Universidade Estadual do Ceará

Centro de Ciências da Saúde

Curso de Medicina

Bases Biológicas da
Epidemiologia das Doenças
Infecciosas

Prof. Dr. Eddie William de Pinho Santana

 BASES BIOLÓGICAS
Cadeia de Infecção - Para que a infecção
ocorra uma cadeia de eventos deve ocorrer:
1o Haver um hospedeiro susceptível;
2o Haver um agente infeccioso capaz de
causar a infecção presente;
3o O microorganismo patogênico tem que ter
um reservatório onde possa se propagar (i.e.
viver, reproduzir e morrer no estado natural);
4o tem que haver uma porta de saída do
reservatório e de entrada no hospedeiro;
 BASES BIOLÓGICAS
Figura 1. Modelo do “Triângulo” de Transmissão das
Doenças Infecciosas
HOSPEDEIR
O

AGENTE
MEIO
INFECCIOSO
AMBIENTE
 BASES BIOLÓGICAS

AS PORTAS DE ENTRADA E SAÍDA DOS

RESERVATÓRIOS HUMANOS OU ANIMAIS
SÃO :
- Os tratos respiratório; urogenital e
gastrintestinal ;
- A pele e mucosas;
- O sangue;
- A placenta.
 BASES BIOLÓGICAS
Tabela 1. Termos Chaves para o entendimento das Doenças Infecciosas

Agente Infeccioso vírus, bactérias, fungos, protozoários e

helmintos.
Porta de saída pele / sangue, secreções respiratórias, urina,
fezes, sêmen / secreções cervicais.
Meio de transmissão contato (direto, indireto, vertical) veiculo comum,
transmissão aérea e vetorial.
Portal de entrada pele, trato respiratório, trato gastrointestinal,
trato urogenital, útero (transplacentária)
Fonte homem, animal, meio ambiente.

Hospedeiro suscept. Imunidade específica (mediada por células B/T)

ausente, hospedeiro imunocomprometido,
defeito nos mecanismos específicos e não
específicos de defesa.
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Figura 2. Modelo da “Roda” de Transmissão das Doenças Infecciosas

AMBIENTE
SOCIAL
AMBIENTE
BIOLÓGICO
HOSPEDEIRO

(HOMEM)

CARGA AMBIENTE
GENÉTICA FÍSICO
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TRANSMISSÃO: É a transferência de um
agente etiológico animado de uma fonte
primária de infecção para um novo
hospedeiro. A transmissão pode ocorre
de forma direta ou indireta.
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Geralmente o termo transmissão refere-se ao
mecanismo pelo qual patógenos exógenos
alcançam e infectam um hospedeiro
susceptível;
A transmissão pode ocorrer por uma das
seguintes rotas :
- Contato;
- Veiculo comum;
- Transmissão aérea
- Transmissão vetorial
 BASES BIOLÓGICAS

Tabela 2. Exemplo dos Mecanismos de Transmissão de

Doenças Infecciosas

AÉREA DIRETA INDIRETA GOTA

Influenza HIV (sexual) Papiloma vírus Rinovírus

Sarampo Raiva (mordedura) Hepatite B Pertussis

Tuberculose Gonorréia (sexual) Clostridium difficile Infecção c/

meningococus
Cryptococose Sífilis (sexual)
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Tabela 2. Exemplo dos Mecanismos de Transmissão de

Doenças Infecciosas (continuação)

VERTICAL VETORIAL VEICULO COMUM

HIV Dengue Hepatite A (alimento)

Rubéola Malária Salmonelose (alimento, água)

Sífilis Doença de Chagas Cryptosporidiose (alimento,

água)
Toxoplasmose Peste
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· AGENTE INFECIOSO: Variam desde material

protéico auto - replicante (prions), sub-
partículas virais (Hepatite D), vírus, bactérias,
fungos a protozoários e helmintos
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FATORES DO BIOAGENTE INFECCIOSO:

Cada bioagente possuem fatores
intrínsecos que independem da interação
com o hospedeiro e que determinam o modo
de transmissão, o número de hospedeiros e a
habilidade de produzir a doença.
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FATORES DO BIOAGENTE INFECCIOSO:

A interação bioagente - hospedeiro pode de
natureza simbiôntica,comensal ou parasitária
dependendo de fatores extrínsecos, tais
como a natureza do agente, o hospedeiro, o
meio ambiente e as circunstâncias.
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· INFECÇÃO: Dá-se o nome de infecção à

penetração e desenvolvimento ou
multiplicação de um agente infeccioso no
organismo de uma pessoa ou animal.
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Infecção não é sinônimo de doença

infecciosa. Uma vez estabelecida, dependendo
de fatores do próprio organismo, poderá ou
não evoluir para a doença.

