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Sobre a
organização
dos 0 aos 3 anos
Ao refletir sobre as especificidades dos bebês e crianças bem pequenas faz-se necessário
realizar três movimentos que são indissociáveis, quais sejam:
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No ano de 2022 e 2023, a equipe de formadoras(es) da Divisão de Educação Infantil (DIEI)
investiu em ações formativas, visitas e acompanhamento às UEs. Enquanto metodologia,
partimos da observação, escuta, leitura e a reflexão dos processos vividos pelos bebês, crianças
bem pequenas e as reflexões das(os) professoras(es). Diante destas ações foi possível elencar as
prioridades e demandas dos CEIs/ CEMEIs para 2024, que são: fortalecer as propostas
formativas e colaborar na compreensão das especificidades da docência e das dimensões que
integram o acolhimento, o atendimento e a vida de bebês e crianças bem pequenas.
Para dar início às nossas reflexões, voltemos ao Currículo da Cidade - Educação Infantil a
partir dos princípios: equidade, integralidade e inclusão.
Garantir uma educação integral é seguir as pistas e rastros que as culturas infantis nos
apresentam, suas indagações, curiosidades, estilos de vida que ora se harmonizam, ora geram
conflitos, cabendo às(aos) educadoras(es) estarem preparadas(os) para essas situações.
Vivenciar esse princípio com os bebês e as crianças bem pequenas é acreditar em sua máxima
potência de ser e estar no mundo, sem fragmentação do tempo, mas atenta na relação do
cotidiano (escuta atenta do que dizem, dos movimentos corporais, acompanhando os seus
ritmos e ampliando repertórios artísticos e culturais). Significa acreditar no pensamento e nos
movimentos que são capazes de realizar, por isso, a importância de as equipes das Unidades
Educacionais organizarem espaços favoráveis para os movimentos livres, não fragmentando o
pensamento, a linguagem e o corpo dos bebês e crianças bem pequenas.
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inclusiva, onde possamos reconhecer as diversidades e diferenças, compreendê-las e incorporá-
las no cotidiano junto aos bebês e às crianças bem pequenas, e a todas(os) as(os) educadoras(es),
sem distinção.
Para ampliar nosso olhar sobre os princípios do Currículo, indicamos o vídeo a seguir:
Com a intenção de fortalecer nossas reflexões, aprimorando nosso olhar para o trabalho
com bebês e crianças bem pequenas, a equipe de formadoras(es) da Divisão de Educação Infantil
indica os temas descritos a seguir para sustentar os diálogos formativos nas Unidades
Educacionais:
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1. Cuidados
Cuidar e educar?
A dimensão do cuidado na educação
de bebês e crianças
2. O brincar livre
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O bebê não brinca, ele vive! Brincar livre: uma introdução
3. Motricidade livre
É necessário organizar os espaços na busca da qualidade, garantia dos direitos, uma vez
que eles precisam ser para todas(os), pois dessa forma a Rede Municipal de Ensino assume o seu
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compromisso com a equidade dos bebês e das crianças bem pequenas. Para apoiar esta reflexão,
indicamos os vídeos:
A escolha dos objetos para A escolha dos objetos para O terceiro ano de vida: o
brincar brincar início
no primeiro ano de vida no segundo ano de vida do jogo com regras
Para que tenhamos ainda mais elementos para compreensão sobre esta fase da vida dos
bebês e das crianças bem pequenas, a Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São
Paulo/DIEI adquiriu para seu acervo livros que tratam sobre a primeiríssima infância, são eles:
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A Coordenadoria de Alimentação Escolar - CODAE colabora com esse momento de
organização das Unidades Educacionais ao nos apresentar as reflexões a seguir e que dialogam
com a concepção de bebês, crianças e infâncias nos momentos de alimentação:
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ao outro e ao mundo, garantindo o direito de escuta e protagonismo infantil, acesso aos bens
culturais, respeito à diversidade, étnico cultural e racial, de gênero e de inclusão de bebês com
transtornos e deficiências.
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Para saber mais
● Com quais tipos de vivências, os bebês e as crianças bem pequenas da minha Unidade têm
menos aproximação? Que tipo de experiências sensíveis, dentro da especificidade do meu
público, são escassas ou ausentes?
Partindo dessas premissas, vale destacar que não propomos à Unidade Educacional
nenhuma invenção inédita, mas ferramentas que garantam a descoberta de novas imagens,
novos sons, novas sensações por parte dos bebês. Descobrir o que há de fascinante no mundo
ao redor é fundamental para a educação estética e sensorial - e colabora com o respeito à
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diversidade, à pluralidade cultural e às diferenças visuais que compõem o cotidiano de cada um,
individualmente.
Mapear, junto às famílias, quais espaços estão localizados em seus bairros pode ser uma
ferramenta que colabora na exploração do espaço na perspectiva de construir memórias,
perceber as diferenças e nuances de cores, sons e texturas. Promover, então, passeios até
equipamentos que ofereçam experiências estéticas para bebês, em quaisquer linguagens
artísticas, estabelece, já no percurso, a leitura do bairro e/ou da cidade como uma caligrafia em
processo. Pensamos que a primeira leitura humana é a do mundo e do próprio corpo - assim,
cabe aos educadores atuantes no segmento da Educação Infantil garantir essa instrução como
geradora da alfabetização posterior.
Que este material possa alcançar a todos vocês, professoras e professores da rede
municipal de educação infantil paulistana, e que juntas(os) possamos aprimorar nosso olhar e
fazer diário junto aos bebês e crianças bem pequenas.
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