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Treinamento de
Primeiros Socorros
01 Preparação 04 Transporte

02 Avaliação da Cena 05 Imobilizações

03 Avaliação da Vítima 06 Gabarito


01

Preparação
01 Preparação

Estar preparado é um dos aspectos mais importantes para um


atendimento pré hospitalar adequado, o
profissional deve atentar para conceitos chaves desta
preparação, conforme descrito abaixo:

CONHECIMENTO

Todo o socorrista deve ter pleno conhecimento sobre APH

1. Qualificar-se, ler e reler protocolos

2. Atualizar-se periodicamente (preferencialmente a cada 6


meses ou 1 ano)
Preparação
01 Preparação

PREPARO PSICOLÓGICO

Estar emocionalmente preparado é um ponto chave:

1. O trabalho em equipe necessita um líder pré estabelecido.


2. Pontos a serem considerados, no trabalho em equipe, conhecimento dos
comportamentos, relação interpessoal, intervenções construtivas,
reconhecer as limitações, comunicação clara e objetiva, entre outros
aspectos importantes para o bom andamento do atendimento
3. Controle Emocional, Capacidade de trabalhar sobre pressão, de tomar
decisões, Respeito mútuo, lidar com outros profissionais são
comportamentos fundamentais no APH

RECURSOS

Todo o socorrista e responsável pelo seu equipamento:

4. Fazer o check list do material


5. Conhecer todos os equipamentos e como montar e desmontar
6. Repor os equipamentos utilizados e inutilizados nas ocorrências
Preparação
01 Preparação

PREPARO FÍSICO

Ter boas condições de saúde:

Não precisa ser um atleta, mas não pode ter dores,


contraturas musculares, mal estar, e outras restrições
físicas que possam comprometer sua conduta.
Preparação
01 Preparação – Recursos Básicos
REANIMAÇÃO
Desfibrilador
MANEJO DE VIAS AÉREAS externo automático

Aspiradores Cânulas Pinça de Maguil

RESPIRAÇÃO OUTROS
Bolsa de Ventilação Cilindro de O² e Máscara de Hudson Manta Térmica Soro Fisiológico

IMOBILIZAÇÃO:
CURATIVOS Talas Colar Cervical Prancha longa Coxins
Bandagem Triangular e/ou Ataduras
Preparação
01 Preparação – Princípios de Ouro

O Período de ouro representa um intervalo de tempo onde o choque está se agravando, porém ainda é reversível. Se
os procedimentos iniciais e o encaminhamento rápido para o tratamento definitivo dentro do hospital não for
executado de forma adequada (em menos de 60 minutos) esta situação grave do paciente torna-se irreversível. Este
período começa a contar no momento em que a vítima sofreu o trauma.

1.Garantir a Segurança
A segurança do local deve ser prioridade máxima na chegada da equipe na cena de atendimento.
2.Determinar a necessidade de apoio
Após a avaliação da cena, a equipe deve realizar um averiguação para determinar a necessidade de recursos adicionais ou
especiais.

3.Avaliar a cinemática da cena


Reconhecer as possíveis lesões e suas gravidades, baseando-se nas energias que podem ter atingido a vítima.
4.Avaliação Primária
Buscar situações que coloquem em risco imediato a vida do paciente.

5.Vias aéreas
Todos os socorrista devem ser capazes de reconhecer e manejar as vias aéreas com domínio de técnicas básicas.
Preparação
01 Preparação – Princípios de Ouro

6.Ventilação
Manter a ventilação adequada para o paciente de trauma é fundamental para salvar a vida.

7.Controle de Hemorragias
Identifique e controle toda e qualquer situação que possa gerar hemorragias, inclusive antes mesmo de qualquer outro
procedimento, porém após a avaliação da segurança, tanto externa quanto internas.
8.Terapia de Controle de choque, (imobilização e controle de temperatura)
Esta situação é a principal causa de morte no trauma, portanto identifique os sinais de choque, controle as possíveis causas e
maneje os efeitos letais ao paciente como Hipotermia;
9.Imobilização
Manter imobilização do paciente até a chegada no S M E
10.Transporte
Paciente com alterações graves no ABCD, devem ser transportados de imediato.

ACIMA DE TUDO, NÃO CAUSAR MAIS DANOS


02

Avaliação da
Cena
02 Avaliação da Cena – Exercício de Fixação I
Responda as questões em uma folha separada e depois de concluir o exercício verifique as respostas na última pagina.