Infecções podem resultar de flora exógena

(microorganismos de um reservatório humano,
animal ou ambiental),
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Podem também se originar de flora endógena

(espécies comensais da pele, trato urogenital
ou gastrointestinal ou presente no corpo em
formas inativas)
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 A microflora endógena representa um

constante fonte de infecção quando o balaço
delicado entre agente e hospedeiro é quebrado

 Poucos patógenos conseguem vencer as

defesas do hospedeiro e estabelecer infecções
latentes Herpes simplex, Varicella zoster,
citomegalovírus,
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DOENÇAS INFECCIOSAS: São as doenças

clinicamente manifestas, do homem ou dos
animais resultantes de uma infecção, tais
como: o Tétano, o Dengue, o Sarampo, a
Meningite Menigocócica, a Pneumonia, a SIDA
e outras
 
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INFECTIVIDADE: É o nome que se dá à

capacidade que têm certos organismos de
penetrar e se desenvolver ou de se multiplicar
no novo hospedeiro, causando a infecção.
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FONTE DE INFECÇÃO: É a pessoa, animal,

vegetal, objeto ou substância da qual o agente
infeccioso passa diretamente a um hospedeiro.
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DOSE INFECTANTE: É a quantidade do

agente etiológico necessária para iniciar
uma infecção. Esta quantidade varia de
acordo com a virulência do bioagente e
com a resistência do acometido.
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PODER INVASIVO: É a capacidade que

tem um parasita de se difundir através de
tecidos, órgãos e sistemas
anatofisiológicos do hospedeiro.
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IMUMOGENICIDADE: É a capacidade que

o bioagente tem de induzir imunidade no
hospedeiro. Bioagentes como o vírus da
rubéola e do sarampo tem alto poder
imunogênico, conferido, geralmente,
imunidade por toda a vida
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·  PERÍODO DE INCUBAÇÃO: É o intervalo

de tempo que decorre entre a exposição
a um agente infeccioso e o aparecimento
da doença. É extremamente variável,
desde algumas horas (cólera) até anos
(AIDS).
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PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Período

durante o qual o agente infeccioso pode ser
transmitido, direta ou indiretamente de uma
pessoa infectada para outra, de um animal
infectado para o homem ou do homem para
um animal infectado, inclusive artrópodes.
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PATOGENICIDADE: É a qualidade que tem um

agente infeccioso de, uma vez instalado no
organismo do homem ou de outros animais,
produzir sinais e sintomas em maior ou menor
proporção dentre os hospedeiros infectados.
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VIRULÊNCIA: É a qualidade que tem um agente

infeccioso de, uma vez instalado no organismo
do homem ou de outros animais, produzir sinais
e sintomas graves ou fatais nos hospedeiros
infectados.
CV = Nº. de casos graves ou fatais X 100
Total de casos da doença
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Figura 3. Modelo da Cadeia de Transmissão das Doenças Infecciosas

AGENTE
INFECCIOSO
RESERVATÓRIO
HOSPEDEIRO
SUSCEPTIVEL
PORTA DE
SAÍDA
PORTA DE
ENTRADA MODO DE
TRANSMISSÃO
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RESERVATÓRIO DE AGENTES
INFECCIOSOS: Homem, animal, artrópode,
planta, ou matéria inanimada, na qual o
agente vive e se desenvolve em condições de
dependência primordial para a sua
sobrevivência, e no qual se reproduz sendo
depois transmitido a um hospedeiro
susceptível.
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O entendimento do ciclo de vida dos agentes

etiológicos é essencial para o desenvolvimento
estudos apropriados ou estratégias de
intervenção e controle;

O reservatório é o nicho que o patógeno

normalmente ocupa (i.e. vive e se reproduz);
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Os reservatórios podem ser pessoas, animais,

insetos ou o ambiente;

A fonte de infecção é o meio pelo qual o

patógeno é transmitido para as pessoas ;

A interrupção do ciclo de vida de um

determinado patógeno é um meio efetivo de
controle da doença;
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Em geral, tenta-se interromper o ciclo de vida

do patógeno em vários pontos;

A melhor maneira de intervir , entretanto

depende de vários fatores :
- Efetividade das estratégias de intervenção;
- Benefícios imediatos p/ as pessoas doentes;
- Rapidez c/ que a ação impacta na transmissão;
- Questões ambientais;
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Tabela 3. Possíveis Ciclos de vida de Patógenos

