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RESUMO DO VÍDEO DEMOCRACIA E LIBERDADE: A NECESSIDADE DE

FAZERMOS ESCOLHAS.

Formas de governo autoritárias impedem a liberdade, mas a democracia ela pode


limitar esse direito. Refletir sobre justiça, liberdade e as escolhas que podemos fazer na
sociedade em que vivemos. Este é o convite do Café Filosófico de hoje.

Começo então pelo conceito de liberdade que a gente usa a todo momento, mas que
tem muito mais significados. Ele não é unívoco (que só tem um significado). Então, as
grandes divergências se dão pelo modo como as pessoas entendem a liberdade. Na
filosofia política, nós temos 2 conceitos de liberdade. Liberdade num sentido positivo.
Liberdade num sentido negativo. Então eu escolhi começar essa fala falando
exatamente desses dois conceitos que às vezes aparecem também, como naquele
artigo clássico do Benjamin Constant.

O jovem francês Benjamim Constant viveu a agitação política e social da Revolução


Francesa, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, da mesma forma
que testemunhou a reação violenta do absolutismo. Anos depois, ele escreve o seu
célebre discurso. Senhores, proponho me submeter a vosso julgamento algumas
distinções ainda bastante novas, entre duas formas de liberdade, cujas diferenças até
hoje não foram percebidas, ou que, pelo menos, foram muito pouco observadas. Uma é
a liberdade, cujo exercício era tão caro aos povos antigos. A outra, aquela cujo uso é
particularmente útil para as nações modernas. Se vivemos nos tempos modernos,
quero a liberdade que convém aos tempos modernos.

LIBERDADE POSITIVA/MODERNA: seria uma esfera dentro da qual a gente agiria


sem interferência. Pensando aqui em termos políticos, nós teríamos então um
governo que teria um limite substancial ou material, e não apenas formal. Um
governo que tem um limite formal e um governo que precisa seguir certos
procedimentos para que ele coloque em vigência suas normas. Então é um
governo que não dá simplesmente ordens aleatoriamente para que aquilo seja lei.
Tem que passar por todo um ritual, tem que cumprir uma série de protocolos.
Então, isso já é um limite formal que você coloca agora, um limite material. E mais
importante, por quê? Porque significa que existem certas questões a respeito das
quais não se decide. Então você tem lá, uma associação de moradores que se
reuniu e decidiu que todas as casas do bairro precisam ser pintadas da mesma
cor. Ah Mas eles colocaram uma convocação lá na sua caixinha de correio. Eles
disseram que você podia ir também a essa assembleia para tomar essa decisão.
Eles te disseram que você teria direito, inclusive a voz nessa assembleia. Você
poderia argumentar a favor da sua posição. Depois você teria direito a um voto
também. Então, muito bem, você foi livre na hora que essa decisão foi tomada,
porque eles incluíram. Eles te deram essa participação. Na verdade, a gente não
aceitaria isso porque a gente diria que vocês não podem decidir sobre isso. Você
pode decidir a respeito de uma série de coisas, mas esse é um limite. Existe uma
esfera dentro da qual essa instância não pode tomar decisões. Isso vale para o
próprio governo. Quando você tem um governo limitado, que seria o conceito de
governo correspondente à liberdade negativa, significa que você tem um governo que,
mesmo que siga todos os procedimentos formais, existem certos assuntos a respeito
dos quais ele simplesmente não decide. Ele deixa essa esfera para atuação do
indivíduo. Quando existe essa esfera, nós podemos dizer que o indivíduo é livre. Livre
no sentido negativo, negativo porque não há interferência. Ou seja, a ausência de
interferência define a liberdade. Por isso a gente chama de liberdade em sentido
negativo. E dentro dessa esfera, são os indivíduos que decidem até questões jurídicas.
Por exemplo, um contrato de compra e venda é um contrato pelo qual você cede certos
direitos. Um contrato pelo qual você adquire uma obrigação de transferir um bem.
Então isso você faz voluntariamente. Você não era obrigado a entrar nesse contrato de
compra e venda. O governo simplesmente deixou aquilo ao seu dispor. Então você
molda a sociedade, digamos assim, voluntariamente, individualmente. Dentro dessa
esfera, quanto maior o número de questões a respeito das quais um governo decide,
menor é a esfera da liberdade negativa. LIBERDADE MODERNA

