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TÉCNICO DE FARMÁCIA
edmilsonluisdomingos@gmail.com
Lichinga 2024
Cadeia epidemiológica
Para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível,
o esquema tradicional é a denominada cadeia epidemiológica ou cadeia de infecção.
A referida cadeia organiza os elos que identificam os pontos principais da sequência contínua da interacção entre
o agente, o hospedeiro e o meio.
1. Agente causal
É um factor que está presente para a ocorrência de uma doença; de modo geral, um agente é
considerado uma causa necessária, porém não suficiente para produzir a doença.
Pode ser um microorganismo, uma substância química ou forma de radiação, cuja presença,
presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença.
Reservatórios extra-humanos:
Os animais podem ser infectados e também servir de reservatórios para várias
doenças do ser humano.
São exemplos a brucelose, a leptospirose, a raiva e o tétano.
Pele: através de contacto direto com lesões superficiais, como na varicela, herpes
zoster e sífilis. Por picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo
que tenha contacto com sangue infectado, como no HIV/Sida, sífilis, doença de
Chagas, malária, leis hmaniose,febre amarela, hepatite B, etc.
Placentária: em geral, a placenta é uma barreira efectiva de proteção do feto contra
infecções da mãe; no entanto, não é totalmente efectiva para alguns agentes
infecciosos, como os da sífilis, rubéola, toxoplasmose, Sida e Doença de Chagas.
Vector (inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso de um indivíduo
ou suas excretas até um indivíduo suscetível, sua comida ou seu ambiente imediato). O agente
pode ou não se multiplicar no vector.
Pó: pequenas partículas de dimensões variáveis que podem proceder do solo (geralmente
inorgânicas ou esporos de fungos separados do solo seco pelo vento ou agitação mecânica),
vestidos, roupas de cama e pisos.
Fase patológica pré-clínica:
A doença ainda está no estágio de ausência de sintomas, mas o organismo
apresenta alterações patológicas.
Fase Clínica:
A doença se encontra em estágio adiantado, com diferentes graus de acometimento.
Hospedeiro (homem)
Em relação a herança genética: aconselhamento genético, diagnóstico pré-natal,
aborto terapêutico.
Em relação à anatomia e fisiologia: imunização activa ou passiva, manutenção do
peso corporal em níveis aceitáveis.
Estilo de vida: não fumar, não consumir drogas, praticar actividade física, evitar a
promiscuidade sexual.
Prevenção terciária
Engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou o controle da doença, a fim de
reajustá-lo a uma nova condição de vida.
Fazem parte dessas medidas a Fisioterapia, a Terapia Ocupacional, a colocação de próteses.
Lida com a recuperação funcional de sequelas, que muitas vezes são irreversíveis.
Caso suspeito: pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição a uma fonte de
infecção sugerem que o mesmo possa estar ou vir a desenvolver alguma doença
infecciosa.
Caso confirmado: pessoa na qual foi isolado e identificado o agente causal
ou foram obtidas outras evidências laboratoriais da presença do agente causal,
como, por exemplo, a conversão sorológica em amostras de sangue colhidas
nas fases aguda e convalescente. Esse indivíduo poderá ou não apresentar a
síndrome indicativa da doença causada por esse agente.
Caso autóctone: caso da doença que teve sua origem dentro dos limites do lugar em
referência ou sob investigação.
A Vigilância Epidemiológica procura determinar quais doenças existem, que pessoas são
afectadas, em que lugar e em que momento.
Normas: estas definem quais actividades devem ser realizadas, quem deve realizá-las,
como devem ser realizadas, qual a periodicidade de envio (semanal, mensal, anual) e qual
o fluxo que os impressos devem seguir.
As normas permitem uniformizar o SIS nos diferentes pontos do país.
Actividades: compreendem o registo, a recolha, a elaboração, a apresentação, a
interpretação, o envio, a recepção, a retro-informação e o controlo de qualidade
do SIS.
Registo: consiste em tomar nota em um impresso de um caso diagnosticado,
uma actividade realizada ou um recurso recebido.
Exemplo: o clínico regista no livro de consulta um caso diagnosticado de
sarampo.
Recolha: é o acto de transferir os registos das fichas diárias para fichas de resumo. Este
passo permite organizar os dados em categorias com uma certa periodicidade.
Envio: consiste na transmissão dos impressos de resumo para o nível superior, devendo
seguir os percursos prefixados e os prazos predefinidos, que podem não ser os mesmos para
os diferentes impressos.
Por exemplo, nas terça-feiras, o Boletim Epidemiológico Semanal correspondendo à semana epidemiológica
anterior da unidade deve ser enviado para o Distrito; o resumo da Lepra deve ser enviado trimestralmente;
enquanto que parece ser suficiente o envio da informação sobre os recursos humanos anualmente.
Recepção: é o acto de receber, no Sistema Nacional de Saúde, os impressos
enviados pelo nível inferior. A recepção deve ser controlada, pois é possível
requerer a informação em falta.
Por exemplo, a Direcção Provincial de Saúde deve enviar a todas as Direcções Distritais de
Saúde da Província, um resumo mensal do Boletim Epidemiológico Semanal provincial que
inclui os dados de cada distrito