CICLO DE VIDA EXEMPLOS

Homem  Homem Treponema pallidum 9sífilis), Neisseria

gonorrhoeae( gonorréia)
Homem  Ambiente  Homem Ascaris lumbricoides (ascaridíase)

Homem  Artrópode  Plasmodium vivax (malária), Flavivírus

Homem (dengue)
Homem  Animal  Homem Schistosoma mansoni
(esquistossomose), Rhabdovírus (raiva
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Tabela 3. Possíveis Ciclos de vida de Patógenos (continuação)

CICLO DE VIDA EXEMPLOS

Homem  Animal  Animal  Paragonimus westermani

 Homem
Ambiente  Homem (acidental)
Animal  Animal
I Homem (acidental)
Animal  Ambiente Animal
I Homem (acidental)
Coccidioides immitis (coccidio-
idomicose)
Rhabidovírus (raiva), Yersinia pestis
(peste bubônica)
Toxoplasma gondi (toxoplasmose)
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·  HOSPEDEIRO SUSCEPTÍVEL: Pessoa ou

animal que em condições naturais, penetrado
por bioagentes patogênicos, propicia
subsistência a estes, permitindo-lhes o
desenvolvimento ou multiplicação.
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· HOSPEDEIRO PRIMÁRIO OU DEFINITIVO: É o

hospedeiro onde o parasita atinge a maturidade
ou passa a sua fase sexuada.
HOSPEDEIRO SECUNDÁRIO OU
INTERMEDIÁRIO: É aquele em que o parasita se
encontra na forma larvária ou assexuada
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FATORES DO HOSPEDEIRO
Idade
Gênero
Etnia
Carga Genética
Fisiologia
Dieta e Nutrição
Doenças preexistentes e intercorrentes
Comportamento humano
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IDADE:

A idade é um preditor importante da

incidência de doenças por 2 razões principais:

-1o Exposição é altamente relacionada com faixa etária

-2o Idade também afeta o desfecho das doenças

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GÊNERO:

Quase todas as doenças infecciosa ocorrem

mais freqüentemente em indivíduos de um
sexo do que de outro;

Diferenças na incidência de doenças

relacionadas ao sexo representam diferenças
na exposição, anatomia, fisiologia ou ainda a
fatores desconhecidos
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ETNIA:

Embora a incidência de muitas doenças

infecciosas seja maior em alguns grupos
étnicos, elas são geralmente explicadas por
diferenças no status socioeconômico que dita
as diferenças de exposição, imunidade e
acesso a serviços médicos.
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CARGA GENÉTICA

 A relação entre a hereditariedade e a

susceptibilidade a doenças e a fisiopatologia é
complexa;

Traços genéticos podem resultar em maior

ou menor susceptibilidade a infecção ou a
doença em caso de infecção;
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FISIOLOGIA

 Alem de idade, sexo e etnia, o equilíbrio

dinâmico representado pelo estado de saúde
pode ser alterado por mudanças sutis e outras
não tão sutis;

Por exemplo, diabetes é um fator de risco

para infecções respiratórias, urinárias e de
pele.
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DIETA E NUTRIÇÃO

 Hábitos alimentares específicos podem

influenciar o risco de infecção por parte do
hospedei ro.

 O consumo de alimentos crus (frutas,

verduras e frutos do mar), por exemplo, pode
elevar bastante o risco de infecção .
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DIETA E NUTRIÇÃO (continuação)

 Um bom estado nutricional é fundamental

para uma boa saúde;

Desnutrição contribui significativamente pra

a morbi - mortalidade de doenças infecciosas
em paises do 3o mundo;

Carências nutricionais também afetam

profundamente a saúde das pessoas afetadas
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DOENÇAS INTERCORRENTES E PRÉ-

EXISTENTES

 Certas infecções ocorrem mais freqüentes

ou exclusivamente em hospedeiros se
recuperando ou sofrendo infecções por outros
agentes (parasitas oportunistas);

Pacientes em tratamento de doenças como o

cancer são bastante susceptíveis a infecções.
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COMPORTAMENTO HUMANO

 Comportamentos de risco aumentam

significativamente a probabilidade de infecção
por certas doenças (DSTs);

Costumes, tais como circuncisão, tatuagens

piercing, levam a doenças tais como o tétano;

 Alcoolismo e tabagismo são fatores de risco

para doenças cardiovasculares.
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Figura 3. Modelo do Iceberg do Curso da Infecção no Hospedeiro

RESPOSTA CELULAR RESPOSTA DO HOSPEDEIRO

Lise das células Fatal

Efeito Transformação celular Doença clínica severa Doença

discernível ou disfunção celular clínica
Doença moderada

Maturação viral Infecção sem

incompleta doença clínica

Sem alteração Doença

visual subclínica
Exposição sem Exposição sem
invasão celular infecção
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INDIVÍDUO PORTADOR: É o indivíduo

infectado, pessoa ou animal, que alberga um
agente infeccioso de uma doença, sem
apresentar sintomas desta e sendo fonte
potencial de infecção.
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PORTADOR DE INCUBAÇÃO : É o indivíduo

que apresenta o estado de portador o
período de incubação (infecção inaparente).