1 - Preparação. qual a melhor conduta diante de um paciente que sofre um trauma grave?
a) Manter o paciente na cena até que conclua todas as avaliações (tanto primária, quanto secundária).
b) Ser o mais objetivo possível, focando em aspectos primários (princípio de ouro)
c) Não se importar com o tempo, pois isso não influencia na sobrevivência do paciente

2 – Recursos, qual destes equipamentos não fazem parte de uma atendimento pré hospitalar de
suporte básico?
d) Ventilador manual bolsa máscara válvula (tipo: Ambú)
e) Desfibrilador Externo automático
f) Tomógrafo.

3 – Necessidade de Apoio, todo membro da equipe de atendimento deve?


g) Ter preparo emocional e físico
h) Ter recursos e ter conhecimento.
i) Ambas as respostas anteriores estão corretas.
Preparação
02 Avaliação da Cena – Segurança

Este é um momento extremamente importante na avaliação da cena, qualquer falha nesta avaliação pode acarretar um
problema grave para você, para sua equipe e para a cena como um todo

O QUE DIZ O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO?

“Art 135 Código Penal Bras.: Deixar de prestar assistência, quando possível fazer sem risco pessoal, a criança
abandonada ou extraviada, pessoal inválida ou ferida, ao desamparo ou iminente perigo, ou não pedir nestes casos,
socorro a autoridade pública, é crime.”

Segurança
RISCO BIOLÓGICO

a) Fluídos corporais podem transmitir doenças:

b) Sangue;

c) Vômito;

d) Fezes e Urina;

e) Saliva e suor;

Embora alguns menos dos que os outros existe um risco de se contrair doenças infecto contagiosas.
Preparação
02 Avaliação da Cena – Segurança

EQUIPAMENTO INDIVIDUAL:

Deve ser utilizado observando-se alguns aspectos

a) Tem que ter qualidade certificada;


Segurança
b) Deve ser utilizado de forma correta;

c) Tem que ter tamanho adequado;

d) Deve ser compatível com o risco;

e) Precisa ser bem armazenado e higienizado se reutilizáveis;


Preparação
02 Avaliação da Cena – Segurança

EXPLOSÃO
Avalie a possibilidade de alguma reação que possa provocar explosão. (gases em espaços confinados, GNV, etc..) chame os bombeiros

DESABAMENTO e RESGATE:
Verifique se há risco de cair algo sobre você ou você cair de cima de alguma estrutura. Chame os bombeiros

MATERIAIS ENERGIZADOS
Observe a presença de equipamentos elétricos, postes, fios e chame apoio de pessoal especializado responsável para verificar se
estão desligados.

ATROPELAMENTO:
Verifique se o trânsito está controlado, sinalize com cones ou chame apoio do policiamento de trânsito. (coloque um cone na relação
10 m para cada 10 Km/h)

AGRESSÃO:
Paciente ou familiares agressivos, em surto, agitados, cenas de homicídio, suicido, atentados, violência doméstica requerem apoio da
Policia. (acione 190)

PRODUTOS QUÍMICOS
Identifique a presença de produtos químicos no local, riscos de vazamentos, mantenha distância até que seja identificado os riscos
(aprox 100mts) Acione a
ABIQUIM: 0800 11 8270
Preparação
02 Avaliação da Cena – Mecanismo de Lesão

A CINEMÁTICA ESTABELECE UMA PREVISÃO DE GRAVIDADE


CONSIDERAR TRAUMATISMO GRAVE:
DAS LESÕES, BASEANDO-SE NA INTENSIDADE E NA (Protocolo BT3 SAMU 2016)

