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8 Argumentos para Você Estar


Ansioso Hoje (e a Resposta Bíblica)
15 DEZEMBRO, 2016  | Justin Taylor

Uma lição importante da vida cristã é que a essência da batalha é uma luta não
entre os mandamentos abstratos (faça isso! não faça isso!) mas entre os
argumentos. A incredulidade não só ordena como também oferece razões
pelas quais nós não precisamos confiar no Senhor. E para combater isso, a
credulidade marcada pelo evangelho discute com nossa incredulidade. Em
outras palavras, ela fornece razões pelas quais confiar no Senhor é sempre a
coisa boa e sensata a se fazer.

Aqui estão algumas notas sobre como isso pode funcionar com a tentação de
se preocupar e temer e de estar ansioso e inquieto, em vez de agir com uma fé
confiante, tranquila e alegre. Eu incluí o argumento da incredulidade, uma
passagem das Escrituras, e algumas observações sobre como o argumento
funciona.

1. A ansiedade vale a pena porque Deus está muito longe para ouvir as
minhas necessidades.

Filipenses 4.5,6: “Perto está o Senhor. [Portanto] não andeis ansiosos por coisa
alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus
pela oração e súplica com ações de graças;”

A verdade: “Perto está o Senhor”


O que é proibido, como resultado: “não andeis ansiosos por coisa alguma.”
A alternativa que é prescrita como resultado: “em tudo sejam os vossos
pedidos conhecidos diante de Deus [isto é, o Senhor que está perto para ouvir
e ajudar] pela oração e súplica com ações de graças.” 
2. A ansiedade vale a pena porque Deus não se importa comigo e eu preciso
superar esta etapa humilhante da vida.

1 Pedro 5.6,7: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a
seu tempo vos exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidado de vós.”

A verdade: Deus cuida de mim.


O comando: Eu devo me humilhar.
Como? Ao lançar todas as minhas ansiedades sobre ele.
Um corolário: Levar ao invés de lançar minhas ansiedades é uma expressão de
orgulho. 
3. A ansiedade vale a pena porque se meus problemas não forem resolvidos eu
posso morrer.

Mateus 6.25: “Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo
que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo
mais do que o vestuário?” 
Você ainda tem a vida eterna, mesmo que não tenha comida,
Você ainda terá um corpo glorificado, ainda que esteja fisicamente debilitado.
Mesmo que a sua luta termine em morte você não terá perdido as coisas mais
importantes; portanto, não gaste o seu tempo de estando ansioso pelas coisas
menores. 
4. A ansiedade vale a pena porque eu não tenho nenhuma evidência prática no
mundo que Deus me valoriza ou irá cuidar de mim. 

Mateus 6.26,28-30: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam,
nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito
mais do que elas? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai
para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos
digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada
no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?” 

Deus valoriza os pássaros e os lírios, os quais ele provê e adorna.


Deus me valoriza muito mais do que os pássaros e os lírios.
Portanto, como um argumento do menor para o maior, obviamente, ele ainda
será mais presente na provisão de todas as minhas necessidades. 
5. A ansiedade vale a pena pelo quanto ela ajuda a minha vida.

Mateus 6.27: “Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar
um côvado à sua estatura?” [Resposta: ninguém.]

A verdade: A ansiedade não pode acrescentar nem uma hora para a minha
vida.
Pressuposto: Eu não deveria gastar meu tempo em atividades inúteis que não
têm benefícios.
Resultado: Eu não deveria estar ansioso. 
6. A ansiedade vale a pena porque ninguém mais vai cuidar das minhas
necessidades.

Mateus 6.31,33: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer?
ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? Mas buscai
primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” 

A verdade: Deus sabe que tenho necessidade de comida, bebida, roupas.


A implicação: Quando Deus conhece a necessidade, ele ama os necessitados e
tem o prazer de ser o provedor para a necessidade
O resultado: Meu foco pode estar no reino e na justiça de Deus, sabendo que
minhas necessidades serão supridas. 
7. A ansiedade vale a pena; afinal de contas, todo mundo faz isso e parece
funcionar para eles.

Mateus 6.31,32: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer?
ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? {Pois a todas
estas coisas os gentios procuram.} Porque vosso Pai celestial sabe que
precisais de tudo isso.” 

