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TÍTULO

AGREGADOS
• Aproximadamente 3⁄4 do volume de concreto são
ocupados pelos agregados, então é de se esperar que sua
qualidade seja de grande importância.

• Os agregados podem limitar a resistência do concreto –


já que, se tiverem propriedades indesejáveis, não
conseguem produzir um concreto resistente –, e suas
propriedades afetam significativamente a durabilidade e
o desempenho estrutural do concreto.
AGREGADOS
• A princípio, os agregados eram tidos como materiais
inertes, dispersos na pasta de cimento, e eram utilizados
principalmente por razões econômicas.

• Entretanto, é possível adotar uma visão contrária e


considerá-los um material de construção ligado a um
todo coeso por meio da pasta de cimento, de modo
semelhante à alvenaria.
AGREGADOS
• Na realidade, os agregados não são verdadeiramente
inertes, já que suas propriedades físicas, térmicas e,
algumas vezes, químicas influenciam o desempenho do
concreto.

• Os agregados são mais baratos do que o cimento, então é


econômico utilizá-los na maior quantidade possível,
diminuindo, assim, a quantidade de cimento.
AGREGADOS
• A economia, entretanto, não é a única razão para o uso
dos agregados: eles proveem vantagens técnicas
consideráveis ao concreto, que tem maior estabilidade de
volume e maior durabilidade do que a pasta de cimento
hidratada.

• A norma utilizada é a NBR NM 02:2000.


AGREGADOS
• As dimensões dos agregados utilizados em concreto
variam desde dezenas de milímetros até partículas com
seção transversal menor do que um décimo de
milímetro.

• A dimensão máxima utilizada, na realidade, varia, mas,


em qualquer mistura, são incorporadas partículas de
diferentes dimensões. A partir deste ponto, a
distribuição das dimensões das partículas será
denominada granulometria.
AGREGADOS
• Para a produção de concretos de menor exigência de
qualidade, algumas vezes são utilizados agregados de
jazidas que contêm toda uma variação de dimensões,
das maiores às menores, denominados bica corrida ou
agregado total.

• A alternativa sempre empregada para a produção de


concretos de boa qualidade é a obtenção de agregados
separados em, pelo menos, dois grupos de dimensões.
AGREGADOS
• A separação principal é a definida entre os agregados
miúdos, frequentemente denominados areia, com
dimensão inferior a 4 mm, e os agregados graúdos, que
compreendem o material com dimensão mínima de 5
mm.

• Geralmente se considera que a areia natural tem


dimensão-limite inferior entre 70 e 60 μm. O material
entre 60 e 2 μm é classificado como silte, e partículas
ainda menores são denominadas argila.
AGREGADOS
• Marga é um material de consistência mole, constituído
de areia, silte e argila em, aproximadamente, mesmas
proporções.

• Embora o teor de partículas menores do que 75 μm


normalmente seja apresentado em conjunto, as
influências do silte e da argila nas propriedades do
concreto resultante são, com frequência,
significativamente distintas, visto que as dimensões e a
composição dessas partículas diferem.
AGREGADOS
• A norma brasileira NBR 7211:2009 estabelece 4,75 mm
como a divisão entre agregados miúdos e agregados
graúdos.

• Agregado total é definido como o agregado resultante da


britagem de rochas cujo beneficiamento resulta em uma
distribuição granulométrica formada por agregados
miúdos e graúdos ou pela mistura intencional de areia
natural e agregados britados.
AGREGADOS
• A NBR 9935:2011, norma que estabelece os termos relativos a
agregados empregados em concretos e argamassas, define o
material com as mesmas características do anterior, ou seja,
material granular beneficiado com distribuição granulométrica
constituída de agregados miúdos e graúdos, como agregado
misto. A mesma norma define como materiais pulverulentos as
partículas menores do que 75 μm.

• As definições de silte e argila apresentadas pela NBR


6502:1995, norma que define termos relativos a rochas e
solos, são as mesmas citadas pelo autor.
AGREGADOS
• Originalmente, todas as partículas dos agregados naturais
faziam parte de uma massa maior. Elas foram fragmentadas
por processos naturais de intemperismo e abra- são ou por
britagem artificial.

• Dessa forma, muitas propriedades dos agregados de- pendem


totalmente das propriedades da rocha matriz: composição
química e mineral, características petrográficas, massa
específica, dureza, resistência, estabilidade físico-química,
estrutura de poros e coloração.
AGREGADOS

• Por outro lado, algumas propriedades dos agregados não


existem na rocha matriz, como forma e dimensões das
partículas, textura superficial e absorção.

• Todas essas propriedades podem exercer considerável


influência na qualidade do concreto, tanto no estado fresco
quanto no estado endurecido.
CLASSIFICAÇÃOS DOS AGREGADOS
NATURAIS
• A NBR 9935:2011 define como agregado natural o material que
pode ser utiliza- do como encontrado na natureza, podendo
ser submetido a lavagem, classificação ou britagem. Agregado
artificial é o material obtido por processo industrial que
envolva alteração mineralógica, química ou físico-química da
matéria-prima original.

