AGREGADOS PARA CONCRETOS E ARGAMASSAS

Caracterização

Prof. Perboyre Barbosa Alcântara, DSc.

AMOSTRAGEM DE AGREGADOS
PARA ENSAIOS
 Normas técnicas

• ABNT NBR NM 26:2009. Agregados – Amostragem (cancelada);

• ABNT NBR NM 27:2001. Agregados - Redução da amostra de campo para

ensaios de laboratório (cancelada);

• NBR16915:2021. Agregados – Amostragem.

 Amostra de campo

Porção representativa de um lote de agregados,

coletada na fonte de produção, armazenamento
ou transporte. A amostra de campo é formada
reunindo-se várias amostras parciais em número
suficiente para os ensaios de laboratório.
 Amostra parcial

Parcela de agregado obtida de uma só vez do

lote de agregado, em um determinado tempo
ou local, obedecendo a um plano de
amostragem.
 lote de agregado
Quantidade definida de agregado produzido,
armazenado ou transportado sob condições
uniformes.

Dimensões
• 300 m3 de agregados de mesma origem (pode ser alterado de
comum acordo entre as partes);
• 12 h ininterruptas de produção (nos processos contínuos de
produção);
• 80 m3 de agregados de mesma origem (obras pequenas).
 Procedimentos de amostragem
Jazidas e depósitos naturais
• Após inspeção visual na região da jazida, com o
objetivo de analisar as características e as variações no
material, devem ser extraídas amostras de diferentes
locais, para analisar as características do material em
profundidade.
• As perfurações devem ter, no mínimo, a profundidade
necessária a ser alcançada na exploração da jazida.
 Depósitos comerciais e obra
Procedimentos de amostragem

Amostragem em pilhas
Agregado graúdo
• Na ausência de equipamento mecânico, as amostras
de campo devem ser formadas por pelo menos 03
amostras parciais, obtidas no topo, meio e base
da pilha, tanto na superfície quanto no seu interior.

Nas pilhas de agregados miúdos (Fonte: Revista Areia e Brita ano 19 edição 66 janeiro à março 2016. ANEPAC.

• 30 cm da camada exterior devem ser removidos

para a coleta de amostras (03 amostras parciais,
topo, meio e base da pilha) abaixo dessa camada.
• Podem ser introduzidos nas pilhas tubos de
amostragem (ex.: tubos 3 cm de diâmetro por 200
cm de comprimento e extrair 05 ou mais amostras
parciais para formar a amostra composta).
Fonte: arquivo pessoal.
 Amostragem em veículos de transporte
Agregado graúdo
• Se não houver equipamento mecânico para amostragem deve-se escavar 03 ou mais
trincheiras (vagões ou em barcaças) de pelo menos 30 cm de largura e 30 cm de
profundidade ou remover ao menos 30 cm da superfície (em caminhões) de onde
se devem coletar ao menos 03 amostras parciais com uma pá.

Agregados miúdos
• Pode ser feita após remover ao menos 30 cm da camada externa e coletar a amostra
em pelo menos 03 amostras parciais. Alternativamente, podem ser introduzidos
tubos de amostragem.

(Fonte: imagem div comercial.

 Amostragem em silos e correias de transporte

(Fonte: Revista Areia e Brita - Edição 60, 2013)

Silos
• Devem ser obtidas 03 amostras parciais de
descargas intermitentes, após a descarga de
pelo menos 1 m³.

Correias

(Fonte: Revista Areia e Brita ano 19 edição 66

janeiro à março 2016. ANEPAC.
• Coletar 03 amostras com as correias paradas,
tomando-se cuidados para evitar perda de
finos.
Fonte: ABNT NBR 16915:2021
Identificação da amostra de campo
• designação do material;
• identificação da origem;
• ponto de coleta;
• massa da amostra;
• quantidade do material que representa, quando
aplicável;
• local e data da amostragem;
• responsável pela coleta.
 Amostra de ensaio - agregados miúdo e graúdo
Porção obtida por redução da amostra de campo, utilizada em ensaios de
laboratório.

Amostra com umidade na condição

saturada superfície seca.

Fonte: ABNT NBR NM 27:2001

Caracterização de agregados

ENSAIOS DE
LABORATÓRIO
 AGREGADOS - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE TOTAL, POR
SECAGEM, EM AGREGADO GRAÚDO (NBR 9939:1987)

Teor de umidade do agregado é por definição a relação

entre a massa total da água sua massa seca. Inclui a água
superficial e a agua dos poros e vazios do agregado.
• Útil para corrigir a água de amassamento do concreto.
• MÉTODOS:
• - Estufa
• - Fogareiro
• - Speedy
• Frasco de Chapman - teor de umidade superficial (agregado miúdo).
 AGREGADOS – DETERMINAÇÃO DA
MASSA UNITÁRIA E ÍNDICE DE VAZIOS
(NBR 16972: 2021)

A Massa unitária de um agregado é a relação entre sua massa e seu volume

sem compactar, considerando-se também os vazios entre os grãos.

Massa unitária compactada é a relação entre sua massa e seu volume

compactado segundo um determinado processo, considerando-se também os
vazios entre os grãos. Pode ser feita com um único agregado ou com uma
composição destes.
FINALIDADES
• Utilizado na transformação de massa para volume com vazios entre os grãos
de agregados;
• Aplicação em concreto dosado em volume;
• Para controle de recebimento e estocagem de agregados em volumes;
• A massa unitária também serve como parâmetro para classificação do
agregado quanto à densidade.
 ENSAIO DE INCHAMENTO DA AREIA
(NBR 6467:2006)

Na preparação de concretos em que o agregado é proporcionado em

volume, é importante considerar o inchamento devido à absorção de
água do agregado miúdo, podendo variar de 20 a 40%.