PORTADOR DE CONVASLECENÇA: É o
indivíduo que apresenta o estado de
portador o período de incubação (infecção
inaparente).
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PORTADOR ATIVO : É o portador que

embora esteja eliminando o agente, não
apresenta sintoma clinico no momento em
que esta sendo examinado, mas já
apresentou ou apresentará (convalescença
ou incubação).
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PORTADOR ATiVO CRÔNICO: Pessoa ou

animal que continua a albergar o agente
etiológico muito tempo depois de ter a
doença. O momento da passagem de ativo
de convalescença para ativo crônico é
estabelecido arbitrariamente (após 1 ano na
febre tifóide).
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PORTADOR EFICIENTE: É o portador

que elimina o agente para o meio exterior ou
para o organismo de um vetor hematófago,
possibilitando, assim, a infecção de novos
hospedeiros.
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PORTADOR PASSIVO: É o portador que

nunca apresentou, nem nunca apresentar os
sintomas. É o mais importante, porque, não
sendo clinicamente diagnosticado, passa a
representar uma fonte de infecção difícil de
detectar.
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INFESTAÇÃO: Refere-se ao alojamento

desenvolvimento e reprodução de artrópodes
na superfície do corpo ou nas vestes. Os
objetos e locais infestados são os que
albergam artrópodes e roedores
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CONTAMINAÇÃO: É a presença do agente

infeccioso na superfície do corpo, no
vestuário, nas roupas de cama, brinquedos,
instrumentos ou pensos cirúrgicos e outros
objetos inanimados, ou em substâncias tais
como a água, o leite e os alimentos
 
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FONTE DE CONTAMINAÇÃO: Pessoa, animal

ou substância inanimada responsável pela
presença do agente infeccioso no interior o
na superfície do veiculo de transmissão.
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TRANSMISSÃO DIRETA IMEDIATA: É a

transferência direta e essencialmente imediata
de agentes infecciosos a uma porta de entrada
respectiva pela qual se pode consumar a
infecção. É também conhecida como contágio.
 
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TRANSMISSÃO DIRETA MEDIATA: Mecanismo

pelo qual um substrato vital, eliminado por um
indivíduo infectado situado nas proximidades
de um sadio susceptível, carreia consigo o
bioagente, com passagem reduzida pelo
ambiente, ate o interior do hospedeiro.
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TRANSMISSÃO INDIRETA: Nela bioagentes

patogênicos, montados ou não no substrato com o
qual são eliminados necessitam de um suporte
mediatizador, veículo ou hospedeiro intermediário,
para percorrerem toda ou parte da distância que
separa o indivíduo infectado do susceptível,
estabelecendo, então, a infecção.
 BASES BIOLÓGICAS

VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO: São objetos ou

materiais contaminados que sirvam de meio
mecânico, auxiliando um agente infeccioso a
ser transportado ou introduzido em um
hospedeiro susceptível. Os veículos podem ser
de suporte, transportador e introdutor.
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VEÍCULO DE SUPORTE: É o meio físico que

coloca em comunicação os fatores
envolvidos no processo transmissivo,
possibilitando que o agente infeccioso se
transmita ativamente do individuo infectado
para o individuo sadio ou par um hospedeiro
intermediário ou deste para o individuo
sadio.
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VEÍCULO TRANSPORTADOR E INTRODUTOR:

Transporta e introduz o bioagente no hospedeiro
susceptível. O agente infeccioso é passivamente
levado e introduzido no hospedeiro

FÔMITES: Objetos de uso do paciente ou

portador, que podem estar contaminados e
transmitir o agente infeccioso
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Quadro 1. Principais Veículos de Doenças Transmissíveis -
Algumas Doenças cujos Bioagentes são transportados por:

