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Mecânica dos Solos I

Textura e Estrutura dos Solos


TEXTURA DOS SOLOS

Propriedades do solo que controlam seu


comportamento geotécnico

Tamanho das partículas

Solo granular Solo fino


Distribuição do tamanho  Plasticidade do solo
dos grãos
Forma das partículas

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TEXTURA DOS SOLOS

Partículas:
Intemperismo + Agentes  Formas
transportadores  Tamanhos

• TEXTURA: forma e tamanho das partículas


• GRANULOMETRIA: medida dos tamanhos das
partículas

-Propriedades mecânicas
- Propriedades hidráulicas

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TEXTURA E GRANULOMETRIA DOS SOLOS
• CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL:
• Quanto ao tamanho:
• Solos Granulares predominam partículas visíveis a olho nu;
• Solos Finos predominam partículas não visíveis a olho nu;
• Quanto a forma dos grãos
- grãos angulares - grãos arredondados (Solos Granulares)
- dispersos - floculados (Solos Finos)

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FAIXA GRANULOMÉTRICA – (NBR 7181/84)

• Caracterização em função da diferentes faixas de tamanhos


correspondentes às frações de partículas constituintes do solo.

ARGILA SILTE AREIA FINA AREIA MËDIA AREIA GROSSA

0,002 0,074 0,420 2,000 (mm)

FRAÇÃO FINA FRAÇÃO GROSSA

Peneira no 200

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SOLOS GRANULARES

•  > 0,074 mm (ABNT)


• Forma: equidimensional (arredondadas / angulosas)

Interação partícula-partícula FORÇAS GRAVITACIONAIS

(Atrito)
• O solo é formado por uma composição de
partículas de diferentes tamanhos: Como
reconhecer esses tamanhos?

ANÁLISE - por peneiramento (fração areia)


GRANULOMÉTRICA - por sedimentação (frações silte e argila)

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Análise Granulométrica
- por peneiramento

(Análise Mecânica)
Ensaio NBR 7181/84

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Análise Granulométrica
- por peneiramento

Peneiras utilizadas no Brasil:


ABERUTURA ABERUTURA ABERUTURA
NOME NOME NOME
(mm) (mm) (mm)

4” 101,6 #6 3,36 #50 0,297

2” 50,8 #8 2,38 #60 0,250

1” 25,4 #10 2,00 #70 0,210

¾” 19,1 #12 1,68 #100 0,149

½” 12,7 #16 1,19 #140 0,105

3/8” 9,52 #20 0,84 #200 0,074

¼” 6,35 #30 0,59 #270 0,053

#4 4,76 #40 0,42 #400 0,037

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Análise Granulométrica
- por peneiramento

Agitador de peneiras
Colocação do material
Nas peneiras

9 Como funciona
Análise Granulométrica
- por sedimentação

(Análise hidráulica)
Interesse em se conhecer
partículas mais finas que
0,074 mm (peneira no 200)
Baseado na lei de Stokes: a
velocidade de queda das
partículas depende do peso
específico do fluido, do peso
específico do material da
esfera, da viscosidade do
fluido e do diâmetro da
esfera.

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Curva Granulométrica

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Análise Granulométrica

Solo bem graduado

Solo de granulação uniforme

Solo de granulação descontinua


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Curva Granulométrica

100
c
90
80
70
% que passa

B
60
A
50
40
30
20
10
0
0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos grãos (mm)
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DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

- Coeficiente de uniformidade:
Cu = D60 / D10 Cu < 5 (muito uniforme)

- Coeficiente de curvatura: 5 < Cu < 15 (uniformidade média)

Cc = (D30)2 / (D60 D10) Cu > 15 (não-uniforme)

1 < Cc ≤ 3 (bem graduado)


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NOMENCLATURA

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DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA

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SOLOS GRANULARES

Propriedades mecânicas Arranjo de (ESTRUTURA)


e hidráulicas partícula

Estado de Compacidade (FOFO OU COMPACTO)


(Analogia com esferas de diâmetros iguais)

Arranjo Cúbico  FOFO Arranjo Triangular  COMPACTO


Grau de compacidade ou Densidade Relativa ESTADO DE COMPACIDADE
Dr  1/3  AREIAS FOFAS
e max  e
Dr  1/3 < Dr  2/3  AREIAS MED. COMPACTAS
e max  e min Dr > 2/3  AREIAS DENSAS
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SOLOS GRANULARES

Estruturas típicas

Granular compacta Granular fofa (alveolar)

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SOLOS FINOS

• SILTES E ARGILAS
• Forma: Lamelar ou Acicular

Interação partícula-partícula FORÇAS DE SUPERFÍCIE


(eletromagnéticas)

(Fortemente afetada pela natureza da água


intersticial)

Área Superficial
SUPERFÍCIE ESPECíFICA 
Volume

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SOLOS FINOS

• ESTRUTURA
Floculada: predominância de potenciais de ATRAÇÃO
Agrupamento das partículas em forma de flocos:

Dispersa: predominância de potenciais de REPULSÃO


Partículas depositam isoladamente:

Estrutura Dispersa

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CONCEITO DE SENSIBILIDADE

• Maior ou menor perda de resistência de um solo argiloso


com a sua desestruturação (Amolgamento)
em outras palavras...
• Processo de quebra da estrutura de um solo argiloso,
sem variação do teor de umidade
Quebra na estrutura do solo redução na resistência