TRAJETÓRIA DA ENERGIA ENVOLVIDA NUM ACIDENTE. 1. Quedas > 1,5 vezes a altura do próprio corpo
2. Atropelamento
3. Colisão de Veículos a mais de 30Km/H
4. Morte de um dos ocupantes do veículo.
5. Ejeção do paciente
• PRINCIPIO DA INÉRCIA: 6. Danos graves ao veículo
7. Capotamento
8. Objetos penetrantes na cabeça, pescoço,
Todo corpo permanece em movimento ou parado até que tórax, abdome. Pelve e coxa
uma força incida sobre este corpo e tire-o da condição em
que se encontra. CONSIDERAR GRAVE, SE: (Protocolo PHTLS)
8ªEd)
1. Maior de 6,1 metros (para adultos)
2. Maior de 3 metros (crianças)
• PRINCIPIO DA AÇÃO E REAÇÃO: 3. Intrusão, incluindo o teto do veículo, maior que
30cm
4. Ejeção para fora do veículo
Toda a ação gera uma reação, no sentido contrário e de 5. Morte de um dos ocupantes
6. Atropelamento
igual intensidade. 7. Impacto maior que 30km/h (incluindo motos)
Preparação
02 Avaliação da Cena – Acionamento de Apoio
UMA CENA DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA ENVOLVE VÁRIAS TAREFAS, AVALIE A NECESSECIDADE DE ACIONA-LOS IMEDIATAMENTE.
ACIONE IMEDIATAMENTE QUANDO A DEMANDA FOR MAIOR QUE OS RECURSOS DISPONÍVEIS NO LOCAL.

RISCOS NA CENA
Você ferido não conseguirá ajudar alguém e ainda agravará a cena, deixando sua equipe
desfalcada, NÃO BANQUE O HERÓI

NECESSIDADE DE RESGATE
Lembre-se que a sua função na cena é estabilizar e transportar o paciente para o
hospital. Seus EPIs são básicos, seu conhecimento e recursos para aplicar uma
estratégias eficaz de resgate podem ser insuficientes para uma situação mais
complexa de salvamento. Chame pessoal especializado.

QUANTIDADE DE VÍTIMAS
Por mais que você obtenha recursos locais, a estrutura dos seus
recursos serão limitadas. Situações envolvendo múltiplas vítimas
requerem apoio de mais ambulâncias, de mais profissionais, e uma
organização na resposta que necessitará outros profissionais e
agências envolvidas

VITIMAS INCONSCIENTES
Se a vítima estiver inconsciente, considere pedir ajuda médica,
pois poderão ser necessários procedimentos invasivos
(Intubação, Drenagem de Tórax, etc..) que podem salvar a vida
da vitima se feitos precocemente.
02 Avaliação da Cena – Exercício de Fixação II
Responda as questões em uma folha separada e depois de concluir o exercício verifique as respostas na última pagina.

1 - Segurança da Cena. qual a melhor conduta diante de um paciente violento, agressivo e/ou
atentando contra a segurança da equipe?
a) Tentar conter o paciente, amarrando ele firmemente.
b) Ameaçar agredir, mostrando assim respeito e força.
c) Afastar-se, e de um local seguro, acionar a polícia.
d) Aguardar, pois estes pacientes não cumprem o que falam.

2 - Cinemática. o que significa CINEMÁTICA?


e) avaliar a gravidade das lesões, baseando-se na quantidade de energia envolvida no acidente.
f) não serve para avaliar a gravidade das lesões que um paciente pode ter.
g) avaliar a gravidade das lesões, baseando-se nas condições climáticas do ambiente.
h) avaliar a gravidade da lesão, baseando-se nas condições atmosféricas da cena.

3 – Necessidade de Apoio., todo membro da equipe de atendimento deve?


i) Ser o herói da cena, fazendo além da sua capacidade.
j) Realizar o atendimento de forma eficaz, sem bancar o herói.
k) Esperar que as pessoas chamem apoio e quanto vai fazendo o que tem que ser feito.
l) Atender sempre, mesmo que sem recursos próprios para tal.
03

Avaliação da
Vítima
03 Avaliação da Vítima

Abordagem Inicial

MOMENTO EM QUE SERÃO DEFINIDAS AS


PRIORIDADES PARA A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA PARA O
ATENDIMENTO DA VÍTIMA ( X A B C ou C A B)
MOTTO

• X – Hemorragias externas grandes

• A – Avaliação das vias aéreas

• B – Boa Ventilação

• C – Circulação/Choque
Fonte: PHTLS 9ª Ed
03 Avaliação da Vítima

ABORDAGEM
a) Vítima de trauma deve-se ser imobilizada antes de ser estimulada.
b) Segure a cabeça com uma das mãos antes de verificar o nível de consciência
apertando o músculo trapézio do paciente.
c) Se consciente, aproxime-se preferencialmente pela direção em que a
d) cabeça do paciente está virada
e) Caso haja hemorragia externa grande, esta deve ser controlada antes de
qualquer outro procedimento de avaliação do paciente.

