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PRIMEIROS SOCORROS

Prof. Me. Roberto Furlanetto Júnior


Mestre em Educação Física
prof.furlanetto@gmail.com
PRIMEIROS
SOCORROS
SITUAÇÃO PROBLEMA
Uma central de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU) de uma grande cidade recebe inúmeros chamados


todos os dias. Com o intuito de capacitar futuros prestadores
de serviço, essa central abriu suas portas para uma nova
experiência. Ao longo de um dia, Manuela, João, Helena e
Jéssica, que são estudantes da área da saúde, realizaram um
treinamento em primeiros socorros com os profissionais
especializados.
SITUAÇÃO PROBLEMA
A segunda ligação trazia a mensagem: “Alô, minha vizinha

está dando à luz e eu não sei o que fazer! Precisamos de


ajuda!”. João embarcou nessa jornada.

Antes de sair, observou um enfermeiro alertando para

socorrerem também a pessoa que entrou em contato com o


sangue e outras secreções da mãe e do bebê. Ele ficou em
dúvida sobre as razões para isso.
REFLITA
 Diante desse cenário, mantenha seu foco em um
atendimento que exige contato físico com a vítima, por
exemplo, um parto natural, e pense:

 O socorrista corre algum risco?

Por que o sangue e outras secreções seriam motivo para

socorrer o prestador de atendimento inicial?

Essa situação oferece perigo também à saúde da parturiente

e do bebê?
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM
RISCO BIOLÓGICO?
Como o próprio nome diz, o risco é algo que pode comprometer a
sua segurança.

O termo “biológico” se deve ao fato de os agentes serem


microrganismos vivos, como protozoários, bactérias, fungos e
vírus.

Esses seres podem afetar sua saúde e provocar uma série de


doenças, desde brandas até mais graves.

Por esse motivo, são denominados patógenos ou agentes


patogênicos.
COMO SERÁ QUE OCORRE
A CONTAMINAÇÃO?
 Parte do nosso organismo é formado por um líquido,
denominado fluido corpóreo.

Esse líquido encontra-se no interior de nossas células (fluido


intracelular), fora das mesmas (fluido intersticial) e nos
vasos linfáticos e sanguíneos (linfa e o plasma sanguíneo).
O QUE É
LINFA?
 É o líquido que compõe o sistema
linfático e atua basicamente na
remoção e drenagem de
metabólitos e água dos espaços
intersticiais (entre células),
contribuindo para o retorno do
excesso de proteínas à circulação
sanguínea.
 Além disso, apresenta outras
funções, como defesa do
organismo.
Os líquidos naturalmente liberados, como lágrimas,
suor, muco nasal, urina e fezes, correspondem às
excreções.

O termo secreção é sinônimo de todo o fluido que


sai de nosso corpo de maneira não espontânea, por
exemplo, sangue, diarreia, vômito, secreção nasal e
esperma.

Tudo o que é secretado ou excretado pode


apresentar agentes patogênicos, portanto é
fundamental utilizar precauções para não ocorrer
contaminação entre socorrista e vítima.
CONTENÇÃO DE RISCO DURANTE
ATENDIMENTO EM PRIMEIROS
SOCORROS
O contato direto com o paciente deve ser realizado somente
por profissional, assim como vimos na Seção 1.1.

Mesmo que você não realize um procedimento invasivo, é


importante conhecer as medidas de segurança para se
proteger de eventualidades, pois ao ficar próximo do
assistido, sempre corremos algum risco.
CONTENÇÃO DE RISCO DURANTE
ATENDIMENTO EM PRIMEIROS
SOCORROS
A prevenção contra esses riscos implica no conhecimento
prévio das possibilidades de contágio de doenças e no
treinamento de práticas que têm como objetivo:
prevenir,

controlar,

reduzir e,

eliminar fatores que prejudiquem a saúde (quando possível).

E é aí que entram as ações de biossegurança!


MECANISMO DE TRANSMISSÃO
DOS MICRORGANISMOS
A prevenção e o controle das infecções estão relacionados
aos diferentes elementos compostos no elo da cadeia
epidemiológica de transmissão.

