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UNIDADE 3 - A Terra, um planeta em mudança

TEORIAS
Desde há cerca de 4600 milhões de anos que a Terra tem vindo a sofrer numerosas
transformações.
Os seres vivos atuais resultam da evolução dos seres vivos ao longo da vida da Terra.
O homem, nomeadamente geólogos com o contributo de outras áreas da ciência tem
procurado explicar as evoluções do nosso planeta.
Existem duas principais linhas de pensamento, uma envereda por uma sucessão de
acontecimentos violentos (Catatrofismo) e outra por uma sucessão tranquila
(Uniformitarismo).
3.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO RACIOCÍNIO GEOLÓGICO
Catatrofismo / Teoria Catastrofista / Teoria das Revoluções
As grandes alterações da Terra foram originadas por catástrofes. Vontade ds
intervenção divina. Sendo as especies repostas.
Esta teoria enraizada nas crenças religiosas dominou nos séculos XVII e XVIII e rejeitada no
século XIX.

Georges Cuvier (1769 -1832), pai da paleontologia,


foi um acérrimo defensor desta teoria.
Cuvier, explicava que as grandes extinções teriam
ocorrido por catástrofes que ocorreriam na Terra
com alguma regularidade, a última teria coincido
- com o dilúvio descrito na Bíblia, o que se seguia
um período de calmia e as espécies extintas eram
substituídas por outras Espécies que viriam
de locais não afetados pelas catástrofes.

Uniformitarismo e atualismo - as alterações da Terra são um somatório de pequenas


alterações originadas por processos lentos naturais. As catástrofes naturais são vistas como
fenómenos pontuais sendo incapazes de provocar as alterações na Terra.
O uniformitarismo divide-se em GRADUALISMO e CAUSAS NATURAIS.
GRADUALISMO - As mudanças no planeta terra são lentas e graduais.
CAUSAS NATURAIS - O presente é a chave do passado.

James Hutton (1726 -1797), pai da geologia moderna, foi um


defensor desta teoria. Segundo ele, as montanhas terão
sofrido desgaste dos agentes erosivos ao longo de um grande
período de tempo e que as transformações geológicas poderiam
Ser explicadas à luz do que acontece na atualidade
(princípio do atualismo). Hutton reconheceu que alguns
fenómenos catastróficos poderiam ter influenciado
a história da Terra.
http://en.wikipedia.org/wiki/James_Hutton
Atualismo - "O presente é a chave do passado" . Os processos
modeladores da Terra no presente terão sido os mesmo do passado.
O Atualismo permite interpretar os processos antigos à luz dos acontecimentos atuais, no entanto,
é preciso reconhecer que alguns fenómenos catastróficos poderão ter tido influência na
transformação da Terra. Aparece, então, um novo princípio, o Neocatatrofismo.
Neocatatrofismo - O planeta vai-se transformando gradualmente através de fenómenos
naturais mas esporadicamente os fenómenos catastróficos influenciam na evolução da Terra. A
ideia de base está no uniformitarismo mas inclui a influência dos fenómenos catastróficos.
MOBILISMO GEOLÓGICO, AS PLACAS TECTÓNICAS E OS SEUS
MOVIMENTOS.
Antes do século XIX admitia-se que na Terra haviam movimentos de blocos continentais que
explicavam a formação de cadeias montanhosas, no entanto só no século XIX começou a surgir
a ideia que o aspeto da superfície terrestre mudaria em consequência dos movimentos laterais
das massas continentais - mobilismo geológico. Em meados do século XX, com a Teoria da
Tectónica de Placas dá-se uma nova revolução na geologia.
TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL
Proposta por Alfred Wegener a partir de uma série de evidências e estabelecendo uma
analogia com o comportamento dos icebergs (os continentes de menor densidade, deslocavam-
se sobre os fundos oceânicos, mais densos, devido a forças, como a da ação da gravidade).

Segundo o modelo de Wegener,


os continentes teriam estado reunidos num único supercontinente (Pangeia),
rodeado por um enorme oceano (Pantalassa).

