Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANO DE CURSO
Código: CT 900/856
Nível: Graduação
Ementa:
Os materiais da Terra.
O ciclo geológico.
Objetivo do Curso
Proporcionar um embasamento teórico-prático da ciência geológica para o entendimento do
meio natural, social e econômico do espaço geográfico.
Metodologia de Ensino
Avaliação
Conteúdo Programático
2. O tempo Geológico
3 . Minerais
4. Rochas
4.2 O magma
4.5 O sedimento
4.7 Metamorfismo
5. O interior da Terra
6. O Ciclo Geológico
7. A Tectônica Global
9. Intemperismo
9.1 Generalidades
Desde que o homem pela primeira vez adquiriu capacidade mental que o
possibilitou pensar a respeito de sua existência que ele procurou estabelecer seu
próprio lugar na eternidade. O conceito que predominava até a Era Medieval era o
geocêntrico. A Terra constituía um sistema fechado com um inicio não muito distante
no passado e um término não muito afastado do futuro. Mito até hoje muito
apregoado por algumas religiões que não procuram livrar-se de dogmas atrasados que
não libertam, e sim, escravizam o homem e o mantém sob véu da ignorância.
2. O Geocentrismo
A Terra, na sua concepção medieval, ocupava um espaço firmemente
confinado como também um tempo confinado. Os cristãos, na era pré-científica,
visualizavam a sua Terra como um objeto maciço, inativo, totalmente imóvel no centro
do universo, além da qual jazia o reino puro, etéreo, livre de toda a mancha e
corrupção, resumidamente o reino de Deus. Esta era a concepção do Geocentrismo.
Este reino paradisíaco incluía a uma modéstia distância, o sol arejado e imponderável,
a lua, os planetas e uma esfera limitada que continha todas as estrelas. Tudo girando
em redor da Terra uma vez por dia.
3. O Heliocentrismo
No início do século XVII, Kleper (1571-1639) e Galileu (1564-1642),
desrespeitando o autoritarismo científico da época, separadamente defenderam o
sistema celeste heliocêntrico, anteriormente visualizado por Copérnicus(1473-1543),
derrubando a idéia de um espaço confiando rodeando a Terra estacionária. O conceito
de sistema geocêntrico extinguiu-se difícil e lentamente, cedendo lugar, no meado do
século XVII, ao conceito moderno de uma Terra dinâmica, animada de movimento de
rotação com vasto, se não infinito, espaço estendendo-se para fora em todas as
direções.
O conceito de tempo, era um assunto mais difícil. Uma vez que é intangível,
requeria a percepção de uma dimensão que os naturalistas até o século XVII não
possuíam, perdurando assim, a visão medieval de um tempo terrestre muito curto. Os
sábios cristãos da época aceitavam que a idade da Terra era aproximadamente 6000
anos. Em 1654 o arcebispo irlandês Ussher calculou, baseado na aceitação literal de
antigos escritos hebraicos e pesquisa cronológica bíblica, uma idade de 4004 anos
antes de Cristo, tendo sido a Terra sido criada em 23 de outubro, um domingo, às 09
horas. Os depósitos de sedimentos glaciais não consolidados, espalhados por grandes
áreas da Europa, eram interpretados como depósitos resultantes de um grande dilúvio
relatado na bíblia.
Dentro do brevíssimo espaço de tempo assim admitindo, era inimaginável que o
gotejar da chuva, o trabalho contínuo das ondas do mar e imperceptível movimentos
crustais pudessem ter papel significante na modelação da superfície da Terra.
Portanto, suas feições pareciam necessariamente dependentes de criação do passado
recente, quando os processos de formação eram catástrofes violentas.
4. O Netunismo
O final do século XVII foi o apogeu da “Idade da Razão”. As doutrinas
catastróficas evoluíram com um sucesso em um equilíbrio entre a história bíblica da
criação e as observações acumuladas da ciência. A doutrina que prevalecia na época
era o Netunismo de Abraham Werner, da Academia de Minas de Freiburg, Saxônia. O
Netunismo sustentava que todas as rochas teriam se formado a partir de um oceano
primitivo que outrora cobria toda Terra. Uma seqüência definida de tipos de rochas
precipitou-se nas turbulentas profundidades oceânicas. Quando a água recuou, coisa
que Werner não explicou satisfatoriamente para onde foi, foram exportas todas as
rochas em sua presente configuração e todas as feições da paisagem atual, inclusive os
vales as montanhas.
Em vista disso, o esquema “Netunismo” é extraordinariamente vulnerável a
observações cientificas. Calcários, granitos, basaltos e outras rochas ígneas, como
também as rochas metamórficas foram igualmente considerados precipitados
marinhos. Entretanto, dois aspectos combinados tornam esta doutrina catastrófica
bastante aceita na época: 1- O vasto oceano primitivo correspondia ao dilúvio bíblico
tendo, portanto, substrato teológico; 2- Era advogado em aulas ministradas por um
dos mais persuasíveis e influentes mestres do século XVIII na Europa, que era
Abranham Werner. Como resultado, o netunismo prevaleceu sobre as demais
correntes cientificas durante cerca de quatro décadas.
Um aspecto secundário do netunismo era de que a idade das rochas em toda
parte podia ser determinada a partir de sua composição, fato que até a alguns anos
atrás influenciou de maneira errônea as interpretações estratigráficas regionais.
Atualmente sabemos que a composição das rochas ocupa um lugar soberano em
correlações apenas locais.
