Você está na página 1de 19

CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

MÓDULO DE SOLOS E FUNDAÇÕES

CAPÍTULO 01 - CONCEITUAÇÃO DE SOLOS


CAPÍTULO 02 - TIPOS DE SOLOS
CAPITULO 03 – SONDAGENS DE SOLOS
CAPÍTULO 04 - FUNDAÇÕES E SUAS VERTENTES

CAPÍTULO 01
CONCEITUAÇÃO DE SOLOS

Solo é um corpo passível de ser escavado, produto do intemperismo sobre um material


de origem, cuja transformação desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao
longo do tempo.
São classificados em solos residuais, sedimentares e orgânicos.

1.1 Solos Residuais

São os solos que permanecem no local de decomposição da rocha que lhes deu origem.
Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de decomposição seja alta.
A rocha que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a que ocorre em
profundidade.
Quanto mais próximo da superfície do terreno, maior o efeito do intemperismo.
Sobre a rocha sã encontra-se a rocha alterada, em geral muito fraturada e permissível ao
fluxo de água através de descontinuidade.

1.2 Solos sedimentares

São aqueles que foram transportados de seu local de origem por algum agente de
transporte e lá depositado. As características dos solos sedimentares dependem do
agente transportador.
Os agentes de transporte são?
• Vento;
• Água;
• Água dos oceanos;
• Água dos rios ;
• Água de chuva.

1
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

1.2.1 SOLOS SEDIMENTARES ALUVIONARES

São formados pela deposição de partículas de solo transportadas pela água.


Sua constituição depende da velocidade das águas no momento da deposição, sendo os
materiais mais finos depositados em locais onde a velocidade é menor.
Existem solos aluvionares essencialmente arenosos, bem como muito argilosos, comuns
nas várzeas dos córregos e rios.
Estes tipos de solos apresentam baixa capacidade de suporte (resistência), elevada
compressibilidade e são susceptíveis à erosão.
São fontes de materiais de construção, porém péssimos como material de fundação.

1.2.2 SOLOS SEDIMENTARES COLUVIONARES

São solos formados por materiais transportados exclusivamente pela ação da gravidade.
São de ocorrência localizada, geralmente ao pé de elevações e encostas, provenientes de
antigos escorregamentos, apresentando na maioria dos casos grande heterogeneidade.
Sua composição depende do tipo de rocha existente nas partes elevadas onde foi
originado.
Normalmente apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade.
Podem ser formados por material predominantemente fino (colúvio) ou grosseiro (tálus).

1.2.3 – SOLOS SEDIMENTARES EÓLICOS

São solos formados pela deposição de partículas transportadas pela ação do vento.
Não são muito comuns no Brasil, destacando-se somente os depósitos existentes ao
longo do litoral formando as dunas de areia.

1.2.4 – SOLOS SEDIMENTARES GLACIARES

São solos formados pelos materiais transportados pelo deslocamento das geleiras, que se
depositam nos locais do de gelo.
Também são tipos de solos não comuns no Brasil.

2
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

1.3 Solos orgânicos

São de origem essencialmente orgânica, seja de natureza vegetal (plantas e raízes), seja
de animal. São solos formados pela mistura do material existente (residual) ou
transportado (sedimentos) com quantidades variáveis de matéria orgânica decomposta.
Este tipo de solo geralmente é encontrado em áreas de topografia bem caracterizada
(bacias e depressões continentais, nas baixadas marginais dos rios e baixadas litorâneas)
Normalmente são identificados pela cor escura, cheiro forte e granulometria fina.
Quando a matéria orgânica provém de decomposição sobre o solo de grande quantidade
de folhas, caules e trocos de plantas, forma-se um solo fibroso, de alta compressibilidade
e baixíssima resistência, que se chama turfa.
Provavelmente este é um dos piores tipos de solo para obras de engenharia.

1.4 Tamanho e forma das partículas

A textura de um solo é o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que o


formam. O estudo dos solos é realizado por intermédio do ensaio de granulométrica. Pela
sua textura os solos podem ser classificados em grossos e solos finos.
Solos cuja maior porcentagem esteja constituída de partículas visíveis a olho nu são
chamados de solos de grãos grossos ou solos granulados. As características e o
comportamento desses solos ficam determinados, principalmente, pelo tamanho das
partículas. Os solos com granulação grossa, com Ø ≥ 0,074 mm têm formas esféricas e
angulares.
A forma característica dos grãos de solos de granulação fina é (Ø ≤ 0,074 mm) lamelar.
O mineral constituinte da partícula determina a sua forma, enquanto o comportamento
desses solos é determinado pelas forças da superfície e o seu volume. Nos solos finos, a
afinidades pela água é uma característica marcante, e irá influenciar o seu
comportamento.
Para descrever o tamanho das partículas, é usual citar a sua dimensão ou fazer uso de
nomes conferidos arbitrariamente a certa faixa de variação de tamanhos.
A escala elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas apresenta cita os tipos
de acordo com sua granulométrica:

