidade é uma chamada para todo cristão que vive as
fases que a Palavra diz que devemos viver. Chega um
momento no qual saímos do leite para o alimento sólido.
Não é prazer de Deus ver Seus filhos o tempo todo
engatinhando como bebês.
Deus quer que cada um tenha suas experiências,
amadureça e alcance o estágio de varão perfeito. “Até que
todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do
Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente.” (Efésios 4:13,14)
TEMPO DE CRESCER
Cada vez mais encontramos na sociedade pessoas com
dificuldades de crescer, de amadurecer. A falta de
maturidade impede essas pessoas de viverem os estágios
de vida, aprendendo as lições que cada um deve aprender.
Os dias são difíceis! Mesmo na Igreja, deparamo-nos com
a realidade de cristãos imaturos que deveriam ter avançado
mais, apesar de sabermos que vida com Deus não é
medida pelo tempo (mas deveria, não é verdade?!).
O resultado de tanta imaturidade tem feito com que os
filhos de Deus vivam de forma medíocre, muitas vezes,
sem usufruir as promessas que a Palavra tem para aqueles
que nasceram de novo.
Existe um texto, em Apocalipse 1:3, que diz: “Bem-
aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras
desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas; porque o tempo está próximo.” E o texto de II
Coríntios 3:6 diz: “O qual nos fez também capazes de ser
ministros de um novo testamento, não da letra, mas do
espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.”
Será que o povo de Deus não está sabendo fazer a leitura
correta da Palavra de Deus e das profecias nela contidas?
Será que as letras não estão sendo bem interpretadas e,
por isso, os valores têm sido deturpados?
Algo é certo: precisamos aprender a fazer leituras no
espírito, na alma e no corpo. A Bíblia chama de feliz aquele
que sabe ler as palavras da profecia. Saber ler, nesse
caso, é mais que abrir a Bíblia, fala de se deixar ser lido por
ela, ou seja, viver os seus princípios para receber o espírito
de sabedoria, alcançar maturidade e inteligência
emocional.
Na época em que vivemos, se não nos apegarmos à
Palavra e fizermos dela nosso Manual de Instrução, não
venceremos os dias maus, antes, seremos vencidos por
eles.
APRENDENDO COM AS EXPERIÊNCIAS DA VIDA
Há pessoas que não importa por quantos desertos tenham
passado, nunca aprendem a se render, a se dobrar. Elas
não entenderam que são trigo e não joio. Não é de se
admirar que Jesus mandou deixar que o joio crescesse no
meio do trigo para que não se arrancasse um pelo outro
(Mateus 13:24-30).
Cada experiência pela qual passamos na vida deve se
tornar para nós um aprendizado que nos leva a uma
conquista, seja ela espiritual, emocional ou física. Como
alcançaremos maturidade e sabedoria, bem como as
colocaremos em uso, se não for através do ensino –
aprendizagem?
Infelizmente, encontramos pessoas que só murmuram da
vida. Não sabem fazer leituras, como a Palavra diz e, por
isso, vivem infelizes, por não compreenderem que suas
conquistas dependem do que vão aprender com as
experiências da vida.
Se aprendêssemos a ver as provações e dificuldades,
como adversidades pelas quais Deus quer que passemos
para vencer, nossa mentalidade de ver tudo como punição
de Deus seria trocada, e galgaríamos mais êxito na nossa
jornada.
Eu creio que Deus usa as experiências da vida para nos
ensinar exatamente a lição que precisamos aprender.
Quando isso acontece, amadurecemos em todas as áreas.
Mas, nem todos se dispõem a aprender com os erros e
acertos. Lamentável!
Parece que nos esquecemos de que as lutas que
vencemos nos tornam mais fortes e mais preparados para
a vida. Verdade é que não é fácil passar pela prova, mas
também é preciso lembrar que esse é um privilégio apenas
para aqueles que nasceram de novo.
Precisamos mesmo é conhecer a Palavra de Deus que
diz: “Bem-aventurado é o homem que sofre a provação,
porque quando ele for aprovado, receberá a coroa da vida.”
(Tiago 1:12). Quando leio esse texto, fico refletindo sobre a
fidelidade de Deus e o Seu cuidado com a nossa vida. Em