• Os materiais que podem ser utilizados no concreto como


encontrados na natureza são denominados pedregulho ou
cascalho.
CLASSIFICAÇÃOS DOS AGREGADOS
NATURAIS

• A NBR 6502:1995 distingue pedregulhos de cascalhos, e a


segunda denominação é aplicada a pedregulhos arredondados
ou semiarredondados, que também podem ser chamados de
seixos. Sempre que possível, serão adotadas as denominações
normalizadas.
CLASSIFICAÇÃOS DOS AGREGADOS
NATURAIS
• As normas NBR NM 66:1998 e NBR 6502:1995 definem,
respectivamente, os termos utilizados na descrição dos
constituintes mineralógicos dos agregados naturais utilizados
no concreto e os termos relativos aos materiais da crosta
terrestre, rochas e solos, para fins de engenharia geotécnica de
fundações e obras de terra.

• Ensaios de várias propriedades dos agregados são,


necessariamente, realizados em amostras do material, e,
portanto, os resultados se aplicam, a rigor, somente ao agre-
gado da amostra.
AMOSTRAGEM
• Como o interesse está, entretanto, no total de agregado
fornecido ou disponível para fornecimento, deve ser garantido
que a amostra represente as propriedades médias do
agregado. Diz-se que tal amostra é representativa e que certas
precauções devem ser tomadas para sua obtenção.

• A norma NBR NM 26:2009 estabelece os procedimentos de


amostragem de agregados e determina um número mínimo de
três amostras parciais.
AMOSTRAGEM
• Em todas as fases da redução, é necessário garantir que a
característica de representatividade da amostra seja mantida,
de modo que a amostra a ser utilizada no ensaio tenha as
mesmas propriedades da amostra principal e,
consequentemente, da totalidade do agregado.

• Há duas maneiras de reduzir o tamanho da amostra, por


quarteamento e por separação, e a essência de cada uma delas
é a divisão em duas partes iguais.
AMOSTRAGEM
• No quarteamento, a amostra principal é cuidadosamente
misturada e, no caso de agregados miúdos, umedecida, a fim
de evitar a segregação. O material é empilhado em forma de
cone e revirado para que um novo cone se forme.

• Esse procedimento é repetido duas vezes, e o material é


sempre depositado no vértice do cone para que as partículas
em queda se distribuam uniformemente ao redor da
circunferência.
AMOSTRAGEM
• O cone final é achatado e dividido em quatro partes, e, em
seguida, duas partes diagonalmente opostas são
descartadas e as restantes formam a amostra para os
ensaios.

• Caso ainda esteja muito grande, a amostra pode ser


reduzida por quarteamento adicional. Deve ser tomada
precaução para garantir a inclusão de todo o material fino
na parte apropriada.
AMOSTRAGEM
• Como alternativa, a amostra pode ser dividida em duas
metades com a utilização de um separador (Figura 1).

Figura 1: Separador.
AMOSTRAGEM
• Ele é constituído por uma caixa com divisões paralelas
verticais, com descarga alternada entre o lado esquerdo e
o lado direito.

• A amostra é despejada no separador ao longo de toda sua


largura, e as duas metades são coletadas em duas caixas
posicionadas junto à base do separador. Uma das metades
é descartada, e o procedimento é repetido até se obter
uma amostra do tamanho desejado.
AMOSTRAGEM

• O processo de redução por separação resulta em uma


menor variabilidade do que a redução por quarteamento.

• A norma brasileira para a redução de amostra de campo é


a NBR NM 27:2001.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO FORMA E
TEXTURA

• As características externas dos agregados, em especial a


forma e a textura superficial da partícula, são importantes
para as propriedades do concreto fresco e endurecido.

• A forma de corpos tridimensionais é de difícil descrição,


sendo, então, importante definir algumas características
geométricas desses corpos.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO FORMA E
TEXTURA
• O arredondamento avalia a agudeza relativa ou angulosidade
das arestas de uma partícula. O arredondamento real é
consequência da resistência mecânica e resistência ao desgaste
da rocha-mãe e do desgaste a que a partícula foi submetida.

• No caso de agregados britados, a forma depende das


características da rocha-mãe, do tipo de britador e de sua taxa
de redução, isto é, a relação da dimensão do produto britado
quando comparado à dimensão inicial.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO FORMA E
TEXTURA
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO FORMA E
TEXTURA
• A NBR 7809:2006 normaliza a determinação do índice de
forma do agregado graúdo pelo método do paquímetro.

• Segundo a NBR 7211:2009, esse índice não deve ser superior


a 3.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO FORMA E
TEXTURA

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