LIBERDADE POSITIVA: Essa positividade é porque a gente diria que é livre uma
pessoa que se auto governa. Então você é livre quando você tem uma participação
política, você. Tem uma determinada atuação. Nessa participação consiste na própria
liberdade. Por que, então, a liberdade dos antigos? Você pensaria numa democracia
grega como paradigma, um modelo desse tipo de liberdade que você tem numa
democracia grega? Você teria uma pequena comunidade onde as pessoas teriam a
palavra, participariam publicamente na ágora. Todas as questões seriam debatidas. Ela
é capaz de decidir sobre praticamente qualquer coisa e a partir dali você tem uma voz,
Você tem um voto, tem poder e liberdade positiva. Então ela está ligada ao poder do
indivíduo de moldar essa decisão política. Uma coisa que o Benjamin Constant
argumenta de um modo interessante é que isso só é possível no mundo antigo. Por
que a gente pensar no modo de produção do mundo antigo? Você tem escravidão, por
exemplo? A escravidão permite que o cidadão não tenha uma vida ativa, uma vida
produtiva ele próprio. Ele não trabalha porque ele tem o seu escravo. Então ele tem
tempo para se dedicar a questões políticas. Como é que a gente tem tempo hoje de se
informar com as nossas atribuições profissionais, tendo que ganhar a nossa vida?
Quando você tem uma sociedade antiga, você não tem apenas uma sociedade
escravocrata, uma sociedade onde as pessoas não estão ocupadas em ganhar o seu
próprio pão. Você tem também uma sociedade onde um voto vale muito, exatamente
porque são poucos votos. Quanto mais a sociedade cresce, quanto maior o número
de eleitores, menos o seu voto vale. Por exemplo, numa eleição presidencial. Nós
vamos nos ocupar na próxima eleição presidencial, de conhecer os candidatos. Nós
vamos estudar quem seria aquele que não tem um histórico de corrupção e no final de
todo esse trabalho o que a gente tem, no fim, um voto. Então, o voto individual, numa
sociedade grande como a nossa, é um voto que foi inflacionado. Ele é um voto que foi
desvalorizado. Então você tem um dever maior do que o voto, do que o grego tinha
para que ele formasse a sua opinião de forma qualificada. Um grego vivia num mundo
muito mais simples do que o nosso. Um grego tinha acesso a muito menos
informações, então ele conseguia formar uma opinião com menos dever do que nós
temos hoje. E, ao mesmo tempo, o voto dele valia muito mais. Então, ali a gente
entende o conceito positivo de liberdade, esse conceito relativo ao poder. Agora, na
sociedade atual, isso já te dá indicações do porquê de a liberdade positiva ser um
grande conflito, do porquê de a gente ter essa crise, até da própria democracia. Você
tem no Brasil a possibilidade de escolher entre quantos candidatos, digamos que sejam
dez candidatos à presidência. Em 2018. Quem escolheu esses dez candidatos? Então,
os problemas com a nossa democracia em particular, já começam por aí e nós
temos que uns 200 milhões de habitantes no Brasil selecionam dez pessoas. Nós não
temos nenhuma participação nessa seleção dessas dez pessoas. E nós temos que
escolher uma delas. Então, isso já é um problema que talvez vocês já tenham visto. Ex:
Você vai decidir de forma plebiscitária a respeito de todo tipo de questão. Tem gente
que valoriza muito isso hoje em dia. Pensa de forma assembleia da democracia, que é
acabar de uma vez com o sistema representativo. Então você teria que ficar lá
estudando cada uma das questões para depois o seu voto. Como eu disse, não decidir
nada. Então é esse o ponto. Isso é que é um grave problema. O mundo mudou de tal