momento algum, o Senhor fala em derrota, pelo contrário,
Ele diz que sofreremos a provação, mas quando formos
aprovados, receberemos a coroa da vida. Que Deus
Maravilhoso!
Quando aprendemos com as provações e somos
aprovados, crescemos no nosso caráter e agradamos o
coração do Pai.
Parte 2
Mais existe algo que devemos aprender, sobre como
recorrer ao Deus que tudo pode e a sermos cristãos
constantes e firmes. Afinal, como líderes, precisamos de
maturidade em todas as áreas da nossa vida.
RECORRENDO AO DEUS QUE TUDO PODE
“Elevo os meus olhos para os montes, de onde vem o meu
socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a
terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda
não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o
guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a
tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem
a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal;
guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua entrada e a
tua saída, desde agora e para sempre.” (Salmos 121)
Se queremos vencer, precisamos recorrer ao Deus que
tudo pode. O Salmo 121 é muito claro: nossos olhos devem
ser elevados a Deus, ou seja, nossa esperança não pode
estar em homens. Não é inteligente nem sinal de
maturidade esperar em pessoas falhas como nós. Claro
que Deus usará alguém para nos ajudar, para estender a
mão. Mas isso é com Ele. Quanto a nós, nossa esperança
deve ser o Senhor.
O problema é que quando chega a hora de enfrentarmos
os testes da vida e até mesmo enfrentarmos a nós
mesmos, vamos aos homens antes de irmos a Deus, antes
de colocarmos nossa fé nEle, crendo que, o mais, Ele fará.
Quando elevamos nossos olhos para o monte,
encontramos o socorro bem presente na hora da angústia.
E, por mais que as situações pareçam difíceis, e elas
podem ser, por mais que pareçam impossíveis de serem
vencidas, Deus sempre tem escape para os Seus, para
aqueles que confiam na Sua Palavra.
Recorrer ao Deus que tudo pode é estar convicto de que
Aquele que nos chamou não nos abandonará, antes,
cumprirá Suas promessas, porque é o Deus que nunca
falhará. Isso faz toda a diferença! Quando cremos em Deus
com todo o nosso coração e depositamos nEle toda a
nossa esperança, vencemos os desafios e nosso espírito
permanece inabalável.
Quem não conhece as verdades da Palavra, no momento
da dificuldade, não busca a Deus, abandona os territórios
que conquistou e não alcança as novidades que estão
preparadas do outro lado da terra. Estes nunca
contemplam a terra que mana leite e mel. Que pena!
Há filhos que não conhecem o Pai que têm, não sabem o
quanto Deus pode realizar em suas vidas e não descobrem
o potencial que receberam no dia em que aceitaram Jesus
como Senhor e Salvador de suas vidas. Por isso, na hora
da crise, são vencidos pelo desespero, e o sentimento que
nutrem é de abandono.
CONSTANTES E FIRMES
Em todo o tempo que passou na Terra, Jesus, além de
misericórdia, compaixão, amor e tantas virtudes que
demonstrou através das Suas atitudes, mostrou sempre
constância e firmeza em tudo que fazia.
Jesus lidava com o pecado com firmeza e fazia com o que
o pecador se arrependesse para levar uma vida de
constância na presença do Pai. Creio que constância e
firmeza são características de quem alcançou maturidade.
Creio também que essas características só são possíveis
na vida daqueles que decidem viver em intimidade
profunda com Deus.
Quem é constante e firme não vive cheio de dúvidas e
incertezas, vence a carne e não se deixa levar por qualquer
vento de doutrina, ou seja, não vive ‘pulando de galho em
galho’, ora se alimentando em um arraial, ora em outro.
Cristãos constantes e firmes vencem as crises, não cedem
diante da tempestade. E mesmo que a casa balance, eles
permanecem firmados na Rocha, Jesus, pois entenderam
que Deus é o seu escudo, a sua proteção. “E desceu a
chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e
combateram aquela casa, e não caiu, porque estava
edificada sobre a rocha.” (Mateus 7:25)
O mundo é carente de referenciais. Se, na Igreja, os
cristãos são fracos e volúveis, a quem vão recorrer?

