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Mecanismo de evolução
Objetivos:
 Interpretar situações concretas à luz do Lamarckismo, do Darwinismo e da perspetiva neodarwinista.
 Explicar situações que envolvam processos de evolução divergente/ convergente.
 Explicar a diversidade biológica com base em modelos e teorias aceites pela comunidade científica.

Mecanismos de evolução
 Fixismo

 As espécies não sofrem transformações, permanecendo imutáveis ao longo dos tempos

- foram criadas tal e qual como são na atualidade.

Evidência:
Durante o período de vida humana, observamos que as gerações de indivíduos são constituídas por indivíduos
idênticos que não sofreram grandes modificações.

Ideia de imutabilidade Caráter eterno

As espécies são permanentes e perfeitas.

Defensores:
Platão (427 – 347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C) – as suas ideias marcavam profundamente a civilização
ocidental.
Durante a Idade Média, as suas obras foram utilizadas por grandes defensores do Fixismo.

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Mecanismos de evolução
 Fixismo

Princípio Criacionista Geração espontânea

ou ou
Criacionismo Espontaneísmo

Os seres vivos foram originados por
criação divina.
Esta criação é perfeita e estável.
As imperfeições que ocorrem, por vezes,
são consequência da imperfeição e
corrupção do Mundo.
Os seres vivos são criados a partir de
matéria inanimada.
Devido a um princípio ativo ocorre a
transformação da matéria e surge a vida
(os ratos surgem do pó e restos
alimentares).

Mecanismos de evolução
 Primeiros passos para o evolucionismo

Carl Von Linné (1707 – 1778),

conhecido como Lineu
Dedicou-se à classificação dos seres vivos (Sistemática); realizou um
estudo pormenorizado de semelhanças e diferenças entre indivíduos,
sugerindo relações de parentesco e, para alguns naturalistas da época,
uma possível origem comum.
Desenvolvimento da Paleontologia
O estudo dos fósseis mostrava que algumas das espécies encontradas
não tinham correspondência com as espécies atuais.
Os fósseis tinham características distintas dependendo do facto de
serem encontrados em diferentes estratos.

George Cuvier (fixista) propôs a Teoria do Catastrofismo.

1. Alguns fenómenos naturais que ocorriam em determinados locais da Terra conduziram à destruição dos seres vivos. Desta
forma, o Catastrofismo explicava o surgimento de determinadas formas fósseis em alguns estratos, sem que houvesse
continuidade dessas formas de vida nos estratos mais recentes.

2. Os fósseis de formas extintas correspondiam a restos de criações anteriores.

3. As catástrofes que tinham um alcance global, levando à destruição global dos seres vivos do planeta, eram seguidas de atos
de novas criações divinas, permitindo o repovoamento.

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Mecanismos de evolução
 Primeiros passos para o evolucionismo
George-Louis Leclerc Uniformitarismo
(1707-1788), conde de Buffon James Hutton
As espécies derivam umas das outras por degeneração,
existindo formas intermédias até aos dias atuais, tratando-se
(1726-1759)
Transformismo

de um processo de transformação lento e gradual.
O tempo geológico é fundamental para que ocorram as
transformações, e o clima e a disponibilidade de alimento
são os principais fatores causadores de mudança.
“as espécies menos perfeitas, mais delicadas, menos ativas,
menos armadas, já desapareceram ou irão desaparecer”
Considerado o pai da geologia moderna, publica Theory of the Earth
(Teoria da Terra), um tratado sobre fenómenos geológicos que abala as
ideias catastrofistas.
Hutton estabelece uma idade para a Terra bastante superior àquela
admitida até então e defende que as forças naturais de hoje são as mesmas
desde sempre, isto é, os fenómenos geológicos repetem-se ao longo da
história da Terra – Teoria do Uniformitarismo.

Pierre Louis Maupertuis Gradualismo

(1698-1759)
As espécies resultavam de uma seleção provocada
pelo meio ambiente resultando na infinidade de
seres vivos que eram observados na atualidade.
Charles Lyell
(1797-1875)
Prossegue com as ideias avançadas por Hutton e confirma a Teoria do
Uniformitarismo concluindo que:
- as leis naturais são constantes no espaço e no tempo;
- a maioria das alterações geológicas dá-se de forma lenta e gradual.

