A TERRA – UM PLANETA EM MUDANCA
4.1. PRINCIPIOS BASICOS DO RACIOCINIO
GEOLOGICO
-> A terra, particularmente a sua superfície, tal como a
conhecemos atualmente é o resultado de um
conjunto de processos, ora tranquilos ora de uma
violência extraordinária, que tem atuado sobre ela ao
longo da sua historia.
-> Acreditava-se que a criação da Terra, as diferentes
formações rochosas, a forma dos continentes e dos
oceanos, os fosseis presentes nos estratos das rochas
sedimentares, e outros fenómenos da natureza
geológica e biológica, eram o resultado da vontade e
da intervenção divina.
-> Fenómenos extremamente violentos eram vistos
pela antiga sociedade como castigos de uma
divindade.
• A esta corrente de pensamento damos o
nome de Catastrofismo.
-> Depois desta corrente estética surgiu o
Uniformitarismo, sendo este caracterizado por um
pensamento mais racional.
• Os uniformitaristas defendiam que as rochas
se formaram a partir de processos naturais
(processos físicos e químicos semelhantes aos
que existem atualmente) sem intervenção de
qualquer tipo de divindade.
-> As ideias fundamentais desta nova corrente de
pensamento geológico são:
• as leis naturais são constantes no tempo e no
espaço
• o passado pode ser explicado com base no
presente, dado que as causas de
determinados fenómenos do passado são
idênticas as que provocam o mesmo tipo de
fenómenos no presente. – Principio do
Atualismo (o presente é a chave do passado).
• os processos geológicos são lentos e
graduais, verificando-se de facto que na
atualidade os fenómenos geológicos são em
regra desse modo. – Principio do
Gradualismo.
-> Apos haver uma coexistência pouco pacifica entre
o Catastrofismo e o Uniformitarismo, os cientistas
criaram uma nossa corrente estética de pensamento,
o Neocatastrofismo.
• O planeta vai-se transformando
gradualmente através de fenómenos
naturais mas esporadicamente os fenómenos
catastróficos influenciam na evolução da
Terra.
Nota: A ideia de base está no Uniformitarismo
mas inclui a influência dos fenómenos
catastróficos.
4.2. MOBILISMO GEOLOGICO
-> Desde a Teoria da Deriva dos Continentes ate ao
aparecimento da Teoria da Tectónica de Placas,
muitos avanços e recuos se deram nas Ciências
Geológicas.
-> A Teoria da Deriva de Continentes admitia que as
massas continentais se moviam. Para argumentar os
defensores do mobilismo apresentavam argumentos
geomorfólogos (encaixe dos continentes) admitindo
que a Terra já possui apenas um continente- Pangeia-
e um grande oceano – Pantalassa.
-> A Teoria da Tectónica de Placas defende que a
litosfera se encontra fragmentada em diferentes
porções e estas encaixam-se umas nas outras como
peças de um puzzle, a esses fragmentos chamamos de
placas litosféricas/tectónicas.
• Estas placas movimentam-se sobre uma zona
rígida que apresenta comportamento plástico
(astenosfera) e sobretudo com a
consequência das correntes de convecção (a
astenosfera move a sua base menos densa
ascendo alguns matérias onde os menos
arrefecem e baixam a sua densidade,
voltando a descer)
 A TERRA – UM PLANETA EM MUDANCA

-> As fronteiras das placas são locais onde o

movimento entre as diferentes placas faz com que
haja grandes quantidades de energia envolvidas,
sendo essas zonas propícias a atividade vulcânica e
sismos.

-> Existem três tipos de fronteiras entre placas:

• Limite construtivo (divergente) – movimento

de afastamento entre placas leva que haja a
ascensão de magma nesses locais e
consequentemente formação de litosfera.
• Limite destrutivo (convergente) – movimento
de aproximação de placas, provocando a
construção de placas (montanhas) ou
destruição de placas (subducção).
• Limite transformante (conservativo) –
movimento de deslize entre duas placas
onde não existe construção nem formação de
placas