3
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

1.4.1 Propriedades das Partículas Sólidas dos Solos


1.4.1.2 Granulometria

De acordo com a escala granulométrica brasileira definida pela ABNT, as frações


constituintes dos solos, segundo as dimensões de suas partículas, recebem as seguintes
denominações, conforme os valores dos diâmetros equivalentes:
• Pedregulho – entre 76 e 4,8mm
• Areia – entre 4,8 e 0,05mm
• Silte – entre 0,05 e 0,005mm
• Argila – inferior a 0,005mm
A análise granulométrica é a determinação das dimensões das partículas do solo e das
proporções relativas em que elas se encontram, representadas graficamente pela curva
granulométrica.
Para solos cujas partículas são maiores que 0,074mm (peneira 200), a análise
granulométrica é feita pelo processo comum de peneiramento.
Para os solos finos, cujas partículas sejam menores que 0,074mm a análise
granulométrica é feita utilizando-se o método de sedimentação continua em meio líquido.
De acordo com a granulometria, o solo pode apresentar as seguintes configurações:

CAPÍTULO 02
TIPOS DE SOLOS

2. 1 Solos grosso

4
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Pedregulho: Os pedregulhos são acumulações incoerentes de fragmentos de rocha, com


dimensões maiores que 4,8mm. Normalmente, são encontrados em grandes extensões,
nas margens dos rios e em depressões preenchidas por materiais transportados pelos
rios Areia: Têm origem semelhante à dos pedregulhos, entretanto, suas dimensões
variam entre 4,8mm e 0,05mm. As areias são ásperas ao tato, e, ao estarem isentas dos
finos não se contraem ao secar, não apresentam plasticidade e comprimem-se, quase
instantaneamente, ao serem carregadas.

2.2 Solos finos

Silte: Os siltes são solos de granulação fina que apresentam pouca ou nenhuma
plasticidade. Um torrão de silte seco ao ar pode ser desfeito com pouca facilidade.
Argila: São solos de granulação muito fina que apresentam características mercantes de
plasticidade e elevada resistência, quando secas. Constituem a fração mais ativa do solo.

CAPÍTULO 03
SONDAGENS DE SOLO

Prospecção dos solos – SPT


O solo é um material natural e muito variável, não há com impor suas características; a
alternativa é estuda-lo.
Uma edificação deve garantir sempre segurança, conforto e durabilidade. Para isto, deve-
se fazer um estudo adequado das características do solo onde será locada a obra, não
valendo estudos de terrenos próximos.
A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários à cravação de parte
de um amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa e altura de
quedas padronizadas. A resistência à penetração dinâmica no solo medida é denominada
S.P.T. -StandartPenetration Test.
A execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste em abertura do
furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo sondado.
Desta forma, em cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um
comprimento de 55cm, e o restante dos 45cm para a realização do ensaio de penetração.

5
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Resistência à penetração

O amostrador é cravado 45cm no solo, sendo anotado o número de golpes do peso


padrão, caindo de uma altura de 75cm, considerando o número necessário à penetração
dos últimos 30 cm do amostrador. Quanto mais alto o valor do SPT quer dizer que o solo
é mais resistente. Em argila muito mole, o SPT pode ser até zero. Em solo muito densos
ou compactos, não é possível cravar o amostrador.
6
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

A tendência do ensaio é que o valor de NSPT aumente com a profundidade, porém nem
sempre isso acontece, como por exemplo: no caso da cidade de Santos em que
primeiramente tem-se uma camada de areia compacta e abaixo dela, uma camada de
argila mole.

Prédio no litoral de Santos

7
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Torre di Pizza – Italia

Fundações
A fundação é um termo utilizado na engenharia para designar as estruturas responsáveis
por transmitir as solicitações das construções ao solo. As fundações são classificadas em
rasas e profundas.

