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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

IGEOG - INSTITUTO DE GEOGRAFIA


DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA FÍSICA
DISCIPLINA: GEOMORFOLOGIA CONTINENTAL
DOCENTE: BRUNO DA COSTA FERREIRA
DATA: 15/06/2023

TEXTO: CIÊNCIA GEOMORFOLÓGICA

O texto inicia trazendo para o leitor o objeto de estudo da Geomorfologia, as formas de


relevo. Além disso, o autor expõe que, devido ao seu caráter expositivo e prático, além da
própria sistematização do conhecimento que advém desta ciência, ela vem sendo considerada
como autônoma. Contudo, por abranger especialidades tanto da Geografia, como da Geologia,
essa independência não é considerada, pelo autor, como algo positivo, visto que os vínculos
com estas outras Ciências citadas é analisada quase que a todo momento. A Geografia esteve
mais presente ao longo do tempo, contudo, com o advento dos estudos ambientais, geólogos
cada vez mais se aproximam da Geomorfologia.
O relevo sempre esteve presente na vida do homem. Seja para assegurar sua moradia, seja
para influenciar a qualidade de suas plantações e cultivos, seja para se proteger das mais
diversas intempéries ou mesmo que apenas para observação. Tornou-se necessário, portanto,
uma análise mais densa acerca dessas elevações, ou depressões, que tanto marcam a forma
terrestre, necessitando assim de uma Ciência que abordasse estas questões, no caso, a
Geomorfologia. Além disso, é trazido pelo autor que existem outras necessidades a serem
abordadas por esta Ciência, como os processos envolvidos, os significados dos relevos para o
ambiente, como controlar ou interferir nos processos, como conviver com eles, entre tantas
outras abordagens. Os relevos possuem importâncias econômicas e sociais, não à toa foi e
ainda é importante tratá-los como cruciais objetos de estudo.
Em sequência, é abordado no texto a necessidade de abordar o surgimento e a evolução das
formas de relevo para entendê-los por completo, assim sendo, incluir como objetos de estudo
da Geomorfologia os processos responsáveis pelas ações capazes de criar, alterar ou destruir
um relevo. Processos estes que podem ser endógenas, partindo do interior da Terra ou
exógenas, vindas da atmosfera. E é claro, é citado que não deixemos de lado as ações
biológicas e antrópicas, cada vez mais em voga no antropoceno. Para analisar todas estes
processos, é necessário saber as formas e os materiais de relevo, tais como suas estruturas e
suscetibilidades, além de levar em consideração o tempo geológico nas análises. Uma análise
interessante feita pelo autor, é nunca tratar o relevo como independente da paisagem, pois
como um elemento paisagístico, ele está em constante mudança.

Adiante, é tratado sobre a evolução do conhecimento geomorfológico, sendo o século XIX a


grande virada de chave para uma mudança no campo científico, que influenciou a
Geomorfologia, principalmente com o surgimento de teóricos que auxiliaram nesse
desenvolvimento, principalmente com William Morris Davis, um dos maiores nomes da área.
Era necessário mais do que apenas observações empíricas para saber com maior profundidade
a infinidade de processos envolvidos nas alterações sofridas pela crosta terrestre. É citado no
texto uma série de estudos que contribuíram para uma base mais aprofundada e teórica acerca
dessa evolução do relevo, se tornando um importante suporte no andamento desta Ciência.
Adiante, é feito um breve resumo de como era visto, pelas principais civilizações antigas, as
formas de relevo e suas alterações na paisagem. Foi a partir de James Hutton (1726-797) que
surgiu a ideia de estudar o presente para compreender o passado, suas bases teóricas são, até
hoje, utilizadas tanto na Geologia quanto na Geomorfologia.
William Morris Davis foi o responsável pela criação do ciclo geográfico, no qual era
analisado não apenas a gênese do relevo mas toda sua sequência evolutiva e suas implicações
para a paisagem, dando um grande impulso para o desenvolvimento de uma geomorfologia
Estrutural.
A partir do século XX, com o advento de novas tecnologias e com um maior
desenvolvimento científico, foi possibilitado que fossem assimilados mais conhecimento
acerca do que foi previamente discutido. Mapas topográficos, fotografias aéreas, trabalhos de
campo mais facilitados, todos exemplos de facilidades que o novo século trouxe de
contribuição. Apesar de importante, os estudos de WMD acabaram sendo refutados em
grande parte, naturalmente, pela evolução tecnológica. Surge Christofoletti (1974) e com ele
novas contribuições e teorias, como a do equilíbrio dinâmico.

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