SEQUÊNCIAS ESTRATIGRAFICAS
Principio da horizontalidade original - A deposiçao dos sedimentos ocorre
geralmente em estratos horizontais
Principio da sobreposiçáo dos estratos - Numa sequência de estratos não
deformados, qualquer estrato inferior a outro é sempre mais antigo do que este.
ALTERAÇÁO DO NÍVEL DOS MARES
Aumento da temperatura média do planeta - degelo dos gleciares e expansáo
termica da água - aumento do mível médio das águas do mar - avanço sobre as
areas continentais - transgressáo marinha.
Diminuiçáo da temperatura global - Formaçáo de glaciares e aumento das calotas
polares - diminuiçáo do nível médio das águas do mar - recuo do mar em relação às
áreas continentais - Regressão marinha.
SEQUÊNCIAS GRANULOMÉTRICAS
- POSITIVA - Os detritos de maiores dimensões - necessitam de maior energia - dão
à costa. Os de pequenas dimensões - necissitam de pouca energia - mar profundo.
Da zona costeira - tempo - mar profundo - transgressão marinha
- NEGATIVA - Os detritos de maiores dimensões - necessitam de maior energia - dão
à costa. Os de pequenas dimensões - necissitam de pouca energia - mar profundo-
Mar profundo - tempo - costa - Regressão marinha
MORFOLOGIA DO FUNDO DOS OCEANOS

SÓ EXISTEM FOSSAS NO OCEANO PACÍFICO NÃO HÁ NO OCEANO ATLANTICO.

Rochas continentais - Magmãticas intrusivas sedimentares e metamorficas, mais antigas,


menos densas, mais deformadas.

Rochas do fundo oceânico - Magmáticas, extrusivas, mais jovens, mais densas e menos
deformadas, com mineriasa ricos em Fe e Mg.

EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS


Do dorifte sai magma que solidifica em basalto o basalto recém formado faz afastar o
basalto mais antigo e como consequencia o fundo oceânco espande os continentes que
estão das margens do oceano afastam-se.

ZONAS DE SUBDUÇÃO

- As zonas de subdução correspondem as fossas oceanicas zonas do mar profundo


junto à costa dos continentes.

- A fusão da placa oceânica gera magma que faz surgir cadeias de de vulções
paralelas à costa, ex. cordilheira dos andes.

- Os ramos ascendentes coincidem com zonas de rifte e os ramos descendentes


coicidem com as zonas de subdução.
Litosfera - é a camada mais externa da terra, mais dura e mais fina.

Astenosfera - parte do manto que está por baixo da litosfera.


CORRENTES DE CONVECÇÁO TERMICA

O calor interno da Terra provoca correntes de convecção térmica na astenosfera, onde a rocha
é menos rígida, embora esteja no estado sólido.
Estas correntes arrastam consigo a litosfera, camada rochosa mais exterior, fria e rígida. Estas
forças acabam por partir a litosfera em pedaços – as placas litosféricas. Elas são arrastadas,
afastando-se em alguns locais e chocando noutros locais.

0 calor interno da Terra provoca correntes de convecção térmica na astenosfera, onde a rocha
é menos rígida, embora esteja no estado sólido. Estas correntes arrastam consigo a litosfera,
camada rochosa mais exterior, fria e rígida. Estas forças acabam por partir a litosfera em
pedaços – as placas litosféricas. Elas são arrastadas, afastando-se em alguns locais e chocando
noutros locais

Limites das placas


Os limites das placas podem ser:

DIVERGENTES,

CONVERGENTES

TRANSFORMATIVOS

Divergentes - Zona do rifte (ZONA DE CONSTRUÇÃO DA CROSTA),


atividade vulcanica intensa, atividade sismica de baixa magnitude ou
moderada, forças distensivas com ramos ascendentes das correntes de
convecção.

Num limite divergente (ou limite construtivo) as placas estão sujeitas a forças
distensivas, afastam-se e há formação de nova litosfera. Os riftes existem nos limites
divergentes de placas. Eles correspondem a fendas por onde ascende magma que, ao
consolidar, forma basalto.
Uma das provas que o Rifte é uma zona de construção de crosta oceânica é o
estudo do paleomagnetismo (campo magnético da Terra ao longo dos tempos)
nas rochas do rifte.
O material vulcânico dos fundos oceânicos é constituído por basalto. O basalto
é uma rocha com minerais ferromagnesianos, estes materiais são atraídos
pelo campo magnético da Terra (a prova é que te podes orientar com uma
bússola).
Quando o material solidifica, os minerais magnéticos ficam com uma
determinada orientação.

LIMITES DIVERGENTES ENTRE DUAS PLACAS CONTINENTAIS -

CONTINENTE-CONTINENTE
Atividade vulcanica fussural ou central e formação de um vale rifte continental.
LIMITES DIVERGENTES ENTRE DUAS PLACAS COM LITOSFERA OCEANICA

OCEANO - OCEANO
Formação e expansão de oceanos e formação de dorsal medio-oceanico.