Amebíase Entamoeba histolytica

Ascaridíase Ascaris lumbricoides
Brucelose B. abortus, B. suis, B. melitensis
Facioliase Fasciola hepatica
Alimentos Febre Tifóide Salmonella typhi
Hidatidose Echinococcus granulosus
Teníase Taenia solium, Taenia saginata
Tricuríase Trichuris (Trichocephalus) trichiuris
Triquinelose Trichilla spiralis
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Quadro 1. Principais Veículos de Doenças Transmissíveis - Algumas
Doenças cujos Bioagentes são transportados por (continuação):

  Candidose Cândida albicans

  Estafilococias Staphylococcus aureus

  Infecção puerperal Streptococcus pyogenes
  Tinha couro cabeludo Micorsporum, Trichophyton
  Tinha das unhas Trichophyton, Epidermophytonm
Fomites    
  Infecções hospitalares Actinomyces
    Aspergilus
    Cândida
    Klebsiella
    Pseudomonas
    Staphylococcus
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Quadro 1. Principais Veículos de Doenças Transmissíveis - Algumas
Doenças cujos Bioagentes são transportados por (continuação):

  Amebíase Entamoeba histolytica

  Cólera Vibrio cholerae

  Febre tifóide Salmonella typhi

Ingestão de água Hepatite A Vírus da Hepatite A –VHA

  Poliomielite Polivirus 1,2,3

  Salmoneloses Salmonella

  Shigelose Shiguella
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Quadro 1. Principais Veículos de Doenças Transmissíveis - Algumas
Doenças cujos Bioagentes são transportados por (continuação):

  Caxumba Paramyxovirus

  Coqueluche Bordetella pertusis

  Gripe Orthomyoviridae (tipos A,B,C)

  Legionelose Legionella pneumophila

Ar Atmosférico Resfriado comum Rhinovirus

  Rubéola Rubivirus
  Sarampo Morbillivirus
  Tuberculose Mycobacterium tuberculosis
  Varicela Herpesvirus varicelae (ZVZ)
 BASES BIOLÓGICAS

Quadro 1. Principais Veículos de Doenças Transmissíveis - Algumas

Doenças cujos Bioagentes são transportados por (continuação):

  AIDS Tipo de Retrovírus (HIV)

Transfusão de Sífilis Treponema pallidum

Sangue

  Doença de Chagas Tryatoma brasiliensis

 BASES BIOLÓGICAS

VETORES: São seres vivos que servem de

ponte, veiculando o agente etiológico desde o
reservatório (fonte natural de infecção) até o
hospedeiro potencial.
 BASES BIOLÓGICAS

VETORES MECÂNICOS: Agem apenas como

transportadores. São aqueles que carreiam o
agente infeccioso através de suas patas,
probocides, asas contaminadas, ou através da
passagem do agente pelo trato gastrintestinal, sem
que os parasitasse multipliquem ou sofram
modificações no seu interior.
 BASES BIOLÓGICAS

VETOR BIOLÓGICO: É o vetor que, além de

funcionar como veiculador do agente infeccioso,
desempenha também a função de abrigo
biológico, no qual o agente cumpre parte do seu
ciclo biológico. A sua presença é vital para que
a transmissão ocorra.
 
 BASES BIOLÓGICAS
Tabela 1. Doenças Transmitidas por Mosquitos e outros Dípteros

VETOR DOENCA
Mosquitos
Anopheles Malaria, Filáriose
Culex Filáriose, Encefalite japonesa,
outras doenças virais
Aedes Febre amarela, Dengue, outras
doenças virais, Filariose
Mansonia Filariose

Outros dípteros
Mosca Tsé-tsé Doença do sono
Flebótomos Leishmanise
Blackflies Oncocercose
Mutucas Tularemia
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Tabela 2. Doenças Transmitidas por outros Artrópodes

VETOR DOENCA
Insetos
Pulgas Peste Bubônica, Verminoses
Piolhos Febre Tifóide, outras febres
(Trench Fever, Relapsing fever)
Barbeiros Doença de Chagas

Outros Artrópodes
Carrapatos Doença de Lyme, Paralisia,
Relapsing fever, Tularemia,
Ácaros Encefalite Viral
Febre Tifóide e alergias
ESPÉCIES VETORAS
DE IMPORTÂNCIA
EM SAÚDE PÚBLICA
BASES BIOLÓGICAS
Aedes
Aedes aegypti
aegypti
BASES BIOLÓGICAS
Aedes albopictus
BASES BIOLÓGICAS
Culex quinquefaciatus
BASES BIOLÓGICAS
Anopheles annulipes
BASES BIOLÓGICAS
Triatoma brazilensis
BASES BIOLÓGICASMosca Tsé-tsé
 BASES BIOLÓGICAS
Xenopsylla cheopis
O B R I G A D O !!!