A verdade: Os incrédulos estão ansiosos sobre como as suas necessidades vão


ser atendidas.
Pressuposto: Os cristãos não devem agir como descrentes.
Resultado: Nós não devemos estar ansiosos como o mundo está ansioso. 
8. A ansiedade vale a pena porque mais problemas virão para mim no futuro se
eu não me preocupar com eles agora.
Mateus 6.34: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de
amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”

Amanhã vai se virar muito bem sem a sua ajuda, mas obrigado mesmo assim.

Traduzido por Suzana Braga

Justin Taylor é vice-presidente sênior e editor de livros na Crossway e bloga


em Between Two Worlds. Você pode segui-lo no Twitter.

Como Unir Palavra e Música No


Louvor Comunitário
15 DEZEMBRO, 2016  | Walt Harrah

Quando eu era criança, o culto de domingo à noite não estaria completo se as


pessoas não pedissem, em voz alta, que tocassem seus hinos favoritos. Número
147! Número 269, só as estrofes um e três! Número 16, só o refrão! Não parecia
necessário estabelecer uma conexão, um tema. O hinário era o único
denominador comum.

Avance para frente (muitas décadas!) até os dias de hoje: um líder de louvor,
amigo meu, postou no Facebook sua lista de músicas para o culto. Não havia
qualquer razão aparente que explicasse o pensamento ou que dirigisse as
escolhas dele. É claro que, como amigo, eu deveria ter “curtido” a lista. Mas por
que, exatamente?

Antes de eu dar o “Curtir”, não ajudaria saber por que ele considerou aquelas
músicas apropriadas para a ocasião? Como essa lista particular de músicas foi
formada? Será que “batidas por minuto” se tornou um critério importante
demais? Ele levou o contexto em consideração? Não há como saber se essas
músicas se encaixam em algum propósito ou objetivo pastoral, ou se elas foram
escolhidas por acaso, com o desejo sincero de atingir algo.

Canções Com Data de Validade

Ao mesmo tempo, muitas canções populares hoje são tão descartáveis quanto
nossos celulares antigos. Elas tendem a cumprir sua carreira rapidamente, e a
maioria quase não é ouvida uns cinco anos depois.

Como líder de louvor e compositor, estou bem ciente da pressão de manter-me


atualizado em relação às últimas músicas. Mas é o mesmo tipo de pressão que
sinto por parte dos aficionados por tecnologia. É a pressão de estar por dentro
das últimas novidades. Atualmente, as canções vêm e vão. Como leite e
verduras, elas possuem uma data de validade, e saber qual é essa data tem se
tornado um dos desafios de líderes de louvor. Se eu escolhesse, para o culto,
canções como “Aclame ao Senhor”, ou “Grande é o Senhor” ou, Deus me livre,
“A alegria está no coração”, iria ter de justificar minhas escolhas!
Como foi que a chegada e partida de canções recebeu um poder tão grande
dentro da igreja, chegando, às vezes, até a excluir o foco na Bíblia e na oração?
Haveria maneiras de preencher nosso momento de louvor com o que é
atemporal, provendo, ao mesmo tempo, conexões mais claras com as diversas
partes do culto?

Engaje-se

Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”
(Mt 24.35). Isaías afirmou: “Seca-se a erva, e cai sua flor, mas a palavra de
nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8). Dada a relevância perpétua da
Palavra de Deus, não faz sentido unir o conteúdo das Escrituras com o poder
da música, fazendo as canções funcionarem como um “Amém!” à verdade da
Palavra de Deus?

Paulo valorizou a união de espírito e mente quando ele afirmou, em 1 Coríntios


14.15: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”. Quando as
Escrituras são seguidas pela música, ecoando e respondendo à verdade, tanto
nossa mente como nosso espírito se engajam.

O puritano Stephen Charnock argumentou o uso da mente no louvor da


seguinte forma:

“Não pode haver religião onde não há razão. Não pode haver o exercício da
religião onde não há um exercício de faculdades racionais. […] Todo louvor deve
ser para algum propósito — o louvor de Deus deve ser para Deus. É pelo
exercício de nossas faculdades racionais que podemos visar a um
objetivo.”(“The Existence and Attributes of God” [A existência e os atributos de
Deus], vol. 1. Baker, 1979, p. 425)

A Palavra de Deus faz muitas coisas, mas engajar a mente no louvor é um de


seus usos mais subestimados. A Escritura é viva e ativa. O mesmo não vale para
as canções. Enquanto elas são excelentes para estimular nossas emoções, a
Escritura nos dá a verdade que deve direcioná-las e canalizá-las. Deus nos deu
ambas graciosamente, e cada uma tem seu papel no louvor.