5. O Uniformitarismo ou Atualismo.
6. Charles e o tempo.
Charles Drawin(1809-1882) não inventou a idéia de evolução orgânica. A noção
tinha flutuado por gerações e vigorosamente exporta por alguns cientistas muito
capazes, tais como o francês Jean Baptiste Lamarck(1774-1829) e o próprio avó de
Darwin, Erasmu Darwin (1731-1802). Até a época de Darwin, entretanto, a idéia nunca
tinha ampla aceitação porque faltavam dados importantes aos pesquisadores
pioneiros. Finalmente, sustentada pela filosofia uniformitarista popularizada no
começo da década de 1830, Darwin provou com êxito, tanto para cientistas como o
não cientistas, a existência da evolução orgânica e o pensamento geológico. Na
verdade todo o pensamento filosófico, nunca mais foi o mesmo. Mas, entretanto,
havia um problema, aferir o tempo transcorrido até o presente, que é fundamental
para sustentar estes novos conceitos. Ao longo do século XIX várias tentativas foram
feitas mas sempre eram baseadas em preceitos errôneos que estimavam a idade da
Terra em apenas algumas dezenas ou poucas centenas de milhões de anos. Exemplos
como determinar a correspondente aumento da salinidade dos oceanos com o tempo,
estimativa através da taxa de acumulação das camadas de rochas sedimentares e
estimativa baseada nos argumentos de Lorde Kelvin sobre a idade do sol e o
resfriamento o progressivo da Terra. Estas estimativas apesar de serem incorretas, já
estabeleciam idades para a Terra da ordem de dezenas de milhões de anos. Valores
muito pequenos para o que está determinado hoje, mas já enormemente elevados
para o que era então estabelecido pelas filosofias catastróficas, que era de alguns
milhares de anos.
7. A Geologia.
Geologia é a ciência que estuda a parte sólida da Terra; estuda as rochas e
os minerais, as mudanças físicas e químicas que ocorrem na superfície e no seu
interior, e ainda, a história da evolução do planeta e da vida. A Geologia é uma ciência
de campo muito vasto, necessitando de sólidos conhecimentos de química, física e
biologia. Geologia significa (dentro da origem etimológica da palavra): geo=terra e
logos=estudo. Parece ter sido usado este termo, a primeira vez, pelo bispo Richard de
Bury, em 1473, distinguindo os teólogos dos juristas que se preocupavam com as
coisas terrenas. Os estudos geológicos eram feitos na antiguidade de maneira
empírica.
Podemos definir a Geologia como a ciência que estuda a Terra em todos os seus
aspectos, isto é, a composição química original dos diversos elementos, a ocorrência e
a evolução da vida através das diferentes etapas da história da Terra. A Geologia se
propõe a descrever e explicar os aspectos e a disposição das rochas e das terras sobre
as quais vive o homem. Pesquisa da água, carvão e petróleo, prospecção das jazidas
minerais, escolha de sítios e locais de barragens hidroelétricas, e outros trabalhos de
engenharia. A Geologia também trata dos capítulos da história da Terra anteriores dos
primeiros escritos do homem.
A Geologia é uma ciência descritiva, histórica e explicativa ou, em outras
palavras, é uma ciência de observação, de interpretação e de experimentação. O
objeto da Geologia é o estudo dos fenômenos geológicos, os quais podem ser de
ordem física, química e biológica.
Os fenômenos de ordem físicas são: litogênese (formação de rocha).
Orogênese(Formação de montanhas), gliptogênese(destruição e modelagem de
relevo) e outros. Os fenômenos geológicos físicos correspondem ao ciclo geológico; os
biológicos dizem respeito aos restos orgânicos, isto é, os fosséis encontrados nas
rochas.
7.1. Algumas Áreas de Estudo da ciência Geológica.
Geologia física - Preocupa-se com processos da Terra e as forças que afetam os
minerais, rochas, magma, e materiais do núcleo. Também se preocupa com as causas
das mudanças na morfologia da Terra.
Geofísica - Seu campo aponta para a dedução das propriedades físicas da Terra,
juntamente com sua composição interna, e os vários fenômenos físicos. Por exemplo,
o campo magnético da Terra (sua fonte, configuração, e variações), o magnetismo que
permanece nas rochas desde o tempo de sua formação, o fluxo de calor dentro da
Terra, a força de gravidade, e o movimento de ondas sísmicas que são associados aos
terremotos. Geofísica de exploração - Combina a Física com informação biológica para
resolver problemas práticos relacionados a prospecção de petróleo, gás, e água;
descobrir novos depósitos de metais; e várias formas de engenharia civil.
Geoquímica - Preocupa-se como um todo com a química da Terra, mas o
assunto é dividido em outras áreas como a geoquímica sedimentar, geoquímica
orgânica, geoquímica ambiental. De grande interesse para o Geoquímico é a origem e
evolução das principais classes de rochas e minerais. O Geoquímico estuda
especificamente a distribuição e quantias dos elementos químicos nos minerais e
rochas, com se formaram a vida, água e a atmosfera. Ainda abrangendo conhecimento
da circulação dos elementos químicos na natureza, por exemplo, o carbono,
nitrogênio, fófosro e do enxofre são de significado prático, como é o estudo da
distribuição e abundância dos isótopos e da estabilidade deles na natureza. A
geoquímica de exploração também vai em busca dos chamados minério, é a aplicação
prática dos princípios da geoquímica teórica na exploração mineral.
Petrologia - Trata da origem, ocorrência, estrutura, e história das rochas
ígneas, metamórficas e sedimentares. A Petrografia é uma disciplina relacionada a
anterior que se preocupa com a descrição e características das rochas. Os Petrógrafos
estudam as mudanças que acontecem nas massas de rochas quando sedimentos
sofrem mudanças em sua substância química. Os trabalhadores neste campo
preocupam-se com a cristalização de minerais a temperaturas altas sem o transcurso
deles por uma fase de fusão, a troca de íons entre minerais em rochas sólidas e fluídos
e os processos que incluem erosão, transporte e deposição.