maneira que ficar sonhando com democracia grega não vai resolver os nossos
problemas. Era para isso que o Benjamin Constant já atentava muito antes de nós.
Nós estávamos pensando a política com a cabeça do mundo antigo. Nós não
entendíamos que a liberdade dos modernos não podia ser a liberdade dos antigos. Nós
queríamos ter liberdade positiva quando a reivindicação deveria ser por mais liberdade
negativa. Ou seja, se você não dá conta de participar desse poder, se dentro desse
arranjo das coisas o seu voto não conta nada, então pera lá, então nós vamos tomar
um certo cuidado com o que esse sistema é capaz de decidir a respeito das nossas
vidas. É melhor que ele decida o mínimo possível, já que o meu poder de influencia-lo
é ínfimo ou praticamente nulo.
A liberdade moderna. Você já deve ter intuído que é algo que eu não penso que
seja passível de ser vivido numa democracia participativa. Então a gente teria
que ter mais respeito, eu diria, pela nossa democracia representativa, por essa
ideia justamente de que nós precisamos primeiro diminuir a esfera de atuação do
governo e pensar em formas de sermos bem representados. Por que é uma
democracia? Em primeiro lugar. Por que a gente tomaria a democracia como um
dogma? Não pode se tornar um dogma. Questionar a democracia parece rapidamente
se associar a um defensor da tirania, quando não é esse o caso. A gente tem que
questionar a democracia, até porque a gente precisa saber qual a nossa razão para
apoiar a democracia. Algumas pessoas sonham com governos ainda não praticados e
não com regressos a tiranias, seja da parte dos militares ou de qualquer outro partido.
O que é liberdade? Liberdade pode ser entendida, então, como ausência de
interferência do governo ou como participação nesse governo. Liberdade como auto
governo. Agora, o que é democracia? Antes, a gente vai perguntar o que é a
autoridade que que é a autoridade política? De um modo geral. Autoridade significa
uma razão que exclui outros motivos para a gente agir. Alguém tem autoridade sobre
você quando é capaz de excluir as razões que você teria até então para tomar uma
decisão? O simples fato desse alguém ter se pronunciado significa que você deixa de
lado seus motivos e você então dá uma preferência para o pronunciamento dessa
pessoa. Naturalmente, a autoridade também pode ser de uma regra, pode ser de um
livro. Você pode achar que você está muito saudável ou você não estava sentindo
nada. De repente, um médico lê alguns exames, faz um diagnóstico. Você exclui então,
essa possibilidade de você estar saudável, porque ele disse que você não está. Você
acredita na autoridade dele. Então isso é a autoridade de um modo geral. Por que
alguém deveria ter autoridade política sobre nós? Porque nós não decidimos as nossas
vidas por própria conta. Por que alguém teria autoridade sobre mim se eu não estou
infringindo nenhum sofrimento? Se eu não estou atentando contra a pessoa de
ninguém, por que eu deveria obedecer a uma outra pessoa? Essa é uma questão
gravíssima, que às vezes a gente não sabe responder. Às vezes a gente tem isso
como um fato natural. Se existe um Estado, se vivemos em sociedade, então deve
existir uma autoridade. Mas a gente acaba apenas seguindo a tradição, obedecendo,
porque os outros obedecem e não porque a gente saiba justificar. Por que deveria
haver essa obediência? Uma possível justificação? É porque as pessoas geralmente
não fazem aquilo que é certo fazer. Vamos supor que nós estejamos de acordo sobre o
que é certo fazer. As pessoas não fazem isso espontaneamente, então alguém precisa