Um Exemplo

A canção “Quão Grande É o Meu Deus”, de Chris Tomlin, é uma das mais
influentes no louvor contemporâneo da última década. Sua abertura é de
grande ajuda para nos fazer imaginar a beleza da santidade — “Com o
esplendor de um rei, em majestade e luz” — e depois convida o mundo todo a
se unir no louvor — “Quão grande é o meu Deus”.

Essa canção maravilhosa pode se tornar ainda mais comovente se for


preenchida por uma verdade da Escritura. E se, por exemplo, a música fosse
introduzida com uma leitura responsiva de Salmos 145.1-13:

DIRIGENTE: Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei o teu nome para todo o
sempre. Todos os dias te bendirei e louvarei o teu nome para todo o sempre.

CONGREGAÇÃO: Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua


grandeza é insondável.

DIRIGENTE: Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os


teus poderosos feitos.

CONGREGAÇÃO: Meditarei no glorioso esplendor da tua majestade e nas tuas


maravilhas.
DIRIGENTE: Falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e contarei a tua
grandeza.

CONGREGAÇÃO: Divulgarão a memória de tua muita bondade e com júbilo


celebrarão a tua justiça.

DIRIGENTE: Benigno e misericordioso é o Senhor, tardio em irar-se e de grande


clemência.

CONGREGAÇÃO: O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias


permeiam todas as suas obras.

DIRIGENTE: Todas as tuas obras te renderão graças, Senhor; e os teus santos te


bendirão. Falarão da glória do teu reino e confessarão o teu poder, para que
aos filhos dos homens se façam notórios os teus poderosos feitos e a glória da
majestade do teu reino.

CONGREGAÇÃO: O teu reino é o de todos os séculos, e o teu domínio subsiste


por todas as gerações.

Então a música começa. A mente, engajada na grandeza da glória do Senhor,


está pronta para responder. E quando a canção do Chris começa a ser entoada,
o coração e a mente estão encorajados a se unir, produzindo o tipo de louvor
que João 4.23 nos diz que o Pai procura: em espírito e em verdade.

Músicas, como a moda, vão e vêm. Boas canções servem a igreja, mas, em
geral, causarão um efeito ainda maior quando forem combinadas com a leitura
pública das Escrituras. Essa estratégia requer, obviamente, diferentes
aplicações em diferentes contextos, mas possui muitos benefícios. Ela pode
direcionar nossas emoções para mais perto da verdade bíblica. Ela nos ajuda a
estruturar o fluxo do nosso culto. E pode ancorar nosso louvor naquilo que não
segue tendências, mas que, de fato, irá durar para sempre.

Traduzido por Daila Fanny

Walt Harrah é cantor, compositor, arranjador e produtor musical, e líder de


louvor. Graduado na USC Thornton Music School e no Fuller Theological
Seminary, ele produziu mais de mil canções para o ministério de rádio Haven of
Rest, e mais de 50 de suas canções foram gravadas pelas gravadoras
Maranatha Music e Integrity Music, pelo coral Brooklyn Tabernacle Choir, e
pelos cantores David Phelps e Glenn Campbell. Ele serve atualmente como
líder de louvor na Grace Evangelical Free Church em La Mirada, California,
EUA. 

Artes e Cultura

Quando o Poder das


Sagradas Escrituras
Encontra o Poder da
Música
15 DEZEMBRO, 2016  |  Caroline Cobb

Mais por Caroline Cobb


Canções da Escritura – Entrevista com Josh Garrels, Dustin Kensrue, Robbie Seay e Jenny & Tyler
Como Escrever Uma Canção Baseada nas Escrituras
6 Idéias para Escrever Canções a partir das Escrituras
“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos
mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e
cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” Colossenses 3:16

Há algo poderoso a respeito das Sagradas Escrituras.  A Bíblia, “inspirada”


pelo próprio Deus, é “viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer
espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito,
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do
coração” (2 Timóteo 3:16, Hebreus 4:12). A Palavra de Deus é conforto e
vida à alma cansada. É uma espada da verdade com a qual é possível
combater as mentiras do inimigo. É mais doce do que o mel e mais
desejável ​do que o ouro. Do início ao fim, ela conta a História da redenção
e da esperança para o mundo.  Por meio das Sagradas Escrituras, o Deus
do universo escolheu Se revelar a nós. E cada vez que a Palavra de Deus é
falada, lida, ou cantada, contemplamo-lo. Pense sobre isso!

