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02-Propriedades básicas
dos Solos
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Propriedades básicas dos Solos:
- Introdução;
- Tamanho e forma das partículas do solo;
- Análise visual táctil;
- Granulometria.
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Introdução
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Introdução
Em função dos agentes de intemperismo e transporte, os depósitos de solos podem ser
constituídos de partículas dos mais diversos tamanhos.
Solos cuja maior porcentagem esteja constituída por partículas visíveis a olho nu (f > 0,074
mm ou retidos na peneira #200) são chamados de solos granulares (solos grossos), e aqueles
que passam na peneira #200 são chamados de solos finos.
Os solos de granulação grossa são geralmente compostos de partículas equidimensionais,
podendo ser:
esféricos (solos transportados)
A forma característica do solo de granulação fina (f < 0,074 mm) é a laminar, em que duas
dimensões são incomparavelmente maiores que a terceira, como no caso das argilas
(semelhança a uma lâmina).
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Tamanho e forma das partículas do solo
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Tamanho e forma das partículas do solo
Matacão
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Tamanho e forma das partículas do solo
Areia
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Tamanho e forma das partículas do solo
Areia
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Tamanho e forma das partículas do solo
Argila
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Tamanho e forma das partículas do solo
Partículas do Solo
De origem semelhante aos pedregulhos, as areias são ásperas ao tato, e estando isenta de
AREIASplasticidade.
finos, não se contraem ao secar e não apresentam
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Plasticidade
Propriedade dos solos finos, entre largos limites de umidade, de se submeterem a grandes
deformações permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramento ou variação de volume
apreciável.
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Análise visual táctil
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Análise visual táctil
Cor
Odor
Textura
Teste de sujar as mãos
Mobilidade da água intersticial
Dispersão em água
Resistência do torrão seco
Desagregação do solo submerso
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Cor
Os solos apresentam distintas variações de cor tanto horizontalmente quanto verticalmente. A
coloração dos solos ocorre devido a uma variedade de fatores:
Solos tropicais são geralmente vermelhos ou amarelos devido à oxidação de ferro ou
alumínio respectivamente;
Em regiões temperadas, grandes quantidades de húmus tornam o solo escuro;
Solos pretos é indício de matéria orgânica;
A combinação de óxidos de ferro e conteúdo orgânico dá aos solos uma coloração
marrom;
Outros materiais às vezes apresentam carbonatos de cálcio brancos, óxidos de
manganês pretos e componentes de carbono pretos.
A textura de um solo refere-se à distribuição dos tamanhos das partículas minerais presentes
(ABNT 6502/1995).
A fração grossa, pedregulhos e areias, tem partículas ásperas ao tato, visíveis ao olho nu e que
se separam quando secas. No caso de solos finos, os siltes são invisíveis a olho nu, porém,
ásperos ao tato, e os torrões secos quando imersos em água desagregam rapidamente. As
argilas, quando molhadas, apresentam-se saponáceas ao tato e com torrões pouco úmidos ou
secos, superfície lisa e lustrosa e alta resistência à compressão. Quando secos, os grãos finos
de argila, proporcionam ao tato, a sensação de farinha.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Teste de sujar as mãos
Deve-se fazer uma pasta de solo e água esfregando-a na palma da mão, e colocando sobre
água corrente, observando que:
o solo mais arenoso lava-se facilmente, os grãos de areia limpam-se rapidamente da
mão;
o solo mais siltoso só limpa após bastante água ter escorrido sobre a mão, sendo às
vezes necessária pequena fricção para completa retirada;
o solo mais argiloso distingui-se pela dificuldade de se desprender da palma da mão,
normalmente necessitando de fricção para sair, porque os grãos finos impregnam-se
na pele.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Mobilidade intersticial da água
Uma pasta mole, mas não pegajosa, de solo passante na peneira # 40 é separada e posta na
palma da mão submetendo-a a várias vibrações com a batida da outra mão nas costas da
primeira.
A dilatância se manifesta pelo aparecimento de água à superfície da pasta e posterior
desaparecimento, ao se amassar a pasta entre os dedos.
Solos de comportamento arenoso reagem sensível e prontamente ao teste, enquanto que os de
comportamento argiloso não reagem.
Os termos usados são rápido, médio, lento, nenhum.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Dispersão em água
Uma amostra de solo é colocada dentro de um frasco com água, o volume do material inserido
é anotado, a mistura é agitada e os sólidos sedimentados.
As areias se sedimentam em até 60 segundos, os siltes levam de 15 a 60 minutos e as argilas
permanecem em suspensão por várias horas e até vários dias.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Resistência do torrão seco
Devem ser moldados pequenos cubos de 1x1x1cm com material passante na peneira # 40,
com auxílio de água.
Os cubos devem ser secos ao ar por 24 horas e quando quebrados se dividirão em pedaços
bem distintos, caso sejam argila.
Ao contrário, se forem siltes, os cubos se pulverizam quando quebrados, por serem menos
resistentes. A resistência à compressão aumenta com a plasticidade.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Análise visual táctil
Desagregação do solo submerso
Consiste em colocar um torrão de solo em um recipiente contendo água, sem deixar o torrão
imerso por completo: desagregação da amostra é rápida quando os solos são siltosos e lenta
quando são argilosos.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
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Granulometria
A análise granulométrica consiste na determinação das porcentagens, em peso, das
diferentes frações constituintes da fase sólida do solo.