Mecanismos de evolução
 Evolucionismo
 A diversidade de seres vivos resulta de um processo dinâmico de lenta transformação
de espécies ao longo do tempo.
 Os defensores do evolucionismo tentam dar resposta a algumas questões, tais como:

Quais são as alterações Qual foi a

do meio que estão capacidade de Qual é o resultado
relacionadas com a adaptação dos dessa adaptação?
evolução das espécies? seres vivos?

Lamarckismo Darwinismo Neodarwinismo

Lamarck (1744 – 1829) Darwin (1809 – 1882) Reformulação do Darwinismo com
os conhecimentos de genética de
Mendel (1822 – 1884)

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Lamarckismo
Mecanismos de evolução Lamarck (1744 – 1829)
 Lamarckismo
 O ambiente e as necessidades dos indivíduos são as causas responsáveis pela evolução
dos seres vivos.
 Os seres vivos têm um impulso interior que lhes permite adaptarem-se ao meio, quando
pressionados por alguma necessidade imposta pelo ambiente.

A necessidade de se adaptarem às
condições ambientais ditaria um uso ou Princípios enunciados por Lamarck:
um desuso de determinados órgãos, o que - Lei do uso e do desuso;
conduziria ao seu desenvolvimento - Lei da Transmissão dos caracteres adquiridos
(hipertrofia) ou à sua atrofia,
respetivamente – lei do uso e do desuso.
Estas modificações permitiam aos
indivíduos uma melhor adaptação ao
meio, sendo transmitidas à descendência
– lei da transmissão dos caracteres
adquiridos.

Mecanismos de evolução
 Lamarckismo
Lamarckismo
Lamarck (1744 – 1829)
Quais são as alterações Qual foi a
do meio que estão capacidade de Qual é o resultado
relacionadas com a adaptação dos dessa adaptação?
evolução das espécies? seres vivos?

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Lamarckismo
Lamarck (1744 – 1829)
Mecanismos de evolução
 Lamarckismo

Nota:
 Atualmente, existem conceções
neolamarkistas que defendem a
possibilidade de algumas proteínas
alteráveis pelo ambiente poderem atuar
sobre o DNA, modificando-o. Embora
admitam a possibilidade de o ambiente
Ratos portadores do gene agouti apresentam uma pelagem amarela e tendência modificar o individuo diretamente,
para a obesidade. A experiência promoveu a metilação (e consequentemente a
inibição da expressão) desse gene em gerações de ratos produzidas no laboratório. reconhecem que apenas as características
Isto foi feito a partir de uma alimentação suplementada em radicais metil que era
fornecida apenas às mães, antes e durante a gestação. O que os investigadores
observaram foi que, em comparação com os grupos de controlo (de mães em dieta
inscritas no material genético são
normal), nos grupos experimentais, as mães com dieta suplementada, a cor
amarelada da pelagem e a tendência para obesidade foram suprimidas, ainda que transmitidas à descendência, através dos
todos os descendentes de (ambos os grupos) apresentavam o gene. Ou seja, um fator
ambiental (alimentação das mães) modificou a expressão de um caracter fenotípico gametas.
nos ratos do grupo experimental sem que houvesse mudança alguma em suas
sequências de DNA, devido a uma variação epigenética (metilação do genoma).

Lamarckismo
Lamarck (1744 – 1829)
Mecanismos de evolução
 Lamarckismo – principais críticas
 É uma explicação que dá à evolução uma intenção ou objetivo e uma
finalidade, ocorrendo alterações como resultado de as espécies procurem o
“melhor”;
 O facto de admitir que a matéria viva teria uma “ambição natural” de se tornar
melhor, de forma a que cada ser vivo seria impelido para um grau de
desenvolvimento mais elevado;
 A lei do uso e do desuso, embora válida para alguns órgãos, não explica todas
as modificações;
 A lei da transmissão dos caracteres adquiridos não é válida; a atrofia ou a
hipertrofia de uma estrutura adquirida durante a vida do ser vivo não é
transmitida à descendência.