Há também algo poderoso — quase misteriosamente assim — sobre a


música. Seu poder tem sido cientificamente comprovado, mas nós
realmente só temos de voltar para a experiência pessoal para perceber que
isso é verdade. As canções podem nos fazer chorar, fazer rir, fazer-nos
sentir alegria. Parece que meus dois filhos foram moldados para dançar,
bater palmas e gostar de canções como “Gangnam Style” e “Single Ladies”
desde que eles tinham 6 meses de idade (e desde então ouvimos essas
músicas mais e mais, então me ajude).  A música é comum e universal,
unindo-nos ao longo das barreiras culturais e até mesmo linguísticas.
Lembramo-nos de letras de músicas muito mais cedo do que nos
lembramos de prosa, linhas de filme e até mesmo dos nossos votos de
casamento. Sem percebermos, estamos sendo movidos, moldados e
mudados por música todos os dias.

Se essas duas coisas são verdadeiras, então é lógico que os compositores


da Igreja têm uma responsabilidade especial. Deveríamos estar escrevendo
canções que expõem o povo de Deus a mais e mais de Sua poderosa e
transformadora Palavra.

Claro, precisamos de canções de realidades do cotidiano sobre amor e fim


de relacionamentos, morte e sofrimento, casamento e filhos. Mas
precisamos também de compositores que se envolvem intencionalmente
com a Bíblia, perguntando-se: “Como posso com fidelidade e criatividade
contar essa história? Ensinar esta passagem? Lançar luz sobre esta parte
menos conhecida da Bíblia”?  Precisamos de canções que não são apenas
para crianças sobre Noé, Abraão e Davi.  Precisamos de canções que
exploram como Jesus se sentiu quando Ele estava indo para a cruz ou
como o povo de Deus se sentiu quando foi exilado para a Babilônia.
Precisamos de canções que contem as histórias que as pessoas não sabem:
uma música que investiga a confusão sangrenta que é Naum, uma canção
sobre os heróis desconhecidos de Atos e uma música que conta a história
completa de Sofonias (e não apenas a parte sobre Deus se deleitando em
nós com alegria em Sofonias 3:17).
Gostaríamos de ouvir de você: Quais são alguns artistas que combinam o
poder das Sagradas Escrituras com o poder da música muito bem? Quais
músicas específicas fazem isso muito bem?  Quais são algumas passagens
das Sagradas Escrituras ou histórias na Bíblia a partir das quais você
gostaria de ouvir mais músicas?

Traduzido por Raul Flores

Caroline Cobb é uma compositora nascida em Tyler, Texas. Ouça mais de


sua música em carolinecobb.com e a siga em @CaroCobbMusic.

Artes e Cultura

Como Escrever Uma


Canção Baseada nas
Escrituras
15 DEZEMBRO, 2016  |  Caroline Cobb
Mais por Caroline Cobb
Canções da Escritura – Entrevista com Josh Garrels, Dustin Kensrue, Robbie Seay e Jenny & Tyler
Quando o Poder das Sagradas Escrituras Encontra o Poder da Música
6 Idéias para Escrever Canções a partir das Escrituras
“O dever de cantar louvores a Deus parece ser constituído inteiramente
para estimular e expressar afeições religiosas. Não há outra razão pela qual
devamos nos expressar a Deus em verso, em vez de em prosa, e fazê-lo
com música, senão que tal é a nossa natureza e estrutura, que estas coisas
têm uma tendência de mover nossas afeições.” – Jonathan Edwards

“Uma música é um sermão do qual as pessoas se recordam. As pessoas


esquecem um sermão após algumas semanas. Elas se lembram de uma
música para sempre. Isso significa que se nós, enquanto líderes de louvor e
artistas cristãos, estamos desviando as pessoas com as nossas letras, eu
acredito que temos um grande fardo​​à nossa espera. As canções e a arte
têm poder, permanência e influência, especialmente no campo da teologia.
E provavelmente não é necessário dizer que o que influencia a teologia,
influencia tudo.” – Matt Papa

Salmo 108. Na parte I desta série sobre como escrever canções baseadas
nas Escrituras, nós exploramos o poder da música e poder da Escrituras, e
por que é importante que os compositores na Igreja escrevam canções que
exponham o povo de Deus a mais e mais de sua poderosa Palavra.  Mas
como exatamente um compositor deve escrever sobre a Bíblia?  A seguir,
explorarei três conceitos chaves que precisamos ter em mente enquanto
tentamos escrever músicas sobre a Bíblia: a nossa responsabilidade em
sermos fiéis ao texto, a importância de sermos criativos, e a nossa
necessidade de sermos comprometidos em escrever (e escrever muito!)
sobre as Escrituras.

