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Cadeias Epidemiológicas

das Infecções
KELYN FUSTINO DE OLIVEIRA
O que é?
A cadeia de transmissão (também conhecida como cadeia de
infecção ou cadeia epidemiológica) é um ponto principal de
interação entre “agente causal”, "hospedeiro" e "ambiente".

Ele vem do entendimento do empírico, ou seja, a doença é o


produto da interação entre esses três elementos. Essa
interação nem sempre causa doença. Quando houver doença,
os sinais e os sintomas nem sempre serão os mesmos.
Geralmente é usado para determinar momentos de doenças
transmissíveis e planejar ações que possam interromper sua
evolução.

Portanto, cada doença infecciosa tem suas próprias medidas


de proteção, que podem ser imunizadas através da vacina, a
especificidade das medidas de saúde, políticas públicas e
medidas de gestão específicas.
Agente Casual:

Este é um fator que pode ser biologico (microrganismos) ou


não-biológicos (químicos ou física). Sua existência, existência
ou relativamente não existência é essencial para a ocorrência
de doenças.

Os agentes biológicos têm algumas características da


determinação de doenças:
Infectividade: capacidade de penetrar e se desenvolver ou se
multiplicar no novo hospedeiro, provocando infecção;

Patogenicidade: capacidade de produzir sintomas nos


hospedeiros infectados;

Virulência: capacidade de produzir casos graves ou fatais;

Dose infectante: quantidade do agente etiológico necessária


para iniciar uma infecção;
Poder invasivo: capacidade de se difundir, através de tecidos,
órgãos e sistemas anatomofisiológicos do hospedeiro;

Imunogenicidade ou antigenicidade: capacidade de produzir


imunidade no hospedeiro;

Vulnerabilidade: sujeição das espécies microbianas ao meio


em que estão presentes. Esse meio contém agentes químicos,
físicos e terapêuticos, impulsionando a seleção natural de
formas sobreviventes e, com frequência, resistentes aos
medicamentos disponíveis.
Reservatório:
Qualquer pessoa, animais, plantas, solos ou matéria
inanimada, ele geralmente vive e multiplica o poder
infeccioso. Essa infecção depende do reservatório para
sobreviver, se reproduzir e transmitir para um hospedeiro.
A fonte de infecção é o agente infectado (hospedeiro) para se
tornar o hospedeiro, animais, objetos ou substâncias.
O portador já é uma pessoa infectada (ou animal), que
acomoda fatores de infecção por doenças específicos sem
sintomas ou sinais clínicos. Também representa a fonte
potencial de infecção humana.
Porta de saída do agente:

O agente infeccioso pode sair do seu hospedeiro por diversas


vias, a partir das quais ele pode entrar no ecossistema ou
penetrar em outro hospedeiro.

As principais vias e exemplos de doenças transmitidas são:


Respiratória: tuberculose, influenza, sarampo;

Genitourinária: leptospirose, infecções sexualmente


transmissíveis, zika;

Digestiva: febre tifoide, hepatites A e E, cólera, amebíase;


pele: varicela, sífilis;

Placentária: sífilis, rubéola, toxoplasmose, HIV, doença de


Chagas, zika.
Modo de Transmissão do Agente:

A transmissão pode ser direta ou indireta, mediante veículos


de transmissão (ex: objetos, água, alimentos, produtos
biológicos incluindo soro e plasma) e/ou vetor.
Um vetor é qualquer portador vivo que transporta um agente
infeccioso até um indivíduo suscetível. Nele, o agente pode ou
não se desenvolver, propagar-se ou multiplicar-se.
O vetor pode ser mecânico (ex: contaminação das patas de um
inseto) ou biológico, que pressupõe multiplicação e/ou
desenvolvimento do agente (ex: Trypanosoma cruzi no
triatomíneo).
Ainda, a transmissão pode ser classificada como horizontal
(doença transmitida de uma fonte de infecção para um
hospedeiro, como COVID-19) ou vertical (transmitida de uma
geração para a próxima, como as “STORCH”).
Porta de Entrada no Hospedeiro:
:
Geralmente, são as mesmas vias utilizadas pelo agente para
sair do hospedeiro prévio. Nas doenças respiratórias, por
exemplo, a via aérea é porta de entrada e saída.
Nas intoxicações alimentares, por outro lado, a porta de saída
pode ser uma lesão aberta da pele e a porta de entrada são
alimentos contaminados com a secreção da lesão.
Suscetibilidade do Hospedeiro:
:
É um indivíduo ou animal vivo que, em circunstâncias
naturais, permite a subsistência e o alojamento de um agente
infeccioso.
Isso depende de alguns aspectos como idade, status da pele e
membranas mucosas, funcionamento adequado de
mecanismos de defesa (ex: reflexo tosse, secreções gástricas,
atividade imunológica), etnia e grupo familiar, estado
nutricional e condições socioeconômicas.
Exemplificando
Toxoplasmose

Agente: Toxoplasma Gondiil


Reservatório: Gatos
Porta de saída: Fezes
Mét. de transmissão: ingestão de alimentos e água contaminados
Porta de entrada: Via oral e Congênita
Hospedeiro suscetível: Qualquer pessoa
Fontes
https://decs.bvsalud.org/ths/resource/?
id=59498#:~:text=Sequ%C3%AAncia%20de%20transmiss%C3%A3o%20de%20infec%C3%A7%C3%A3o,para%20infecta
r%20um%20hospedeiro%20suscet%C3%ADvel.

https://www.medway.com.br/conteudos/cadeia-de-
transmissao/#:~:text=A%20cadeia%20de%20transmiss%C3%A3o%20(tamb%C3%A9m,e%20o%20%E2%80%9Cmeio%2
0ambiente%E2%80%9D.

https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Toxoplasmose#:~:text=A%20toxoplasmose%20%C3%A9%20uma%20infec%C3%
A7%C3%A3o,em%20humanos%20e%20outros%20animais.

https://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1827/toxoplasmose.htm#:~:text=Reservat%C3%B3rio,n%C3%A3o%
20felinos%20e%20as%20aves.

https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Toxoplasmose#:~:text=As%20principais%20vias%20de%20transmiss%C3%A3o,
sangu%C3%ADnea%20e%20transplante%20de%20%C3%B3rg%C3%A3os.
Obrigada!

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