mandar que elas façam. Isso não parece uma boa resposta, porque parece então que
se você não for um agressor, se você não estiver propriamente em conflito com alguém
por um motivo de má fé, você não é um criminoso propriamente num sentido moral.
Então, não precisa haver autoridade. A justificativa da autoridade se torna frágil na
política. Agora, a autoridade, ela pode ser entendida, me parece, de um modo mais
racional. Se nós entendermos justamente que não existe a resposta certa. Não existe o
ponto de vista absoluto. Não existe como a gente ter certeza do que é mesmo moral a
fazer em cada circunstância. Eu falo aqui de algo que a gente poderia considerar um
pluralismo na ética. O que significaria isso? Que existe mais de uma saída possível
para um determinado problema de ordem prática e que essa outra saída também
poderia ser razoável, então, talvez você possa dispensar a autoridade de uma pessoa,
de um conjunto de pessoas, dispensar o Estado se você acredita que a moral, as
relações humanas, elas são de tal maneira que as respostas são sempre claras. Uma
pessoa de boa-fé sempre sabe o que fazer. Uma pessoa de boa-fé sempre saberá
distinguir o certo do errado. Se ela não souber, é por algum defeito cognitivo, porque
existe a resposta certa e existe a resposta errada. Mas talvez exista mais de uma
resposta certa. Ou talvez a gente tenha que pesar qual é o certo e qual é o errado
numa dada situação. Talvez os valores entrem em conflito. Algumas regras que nós
julgamos apropriadas podem entrar em conflito. Existem vários cursos de ética que
mostram esse tipo de dilema, não é? A ética tem valores diferentes, coisas diferentes
que nós valorizamos. Vou dar um exemplo. A gente valoriza a liberdade. Pouca gente
iria atribuir um valor zero para a liberdade. Agora, será que isso significa que, em
absolutamente todas as circunstâncias, nós escolheríamos a liberdade? Ou existe
alguma situação onde nós poderíamos negociar mesmo com a liberdade? Vamos
imaginar o seguinte vamos pensar em liberdade negativa, essa liberdade como
ausência de interferência de outro na sua vida. Você não é coagido. Então, algum
valor. A liberdade você dá, mas até onde você está disposto a ir, você torna isso
absoluto. Vamos imaginar uma sociedade onde essa liberdade seja absoluta. Então,
nessa sociedade, por exemplo, os indivíduos, eles poderiam se recusar a atender
pessoas de uma determinada minoria, porque eles são. O nosso valor absoluto, afinal,
é a liberdade. E você pode pensar que essa minoria, ela é muito pouco representativa
dentro daquela população. Imagine uma sociedade que tem 90% de integrantes de
uma certa etnia e apenas 3%, digamos, de integrantes de uma outra etnia qualquer,
7% de etnias variadas. Esses 3% é que fazem parte daqueles que não são aceitos
pelos demais. Bom, o que aconteceria se a liberdade fosse absoluta? Essas pessoas
poderiam ser recusadas em escolas, sendo as escolas privadas, havendo liberdade
absoluta. Elas não vão poder estudar, não vão ser atendidas em restaurantes, não vão
ser recebidas em lojas. Me parece, geralmente essa análise que se faz, que a
liberdade aqui não está sendo violada porque você apenas está usando do seu direito
de não praticar certas ações com respeito a certas pessoas, então essa sociedade
ainda valoriza a liberdade. Só que ela é uma sociedade onde esses 3% vivem uma
existência miserável. Então, será que nós não seríamos favoráveis nessa sociedade a
negociar com o próprio valor liberdade e a coagir as pessoas a aceitarem essa minoria,
mesmo contra a sua vontade?