Parte Final

SEGUIR A JESUS
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser
vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua
cruz, e siga-me.” (Mateus 16:24)
Seguir a Jesus é o que fazemos, certo?! Será?! Fica a cada
um de nós a resposta. Desejar seguir a Jesus não é o
mesmo que segui-lO.
Jesus é claro no convite. Há posturas exigidas para os
seguidores, posturas que são seguidas por aqueles que
valorizam a Cruz, que são maduros. Seguir a Jesus requer:
1. RENÚNCIA
Um dos melhores significados de renúncia que encontrei é
abandono voluntário. O convite de Jesus é para
abandonarmos o que não convém na caminhada com Ele.
Quando não renunciamos o nosso eu, a carne, nosso
comportamento não é condigno com a Palavra nem com a
vontade de Deus para nós. Facilmente nos esquecemos de
como deveríamos agir, em conformidade com a Bíblia, e,
em vez de causarmos transformação e mudança na vida
das pessoas, passamos uma imagem negativa de quem
somos, e o pior, de quem é Jesus.
Renunciar é deixar de viver pelo que achamos que é certo
para viver as certezas das verdades divinas em nós.
2. TOMAR A CRUZ
Tomar a Cruz é deixar Deus nos ensinar que precisamos
estar abertos ao tratamento, ao que Ele tem para nós. Essa
é uma caminhada árdua para ver realizado o que o Senhor
tem para fazer em nossas vidas e através de nossas vidas
em outros.
Se queremos avançar e continuar avançando e, acima de
tudo, ser fiéis a Jesus e aos comandos que estão em Sua
Palavra, precisamos tomar a Cruz. Ser maduro e inteligente
emocionalmente é tomar a Cruz para ver a mudança tão
esperada por nós e pela sociedade.
Quem não toma a Cruz fica apenas à margem, no impacto
do que uma vida com Cristo causa, mas não avança e não
dá resultados, pois até alcança uma vida melhorada, mas
nunca muda completamente, porque não abre mão do seu
eu, que só é possível através da renúncia.
3. VIVER NO CENTRO DA VONTADE DE DEUS
Viver no centro da vontade de Deus é reconhecer que
sempre necessitamos dEle para tudo.
Paulo disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não
mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo
na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou,
e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20)
Isso requer seguir a Jesus. É a chamada da Igreja que
nasceu para transformar a Terra na Pessoa do Messias.
Não é exigir das pessoas o que não somos, o que não
alcançamos, mas levar outros, radicalmente, a uma
mudança na história de vida.
É viver a essência de Deus em nós no falar, no olhar, no
agir, no pensar, no sentir, no caminhar... É saber que
diariamente Deus nos levará a experimentar de Suas
novidades.
Quando estamos no centro da vontade de Deus, ainda que
as pessoas nos olhem e queiram nos avaliar pelo nosso
passado, temos a firme convicção de que Deus nos avalia
pelo que somos e pelo que seremos, pois Ele vê o coração
e não o exterior.
Somente no centro da vontade de Deus, teremos o temor
de O buscarmos de todo o coração, procurando viver para
o louvor da Sua glória e ser uma resposta de bênção para
a sociedade desesperançada.
Andar em novidade de vida é para aqueles que decidiram
fazer a vontade de Deus, totalmente dependentes dEle,
cheios do Espírito Santo e da Sua unção. Estes, ao
chegarem ao Céu, apresentarão os milhares e centenas de
milhares de filhos na semelhança de Cristo Jesus.
Você é um desses! Eu creio!

BENÇÃO APOSTOLICA.
Que a graça do nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, o Bendito e glorioso amor de Deus, e as
divinas consolações do Espírito Santo, seja sobre a
tua casa, sobre a tua plantação, sobre a tu colheita,
sobre o teu emprego, sobre a tua empresa, sobre os
teus negócios, e em tudo que você fizer, em nome
do pai, do filho e do Espírito Santo, Amém!

LANÇANDO OS FILHOS PARA A MATURIDADE –


LUCIANO SUBIRÁ
DISCIPULADOFAMÍLIATESTEMUNHOS E
BIOGRAFIASVIDA CRISTÃ
06/05/2020

Os pais podem ajudar os filhos a alcançar maturidade mais


depressa, ou deixá-los acomodados e, consequentemente,
tardar o processo. Aliás, penso que a nova geração vive
um grande retrocesso. Como pastor há 25 anos, já
aconselhei muita gente. Um dos maiores problemas nos
casamentos da atualidade é o baixo nível de maturidade
emocional dos cônjuges. Infelizmente, há um expressivo
número de adultos que se comportam como verdadeiras
crianças mimadas.

Há uma mudança de mentalidade que a nova geração vem


desenvolvendo em relação à família. Recentemente,
perguntei a uma pessoa muito querida se ela planejava ter
mais filhos – já tinha um. A resposta foi imediata e
segura: “De jeito nenhum!”. Impressionado e curioso,
questionei a razão do não. Aquele pai, de pronto,
rebateu: “Porque é caro demais ter um filho”.

O que essa conversa revela? Um pai mesquinho, que não


quer gastar dinheiro com os filhos? Claro que não! É
justamente o oposto. A conversa aponta para um pai que,
por querer dar o melhor aos seus filhos, entende qual é o
seu limite orçamentário e não segue aumentando a
quantidade de filhos para não baixar o padrão do que ele
deseja oferecer. E isso possui um lado louvável. Contudo,
também destaca algo que me preocupa. Trata-se de uma
nova mentalidade e um novo modelo de criação familiar
que se distancia do modelo bíblico.

No padrão apresentado nas Escrituras, o aumento dos


filhos era visto como algo bom e possuía uma razão.
Observe:

Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu


galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os
filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua
aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os
inimigos à porta. Salmo 127.3-5
Primeiro, a Palavra de Deus compara os filhos a flechas.
Depois, declara: Feliz o homem que enche deles (os filhos
– flechas) a sua aljava . Qual era o motivo para tal
felicidade? A razão é que, como os filhos tornavam a
família maior, eles ajudavam o pai a enfrentar os inimigos
à porta!
.
Porém, hoje, qual é a razão da hesitação dos pais em
terem mais filhos? É a preocupação com os custos. O que
isso revela? Que os pais modernos já não pensam no que
os filhos podem fazer pela família: eles estão preocupados
somente com o que a família tem de fazer pelos filhos.