A cadeia epidemiológica organiza a sequência da interação


entre o agente, o hospedeiro e o meio.

Ela é composta por seis elementos, que devem estar


presentes para que ocorra a infecção.

A forma de transmissão é o elemento mais importante na


cadeia epidemiológica, uma vez que é o elo mais passível de
quebra ou interrupção.
As medidas de precaução e isolamento visam interromper
estes mecanismos de transmissão e prevenir infecções.

O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) -


máscara, luvas, avental, óculos de proteção, a adesão à
higienização das mãos e certas características específicas
do ambiente onde se encontra o paciente, constituem os
meios para atingir este objetivo.

Algumas medidas gerais devem ser aplicadas a todos os


pacientes, em todo o período de hospitalização,
independente do diagnóstico ou estado infeccioso.
Porém, pacientes infectados com micro-organismos
específicos devem ser colocados em precauções específicas
segundo a forma de transmissão, ou seja, medidas de
controle adicionais devem ser aplicadas para prevenir a
transmissão destes patógenos.

O sistema de precauções deve ser claro o suficiente para


permitir que os profissionais de saúde identifiquem o mais
rápido possível os pacientes que necessitam de precauções
específicas a serem instituídas.
AGENTE
INFECCIOSO
Bactérias
Fungos
HOSPEDEIRO Vírus
SUSCEPTÍVEL FONTE
Protozoários
Imunossuprimidos Pessoas
Parasitas
Idosos Água
Recém-nascido Soluções
Queimados Medicamentos
Cirúrgicos Equipamentos

PORTA DE
PORTA DE
ENTRADA SAÍDA
Trato gastrointestinal Excreção
Trato urinário Secreção
Trato respiratório Gotículas
Pele não íntegra FORMA DE Outros fluídos
Mucosas TRANSMISSÃO
Contato
(direto e indireto)
Gotículas Aérea
(aerossóis)
TIPOS DE PRECAUÇÕES
 Precauções Padrão (PP)

 Conjunto de medidas que devem ser aplicadas no atendimento de


todos os pacientes hospitalizados, independente do seu estado
presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos
contaminados ou sob suspeita de contaminação.
 As PP deverão ser utilizadas quando existir o risco de contato com:
 sangue;
 todos os líquidos corpóreos,
 secreções e excreções (exceção do suor).
 Sem considerar a presença ou não de sangue visível;
 pele com solução de continuidade (pele não íntegra) e mucosas.

 São recomendadas para aplicação em todas as situações e pacientes,


independente da presença de doença transmissível comprovada.
Precauções de contato

Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-


organismos, epidemiologicamente importantes, a partir de
pacientes infectados ou colonizados, para:
outros pacientes,
profissionais,
visitantes,
acompanhantes,
Precauções de contato (cont.)
A contaminação pode ocorrer por meio de:
contato direto (tocando o paciente e estabelecendo a
transmissão pessoa por pessoas);

Contato indireto (ao tocar superfícies contaminadas


próximas ao paciente ou por meio de artigo e
equipamentos).
Precauções para gotículas

Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-


organismos por via respiratória por partículas maiores (>) que 5
micra de pacientes com doença transmissível, geradas pela
tosse, espirro, e durante a fala.

Essas gotículas (> 5 micra) podem se depositar à curta


distância (1 a 1,5 metros).
Precauções para aerossóis

 São medidas adotadas para pacientes com suspeita ou


diagnóstico de infecção transmitida por via aérea (partículas < 5
micra), que podem ficar suspensas no ar ou ressecadas no
ambiente.

 Deve se utilizar para o cuidado deste paciente, área física


específica, dotada de sistema de ar com uso de filtro especial e
Transmissão por gotículas vs aerossóis
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A
PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS
Higienização das mãos (HM)

Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente,


antes da realização de procedimentos assépticos, após
risco de exposição a fluidos corporais e após contato com
as áreas próximas ao paciente.

Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando


estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue
e outros fluidos corporais;

Usar preparação alcoólica para as mãos (70%) quando as


mesmas não estiverem visivelmente sujas;
Higienização das mãos (HM)

O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das


mãos.

No cuidado específico com cateteres intravasculares, a


higiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar
o sítio de inserção do cateter, bem como antes e após a
inserção, remoção, manipulação ou troca de curativo;

Não utilizar adornos como anéis, pulseiras e relógios.


PASSO A PASSO

Passos 0 e 1 – Molhe as mãos e aplique sabão para


cobrir todas as superfícies.
PASSO A PASSO

Passo 2 – Esfregue as palmas das mãos, uma na outra.


PASSO A PASSO
Passo 3 – Palma direita sobre dorso esquerdo com
dedos entrelaçados e vice versa.
PASSO A PASSO
Passo 4 – Palma com palma com dedos entrelaçados.
PASSO A PASSO
Passo 5 – Parte de trás dos dedos nas palma opostas
com os dedos entrelaçados.
PASSO A PASSO
Passo 6 – Esfregue os polegares com a mão oposta em
sentido rotativo.
PASSO A PASSO
Passo 7 – Esfregue rotativamente para frente e para trás
os dedos nas palmas das mãos opostas.
PASSO A PASSO
Passos 8, 9 e 10 – Enxague as mãos com água, seque
as mãos com toalhas descartáveis e utilizes estas para
fechar a torneira.
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS

PARAMENTAÇÃO
Luvas

 Utilizar luvas sempre que houver risco de contato com


sangue, fluido corporal, secreção, excreção, pele não íntegra
e mucosa, com o objetivo de proteger as mãos do profissional;
 Retirar as luvas imediatamente após o uso, antes de tocar em
superfícies ou contato com outro paciente, descartando-as;
 Trocar as luvas entre os pacientes. Trocar as luvas entre um
procedimento e outro no mesmo paciente;
 Higienizar sempre as mãos imediatamente após a retirada das
luvas.
Máscara, óculos de proteção/ protetor facial

Utilizar máscara e óculos de proteção sempre que houver


risco de respingos de sangue, fluido corporal, secreção,
excreção, pele não íntegra e mucosa, com o objetivo de
proteger a face do profissional;

Colocar máscara cirúrgica e óculos com proteção lateral,


para cobrir olhos, nariz e boca durante os procedimentos
com possibilidade de respingo de material biológico;

A máscara cirúrgica e os óculos devem ser individuais;


Avental
Utilizar avental sempre que houver risco de
contato com sangue, fluido corporal, secreção,
excreção;
Se houver risco de contato com grandes volumes
de sangue ou líquidos corporais, usar avental
impermeável;
Retirar o avental após o procedimento e lavar as
mãos;
Se o avental for descartável, desprezá-lo no lixo;

Se o avental for de tecido ou não descartável,


desprezá-lo no hamper (cesto);
O avental de tecido quando rasgado deverá ser
encaminhado para lavanderia para avaliar
condições de reparo;
Não utilizar jaleco ou avental comum como
substituto do avental com finalidade de proteção
contra agentes infecciosos.
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS

Artigos e equipamentos utilizados durante o cuidado ao


paciente
Utilizar luvas ao removê-los e transportá-los em sacos
impermeáveis/recipientes próprios fechados ou carrinhos
fechados para evitar contaminação ambiental;
Atenção para o uso inadequado de luvas. Evitar tocá-las
nas superfícies.
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS

Ambiente
Realizar rotina de limpeza e
desinfecção das superfícies, que
incluem camas, colchões, grades,
mobiliários do quarto,
equipamentos, e superfícies
frequentemente tocadas, a cada
24 horas (h), e entre um paciente
e outro;
Piso e parede devem receber
limpeza e desinfecção
sistemática, com água e sabão e
desinfetante quaternário de
amônia.
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS

Ambiente
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS

Roupas
Manipular as roupas do paciente
e as roupas de cama com mínima
movimentação;
Colocar as roupas sujas no
hamper;
Não jogar roupas no chão.
TÉCNICAS PARA MAXIMIZAR A PROTEÇÃO CONTRA RISCOS
BIOLÓGICOS
Materiais perfurocortantes
 Manusear o material com cuidado, não
reencapar as agulhas, não desconectar as
agulhas das seringas. Não dobrar as
seringas;
 O descarte de agulhas, seringas e outros
materiais contaminados devem ocorrer o mais
próximo possível da área onde são gerados;
 Descartar em recipientes rígidos e resistentes
à perfuração, invioláveis, de acordo com a
norma 13853 da ABNT;
 Seguir as orientações para montagem desses
recipientes e não ultrapassar o limite indicado
pela linha tracejada, ou seja, 2/3 de sua
capacidade.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Todo socorrista deve estar com o cartão de vacinas em
dia.
Tríplice bacteriana:
protege contra difteria, coqueluche e tétano, doenças
provocadas pelo contágio com determinadas bactérias.

Tétano
qualquer perfuração pode levar o agente causador até a
corrente sanguínea do indivíduo.

Hepatite B (vírus)
Disponível nas redes públicas;

É obrigatória para profissionais da saúde.


IMPORTANTE
 Os EPIs são destinados para procedimentos que envolvem
risco de contato com sangue, secreções ou membranas
mucosas, devendo ser colocados imediatamente antes do
atendimento e retirados logo após a utilização.
Vale salientar que mesmo com o uso de luvas, as mãos
devem ser higienizadas antes e depois do contato com o
paciente.
Os óculos, máscaras e aventais têm a finalidade de proteger
mucosa (olhos, boca e nariz), roupa e superfícies corporais.
ATENÇÃO!!!
 Mesmo com todas as medidas preventivas e precauções
ocorre exposição acidental ao patógeno.
Nesse sentido, a orientação primordial é lavar imediatamente
o local com água e sabão, podendo também utilizar soluções
antissépticas quando ocorrer lesão cutânea.
Em situações em que a mucosa for afetada, recomenda-se
lavar imediatamente a região com água corrente ou solução
fisiológica diversas vezes seguidas.
Não é indicada a limpeza com hipoclorito de sódio, soluções
alcoólicas, entre outras, uma vez que irritam pele e mucosas.
CUIDADO!!!
 Não agir de maneira desesperada e tomar atitudes que
prejudiquem a área afetada e aumentem ainda mais as
chances de contaminação, como realização de cortes e
aplicação de injeções (exceto por recomendação
médica).
Procure sempre orientação e atendimento médico após
esse tipo de ocorrência, de maneira que possam ser
realizados exames de sangue para garantir que não
houve contágio.
Em caso de complicação, busque uma unidade de
saúde.
ASSIMILE
Muitos profissionais da saúde consideram normais
os riscos ocupacionais e os acidentes de trabalho
que envolvem material biológico e contaminante.

Essas ocorrências são encaradas como rotina e,


por isso, não se tomam os devidos cuidados com a
própria segurança.

Cuidado para não adquirir essa percepção.


Mantenha-se sempre alerta!
REVISANDO
QUAIS AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA
RISCOS BIOLÓGICOS DURANTE O ATENDIMENTO
EM PRIMEIROS SOCORROS?
 Ações profiláticas ou preventivas:
 são o conhecimento prévio dos agentes patogênicos,
dos riscos de contágio e das medidas de tratamento
em caso de acidente.
 além do cumprimento do esquema completo de
imunização através de vacinas (principalmente contra
hepatite B e C).

Profilaxia é o termo utilizado para denominar procedimentos,


medidas e recursos utilizados na prevenção ou atenuação de
doenças, como, p.ex., medidas de higiene, lavar as mãos,
refrigerar alimentos, atividades físicas, cuidado com a alimentação,
vacinação etc.
 No momento do atendimento:
 higienizar bem as mãos;
 utilizar equipamentos de proteção individual (barreiras
físicas);
 manipulação cuidadosa de instrumentos
(perfurocortantes);

 Em caso de exposição do corpo aos patógenos:


 buscar a orientação e as medidas mais adequadas
para limpeza
 possivelmente tratamento médico.