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Darwinismo
Darwin (1809 – 1882)
Mecanismos de evolução
 Darwinismo – as ideias de Lyell e de Malthus
 Ao admitir vários milhões de anos para a idade da Terra, Charles Lyell, defensor do gradualismo, “dava”
a Darwin o tempo necessário para que a evolução dos seres vivos pudesse ocorrer.
 Durante a viagem no Beagle, Darwin observou numerosos fósseis, tendo descoberto nas rochas dos
Andes, fósseis de conchas de animais marinhos (em ambiente terrestre).

 Malthus (1766 – 1834) defendia que:

 a população humana tende a crescer de forma geométrica, enquanto que os recursos alimentares são produzidos
segundo um progressão aritmética.
 se fatores externos, como a fome e as epidemias, não condicionassem o crescimento, a população humana
duplicaria de 25 em 25 anos;

 Darwin transpôs as ideias de Malthus para as populações animais e admitiu que:

 apesar das populações tenderem a crescer geometricamente, tal não acontece;
 há uma manutenção, mais ou menos constante, do número de indivíduos, devido a fatores como:
 nem todos os animais numa população se reproduzem;
 a falta de alimento e as condições ambientais condicionam o desenvolvimento, a reprodução e a sobrevivência dos
animais;
 um grande número de indivíduos morre na luta pela sobrevivência, devido à competição, parasitismo ou predação;
 as doenças são responsáveis pela morte de um número significativo de indivíduos.

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Mecanismos de evolução
 Darwinismo
https://ensina.rtp.pt/artigo/as-viagens-de-darwin/

Influência da
Seleção artificial Seleção natural
Biogeografia

 Darwin admitiu que, à semelhança do que acontece com os criadores de animais, a Natureza faz uma seleção
dos indivíduos reprodutores – seleção natural - com as diferenças de que são os fatores ambientais que
comandam essa seleção, e de que é necessário muito tempo para que as modificações sejam visíveis.

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Darwinismo
Darwin (1809 – 1882)
Mecanismos de evolução
 Darwinismo – mecanismo evolutivo proposto
 Os indivíduos de uma determinada espécie apresentam variabilidade das suas características –
variabilidade intraespecífica;
 As populações têm tendência a crescer segundo uma progressão geométrica, produzindo mais
descendentes do que aqueles que acabam por sobreviver;
 Entre indivíduos de uma determinada população estabelece-se uma luta pela sobrevivência,
devido à competição pelo alimento, pelo espaço e outros fatores ambientais. Assim, em cada
geração um número significativo de indivíduos é eliminado.
 Alguns indivíduos apresentam características que são favoráveis à sua sobrevivência no meio em
que se encontram. Os indivíduos que não apresentarem características vantajosas, resultantes da
variação natural, vão sendo progressivamente eliminados. Assim, ao longo de gerações, a
Natureza seleciona os indivíduos mais bem adaptados às condições ambientais, ocorrendo a
sobrevivência dos mais aptos – seleção natural.
 Os indivíduos detentores de variações favoráveis e, por isso, mais bem adaptados, vivem durante
mais tempo, reproduzem-se mais e, assim, as suas características são transmitidas à geração
seguinte.
 A reprodução diferencial permite, assim, uma lenta acumulação de determinadas características
que, ao fim de várias gerações, conduz ao aparecimento de novas espécies.

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Darwinismo
Darwin (1809 – 1882)
Mecanismos de evolução
 Darwinismo – mecanismo evolutivo proposto

Quais são as alterações

do meio que estão
relacionadas com a
evolução das espécies?

Qual foi a
capacidade de
adaptação dos
seres vivos?

Qual é o resultado
dessa adaptação?

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Darwinismo
Darwin (1809 – 1882)
Mecanismos de evolução
 Darwinismo – críticas
 A sua teoria contrariava o Fixismo (e o criacionismo).
 Faltava explicar o mecanismo e a razão das variações das características entre
os indivíduos de uma população.
 Não explicava a forma como uma geração transmite as suas características às
gerações seguintes.

 Darwin e Wallace

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Mecanismos de evolução
 Lamarckismo versus Darwinismo

Reter: Reter:
A evolução é:
 motivada pela necessidade de  A população é a unidade evolutiva;
adaptação ao meio;
 centrada no indivíduo;
 Nas populações existe heterogeneidade –
variabilidade intraespecífica;
A ideia de evolução estabeleceu-se
 desenvolvida segundo dois  O ambiente atua sobre as populações exercendo na comunidade científica!
mecanismos sequenciais: seleção natural – os indivíduos mais aptos
1. uso ou desuso de reproduzem-se mais e têm mais descendentes
determinado órgão; (reprodução diferencial);
2. transmissão das novas  A população da geração seguinte apresentará
características à um maior número de indivíduos portadores das
descendência. características mais vantajosas .