ÍNDICE OU GRAU DE SENSIBILDADE


Rs e R’s resistência à compresssão simples no estado
Rs indeformado e amolgado em condições idênticas de umidade
Is 
R' s Is = 1  ARGILAS NÃO SENSÍVEIS
1 < Is  2  ARGILAS DE BAIXA SENSIBILIDADE
2 < Is  4  ARGILAS DE MÉDIA SENSIBILIDADE
4 < Is  8  ARGILAS DE ALTA SENSIBILIDADE
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I > 8  ARGILAS ALTAMENTE SENSÍVIES
TIXOTROPIA grego [trixis (contato) e trepo (mudar)]

• Propriedade que representa o re-estabelecimento da


resistência de um solo argiloso amolgado

• É o fenômeno da recuperação da resistência coesiva do


solo, perdida pelo efeito do amolgamento, quando este é
colocado em repouso

• Quando se interfere na estrutura original de uma argila,


ocorre um desequilíbrio das forças inter-partículas

• Deixando-se este solo em repouso, aos poucos se vai


recompondo parte daquelas ligações anteriormente
presentes entre as suas partículas

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COLAPSIBILIDADE

• Deformação volumétrica brusca de um solo não


saturado quando sofre inundação.
• Comportamento:

• Características de um solo colapsível:


• Estrutura porosa
• Baixo grau de saturação
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COLAPSIBILIDADE

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ENSAIO DE GRANULOMETRIA - Com Defloculante

Amostra: 01 - Areia Argilosa com Silte, Vermelha Local: Campus de Petrolina / Univasf
Furo: - Cota: - Operador: Data:

Umidade higroscópica Massa especifica dos grãos # 2mm


Capsula N° G2-1 G2-2 G2-3 Picnômetro N° 01 02
tara (g) 9,33 8,49 9,12 Temperatura (°C) 29,0 29,0
tara + SH (g) 27,44 24,69 24,70 Pic. + água (g) 593,48 593,13
tara + SS (g) 27,25 24,53 24,53 Pic.+água+solo(g) 644,00 626,16
Umidade (%) 1,06 1,00 1,10 Massa do Solo (g) 50,00 50,00
w (%): 1,05 G ( g/cm 3) -47,33 3,00
Gs : 3,00

Massa da amostra seca ao ar Mt (g) = 1023,0 Massa total da amostra seca Ms (g) = 1016,0

Peneiramento Grosso
Peneira Abertura(mm) Solo retido(g) Solo ret. acum.(g) % material passa
2" 50,8 0,00 0,00 100,0
1 1/2" 38,1 0,00 0,00 100,0
1" 25,4 0,00 0,00 100,0
3/4" 19,1 36,90 36,90 96,4
3/8" 9,5 34,56 71,46 93,0
4 4,76 148,20 219,66 78,4
10 2,00 129,51 349,17 65,6

Peneiramento Fino
Peneira Abertura(mm) Solo retido(g) Solo ret. acum.(g) % material passa
16 1,19 5,42 5,42 62,6
30 0,59 6,11 11,53 59,3
40 0,42 3,91 15,44 57,1
80 0,18 10,09 25,53 51,5
100 0,149 2,30 27,83 50,3
200 0,074 13,53 41,36 42,8

SEDIMENTAÇÃO
Massa do material úmido submetido à sedimentação Mh (g) = 120,00 Densímetro N°: 42826/07
tempo tempo (s) temp. (°C) L (g/cm^3) Ld (g/cm^3) a (cm) QS (%) d (mm)
30 s 30 28,5 1,029 1,0028 9,9 21,7 0,0500
1 min. 60 28,5 1,029 1,0028 10,0 21,3 0,0356
2 min. 120 28,5 1,028 1,0028 10,1 20,9 0,0253
4 min. 240 28,5 1,027 1,0028 9,1 20,0 0,0170
8 min. 480 28,0 1,026 1,0029 9,4 19,1 0,0123
15 min. 900 28,0 1,025 1,0029 9,6 18,3 0,0091
30 min. 1800 28,0 1,023 1,0029 10,3 16,2 0,0066
1h 3600 28,0 1,021 1,0029 10,6 15,1 0,0048
2h 7200 28,0 1,020 1,0029 11,0 14,1 0,0034
4h 14400 28,2 1,019 1,0029 11,2 13,3 0,0024
8h 28800 28,5 1,015 1,0028 12,2 10,3 0,0018
24 h 86400 26,8 1,014 1,0032 12,7 8,6 0,0011
EXERCÍCIO PROPOSTO
• A seguir encontram-se os resultados de um ensaio
de peneiramento, utilizando 985, 1 g de solo seco.:

(a) Determine a porcentagem que passa na peneira e


trace uma curva de distribuição granulométrica.

(b) Determine D10, D30 e D60 a partir da curva de


distribuição granulométrica.

(c) Calcule o coeficiente de uniformidade, Cu.

(d) Calcule o coeficiente de curvatura, Cc.

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EXERCÍCIO PROPOSTO

  Peneiramento Grosso  
Peneira Abertura(mm) Solo retido(g)
2" 50,8 0,00
1 1/2" 38,1 0,00
1" 25,4 0,00
3/4" 19,1 0,00
3/8" 9,5 0,00
4 4,76 0,00
10 2,00 1,96

  Peneiramento Fino  
Peneira Abertura(mm) Solo retido(g)
16 1,19 0,20
30 0,59 0,48
40 0,42 0,96
60 0,25 3,88
100 0,149 6,70
200 0,074 11,18

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