 Cuidado ao manusear artigos e equipamentos


utilizados durante o cuidado ao paciente
 Utilizar luvas e transportá-los em sacos e recipientes
próprios fechados para evitar contaminação ambiental
 Ambiente:
 Realizar rotina de limpeza e desinfecção das
superfícies a cada 24 horas (h), e entre um paciente e
outro;
 Piso e parede devem receber limpeza e desinfecção
sistemática (água e sabão + quaternário de amônia).

 Roupas
 Manipular as roupas do paciente e as roupas de cama
com mínima movimentação;

 Paramentação e Desparamentação
 Realizar a sequência lógica sugerida para ambas
situações.
RETOMANDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
Uma central de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU) de uma grande cidade recebe inúmeros chamados


todos os dias. Com o intuito de capacitar futuros prestadores
de serviço, essa central abriu suas portas para uma nova
experiência. Ao longo de um dia, Manuela, João, Helena e
Jéssica, que são estudantes da área da saúde, realizaram um
treinamento em primeiros socorros com os profissionais
especializados.
RETOMANDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
Cada aluno acompanhou determinada chamada telefônica e

auxiliou o atendimento à vítima.

No dia seguinte, os estudantes deveriam relatar em sala de

aula sua vivência e levantar questionamentos sobre cada


caso, com a finalidade de gerar um debate em turma.
RETOMANDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
A segunda ligação trazia a mensagem: “Alô, minha vizinha

está dando à luz e eu não sei o que fazer! Precisamos de


ajuda!”. João embarcou nessa jornada.

Antes de sair, observou um enfermeiro alertando para

socorrerem também a pessoa que entrou em contato com o


sangue e outras secreções da mãe e do bebê. Ele ficou em
dúvida sobre as razões para isso.
RESOLVENDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
Conforme o conteúdo estudado nesta Seção, existem
situações em que o contato com a vítima é inexorável, por
isso é importante conhecer medidas para se proteger contra
riscos biológicos.

Antes de auxiliar a mãe e o bebê, o socorrista deve higienizar

bem as mãos e buscar os EPIs necessários para não expor


seu organismo a possíveis agentes patogênicos.
RESOLVENDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
O uso de máscara, óculos, luva e avental deve proteger as

mucosas e a roupa do contato com os fluidos, aumentando as


chances de proteção.

Entretanto, em um atendimento de emergência como este,

muitas vezes o socorrista não está devidamente equipado


para auxiliar o parto.

Sendo assim, a higienização se torna crucial para diminuir os

riscos para todos os envolvidos.


RESOLVENDO A SITUAÇÃO
PROBLEMA
 A unidade do SAMU irá prestar socorro à vítima e bebê, mas também

deverá tomar atitudes para a proteção da saúde do socorrista.

 Sendo assim, o foco da discussão de João em sala de aula deve ser sobre

o fato de a equipe especializada acompanhar o prestador de socorro em


ações necessárias após a exposição aos riscos, como a retirada e descarte
da roupa contaminada, lavagem da pele exposta e limpeza de mucosa com
água, sabão e solução fisiológica.

 Outra medida importante é conhecer o histórico médico de todos os

envolvidos, recomendando possíveis vacinas, exames e, em caso de


contágio, o tratamento médico.
PÓS-REFLEXÃO
 O socorrista corre algum risco?

 R: Se você for realizar um parto, estará exposto a possíveis excretas, além do

sangue e de outras secreções oriundas do útero e dos anexos embrionários do


bebê.

 Por que o sangue e outras secreções seriam motivo para socorrer o

prestador de atendimento inicial?


 R: Todos esses fluidos podem apresentar patógenos, mas também é
fundamental proteger a parturiente, uma vez que o organismo dela e de seu filho
estão expostos aos patógenos de quem presta o atendimento.

 Essa situação oferece perigo também à saúde da parturiente e do bebê?

 R: Sim. Pode haver lacerações e hemorragia importantes na parturiente. O bebê

também pode apresentar necessidades de atendimento especializado.

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