• O inchamento depende da umidade e da granulometria do agregado;

• Se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado em
volume;
• Na aquisição de agregado miúdo em volume.
 Determinação da densidade e da absorção de água do
AGREGADO GRAÚDO
(NBR16917: 2021)

A densidade é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,

incluindo os poros permeáveis à água.

As determinações de volume são feitas na balança hidrostática, pela diferença

de massa do material ao ar e submerso.

A absorção é o aumento de massa do agregado devido ao preenchimento de

seus poros permeáveis por água, expressa em porcentagem de sua massa seca.
 Determinação da densidade e da absorção de água do
AGREGADO MIÚDO
(NBR16916: 2021)

A densidade é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,

incluindo os poros permeáveis à água.

As determinações de volume são feitas na balança, pela massa de água

deslocada pelo agregado no frasco.

A absorção é o aumento de massa do agregado devido ao preenchimento de

seus poros permeáveis por água, expressa em porcentagem de sua massa seca.
 MASSA ESPECÍFICA

Aplicações
• A massa específica é utilizada na transformação de massa
para volume absoluto sem vazios.
• Na expressão de cálculo do consumo de cimento em massa
por m³ de concreto, utilizamos a massa específica.
• A massa específica também é utilizada para classificação do
agregado quanto à densidade.
 AGREGADOS - COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
(ABNT NBR 17054: 2022)
A granulometria é um método de análise que visa classificar as
partículas de uma amostra pelos respectivos tamanhos e medir as
frações correspondentes a cada tamanho.

Com a composição granulométrica é possível determinar o

Módulo de Finura, a Dimensão Máxima Característica do
agregado e a Curva granulométrica. Assim é possível:
• Controlar a homogeneidade dos lotes recebidos na obra;
• Elaborar a dosagem do concreto.
• Classificação o agregado comparando sua composição granulométrica com as
faixas granulométricas especificadas em normas.
 IMPUREZAS ORGÂNICAS EM AGREGADOS
MIÚDOS (NBR NM 49: 2001)

O ensaio permite avaliar a qualidade de uma areia em

relação à contaminação com impurezas orgânicas, as
quais, conforme sua natureza e teor podem:
• Inibir a hidratação do cimento;
• Prejudicar a resistência do concreto, principalmente nas primeiras
idades;
• Contribuir para o aparecimento de fissuras e pontos escuros no
concreto depois de endurecido.
 Índice de desempenho de agregado
miúdo contendo impurezas orgânicas
(NBR 7221:2012)

Este ensaio é indicado para areia com teor de impurezas

orgânicas maiores do que o especificado na norma.
• O ensaio compara a resistência à compressão de duas argamassas
preparadas com o agregado miúdo suspeito, nas condições de lavado
e no estado original.
• Como resultado verificamos se a impureza orgânica é ou não
prejudicial à resistência.
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE MATERIAL FINO QUE PASSA
NA PENEIRA 75 µm.
(NBR 16973: 2021)

Determinar, por lavagem, a quantidade de material mais fino que a

abertura da malha da peneira de 0,075 mm presente nos agregados
graúdos ou miúdos.

O excesso de finos

• Prejudica a aderência entre a pasta de cimento e a argamassa;

• Aumenta o consumo de água devido à superfície específica;
• Contribui para a retração e diminuição da resistência de concretos e
argamassa.
TEOR DE ARGILA EM TORRÕES E MATERIAIS FRIÁVEIS
(NBR 7218:2010)

Tem como finalidade avaliar a qualidade de um agregado, com relação à

contaminação com grãos pouco resistentes, que trarão prejuízo à
resistência do concreto e também à sua aparência, uma vez que eles, no
caso de concreto aparente, poderão produzir manchas na superfície.

Os torrões de argila são detectados no agregado por diferença de

coloração, como tem baixa resistência são facilmente esmagados pela
pressão do dedo.
(Agregados para concreto – especificação, ABNT NBR 7211:2009, ver corr., 2019)
(ABNT NBR 7211:2009, ver corr, 2019)
(ABNT NBR 7211:2009)
 Reação álcali-agregado

Reação química associada com componentes

alcalinos (sódio e potássio) provenientes do cimento
Portland ou de outras fontes, com certas fases de
minerais dos agregados graúdos ou miúdos e pode
provocar expansão deletéria do concreto.
 Tipos principais de reação álcali-agregado

Reação álcali-sílica e reação álcali-carbonato.

Reação álcali-silicato que, atualmente, é considerado um

tipo lento de reação álcali-sílica.

Prevenir a RAA - CP IV e CP III

Estoque e recebimento de agregados
Areia
Brita

B0 B1 B2 B3 B4
Estoque de areia e brita
Como medir uma carga de areia
Como medir uma carga de areia

3,7 m

2,2 m 𝟎, 𝟕𝟒 + 𝟎, 𝟖𝟓 + 𝟎, 𝟕𝟎 + 𝟎, 𝟕𝟑 + 𝟎. 𝟗𝟖
× 𝟐, 𝟐𝟎 × 𝟑, 𝟕𝟎
𝟓

Volume = 0,8 x 2,20 x 3,70 = 6,5 m³