Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITECTURA E PLANIAMENTO FISICO

Curso: Geologia Aplicada


Cadeira: Mineralogia
2º Ano
Tema: Apatite

Discentes: Arcenio Artur Munguambe

Docente:

Boane, Janeiro de 2020


Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................1

1.1. Objectivos.......................................................................................................................................1

1.1.1. Geral........................................................................................................................................1

1.1.2. Específicos..............................................................................................................................1

2. Apatite...........................................................................................................................................2

2.1. Composição química da apatita....................................................................................................2

2.2. Forma do mineral...........................................................................................................................3

2.3. propriedades físicas, ópticas e químicas de apatite....................................................................3

2.4. Génese.............................................................................................................................................5

2.5. Paragénese......................................................................................................................................5

2.6. Aplicação........................................................................................................................................5

2.7. Ocorrência em Moçambique.........................................................................................................6


1. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de mineralogia, com tema em foco Apatite - Ca 5
(PO4) 2 [F, OH, Cl]

A apatita foi nomeada apatita pelo geólogo alemão Abraham Gottlob Werner em 1786. A apatita é
freqüentemente confundida com outros minerais. Essa tendência se reflete no nome do mineral,
derivado da palavra grega (apateína), que significa enganar ou enganar. A apatita é um grupo de
minerais fosfatados, geralmente referindo-se a hidroxiapatita, fluorapatita e clorapatita, com altas
concentrações de íons OH-, F- e Cl-.O estudo de maciços alcalinos é de extrema importância, pois
sua origem e evolução pode envolver uma ampla variedade de processos como cristalização
fracionada, imiscibilidade de líquidos, metassomatismo, hidrotermalismo, que são formadores de
paragêneses variadas e complexas, muitas vezes contendo fases minerais raras. Neste sentido o
presente trabalho tem como objectivo geral falar dde apatite tendo em conta capitulo da
cristalografia e mineralogia.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar de Apatite tendo em conta capitulo da cristalografia e mineralogia;

1.1.2. Específicos
 Descrever a composição mineralógica, estrutura e formas da mineral apatite;
 Propriedades físicas, ópticas e químicas da mineral apatite;
 Falar da génese e paragénese;
 Aplicações e ocorrência em moçambique

1
2. Apatite

Definição
O termo apatita é somente utilizado para designar os fosfatos de cálcio, ocorre como um dos
minerais acessórios mais comuns em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Segundo Nathan
(1984), os minerais que constituem a série das apatitas, são os mais importantes portadores de
fósforo na natureza, possuindo estrutura hexagonal (P63/m), cuja fórmula geral é; A10(XO4)6Z2

Figura:1. Apatite

2.1. Composição química da apatita


Nas rochas ígneas e metamórficas a ocorrência de fosfatos é limitada e dominada pela ocorrência de
apatita. Esta é vista como um indicador das condições de formação das rochas hospedeiras; sua
composição sugere o comportamento da evolução do magma e cujo teor de F-Cl-OH tem sido
proposto como indicador de fugacidade de voláteis durante o processo magmático (Nash, 1984).

Sob condições oxidantes normais da crosta terrestre e manto superior, o fósforo é presente como
ânion fosfato (PO4)-3.

 Elementos maiores
A apatita pode apresentar um grande número de substituições em sua composição. Considerando a
fórmula geral A10(XO4)6Z2
Naposição A- os elementos mais comuns que ocupam são: Ca, Sr, Ba, Cd e Pb, sendo possível
ainda ocorrer substituições por outros cátions monovalentes (Na, K, Ag e Li), bivalentes (Mn, Mg,
Zn, Br, Fe, Ni, Cu, Cr, Co e Rh), trivalentes (Sc, Y, Bi, Al e ETR) e tetravalente (U) (Nathan,
1984).

2
Na posição tetraédrica (XO4)-3, pode ocorrer extensas substituições onde:

À posição X pode ser; P, C, As, V, Mn, Cr, S e Si, como grupos aniônicos bivalentes (CO 3)-2,
(SO4)2, CrO4)-2, trivalentes (PO4)-3 , (CO3F)-3, (CO3OH)-3 e tetravalentes (AsO4)-4, (SiO4)-4 (Nathan,
1984).

A posição Z- pode ser ocupada por OH-, F-, Cl-, Br-, O-2 e CO3-2 (Nathan, 1984).