O estudo de toda fundação compreende preliminarmente duas partes essencialmente


distintas:
• Calculo das cargas atuantes sobre a fundação
• Estudo do terreno
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, tendo-se presente
que:

8
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

• As cargas devem ser transmitidas às camadas do terreno capazes de suportá-las sem


ruptura.
• As deformações das camadas de solo subjacentes às fundações devem ser compatíveis
com as da estrutura.
• A execução das fundações não deve causar danos às estruturas vizinhas
• Ao lado do aspecto técnico, a escolha do tipo de fundação deve atender também ao
aspecto econômico.

CAPÍTULO 03
FUNDAÇÕES E SUAS VERTENTES

3.1 Fundações Rasas


São aquelas que a profundidade de escavação é inferior a 3,00m, sendo mais
empregadas em construções de cargas leves ou solos firmes.

3.1.1 ALICERCES CORRIDOS

São elementos da fundação de formato prismático alongado, geralmente de alvenaria de


pedra ou concreto simples (sem armadura) utilizados em pequenos carregamentos
linearmente distribuídos, a exemplo de paredes.

9
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Em terrenos de má qualidade, é recomendável a colocação sobre os alicerces corridos, de


uma cinta de concreto armado, de modo evitar rachaduras e trincas nas alvenarias sobre
os mesmos apoiadas.
Na face superior dos alicerces deve ser aplicado revestimento impermeabilizante, de
modo evitar a passagem da água do solo, por capilaridade, para as alvenarias e rebocos.

3.1.2 Blocos

São usualmente fundações de concreto simples (sem armadura) ou concreto ciclópico


(com matacões) com rigidez tal que impeça que as tensões de tração na base superem a
tensão admissível do concreto à tração.

3.1.3 Sapatas

São fundações superficiais utilizadas quando o solo nas primeiras camadas é resistente e
não compreensível. A fundação é rasa em relação ao nível do terreno. No caso da
escavação de subsolos, a sapata se localiza abaixo do último pavimento escavado.
As sapatas têm forma de tronco de pirâmide e utiliza-se uma para cada pilar.

10
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.1.3.1 Tipos de Sapatas

Isoladas – quando recebem carga de um único pilar.


Associadas – quando recebem carga de mais de um pilar
Corridas - quando a carga sobre as mesmas é do tipo distribuída linearmente, a
exemplo de carga de paredes.

11
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.1.3.2 Vigas de Equilíbrio

Na existência de sapatas excêntricas, nas quais as pressões de contato no terreno não


apresentam-se uniformes, são utilizadas vigas de equilíbrio com a finalidade de
redistribuir as pressões, uniformizando-as.

12
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.1.4 Radiers

Os radiers são fundações com disposição direta ao solo que captam as cargas dos pilares
e paredes e descarregam sobre uma grande área do solo, possui aproximadamente 10
cm de espessura e é utilizada em obras de pequeno porte, se limitando a casas térreas.
Esse tipo de fundação descarrega toda solicitação de cargas em toda sua área de
construção.

13
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.2 Fundações Profundas

Fundações profundas são fundações com profundidade de escavação superior a 3,00m.

3.2.1 Tubulões

São elementos de fundação profunda constituído de um poço (ftiste), normalmente de


seção circular revestido ou não, e uma base circular ou em forma de elipse (Figura 3.25)
(Alonso et al, 1998).
São divididos em dois tipos, tubulão a céu aberto e pneumático.

3.2.1.2 Tubulão a céu aberto

A escavação do fuste pode ser manual ou mecanizada, porém o alargamento da base é


feito manualmente.
O diâmetro mínimo para escavação do fuste é de 60 cm.
Este tipo de elemento de fundação deve ser executado em solo coesivo, para que
desmoronamento durante a escavação tanto no fuste como na base.
A profundidade máxima é limitada pelo nível de água (NA).
A concretagem é feita a partir da superfície, após o término da escavação e liberação da
cota de apoio por inspeção do engenheiro de fundações.

14
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

3.2.2 Tubulão ar comprimido

Quando é necessário executar tubulões em solos em que ocorre água e não é possível
esgota-la devido ao perigo de desmoronamento das paredes do fuste, utilizam-se
tubulões a ar comprimido com camisa de concreto ou aço.
Atualmente só se utiliza tubulões a ar comprimido em obras de arte, geralmente fora do
perímetro urbano.
Nestes tubulões a escavação e a concretagem são manuais e também ocorre a vistoria a
base para liberação da cota de apoio.
O limite de profundidade para execução do tubulão pneumático é de 34,00m abaixo do
nível de água.