A análise granulométrica dos solos é prescrita pela NBR – 7181, realizada por peneiramento
ou por uma combinação de sedimentação e peneiramento.
Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição
granulométrica, tão importante para a classificação dos solos, bem como a estimativa de
parâmetros para filtros, permeabilidade, capilaridade, etc.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Tamanho das partículas
A classificação das partículas segundo seus diâmetros equivalentes, de acordo com a escala
granulométrica (ABNT NBR 6502:1995) é dada por:
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Tamanho das partículas
De acordo com a NBR – 6502 as frações do solo e os limites inferiores e superiores de suas
dimensões são:
AREIA
30
Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
90 Classificação: ABNT
Argila 7%
80
Porcentagem que Passa (% )
Silte 43 %
70
Areia 47 %
60 Pedregulho 4%
50
40
30
20
10
0
0,0001 0,0010 0,0100 0,1000 Areia 1,0000 10,0000 100,0000
ABNT - NBR 6502 (1995) Argila Silte fina média Pedregulho
grossa
90 Classificação: ABNT
Argila 7%
80
Porcentagem que Passa (% )
Silte 43 %
70
Areia 47 %
60 Pedregulho 34 %
50
40
30
20
10
0
0,0001 0,0010 0,0100 0,1000 Areia 1,0000 10,0000 100,0000
ABNT - NBR 6502 (1995) Argila Silte fina média Pedregulho
grossa
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
100
% que passa
B A
0
Dimensão das partículas
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Diâmetro efetivo - D10 → diâmetro tal que o peso correspondente a partículas menores
que este é 10% do peso total da amostra seca. O diâmetro efetivo de um solo é uma boa
medida para se estimar a condutividade hidráulica e a drenagem através do solo.
D60
Coeficiente de uniformidade - Cu → Cu
D10
- Onde, D60 é definido como o diâmetro tal que o 60 % do peso seco do solo tenha partículas
com diâmetro menores ou igual a ele.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Os solos se classificam segundo a curva granulométrica como se segue:
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
2
D30
Cc
D60 .D10
Onde, D30 é definido como o diâmetro tal que 30 % do peso seco do solo tenha partículas
com diâmetro menores ou igual a ele.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Coeficiente de curvatura - Cc
100
D60 = 0,1995 90
D30 = 0,1081 70
60
D10 = 0,0272 50
40
30
20
10
D60 0,1995
Cu 7,3 0
0,0001 0,0010 0,0100 0,1000 Areia 1,0000 10,0000 100,0000
D10 0,0272 ABNT - NBR 6502 (1995) Argila Silte
fina média grossa
Pedregulho
Cc 2,2
Diâmetro da Partícula (mm) Cu 7,3
2
D30 0,10812
Cc 2,2
D60 .D10 0,1995 * 0,0272
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Coeficiente de curvatura - Cc
Quando o Cc é menor que 1, a curva tende a ser descontínua (há falta de grãos de
determinado diâmetro).
100
D60 = 0,1977 90
D30 = 0,0521 70
60
D10 = 0,0281 50
40
30
20
10
D 0,1977
Cu 60 7,0 0
0,0001 0,0010 0,0100 0,1000 Areia 1,0000 10,0000 100,0000
D10 0,0281 ABNT - NBR 6502 (1995) Argila Silte
fina média grossa
Pedregulho
Cc 0,5
Diâmetro da Partícula (mm) Cu 7,0
2
D30 0,05212
Cc 0,5
D60 .D10 0,1977 * 0,0281
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Coeficiente de curvatura - Cc
Quando o Cc é maior que 3, a curva tende a ser muito uniforme na sua parte central.
100
D60 = 0,2382 90
D30 = 0,2004 70
60
D10 = 0,0339 50
40
30
20
10
D 0,2382
Cu 60 7,0 0
0,0001 0,0010 0,0100 0,1000 Areia 1,0000 10,0000 100,0000
D10 0,0339 ABNT - NBR 6502 (1995) Argila Silte
fina média grossa
Pedregulho
Cc 5,0
Diâmetro da Partícula (mm) Cu 7,0
2
D30 0,2004 2
Cc 5,0
D60 .D10 0,2382 * 0,0339
40
Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Granulometria
Curva granulométrica
Coeficiente de uniformidade - Cu
Coeficiente de curvatura - Cc
Cc < 1 - a curva tende a ser descontínua (há falta de grãos de determinado diâmetro).
1≤ Cc ≤ 3 (curva suave) - considera-se que o material é bem graduado.
Cc > 3 - a curva tende a ser muito uniforme na sua parte central.
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Exercícios
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Exercícios
1) Classificar a distribuição granulométrica do solo (em anexo) quanto: (a) coeficiente de
curvatura e (b) coeficiente de uniformidade.
97%
88%
68%
4%
Argila = 4% Silte = 64% Areia Fina = 20% Areia média = 9% Areia Grossa = 3%
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Referências Bibliográficas
Ortigão, J.A.R. Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. 3ª ed. Rio de Janeiro.
LTC.2007.
Pinto, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3ª ed. Oficina de Textos. 2006.
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