CONSCIENTE ou INCONSCIENTE
• Se consciente, siga a sequencia X A B C
• Se inconsciente mas respirando, siga o X A B C
• Se inconsciente e não respira, siga o C A B

IMOBILIZAÇÃO MANUAL DA CERVICAL


Importante passo para segurança do paciente
03 Avaliação da Vítima
SANGRAMENTO EXTERNO:
• Realizar compressão sobre o local; pressione firmemente.
• Usar pano limpo (compressas, ataduras, etc...)
• Se encharcar o primeiro pano, não retire-o, coloque outro por cima.
• Não colocar nenhuma substância (Pô de café, açucar, etc...)

REALIZAR TORNIQUETE
• Deve ser aplicado 5 a 6cm acima do ferimento ou na parte mais proximal do membro afetado
• Se o sangramento não for contido com compressão sobre o ferimento, realizar torniquete.
• Não se deve afrouxar o torniquete em nenhuma hipótese.
• Não retirar até a chegada no hospital ( cerca de 120 a 150 minutos)
• O torniquete causará dor, porém é comum e não se deve afrouxar o aperto por causa disso.
• Dê preferência por dispositivos comerciais para estes fins, ao invés de improvisar.

PREENCHIMENTO DA LESÃO
• Se não houver um torniquete disponível aplique gaze dentro do ferimento e pressione com força
• Se o ferimento for em locais de difícil aplicação de torniquete (virilha, pescoço e axilas) use
• esta técnica.
• Dê preferência use gaze com hemostáticos, se não houver aplique qualquer pano limpo (ataduras,
bandagens, partes de roupas)
• Pode ser utilizado em pacientes de todas as idades
• Não é indicado em preenchimento do tórax e de abdome.

Hemorragia é a causa de morte evitável mais comum no trauma, controlar


imediatamente salva vidas.
03 Avaliação da Vítima

Manejo das Vias Aéreas (porta de entrada do O²)


EXISTEM TRÊS POSSIBILIDADES DE OBSTRUÇÕES:
• Sólidos; Resto de alimentos, prótese dentária, ossos, etc...
• Líquidos: sangue, vômitos
A-
Airway • Dobramento: Língua, faringe, edemas de glote

ANALISE:
• Presença de Objetos sólidos (ossos, comida, próteses)
• Presença de acúmulo de líquidos (sangue, vomito)
• Presença de roncos e gargarejos (alinhamento da via aérea)
03 Avaliação da Vítima

INTERVENÇÕES BÁSICAS:

1. Remova os sólidos que estiverem visíveis nas vias aéreas, use preferencialmente um pinça de
Maguil, (protocolo BP1 SAMU 2016) pois colocar a mão na boca paciente pode ser perigoso.

2. Aspire líquidos que estão nas vias aéreas

3. Fazer tração da mandíbula (primeira opção no trauma) ou elevação do queixo e inclinação da


cabeça (ultima opção no trauma);

4. Considerar uso de cânula orofaríngea;

5. Lateralize a vítima, preferencialmente em bloco, se qualquer uma das técnicas for impossível de
realizar

DISPOSITIVOS PARA MANEJO DE VIAS AÉREAS


03 Avaliação da Vítima

RESPIRAÇÃO

Este sistema tem a função de propiciar a entrada de oxigênio e a


saída de gás carbônico do organismo.(Hematose)

ANÁLISE:

• Frequência ventilatória rápida ou lenta demais (< 8 ou >


28mrpm (segundo o SAMU))

• Hipóxia (SpO² < 94%)


B- DISPOSITIVOS PARA MANEJO DE VENTILAÇÃO
Breath • Dificuldade para respirar

• Pneumotórax aberto ou fratura no tórax

• Suspeita de pneumotórax fechado

INTERVENÇÕES BÁSICAS:

• Usar dispositivo manual de ventilação (TIPO AMBÙ)*

• Quando a frequência ventilatória estiver < 8 e > 28 mrpm

• Quando saturação < 94% e após colocar O² entre 10 e 15 litros


por minuto, com mascara com reservatório (HUDSON)

• Fazer 1 ventilação a cada 6 segundos


03 Avaliação da Vítima
Contra indicado : Em caso de suspeita de Pneumotórax

EVITE HIPERVENTILAR O PACIENTE

É importante reconhecer situações respiratórias potencialmente fatais para o paciente

PNEUMOTÓRAX

Acumulo de ar no espaço entre as paredes do pulmão e do tórax.