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo
Dados da Dados da Dados da
Dados da Anatomia Paleontologia Embriologia Biogeografia
Comparada

Órgãos homólogos
Dados da Biologia
Molecular / Bioquímicos Dados da Citologia
Órgãos análogos
Dados da Sorologia
Órgãos vestigiais

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Anatomia Comparada
 Órgãos ou estruturas homólogas são órgãos que, apesar de desempenharem uma função
Órgãos diferente, apresentam um plano estrutural semelhante, a mesma posição relativa e origem
embriológica idêntica.
homólogos
 A homologia é interpretada como resultado da seleção natural efetuada sobre indivíduos
que conquistaram meios ambientais diferentes.

 Considera-se que ocorreu uma evolução divergente, dado que se verifica a divergência de
organismos a partir de um grupo ancestral comum que colonizou diferentes habitas e, por
isso, sofreu pressões seletivas distintas.

 As estruturas homólogas permitem construir séries filogenéticas, que traduzem a evolução

dessas estruturas em diferentes organismo.
 Nas séries filogenéticas progressivas, os órgãos homólogos apresentam uma complexidade
crescente, a partir de um órgão ancestral simples (exemplo: sistema nervoso ou coração dos
vertebrados).
 Nas séries filogenéticas regressivas, os órgãos homólogos tornam-se progressivamente mais simples; a
partir de um órgão ancestral mais complexo foram surgindo órgãos mais rudimentares (evolução dos
membros do cavalo, perda de membros nas serpentes ou a atrofia das asas das aves corredoras).

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Anatomia Comparada

Órgãos  Órgãos ou estruturas análogas são órgãos

análogos que têm uma estrutura e origem
embriológica diferentes mas que
desempenham a mesma função.

 A analogia é o resultado da ocorrência de

pressões seletivas idênticas, sobre
indivíduos de diferentes grupos mas que
conquistaram o mesmo ambiente;
considera-se que ocorreu uma evolução
convergente.

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Anatomia Comparada

Órgãos Órgãos
homólogos análogos
Origem embriológica idêntica Origem embriológica distinta

Plano estrutural semelhante Plano estrutural diferente

Mesma posição relativa

Função diferente Função igual

Evolução divergente Evolução convergente

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Anatomia Comparada

 Órgãos ou estruturas vestigiais são órgãos atrofiados,

Órgãos
que não apresentam uma função evidente nem
vestigiais importância fisiológica num determinado grupo de
seres vivos. Porém, noutros grupos, estes órgãos
podem apresentar-se bem desenvolvidos e com
significado fisiológico, isto é, são fundamentais.

 A Teoria Evolucionista considera que estes órgãos

terão sido úteis no passado do ancestral comum.
Quando sujeitos a pressões seletivas diferentes, estes
órgãos evoluíram em sentidos diferentes – em alguns
funcionais em outros atrofiados.
Apêndice Cintura pélvica e fémur
 Outro exemplo: dentes do siso

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Paleontologia
 A Paleontologia permite a reconstituição da historia evolutiva de alguns seres vivos. Essa história pode ser
representada por árvores filogenéticas, que são representações gráficas do percurso evolutivo de um
determinado grupo, partindo do seu ancestral comum, até às formas atuais.
 Um conjunto de fósseis especialmente interessantes, do ponto de vista evolutivo, são os fósseis de formas
intermédias ou sintéticas. Estes fósseis apresentam características que existem, na atualidade, em pelo
menos dois grupos de seres vivos.
 Algumas formas intermédias correspondem a pontos de ramificação, que conduziram à formação de novos
grupos taxonómicos, e permitiram construir árvores filogenéticas parciais. Neste caso, as formas fósseis são
designadas formas fósseis de transição.