Antigamente, ninguém deixava de ter filhos pensando no


quanto isso custava. A mentalidade, em especial quando se
tirava o sustento da lavoura, sempre foi o contrário.
Quanto mais filhos alguém gerava, mais mão de obra para
produzir mantimento havia em casa. Tal mudança de
mentalidade produz também uma alteração na criação.

Os pais da atualidade não criam filhos para ajudar a


família, e sim para sugá-la, ainda que essa visão não fique
tão explícita. Dessa maneira, fortalecem,
inconscientemente, o egoísmo e poupam-os de processos
que amadurecem, os quais foram testados ao longo da
história – e demonstraram funcionar muito bem – , mas
são descartados em nossos dias.

Os filhos têm cada vez menos responsabilidades e cada


vez mais privilégios. Os direitos são bem maiores e
abundantes que os deveres. Qual o resultado? Uma
geração imatura que se sacrifica menos pela sua família e
exige constantemente seus direitos. Um dia desses,
alguém reclamou comigo: “Esta nova geração está cada
vez mais mimada!” Repliquei na hora: “E de quem é a
culpa? Quem foi que a mimou?” A pessoa permaneceu em
silêncio.

O fato é que pais reclamam dos filhos que eles mesmo


desvirtuaram. Por isso, precisamos repensar o modelo de
criação e a mentalidade que estamos promovendo. Não
me refiro a algo tão distante na história como os textos
bíblicos citados. Até a geração passada, as coisas ainda
seguiam nesse ritmo.

Permita-me dar mais um exemplo. Meus dois irmãos, o


mais velho e o mais novo, começaram a trabalhar aos 12
anos de idade . Eles empacotavam compras em um
supermercado e carregavam muitas caixas de produtos que
precisavam ser repostos nas prateleiras. Tentei evitar essa
tarefa e, até meus 14 anos, eu me virava fazendo meus
negócios informais. Às vezes, chegava a ganhar mais
dinheiro que eles. Sem contar que tinha mais tempo livre
para divertir-me do que meus irmãos. Eu me gabava da
minha liberdade e da minha “alma empreendedora”.

Isso durou até que, um dia, entrei em casa e vi meu pai


conversando com um amigo da família, Orlando Furlan.
Cumprimentei-o rapidamente e afastei-me quando meu pai
me chamou de volta e disse:

– Cumprimente direito seu novo chefe.


– Meu novo o quêêê? – perguntei.
– Seu novo chefe. Acabei de arrumar-lhe um emprego de
office boy, e você começa amanhã cedo – disse meu pai.
– Vou ganhar quanto? – questionei.
– Não interessa quanto você vai ganhar. O assunto já está
decidido – respondeu meu pai.
– Pai, você sabe que eu ganho mais dinheiro com meus
negócios informais do que ganharei nesse tipo de emprego
– retruquei.

A resposta dele foi uma verdadeira lição para mim:

– Não se trata apenas de dinheiro. Você tem de aprender a


ter responsabilidades, a cumprir horários e a saber
responder a um chefe.
Em outras palavras, ele estava dizendo: “Você tem de
aprender a ser homem!”.

Então, o jogo ficou mais duro.

– A partir de hoje, você não ficará mais com todo o


dinheiro que ganha. Vai dar o dízimo, tirar apenas uma
pequena parte para você e entregar o restante para ajudar
nas despesas de casa – ressaltou meu pai.

– Mas pai… você não precisa do meu dinheiro! – reclamei.

– Não preciso, mas você precisa aprender a contribuir em


casa – finalizou meu pai.

O que ele estava tentando ensinar-me? Ele ensinou me


que, em qualquer família, os filhos não devem apenas ser
servidos em casa, mas também devem servir; que os filhos
não devem ser as “sanguessugas” que estão surgindo nesta
nova geração; e que devem ser treinados para contribuir
em casa, servir à família e não ser egoístas.

Porém, com o modelo atual de criação que os poupa de


tudo – de tarefas domésticas a responsabilidades maiores,
criamos um problema maior do que podemos mensurar,
tanto para a funcionalidade das famílias que esses filhos
formarão, como para suas vidas espirituais.

A consequência da postura atual dos pais é nada menos


que filhos mimados que não entendem, nada aceitam,
tampouco desfrutam do resultado de processos necessários
à maturidade. Deus, como Pai – e modelo de paternidade a
ser seguido -, não nos poupa desses processos!

Você também pode gostar