Esta situação é potencialmente fatal e não é indicado ventilar o paciente com pressão positiva (AMBÚ), pois pode evoluir
para um Pneumotórax Hipertensivo.

Sinais e Sintomas:

Frequência ventilatória rápida ou lenta demais (< 8 ou > 28mrpm (segundo o SAMU))

Hipóxia (SpO² < 94%)

Dificuldade para respirar

Pneumotórax aberto (perfuração no tórax que borbulha)

Suspeita de pneumotórax fechado (Sinais: hematomas, afundamento ou protuberância)

PS: Suspeitar se houve mecanismo lesão compatível com trauma torácico.


Fonte: Protocolo SAMU 2016
03 Avaliação da Vítima

Intervenções básicas:
• Não ventilar o paciente com pressão positiva (AMBÚ)
• Aplicar curativo de 3 pontas (Pneumotórax aberto)
• Ofertar O² com máscara de Hudson (com reservatório)
• Solicitar intervenção médica
• Transportar assim que possível
03 Avaliação da Vítima

CIRCULAÇÃO

Sistema responsável pelo transporte de oxigênio para os órgãos e tecidos.

ANÁLISE:
• Mecanismo de lesão que indique possibilidade de lesão grave (cinemática)
• Sangramentos externos aparentes ou nas vestimentas
C-
Circulation
• Sinais de Hemorragias internas (deformidades, Hematomas, Lacerações) em regiões alvo:
Tórax, Abdome, Pelve e coxas
• Sinais de choque sistêmico

INTERVENÇÕES BÁSICAS:
• Buscar por sangramentos expressivos ou lesões indicativas de hemorragias
• Controlar sangramentos expressivos
• Aquecer a vítima com manta aluminizada ou cobertores
03 Avaliação da Vítima

CHOQUE = A incapacidade de oxigenação


adequada dos tecidos, causado por alguma
alteração circulatória.

SINAIS:
• Palidez, Pele Fria e Pegajosa, Sudorese,
Freq Cardíaca (maior que 100bpm)
• Freq Respiratória rápida e superficial
( menor que 8 e maior que 28 rpm),
• Hipotensão (sinal tardio), Alteração de Nível
de consciência (sinal tardio)
03 Avaliação da Vítima - Curativos

Amputação:

• Controlar a hemorragia na vítima; (se necessário aplique um torniquete).


• Juntar a parte amputada, colocar em um recipiente (saco plástico) limpo, e levar junto ao hospital.
• Não colocar em nenhuma substância (água, álcool, etc...) ou direto no gelo.

Lesão nos Olhos:

• Não remover o objeto;


• Não recolocar a globo ocular no lugar;
• Cobrir o local do ferimento; (copo ou pano)
• Cobrir os dois olhos para evitar agravo;
03 Avaliação da Vítima - Curativos

SANGRAMENTO NA CABEÇA

Avaliar a origem; (gravidade)

Não comprimir sobre o ferimento;

Cobrir o ferimento com pano limpo;

EVISCERAÇÃO

Não recoloque as vísceras para dentro da cavidade;

Cubra com plástico ou pano úmido e limpo;

Procure não usar líquidos

frios para irrigar os panos;

Não pressione, nem lave as vísceras no local;

OBJETO ENCRAVADO

Não remova o objeto do lugar;

Estabilize o objeto antes de movimentar a vítima;


03 Avaliação da Vítima - Curativos

Suspeita de Hemorragia interna, levar o paciente o mais rápido possível para o Hospital

RECONHECIMENTO:
• Mecanismo de lesão grave em Tórax, Abdome, Pelve e coxas...(suspeita imediata);
• Pele pálida, Fria, úmida; (indicativo de estado de choque);
• Respiração e Pulso com frequências elevadas;(indicativo de
• estado de choque);
• Alteração de nível de consciência;

INTERVENÇÃO:
• Manter a vítima calma;
• Cobrir a vítima para mantê-la aquecida;
• Não dar nenhuma substância para a vítima ingerir; Hemorragia é a
• Preparar a vítima para o transporte (imobilizações); principal causa de
• Comunicar imediatamente a regulação medica; choque no TRAUMA.
03 Avaliação da Vítima - Choque

É COLAPSO NO SISTEMA CIRCULATÓRIO, COMPROMETENDO A IRRIGAÇÃO SANGUINEA PARA OS ÓRGÃOS.


