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- Cadeia epidemiológica -
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Do ponto de vista biológico, infeção é uma forma de relação microbiota-
hospedeiro que consiste na implantação e na colonização de microrganismos
em hospedeiros altamente organizados.
O termo “microrganismo” abrange bactérias, fungos, protozoários e vírus.
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Por colonização entendemos a aderência, a
adaptação ecológica, o crescimento
celular e a posterior multiplicação de
microrganismos.
◦ Comensais
◦ Patogénicas
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Os agentes infeciosos propagam-se ao ser humano ou aos animais através
duma série de passos conhecidos por:
Cadeia de Infeção
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Só poderá ocorrer infeção quando todos os seis passos da cadeia estiverem
presentes.
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A infeção ocorre em um ciclo que depende dos seguintes elementos:
Um agente infecioso
Um reservatório ou fonte para o crescimento do patógeno
Uma porta de saída para o reservatório
Um mecanismo de transmissão
Uma porta de entrada para o hospedeiro
Um hospedeiro suscetível.
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Agente
infecioso
Hospedeiro Reservatório
Cadeia da infeção
(6 elos)
Porta de
Porta de saída
entrada
Mecanismo de
transmissão 8
AGENTE INFECCIOSO
Bactérias
Vírus
Fungos
Parasitas
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FONTE OU RESERVATÓRIO
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a) Fontes ou reservatórios humanos: quando a fonte é
uma pessoa, esta não tem que estar necessariamente
doente, pode estar ainda no período de incubação,
pode estar com sintomas inespecíficos (muitas vezes
leves), ou ainda a pessoa pode estar apenas colonizada
(o organismo vive nela, sem causar doença).
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b) Fontes ambientais:
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c) Fontes ou reservatórios
animais: todo o ser vido pode
ser hospedeiro de
microrganismos (comensais ou
patogénicos).
Exemplos: bactérias em
boca, pelos ou unhas de
cães, gatos, etc…
A doença pode ser normalmente
transmitida de animal a animal, ou
animal para humanos – zoonoses.
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PORTA DE SAÍDA
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1. Transmissão:
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b) Por contato indireto: inclui a propagação da infeção através de bebidas ou alimentos
contaminados, tocar em roupas sujas, produtos de higiene pessoal, utensílios vários,
etc.. Numa unidade de cuidados o contacto indireto ocorre sempre que haja um contato
pessoal com um equipamento contaminado, instrumentos, roupa suja ou outros objetos.
Uma das formas de transmissão indireta mais comum é o estetoscópio contaminado.
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Quando espirramos, tossimos, ou mesmo falamos, emitimos pequenas
partículas que saem por nossa boca ou nariz, essas partículas são emitidas a
uma certa distância até caírem no chão.
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1) Transmissão por gotícula: as gotículas respiratórias são partículas muito
pequeninas e que não podem ser vistas a olho nu. Podem sair do corpo do
doente através de tosse, espirro ou da fala. Estas gotículas respiratórias
entram no corpo penetrando nas mucosas de olhos, nariz ou boca.
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Transmissão de doenças infeciosas por vetores
É a transferência desde um reservatório até um hospedeiro tendo animais como
intermediários.
Exemplos de vetores:
Moscas ( bactérias causadoras de diarreias infeciosas)
Carraça (febre da carraça)
Mosquitos (Dengue, Malária,)
Roedores (Leptospirose - urina)
Morcegos (Raiva,)
Pombos (Criptococose – fungo fezes)
Gatos (Toxoplasmose)
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PORTA DE ENTRADA
Exemplos:
Trato respiratório,
Trato gastrointestinal,
Trato urinário,
Pele não íntegra,
Mucosas,
Procedimentos invasivos.
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HOSPEDEIRO (SUSCEPTÍVEL)
Todos os indivíduos possuem algum grau de suscetibilidade, porém, nem todos
que entram em contato com algum microrganismo ficará doente, na verdade, a
maioria dos agentes infeciosos com os quais temos contato, não nos causam
doenças.
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Para que seja possível o aparecimento de infeção é requerido que estejam
presentes as seguintes condições:
1. Número adequado de agentes patogénicos, variável consoante a espécie e o
estado imunitário do hospedeiro;
2. Existência de um reservatório ou fonte onde o microrganismo sobreviva e
possa multiplicar-se;
3. Via de transmissão do agente para o hospedeiro;
4. Porta de entrada do hospedeiro específica para o agente patogénico (há
especificidade entre microrganismos e capacidade de desencadear doença
em órgãos ou sistemas específicos do hospedeiro);
5. Que o hospedeiro seja suscetível ao agente microbiano, isto é, que não tenha
imunidade ao agente.
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À ocorrência destes sucessivos acontecimentos denominamos “Cadeia da
Infeção”.
As estratégias de controlo de infeção eficientes e eficazes têm que ter em
conta esta sequência, prevenindo a transferência dos agentes pela interrupção
de uma ou mais das ligações desta cadeia.
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