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Biossegurança

Palloma Holanda
Enfª. Especialista pós-graduanda em urgência e emergência
DEFINIÇÕES BÁSICAS

 RISCO E PERIGO
 Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte, resultado medido do
efeito potencial do perigo. Já Perigo é uma condição ou um conjunto de
circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou
morte. Pode ser um agente químico, biológico ou físico (incluindo‐se a
radiação eletromagnética) ou um conjunto de condições que apresentam uma
fonte de risco mas não o risco em si.
 INFECÇÃO E DOENÇA
 É a entrada e permanência no organismo de um micro-organismo estranho
(bactéria, fungo, parasita ou vírus) capaz de se multiplicar e provocar
doenças ou alterações patológicas de maior ou menor gravidade, causando
uma resposta imunológica.
 Entre outros tipos pode ser nosocomial, endógena, microbiana, etc. Já
doença ou enfermidade é a alteração do estado normal de saúde de um
indivíduo, que se caracteriza por possuir sinais e sintomas em sua
manifestação, que podem ou não ser perceptíveis. Na linguagem corrente, a
doença é considerada como sendo o oposto à saúde; aquilo que causa uma
alteração ou uma desarmonização no estado orgânico geral de um ser, seja a
nível molecular, corporal, mental, emocional ou espiritual.
 FONTE DE INFECÇÃO E HOSPEDEIRO
 A principal fonte de infecção é humana (paciente, pessoal da área da saúde e
visitantes). Os infectantes podem ser: doentes, doentes em período de incubação,
ou portadores crônicos de agentes infecciosos. Outras fontes de infecção incluem:
flora endógena de pacientes ou de outras pessoas que contaminam objetos
inanimados, equipamentos e medicações pela transmissão indireta ou direta. O
hospedeiro das infecções, aqui considerado, é o ser humano, o qual pode
desenvolver resposta imunológica variável frente à presença de patógenos. Os
hospedeiros de infecções ou colonizações podem desenvolvê-las durante ou logo
após a hospitalização, quando condições endógenas orgânicas são facilitadoras da
infecção ou colonização. Outros fatores facilitadores do estado infeccioso são:
idade, doença de base, uso de antimicrobianos, corticosteroides, irradiação,
procedimentos invasivos, outras drogas imunossupressoras e a própria
susceptibilidade do paciente à infecção.
PRECAUÇÕES PADRÃO OU PRECAUÇÕES
UNIVERSAIS
 São precauções aplicadas ao cuidado de todos os pacientes, independente de
seu diagnóstico infeccioso, com o objetivo de diminuir a transmissão de
microrganismos. São aplicadas quando se antecipa o contato com sangue,
fluidos corpóreos, secreções e excreções, pele não integra e membrana
mucosa. As precauções devem ser aplicadas mesmo que não haja risco de
contato com sangue, líquidos corporais ou secreções ou excreções corpóreas.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL

 OsEquipamentos de Proteção Individual – EPIs devem


ser utilizados sempre que houver risco de contato com
secreções ou excreções oriundas do paciente.
 Osempregadores são obrigados a fornecer os EPIs
adequados ao risco a que o profissional está exposto e
a realizar, no momento de admissão do funcionário e
de forma periódica, programas de treinamento dos
profissionais quanto à correta utilização.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
A adequação desses equipamentos deve levar
em consideração não somente a eficiência
necessária para o controle do risco da
exposição, mas também o conforto oferecido
ao profissional;
 sehá desconforto no uso do equipamento,
existe maior possibilidade de o profissional
deixar de incorporá-lo ao uso rotineiro
Os principais EPIs são:

 Luvas:
 Máscaras, Gorros e Óculos de Proteção:
 Capotes (Aventais ou Jalecos)
 Botas
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

 incluem todo e qualquer equipamento que possa ser utilizado pela equipe
multiprofissional para sua proteção, como por exemplo, lava olhos, descartex,
chuveiro de emergência, etc. Esses equipamentos devem ser mantidos nas
condições ideais especificadas pelo fabricante e sofrer manutenções
preventivas, para evitar problemas quando houver necessidade de uso.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A superfície da pele apresenta sulcos e saliências, particularmente acentuadas nas regiões palmo-plantares e extremidades dos dedos. Do ponto de vista da
flora microbiana, existem duas populações:

 Flora Residente: Constituída de micro-organismos que vivem e se multiplicam nos


folículos da pele, podendo ser viáveis por longo período. As bactérias dessa flora
são facilmente removidas por escovação, entretanto, podem ser inativadas por
antissépticos. As bactérias mais comumente encontradas são as Gram-positivas.
Essas bactérias localizam-se em maior quantidade em torno e sob as unhas.
  Flora Transitória: É passageira e os micro-organismos que a compõem são
viáveis por apenas um curto período. Suas bactérias são mais fáceis de serem
removidas, pois se encontram na superfície da pele, junto com a gordura e
sujidades. Essa flora é composta pelos micro-organismos mais frequentemente
responsáveis pelas infecções hospitalares, sendo as bactérias Gram-negativas.
Isso demonstra a importância das mãos como veículo de transmissão.
A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a
prevenção e controle das infecções hospitalares. Elas devem ser lavadas,
tantas vezes quanto necessário, antes e depois de:

 A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção


e controle das infecções hospitalares. Elas devem ser lavadas, tantas vezes
quanto necessário, antes e depois de:
  Realização de qualquer técnica assistencial;
  Contato físico com paciente;
  Coleta de materiais para exame;
  Administração de medicamentos;
  Contato com fluidos e secreções corpóreas;
  Contato com materiais e equipamentos;
  Realização de atos fisiológicos pessoais e por outros motivos relativos à
educação e saúde.
Lavagem simples das mãos
Higienização das mãos
Referencias

 HIVATA, M. H.; MANCINI FILHO, J. Manual de Biossegurança. Guanabara


Koogan. Rio de Janeiro, 2002.
 TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: Uma Abordagem Multidisciplinar.
Fiocruz. Rio de Janeiro, 2002.

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