CHOQUE HIPOVOLÊMICO: (Principal evento associado ao trauma)
• Perda de líquido (Ex: sangramento, diarréia, vômito...)
• Normalmente provocado por hemorragia, quando associado ao trauma;
• Manter a vítima calma, cobri-la, e não dar nada para ingerir;
• Procurar estancar o sangramento e/ou transportar de imediato para o hospital

CHOQUE CARDIOGÊNICO:
• Incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente;
• Provocado por pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, etc...
• Neste caso, mantenha o paciente em posição confortável, aquecido e com membros inferiores elevados.
• Procurar um SME para controlar a situação com intervenção mais especializada
03 Avaliação da Vítima - Choque

CHOQUE DISTRIBUTIVO:
• Provocado pela incapacidade de os vasos sanguíneos contraírem e regularem o fluxo sanguíneo;
• Ex: choque anafilático, Neurogênico, Séptico,
• Neste caso, mantenha o paciente em posição confortável, aquecido e com membros inferiores
elevados.
• Procurar um SME para controlar a situação com intervenção mais especializada

CHOQUE NEUROGÊNICO OU VASOGÊNICO:


• Os sinais e sintomas são diferentes dos demais estados de choque: Pele Quente, seca, Rosada,
Bradicardia (acima da lesão) Pele Pálida, sudorética e pegajosa, (abaixo da lesão)
03 Avaliação da Vítima – Exercício de Fixação III
Responda as questões em uma folha separada e depois de concluir o exercício verifique as respostas na última pagina.

1 - Abordagem da vítima., em qual situação abaixo a avaliação da consciência da vítima não seria prioridade na
abordagem inicial?
a) Se um objeto encravado no corpo, a prioridade seria remover o objeto.
b) Se houvesse fratura nos membros inferiores, estas seriam a prioridade.
c) Se houver hemorragia externa grande, a prioridade seria controlar a hemorragia..
d) Se houver hematoma, pois indicaria hemorragia interna.

2 - X- Hemorragias Externas., em relação ao uso de compressão sobre o ferimento é correto afirmar:


e) Deve ser trocado o pano se estiver encharcado de sangue.
f) Só pode ser utilizado em pequenos sangramentos, pois não controla grandes hemorragias.
g) A cada 5 segundos devemos retirar para olhar se já estancou o sangramento.
h) Não se deve retirar o pano encharcado de sobre o ferimento, coloque outro por cima.

3 – A- Vias Aéreas., quando o paciente estiver com as vias aéreas obstruídas por líquido e não houver aspirador, o que
podemos fazer?
i) Ventilar com pressão positiva (AMBÚ).
j) Não movimentar o paciente, pois se trata de uma vítima de trauma.
k) Colocar o paciente deitado de lado, preferencialmente movimentando-o em bloco..
l) Manter o paciente na mesma posição até que pare de fluir líquidos para a via aérea.
03 Avaliação da Vítima – Exercício de Fixação III
Responda as questões em uma folha separada e depois de concluir o exercício verifique as respostas na última pagina.

4 – B-Respiração. qual dos procedimentos abaixo não está indicado fazer quando houver suspeita de PNEUMOTÓRAX?
• Ventilar com pressão positiva (AMBÚ).
• Colocar cânula orofaríngea
• Imobilizar o paciente em prancha longa.
• Colocar o colar cervical

5 - C-Circulação. Assinale abaixo a alternativa os sinais e sintomas considerados indicativos clássicos de Estado de
Choque?
• Pele Amarelada, frequência cardíaca de 80 bpm e tremores
• Sede, Pele avermelhada e suor
• Palidez, Pele Fria, suor abundante (sudorese)
• Frequência Respiração de 12 por minuto, Frequência cardíaca de 60 bpm e sede

6 - C-Circulação. marque a alternativa abaixo que melhor descreve o que fazer em caso de objeto encravado:
• Retirar o objeto do local onde está encravado para aumentar as chances de sobrevida da vítima.
• Não retirar o objeto encravado e estabiliza-lo para não aumentar as possíveis lesões.
• Retirar o objeto do local onde está encravado para diminuir a chance de infecção.
• Não retirar o objeto encravado, mas não estabiliza-lo para facilitar a retirada depois.
04

Transporte
04 Transporte – Período de Platina
Tempo de saída da cena não deve exceder 10 minutos