Em 1954, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ordenou o fim da segregação racial
na educação. Escolas no sul do país ignoraram a decisão. Um caso que ficou famoso
foi o da menina Ruby Bridges, que precisou ser escoltada por agentes federais para
frequenta. Uma escola em New Orleans. Este episódio, que foi retratado numa famosa
foto, inspirou uma obra de Norman Rockwell e ainda o filme Ruby Bridges. Uma
menina luta por seus direitos.

E alguém que defende estritamente o conceito de liberdade negativo. Diria que essas
pessoas não estavam violando direito nenhum. Então você tem que ter um outro valor
aqui que está se sobrepondo à liberdade. E é por isso que você apoia. E hoje nós até
elogiamos. Ficamos felizes e saudamos aquela foto. Nós pensamos que aquela
intervenção do Estado na liberdade individual foi uma garantia de outras coisas que
naquele momento nós valorizávamos mais do que aquele a liberdade daqueles
indivíduos de não aceitarem aquela garotinha. como um absoluto. Agora, se nós não
temos respostas absolutas para questões morais e políticas, é aí que entra então, por
que eu cito esse tipo de exemplo? É um exemplo extremo. Onde você tem valores se
opondo, porque, como eu disse, nós todos valorizamos a liberdade, mas não como
absoluto, se não temos respostas absolutas para questões morais e políticas é ai que
entra a autoridade. Porque um indivíduo pode dar mais peso para um valor, outro
indivíduo pode dar mais peso para outro. E esses indivíduos, ambos a boa-fé, ambos
podem ser razoáveis quando se trata de pesar valores, quando se trata de fazer uma
ponderação sobre aquilo que é certo e aquilo que é errado. Com algum prejuízo. Esse
é um ponto importante. Pode haver prejuízo para um valor moral. Essa é uma grande
constatação que filósofos como Isaiah Berlin e Herbert Hart fizeram. É possível que
numa decisão você tenha que ferir não apenas interesses individuais para fazer
prevalecer valores morais, você tenha que ferir outros valores para fazer prevalecer
certos valores. Então, se cada um de nós tomar a sua própria decisão nesse momento,
como é que a sociedade seria possível se as pessoas razoáveis e de boa fé não
conseguirem coordenar as suas ações? Como é que elas vão conseguir conviver
pacificamente? Então, nesse momento, nós aceitamos que nós precisamos de uma
autoridade. Em algum momento nós temos que parar a discussão dentro de uma
democracia, nós votamos. Então nós colocamos as nossas vozes, nós dizemos aquilo
que nós achamos que deve valer mais numa ponderação. Mas, no limite, nós temos
que votar. Conectando isso com o que eu disse no começo da minha fala, é importante
diminuir o máximo que nós conseguirmos o âmbito de atuação desse poder no que for
possível deixar para ponderação individual, a gente deixa. Justamente porque nós
temos esses problemas de representatividade, nós temos esses problemas de
participação política, onde a sua influência como indivíduo é muito pequena. Então, não
é desejável ampliar o âmbito sobre o qual a autoridade política decide. O máximo que
nós conseguirmos limitar. A autoridade política é desejável pelas razões que eu
mencionei, mas, no limite, nas questões onde decisões precisam ser tomadas e certos
valores precisam ser defendidos contra outros. Então nós vamos precisar chegar na
autoridade, porque nós não teremos uniformidade e nós viveremos um impasse eterno
se nós formos em busca da opinião uniforme.
O sistema representativo não é mais que uma organização com a ajuda da qual uma
nação confia a alguns indivíduos o que ele não pode ou não quer fazer. O sistema
representativo é uma procuração dada os povos que pra desfrutar da liberdade que é
útil recorrem ao sistema representativo devem exercer uma vigilância ativa e constante
sobre seus representantes, e reservar seus direitos de em momentos que não sejam
demasiado distanciados afasta-los, caso tenham traídos suas promessas assim como
um de revogar poderes dos quais eles tenham eventualmente abusado.
O que a gente encontra no Brasil hoje é que as pessoas perderam exatamente essa
crença, convicção, de que nós conseguimos mudar os rumos da sociedade
democraticamente perdeu essa percepção que a sociedade é realmente democrática é
de que aquilo que prevalece institucionalmente não é a penas um interesse de alguns
grupos com maior poder de barganha então a gente fala da captura das instituições por
exemplo, temos certos grupos que se apossaram do poder que controlam o poder e
você não consegue influenciar de modo algum essa dinâmica então não interessa um
argumentos não é feita por eles nenhuma ponderação de valores, a percepção dos
brasileiros tem hoje das suas instituições e que nós temos pessoas que calculam
seus interesses.
Nos temos que decidir é ate que ponto nós podemos considerar democrático a acao de
um grupo que nós não participamos e que não nos representa e que interfere nas
nossas vidas que diz respeito aos nossos interesses tbm, muitas vezes leva adiante
uma agente com a qual nós não concordamos com esse recrudescimento do discurso
político, você tem de um lado instituições e de outro lado um grupo de conjuntos
políticos que vai fazer as vezes do estado.
No enfraquecimento do estado democrático de direito a gente tem um fortalecimento do
autoritarismo e do pensamento totalitário por isso precisamos urgentemente resgatar
as instituições democráticas antes que seja tarde demais, como resgatar essas
intituicoes?
Ou agente entende que uma sociedade funciona de acordo com regras e pelos
interesses individuais imediatistas ou os próprios interesses individuais serão
colocados a baixo
O primeiro passo para a gente construir uma democracia mais sólida no brasil é
resgatar om dialogo na espera publica é qualificar o debate na espera publica
Como evitar essa concentração de poder ou decisão mesmo numa democracia
representativa?

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