Convergentes - Zona de subducção -fossa oceânica - (ZONA DE


DESTRUIÇÃO DA CROSTA)

LIMITES CONVERGENTES ENTRE DUAS PLACAS COM LITOSFÉRA OCEÂNICA -

OCEANO-OCEANO

Quando duas placas com litosfera oceânica estão sujeitas a forças compressivas
colidem e uma delas sofre subducção. Forma-se uma depressão profunda – fossa
oceânica. A subducção conduz ao aquecimento e à fusão dos materiais. A lava ascende
à superfície através de vulcões, que podem emergir formando ilhas - atividade
sismica relevante
Limites convergentes entre uma placa com litosfera oceânica e uma placa com
litosfera continental
OCEANO-CONTINENTE
Na colisão, a placa com litosfera oceânica, mais densa, sofre subducção. Há
destruição de litosfera (principalmente oceânica), espessamento da litosfera
continental, formação de montanhas e vulcanismo.- atividade sismica relevante
Limites convergentes entre duas placas continentais
CONTINENTE-CONTINENTE
A crosta continental tem uma densidade muito baixa em comparação com a da
astenosfera, logo não sofre subducção. A colisão entre estas placas leva ao
espessamento da litosfera, ou seja, as rochas sofrem deformações e formam-se
montanhas, no interio do continente.

Conservativos - Por exemplo no rifte, perpendiculares a este, existem


inúmeras falhas perpendiculares ao vale (FALHAS TRANSFORMANTES) e onde
não há nem construção, nem destruição de crosta. Um outro exemplo é a falha
de Santo André, nos USA, local onde existe o contacto da placa do pacífico e da
Norte-Americana. Atividade sismica relevante

as forças de cisalhamento, deslizam lateralmente uma em relação à outra ao longo


de uma falha
Limites transformantes entre duas placas continentais

CONTINENTE-CONTINENTE

Falha de santo andré


Limites transformantes entre uma placa com litosfera oceânica e uma placa com
litosfera continental
OCEANO-CONTINENTE
falhas transformantes entre seções da dorsal oceânica

A DATAÇÃO RELATIVA E ABSOLUTA

Princípio da horizontalidade dos estratos -Os estratos depositam-se na posição


horizontal.
A mudança de estrato deve ser :
diferença de cor, granolusidade, tipo de rocha, tipo de fosseis

Princípio da sobreposição dos estratos - Os estratos mais recentes estão sobre os mais
antigos.

- excepcões - dobras, falhas, cavidades

Princípio da interseção - Com uma entrada de granito no meio das camadas de estratos o
granito é mais recente.

Princípio da inclusáo - O magma ao ser expelido pode levar rochas agarradas sendo estas
rochas mais antigas, que o magma..

Superficie de descontinuidade - Houve uma paragem na sedimentação e erosão dos


estratos superiores. A descontinuidade separa as duas sequencias estratigraficas.

FOSSEIS
O QUE SÃO FÓSSEIS?
Os fósseis são restos de seres vivos (por exemplo, ossos, dentes, troncos) ou manifestações da
sua atividade (por exemplo, ovos, sementes, excrementos, pegadas, tocas) que ficaram
conservados em rochas ou noutros materiais naturais.

CONDIÇÕES QUE INFLUENCIAM A FOSSILIZAÇÃO

O soterramento rápido do cadáver, o que acontece mais facilmente em ambiente aquático e


calmo, ...… impede a destruição ou a predação do cadáver.s sedimentos finos que soterram o
cadáver... protegem o cadáver dos predadores diminuem a quantidade de oxigénio junto do
cadáver, o que dificulta a decomposição (sobretudo das partes duras, como ossos e conchas);
fixam com mais detalhe as formas do organismo.

Somatofósseis – fósseis de partes do corpo dos seres vivos, como dentes, ossos, conchas ou
troncos, por exemplo. Mamute congelado, animal no ambar

Icnofósseis – fósseis de vestígios da atividade dos seres vivos, como excrementos (coprólitos),
pegadas, tocas, ninhos ou ovos.NINHO DE DINOSSAURO PEGADA DE DINOSSAURO

DATAÇÃO ABSOLUTA (OU RADIOMÉTRICA) DAS ROCHAS

Aparelhos sofisticados permitem datar rochas e fósseis com grande precisão.

Os intervalos de incerteza podem ser inferiores a um milhão de anos.

Os métodos de datação radiométrica baseiam-se na quantificação de isótopos instáveis


(radioativos) existentes em alguns minerais.

Conhecendo a velocidade de desintegração dos isótopos e a quantidade de isótopo que já se


desintegrou, é possível determinar a idade das rochas.

ERAS GEOLOGICAS

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