• Via Aérea comprometida ou ameaçada


• Frequência ventilatória muito rápida ou muito lenta;
• Hipóxia (saturação abaixo de 95%
• Dispneia
• Pneumotórax Aberto ou tórax instável
• Suspeita de pneumotórax (fraturas, hematomas, etc..)
INDICAÇÕES DE
• Suspeita de Pneumotórax Hipertensivo
TRANSPORTE
IMEDIATO • Hemorragia Externa significativa ou suspeita de hemorragias internas
• Choque
• Escala de Glasgow igual ou menor que 13
• Convulsão
• Déficit sensório ou motor
• Ferimento penetrante na cabeça, pescoço ou tronco, proximal ao cotovelo e joelho,
• Amputações ou quase amputações
• Co-morbidades (doenças pré existentes, distúrbios, síndromes...)
• Idade superior a 55 anos
• Crianças
• Hipotermia
• Queimaduras
• Gravidez acima de 20 semanas
• Condições de alto risco (avaliadas pelo socorrista na cena)
04 Transporte – Avaliação Neurológica D
EMBORA SEJA UMA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA É IMPORTANTE SER OBSERVADA COMO CRITÉRIO DE TRANSPORTE RÁPIDO
SE NENHUMA OUTRA ALTERAÇÃO INDICAR.

 RESULTADO da SOMATÓRIA
- até 8 pontos............................ Transporte Imediato
- de 9 a 13 pontos...................... Transporte imediato
- de 14 a 15 pontos.................... ESTÁVEL
ESCALA DE COMA DE GLASGOW:
O resultado deve ser passado descriminado para a equipe médica Ex: 10 = O 3 V 4 M 3
 ABERTURA OCULAR
- ESPONTANEA.................................. 4 pontos
- AO SOM.......................................... 3 pontos  REAÇÃO PUPILAR (perde pontos da somatória total)
- A PRESSÃO...................................... 2 pontos - As 2 Reagem a Luz............................ 0 pontos
- AUSENTE......................................... 1 ponto - Somente 1 reage a luz.................... - 1 ponto
- NÃO TESTÁVEL................................. NT - Nenhuma reage a luz.......................- 2 pontos

 RESPOSTA VERBAL
 RESPOSTA MOTORA
- ORIENTADA...................................... 5 pontos
- A ORDEM.......................................... 6 pontos
- CONFUSA ........................................ 4 pontos
- LOCALIZADORA................................. 5 pontos
- PALAVRAS........................................ 3 pontos
- FLEXÃO NORMAL.............................. 4 pontos
- SONS................................................ 2 pontos
- FLEXÃO ANORMAL............................3 pontos
- AUSENTE.......................................... 1 ponto
- EXTENSÃO......................................... 2 pontos
- NÃO TESTÁVEL................................. NT
- AUSENTE........................................... 1 ponto
- NÃO TESTÁVEL................................. NT
05

Imobilizações
05 Imobilizações – Colar Cervical

• Dispositivo auxiliar na imobilização da coluna cervical; Restringe parcialmente a movimentação da coluna do


paciente.
• Deve ter alguém segurando a cervical até que os coxins da maca sejam instalados;
• Não é a prioridade no atendimento, devendo ser colocado após avaliação e manejo do ABC do paciente.
• Deve-se medir o tamanho do colar para cada pescoço
• A colocação do colar cervical não indica liberação da estabilização manual da coluna cervical, esta só deve ser
realizada após a colocação dos fixadores (coxins) de cabeça da prancha longa;

A instalação do colar não é prioridade máxima no atendimento ao


politraumatizado enquanto a estabilização manual da cabeça puder ser
realizada de forma eficiente por um profissional. No entanto, esse dispositivo é
importante para a imobilização, pois limita os movimentos da coluna cervical e
ajuda a sustentar o pescoço, protegendo a coluna de compressão.
O paciente que apresenta comprometimento das vias aéreas, respiração ou
circulação deve receber as intervenções de correção desses problemas antes da
instalação do colar cervical, enquanto um profissional executa a estabilização
manual da cabeça. Assim que for possível, o colar deverá ser instalado.

Protocolo SAMU BT 17
05 Imobilizações – Prancha Longa

CRITÉRIOS PARA IMOBILIZAÇÃO EM PRANCHA LONGA (NEXUS)

Segundo protocolo do Colégio Americano de Cirurgiões e da Associação Americana de Médicos


de Emergência paciente só deve ser imobilizado, se:

• Alteração Neurológica Focal (formigamento, paralisia,etc..)