1. Permaneça Fiel ao Texto –  Aborde o texto como um pregador o faria.


Não tenha medo de se debruçar em comentários e uma bíblia de estudo, e
de procurar o que as palavras significavam no original em grego ou
hebraico. Use o método de estudo indutivo, certificando-se de observar
uma passagem ou história antes de saltar à interpretação ou aplicação.
 Ore para que o Espírito Santo lhe dê discernimento e entendimento.  E
depois que uma canção estiver terminada, mostre-a ao seu pastor e aos
seus amigos. Lembre-se das advertências que a Bíblia dá àqueles que
ensinam, porque – quer você goste ou não – sua música ensinará algo.

2.   Permaneça Criativo – É importante lembrar que não estamos falando


aqui sobre músicas para memorizar as Escrituras.  Há licença criativa para
alterar um pouco o texto, e para usar a melodia que melhor serve ao
significado e ao sentimento da passagem.  Divirta-se com dispositivos
literários como metáfora, personificação, paradoxo, e até mesmo alegoria
(para uma lista grande de recursos literários, dê uma olhada neste post de
Bobby Gilles). Experimente um ponto de vista diferente.  Diga-a de uma
forma diferente ou nova, e considere utilizar a linguagem moderna ou
analogias.  Examine a “sensação” e o “humor” da passagem e, de acordo
com eles, estruture a sua melodia e a dinâmica da canção.  Quando você
estiver “observando” uma passagem, imagine-se como parte da cena
(quais aromas você sentiria, com o que ela pareceria, como você se
sentiria?) e escreva a partir dessa perspectiva.  Quando estiver escrevendo
sobre o Antigo Testamento, faça alusões criativas à forma como a história
ou passagem encontra o seu cumprimento em Cristo.  Quando estiver
escrevendo sobre o Novo Testamento, amarre-o ao Antigo.

3. Permaneça Comprometido –  Eu quero encorajá-lo fortemente a criar o


hábito de escrever canções baseadas nas Escrituras.  Em 2011, fiz um
propósito de escrever uma canção de cada livro da Bíblia em um ano, e
este foi um dos anos mais gratificantes e transformadores da minha vida.
 Talvez você possa se juntar a mim e escrever uma música sobre cada livro
da Bíblia em um ano ou dois anos.  Ou você pode estabelecer um objetivo
de escrever uma música de cada um dos livros do Pentateuco, ou para
cada um dos profetas menores.  Talvez você possa passar um mês
escrevendo uma música por semana sobre o Evangelho de Mateus.  As
possibilidades são infinitas.  Talvez alguns de vocês possam até ser
chamados para a liderança na área de composição de letras baseadas nas
Escrituras, da mesma forma que Kevin Twit do grupo Indelible Grace (e
muitos outros) têm liderado, e continua a catalisar e construir, o
movimento de releitura de hinos antigos.

Quando você realmente pensa sobre isso, a Bíblia é o sonho de um


compositor.  Ela está cheia de histórias incríveis e ricas metáforas, e
linguagem interessante para fazer fluir a sua imaginação.  Há ação,
verdade, esperança e drama o suficiente para uma vida inteira de
composição.  Tudo que você tem a fazer é apenas cavar!  Enquanto você
usa seus dons na música e em composições para expor e ensinar a Palavra
de Deus, o seu coração será transformado, a Igreja será encorajada, e Deus
será glorificado.

Gostaríamos muito de ouvir de você:

Você já escreveu alguma música a partir das Escrituras?  Como você


mantém o equilíbrio entre permanecer fiel ao texto e permitir-se ser
criativo?  Que meta você pode estabelecer a fim de se manter
comprometido a escrever com fidelidade e criatividade sobre as
Escrituras?

Traduzido por Bruno Nunes

Caroline Cobb é uma compositora nascida em Tyler, Texas. Ouça mais de


sua música em carolinecobb.com e a siga em @CaroCobbMusic.

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