 Elementos traços

O conteúdo de elementos terras raras (ETR) na apatita de carbonatitos varia de menos de 1% a mais
de 8% em peso do somatório dos óxidos de ETR (ETR2O3). Em Tapira este somatório varia de
menos de 1% a mais de 3% em peso destes óxidos.

2.2. Forma do mineral


Forma de apatite é prismático hexagonal
A forma hexagonal com ânions F- situados nos cantos da célula hexagonal e coordenados por três
cátions Ca2-. A composição dos minerais de apatita é altamente variável e há uma solução sólida
completa entre três membros finais, fluoroapatita Ca5 (PO4) 3F, cloroapatita Ca5 (PO4) 3Cl e
hidroxilapatita Ca5 (PO4) OH.

2.3. propriedades físicas, ópticas e químicas de apatite


 Propriedades Físicas:

Cor: Clara. Incolor a amarela esverdeada; azul esverdeada a violeta.

Clivagem: fraca {0001} e {10 0} (muito difícil de observar, mesmo em seção delgada)

Risca: Branca

Tenacidade: quebradiço

Brilho: Não metálico – vítreo.

Clivagem: Clivagem perfeita numa direção.

Fratura: conchoidal a irregular

Dureza: 5 na escala de Mohs

densidade relativa: 3,15-3,2 g/cm3

3
Figure: 2. Cristais de apatita.

 Propriedades ópticas:
Relevo: alto.
Cor: geralmente incolor em luz transmitida. Algumas vezes é rica em inclusões arranjadas
verticalmente de maneira centralizada ou em zonas.

Relevo: moderado positivo n > bálsamo (ε ω = 1,614-1,667, w =1,622-1,667). As variedades mais


coloridas podem apresentar leve pleocroísmo, às vezes com distribuição irregular das cores.
Uniaxial (-).δ = 0,001-0,008. Pode ser biaxial com 2V pequeno. Absorção: E > O.

4
Figura: 3. Fotomicrografias de seções delgadas. A), B) cristais de apatita em metafosforita de alto
grau (fácies granulito). C), D) cristais de apatita em carbonatito. E), F) cristal de apatita em basalto.
G), H) cristal de apatita em metapelito de médio grau (fácies anfibolito). Ap: apatita. Aug: augita.
Bt: biotita. Cal: calcita. Qtz: quartzo. N.D. nicóis descruzados. N.C. nicóis cruzados.

 Propriedades Químicas: Não apresenta propriedade química

2.4. Génese
Apatite pode ser originado por processos magmáticos, metamórficos, hidrotermais e diagenéticos.
Frequentemente aparece disseminado em rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares; veios
pegmatíticos (fase hidrotermal) e carbonatitos.

2.5. Paragénese
Quanto a paragénese Apatite ocorre em pegmatitos, veios de alta temperatura e calcários
metamórficos.

2.6. Aplicação
A apatita é o mineral mais comumente usado, especialmente em sistemas ambientais biológicos.
Alem da aplicação a mais comum de fertilizantes, ou seja, para a produção de fósforo. Possui outras
aplicações tais como:

_ produção de ácidos;

5
_produção de produtos químicos

_ Dureza relativamente consistente e serve como o mineral índice para uma dureza de cinco na
escala de dureza de Mohs;

_ é lapidada como uma pedra preciosa;

_ é usado para produzir suplementos de ração animal.

2.7. Ocorrência em Moçambique


Apatite me mocambique ocorre nas províncias de Nampula e Tete. Onde na província de Tete
ocorre ao longo do rio Zambezi.

6
Referencias bibliográficas

Cox et al. (1979): The Interpretation of Igneous Rocks, George Allen and Unwin, London.

Howie, R. A., Zussman, J., & Deer, W. (1992). An introduction to the rock-forming minerals (p.
696). Longman.

Le Maitre, R. W., Streckeisen, A., Zanettin, B., Le Bas, M. J., Bonin, B., Bateman, P., & Lameyre,
J. (2002). Igneous rocks. A classification and glossary of terms, 2. Cambridge University Press.

Middlemost, E. A. (1986). Magmas and magmatic rocks: an introduction to igneous petrology.

Shelley, D. (1993). Igneous and metamorphic rocks under the microscope: classification, textures,
microstructures and mineral preferred-orientations.

Vernon, R. H. & Clarke, G. L. (2008): Principles of Metamorphic Petrology. Cambridge University


Press.

Você também pode gostar