• Sensibilidade ou dor na linha espinhal média
• Alteração de Nível de consciência
• Intoxicações (Ex: Álcool, drogas)
• Lesão que distraia
• Incapacidade de se comunicar

Imobilizações podem ser prejudiciais ao paciente se desnecessárias, é importante seguir algum critério de
elegibilidade para imobilizar o paciente. É importante considerar que o paciente pode ter outras situações
muito mais graves (Ex: Hemorragias internas) que podem deteriorar o seu quadro de saúde se atrasado o
tratamento dentro hospital.
05 Imobilizações – Rolamento de 90°

1. Quando deitado em decúbito dorsal (posição supina)


2. O Paciente deve ser rolado em bloco para um dos lados
3. Preferencialmente um lado inverso de alguma lesão
Posição 4. Deve-se inspecionar o dorso a procura de lesão neste momento
Supina
5. Coloque a prancha mais acima do paciente para poder desliza-lo para o ponto
de imobilização da cervical;

6. Preferencialmente não erga o paciente para posicioná-lo na prancha longa


7. O movimento deve ser sincronizado (Cabeça e tronco)
8. Após recoloca-lo na posição 0º, Arraste-o para a posição de imobilização final
sobre a prancha.
Cuidados
9. Não arraste o paciente para o lado, somente para cima/lado (diagonal)
10. Você deve fixar todo o corpo antes de prender a cabeça do paciente no COXINS
da prancha longa,
11. Fixe o tórax usando a técnica de cintos
05 Imobilizações – Rolamento de 180°

Quando deitado em decúbito ventral:

01. Movimentar o paciente em bloco para o lado oposto de onde o rosto está virado;

02. Atentar para o posicionamento das mãos de quem segura a cervical

03. Atentar para a distância de chegada do paciente após o rolamento, para quem está na segurando a cervical

Segundo o Colégio Americano de Cirurgiões, a imobilização em prancha longa deve ser criteriosa diminuindo assim a

imobilização sem necessidade, pois se não for necessária a imobilização não deve ser feita. (veja os artigos sobre

imobilização de coluna que complementam o material didático)

Clique aqui e assista o vídeo completo sobre as imobilizações


05 Imobilizações – Exercício de Fixação IV
Responda as questões em uma folha separada e depois de concluir o exercício verifique as respostas na última pagina.

1 - D-Dano Neurológico. Assinale abaixo qual alternativa descreve para que serve a escala de coma de Glasgow:
a) Para avaliar o nível de oxigênio circulando no sangue do paciente..
b) Para avaliar o nível glicose armazenado do paciente.
c) Para avaliar o nível de consciência do paciente.
d) Para avaliar a causa da inconsciência do paciente.

2 - T-Transporte. assinale a alternativa abaixo qual opção TODOS indicam necessidade de transporte imediato para o
paciente de trauma:
e) Alteração respiratória, Hemorragias graves e Escala de Glasgow de 15
f) Vias aéreas desobstruídas, Hemorragias graves e Escala de Glasgow de 8
g) Via aérea comprometida, fratura de fêmur e Escala de Glasgow de 14
h) Suspeita de Pneumotórax, Estado de choque e Escala de Glasgow de 13

3 – I-IMOBILIZAÇÕES. marque a alternativa que descrevem quais situações indicam necessidade d imobilização de
coluna na prancha longa:
i) Todos os pacientes vítimas de trauma, independente de qualquer outro critério
j) Pacientes que apresentam alterações em Nível de consciência e Incapacidade de falar após o trauma
k) Pacientes que estão caminhando na cena após o acidente
l) Pacientes que sofreram traumas leves (queda da altura do próprio corpo)
06

Gabarito
06 Gabarito
Exercício de Fixação III

Resposta da questão 1 - C
Exercício de Fixação I
Resposta da questão 2 - D
Resposta da questão 1 - B
Resposta da questão 3 - C
Resposta da questão 2 - C
Resposta da questão 4 - A
Resposta da questão 3 - C
Resposta da questão 5 - C

Resposta da questão 6 - B

Exercício de Fixação II
Exercício de Fixação IV
Resposta da questão 1 - C
Resposta da questão 1 - C
Resposta da questão 2 - A
Resposta da questão 2 - D
Resposta da questão 3 – B
Resposta da questão 3 - B
Obrigado!

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