 Grupo de plantas fósseis, cujas

 Asas e penas –  Características
características se assemelhavam,
características das aves de peixes e
por um lado, às pteridófitas (fetos)
 Escamas na cabeça, anfíbios.
e, por outro, às espermatófitas
dentes, garras e uma
(gimnospérmicas – pinheiros), e
longa cauda com
Archaeopteryx Pteridospérmica que viveram no Paleozóico
vertebras – características Ichthyostega (samambaias com sementes)
Formas intermédias superior e no Mesozóico
dos répteis. Fóssil de transição Formas intermédias

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Embriologia
 O estudo comparativo do desenvolvimento
embrionário de alguns grupos de animais permite
verificar que os embriões são muito semelhantes nas
primeiras etapas desse desenvolvimento. Contudo, nas
etapas subsequentes as diferenças vão-se acentuando.

 A embriologia sugere a existência de uma relação de

parentesco entre os diferentes grupos de seres vivos. A
partir de um padrão muito semelhante nos estados
inicias, vão-se formando estruturas características dos
adultos de cada espécie. Nos indivíduos pertencentes
 Na região do pescoço existem fossetas branquiais que originam, nos
a espécies mais complexas, esse padrão sofre, peixes, as fendas branquais e as guelras, enquanto nos restantes
vertebrados desaparecem os longo do desenvolvimento embrionário.
geralmente, um maior número de modificações;
 O coração dos vertebrados é formado por um tubo com duas cavidades
quanto mais complexo for um indivíduo, mais tempo nos primeiros estádios de desenvolvimento embrionário (mantém-se nos

demora a adquirir a forma definitiva. peixes; evolui para 3 cavidades nos anfíbios; evolui para quatro cavidades
nas aves e mamíferos).

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Biogeografia

 A analise da distribuição geográfica dos seres vivos mostra que

as espécies são mais semelhantes quanto mais próximas se
encontrem.

 Exemplo: Na austrália, todos os mamíferos são marsupiais

(completam o desenvolvimento no interior de uma bolsa
materna), não existindo mamíferos placentários (o
desenvolvimento decorre, apenas, no útero materno).

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Biologia Molecular

 Das provas bioquímicas, destacam-se :

 Todos os organismos são constituídos pelos mesmos
compostos orgânicos.
 A universalidade do código genético com a
intervenção do DNA e do RNA no mecanismo de
síntese proteica.

 Casos de estudo:
 Diversos organismos apresentam genes muito
semelhantes, ocorrendo a síntese de proteínas
semelhantes; diferem, por vezes, em alguns
aminoácidos, o que sugere uma origem comum.
 Situação da hibridação do DNA – quanto mais rápido
for a formação de moléculas hibridas e quanto maior
for a quantidade de bases complementares
emparelhadas, mais próximas serão as espécies do
ponto de vista filogenético.

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Sorologia

 Quanto maior for taxa de reação antigénio – anticorpo maior é a proximidade filogenética dos indivíduos.

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Evolucionismo
Mecanismos de evolução
 Argumentos do evolucionismo – Dados da Citologia

 Teoria Celular – enunciada por Schleiden e Schwann (1839)

 A célula é a unidade básica, funcional e estrutural de todos

os seres vivos.
 Todas as células têm origem em células pré-existentes –
unidade de origem.
 As células conseguem duplicar a sua informação genética
e controlar a biossíntese de macromoléculas – unidade
bioquímica.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

 Fortemente influenciada pelos trabalhos de Gregor Johann Mendel (1822 – 1884)

 Neodarwinismo
 Quais os mecanismos de evolução?
 Como surge uma variação na espécie?
 Como se processa o seu mecanismo de transmissão?

 Pilares do Neodarwinismo:
 é considerada como unidade evolutiva a existência de variabilidade
genética nas populações;
 a seleção natural como mecanismo principal da evolução;
 a conceção gradualista que permite explicar que as grandes alterações
resultam da acumulação de pequenas modificações, que vão ocorrendo
ao longo do tempo.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução
Recombinação genética – meiose e fecundação
 Fecundação:
 Por um lado, em termos genéticos, poder-se-á considerar que os indivíduos se reúnem ao
acaso para originar descendentes.
 Por outro lado, cada indivíduo produz um enorme número de gâmetas diferentes, que se
unirão de forma aleatória.
 Por estas duas razões, a variedade de zigotos que pode ser produzida é colossal, originando-se,
assim, uma gigantesca diversidade de indivíduos.
 Meiose:
 O crossing-over, que ocorre na profase I, conduz à recombinação entre cromossomas
homólogos.
 A disposição e separação aleatória dos cromossomas homólogos, que ocorre na metáfase I e
anafase I, respetivamente, são fenómenos que contribuem para o aumento da variabilidade
genética.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