15
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Fundações por estacas

As estacas são peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, que são cravadas ou


moldadas no solo, com as seguintes utilizações:
• Transmissão de cargas verticais às camadas profundas do terreno
• Contenção dos empuxos de terra (estacas pranchas)
• Compactação do terreno.
As estacas utilizadas como fundação transferem a carga ao solo em profundidade tanto
pelo atrito lateral como pela resistência de ponta. Quando só o atrito lateral é suficiente
para resistir à carga da estaca, esta é denominada estaca flutuante.
Em solos de má qualidade, onde a resistência pelo atrito lateral é muito pequena, a
estaca deverá ser cravada até atingir camadas inferiores mais resistentes, geralmente a
rocha, onde seja possível contar com a resistência de ponta.

16
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

1. Estaca Escavada

Popularmente conhecida como estaca de broca quando seu diâmetro é pequeno, é o tipo
mais simples de ser executado, devido a essa facilidade, é geralmente utilizada como
fundação de residências.
Neste tipo de estaca, retira-se o solo para abertura do furo utilizando-se um trado
manual ou mecânico. Depois da escavação pronta faz-se a concretagem lançando-se o
concreto da superfície do terreno e então coloca-se a armadura.

1.1. Vantagens da Estaca Escavada:

- Acessibilidade: Por se tratar de equipamentos sobre esteira, possui grande vantagem


sobre as estacas feitas com caminhões ou mesmo as manuais.
- Execução sem vibração ou barulho: Fator importante quando existem construções
vizinhas ou muito próximas.
- Alta Produção.
- Preço: Fundação de menor custo.
- Aproveitamento do Material Escavado: Possibilidade de amostragem do solo escavado,
e reutilização do mesmo em outras etapas da obra.
- Alto Torque: Possibilidade de atravessar camadas do solo de grande resistência (exceto
rocha e matacões).

2. Estaca Pré-Moldada
17
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

São estacas confeccionadas em concreto armado, produzidas em fábricas de


premoldados e transportadas para a obra.
Podem ser fabricadas com diversas secções transversais ( quadrada, circular, octogonal,
etc), porém de comprimento limitado ao tamanho do veículo que as transportará.
São dimensionadas para resistir, alem da carga da obra, também aos impactos da
cravação, o que as torna superdimensionadas.
Durante a cravação devem ser protegidas com capacetes de madeira que absorvem os
impactos do pilão, evitando a fragmentação do concreto.
3. Estaca Mega
É executada pela prensagem de elementos pré-moldados no terreno, com uma reação e
macaco hidráulico. Geralmente é usada como reforço de fundação.

4. Estaca Strauss

Um tubo com diâmetro igual ao da estaca é enterrado gradativamente à medida que o


solo é escavado com o mesmo diâmetro do tubo.
Atingida a profundidade prefixada, após a colocação das armaduras, enche-se o tubo
com cerca de 75 cm de concreto que vai sendo apiloado à medida que se retira o tubo.
Esta operação se repete até o concreto preencher todo o comprimento da estaca.
Cuidados devem ser tomados quando se trabalha abaixo do lençol freático, de modo
evitar-se a penetração da água dentro do concreto.

5. Estaca Franki

Neste tipo de estaca procede-se a cravação de um tubo metálico no solo, batendo-se


com um pilão numa bucha de concreto mais ou menos seco colocada na extremidade
inferior do tubo.
Chegando à profundidade desejada é adicionado concreto dentro do tubo, e com golpes
do pilão executa-se a base alargada da estaca.
Após a colocação das armaduras, mais concreto vai sendo adicionado e apiloado à
medida que o tubo vai sendo retirado, até a concretagem total da estaca.
Este tipo de estaca apresenta uma elevada capacidade de carga devido à resistência de
ponta, pela base alargada, e pelo atrito lateral resultante da grande rugosidade das
paredes.

18
CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Blocos De Coroamento De Estacas

São elementos de transição, com a função de distribuir para as estacas ou tubulões as


cargas provenientes dos pilares.
Geralmente são de concreto armado, com armadura dimensionada para resistir os
esforços internos desenvolvidos em decorrência da transferência de cargas pilar/estacas.
Os blocos de coroamento podem estar associados a uma ou mais estacas e possuir
formatos em planta diversos: quadrado, retangular, triangular, hexagonal, trapezoidal,
etc.
Geralmente quando contem apenas uma ou duas estacas de pequena rigidez, necessitam
ser ligados a outro bloco vizinho através de vigas de contraventamento perpendiculares
ao plano de menor rigidez das estacas.
Em certos casos em que o pilar encontra-se deslocado do centro do bloco resultando em
momentos elevados para as estacas, o bloco deve ser interligado a outros através de
vigas de equilíbrio.

19

Você também pode gostar