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Biologia e Geologia

2023/2024 Tema I- A geologia, os geólogos e os seus métodos

Documento Informativo Assunto: Ciclo litológico (também é conhecido por ciclo das rochas).

Cuvier verificou a existência de descontinuidades importantes e bruscas nas faunas, hoje


referidas por “extinções em massa”, que interpretou como catástrofes, após as quais eram
criadas novas faunas que viveriam até à sua extinção, numa nova catástrofe. Esta teoria, que
marcou grande parte do pensamento geológico até meados do século XIX, explicava não só as
citadas descontinuidades faunísticas, mas também as alterações ocorridas na Terra como tendo
sido causadas por acontecimentos súbitos e catastróficos, principalmente inundações
(responsáveis pela ocorrência de fósseis marinhos em regiões muito afastadas do mar) que alguns
aceitavam como castigos ditados pelo divino Pai. Cuvier defendia que estas catástrofes, a que
chamou revoluções, tinham atingido determinadas regiões do Globo, extinguindo faunas e floras
que somente podiam ser estudadas através dos seus restos fossilizados. Após estes eventos, que
se repetiram ao longo da história do planeta este, que foi o grande mestre de anatomia
comparada, admitia que estas regiões tinham sido repovoadas por organismos oriundos das
regiões não atingidas pelas ditas revoluções.
Por catastrofismo, Georges Cuvier entendeu uma cadeia de catástrofes grandiosas no passado que
causaram a morte de todo o mundo animal e vegetal. Mais tarde, a teoria das catástrofes foi
emprestada pela sociologia e outras ciências sociais e políticas, juntamente com algumas outras
teorias das ciências naturais, que foram usadas de forma modificada para explicar vários processos
que ocorrem na sociedade. Deve-se dizer que o pensamento filosófico acumulou pré-requisitos
suficientes para o surgimento da ideologia do catastrofismo. Como exemplo, pode-se citar, por
exemplo, a Atlântida de Platão ou as ideias de alguns economistas do século XIX. sobre o
crescimento da população mundial e o desenvolvimento da agricultura, respectivamente, em
progressões geométricas e aritméticas.

Cuvier explicava essas catástrofes da seguinte forma: o mar avançava sobre a terra e absorvia toda
a vida, depois o mar retrocedeu, o fundo do mar tornou-se terra, povoada por novos animais. De
onde eles vieram? Cuvier não deu uma resposta clara a isso. Ele disse que novos animais podem
ter migrado de lugares distantes onde viviam antes.

Cuvier apoiou seu raciocínio com exemplos. Se o mar inundasse a Austrália moderna, disse ele,
toda a variedade de marsupiais e monotremados seria enterrada sob sedimentos e todas as
espécies desses animais seriam completamente extintas. Se uma nova catástrofe conectasse as
terras da Austrália e da Ásia, os animais da Ásia poderiam se mudar para a Austrália. Finalmente,
se uma nova catástrofe destruísse a Ásia, a terra natal dos animais que migraram para a Austrália,
seria difícil estabelecer estudando os animais da Austrália de onde eles vieram. Assim, Cuvier,
confiando apenas nos fatos que a geologia e a paleontologia europeias lhe deram, foi forçado a
admitir a existência de catástrofes na história da Terra, porém, de acordo com suas idéias, elas não
destruíram todo o mundo orgânico ao mesmo tempo. Tempo.

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5450 – 003 Vila Pouca de Aguiar
A Teoria do Uniformitarismo foi desenvolvida por dois
geólogos, James Hutton, conhecido como pai da geologia, e Charles Lyell, sendo este princípio
um dos mais importantes da geologia até os dias atuais, pois utilizando-o como base, diversos
estudos importantes nas geociências foram desenvolvidos, contribuindo para a ciência de
maneira geral. Hutton sugeriu que a Terra era muito mais antiga do que se acreditava na
época e que, os processos naturais que operam no presente são os mesmos que um dia
ocorreram no passado.
Apoiado por Lyell, que popularizou a teoria em seu livro "Princípios de Geologia", o
Uniformitarianismo surge com a premissa que a Terra sempre mudou de maneira uniforme e
"o presente é a chave do passado". Sendo a Terra a mesma desde o início, os processos atuais
podem ser analisados diretamente e explicar possíveis eventos do passado, uma vez que as
leis naturais são constantes (uniformes) no espaço e no tempo, além de "repetíveis" - como
por exemplo, a erosão e o intemperismo moldando a paisagem. Ou seja, essa Teoria afirma
que esses processos sempre existiram ao longo do tempo geológico e os fatores que os
causaram no passado são iguais aos atuais e acontecem com a mesma intensidade. A
mudança geológica é lenta, e gradual.

O conceito é aplicado a todos os tipos de processos geológicos. Por exemplo, rios erodem
vales e constroem deltas gradualmente. As montanhas sobem a uma taxa imperceptível e
erodem com a mesma lentidão. As estalactites requerem incontáveis anos para se formar
(assim como as cavernas em que são encontradas). As rochas sofrem desgaste pouco a pouco,
e o sedimento resultante é depositado de forma incremental, camada sobre camada, para
eventualmente se tornar rochas sedimentares.

A outra grande ideia inerente ao uniformitarismo é que a Terra é um lugar muito antigo. Para
processos de operação lenta (como deposição de rio) para criar características geológicas
(como um delta), era necessária uma idade muito mais antiga para a Terra do que o
catastrofismo presumia. Assim, a ideia da imensidão do tempo geológico (às vezes chamado
de tempo profundo) também começou com o trabalho de Hutton.

Os catástrofistas tinham uma linha de pensamento baseada no criacionismo – a terra foi


criada por Deus e assim permanece desde então e permanecerá no futuro Pensamento de raiz
fixista (O fixismo propunha na biologia que todas as espécies foram criadas tal como são por
poder divino, e permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que
jamais ocorressem mudanças significativas na sua descendência. Um dos maiores defensores
do fixismo foi o naturalista francês Georges Cuvier. O fixismo na geologia, sustenta que os
continentes teriam se mantido estáveis e fixos em seus lugares atuais através de toda história
geológica. Essa corrente de pensamento antecede historicamente a teoria proposta por Alfred
Wegener em 1912, da deriva continental, que propõe que os continentes tenham se movido
ao longo das eras)

Neocatastrofismo ou Catastrofismo Atualista , conrrente que aceita os principios do


uniformitarismo, mas admite a existência de catástrofes esporádicas e intensa, com
importantes modeladores da vida e da geodinâmica terrestre.

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