As populações como unidades evolutivas

População População
Ponto de vista ecológico Ponto de vista genético

 Conjunto de indivíduos de uma  Conjunto de indivíduos que se

espécie que vivem numa reproduz sexuadamente e partilham População mendeliana
determinada área, num dado um determinado conjunto de genes.
intervalo de tempo.
O conjunto de genes de uma
população mendeliana constitui o
fundo genético.
Microevolução Modificação do fundo genético:
Variação da frequência de genes na população. 1. Mutações;
2. Migrações;
3. Deriva genética;
4. Cruzamentos ao acaso
5. Seleção natural.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

As populações como unidades evolutivas

 Quanto maior for a diversidade de indivíduos de uma determinada população,
maior será a probabilidade dessa população sobreviver se ocorrerem
alterações ambientais.
 Quanto maior for a variabilidade genética maior é a diversidade de
características, sendo possível uma maior capacidade de adaptação às
alterações ambientais, garantido a continuidade das populações.
 Se determinados indivíduos são portadores de genes que os tornam mais aptos,
então, esses indivíduos reproduzem-se mais e os seus genes tendem a surgir
com frequências cada vez maiores nas gerações seguintes.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

Mutações
 São alterações bruscas do património genético, podendo ocorrer ao nível dos
genes – mutações génicas – ou envolver porções significativas de cromossomas
– mutações cromossómicas.
 Raramente as mutações conferem vantagem aos indivíduos portadores e,
dificilmente, estes, serão mais aptos ou terão maior capacidade para viver ou
se reproduzir mais.
 A maioria das mutações são eliminadas, sendo indivíduos ou inviáveis ou com
menor capacidade de adaptação ao meio.
 As mutações são a fonte primária de variabilidade – o motor da
microevolução.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

Migrações
 Conduzem às alterações do fundo genético porque são responsáveis por um
fluxo de genes entre populações.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

Deriva genética
Efeito fundador
 Um número restrito de indivíduos, de uma
determinada população, desloca-se para uma nova
área, transportando uma parte restrita do fundo
genético da população original.
Efeito gargalo
(ou bottleneck)
 Quando uma população sofre uma diminuição
brusca no número de indivíduos, devido a diversos
fatores.
 Só um determinado conjunto de genes será fixado na
população e os restantes desaparecem.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

Cruzamentos ao acaso
 Quando os cruzamentos ocorrem ao acaso diz-se que existe panmixia –
cruzamento aleatório.
 Uma população panmítica é aquela em que todos os indivíduos são potenciais
parceiros.
 Para que a frequência dos genótipos se mantenha, é necessário que a
reprodução seja panmítica, isto é, que haja cruzamentos ao acaso, sem
restrições ou seleção por determinadas características.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

Seleção natural
 Situação em que são selecionados os indivíduos que possuem os fenótipos
(conjunto de características anatómicas, fisiológicas e bioquímicas observadas num
indivíduo) que os tornem mais aptos para o ambiente em que vivem, aumentando
a frequência de determinadas características ao longo das várias gerações.

 Versus Seleção artificial

 Situação em que o Homem seleciona as características pretendidas nos seres vivos,
criando condições para a reprodução de uns e impedindo a reprodução de
outros.
 Nem sempre as características selecionadas são as mais favoráveis.

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Neodarwinismo
Mecanismos de evolução
 Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução

 Segundo a Teoria Neodarwinista

 numa população existe variabilidade genética entre indivíduos que a compõem, isto é, os
indivíduos são portadores de diferentes conjuntos de alelos dos mesmos genes;
 a variabilidade na população resulta das mutações e da recombinação génica (meiose e
fecundação);
 a seleção natural atua sobre os indivíduos, favorecendo os que são portadores dos melhores
conjuntos de alelos;
 os alelos codificadores das melhores características são transmitidos com mais frequência à
geração seguinte – reprodução diferencial;
 o reservatório genético da população evolui, aumentando a frequência dos alelos
responsáveis pelas características mais vantajosas – alteração do fundo genético da
população.

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