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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
8.2 - CLASSIFICAÇÕES
QUANTO À ORIGEM
- naturais - são aqueles já encontrados na natureza sob a forma de
agregados. Ex.: areias, pedregulhos e seixos rolados.
- artificiais - são aqueles que necessitam da interferência humana
para chegar a condição de uso como agregado. Ex.: areias artificias
e pedras britadas.
QUANTO ÀS DIMENSÕES
- miúdos - mínimo de 85% dos grãos com dimensões inferiores à
4,8 mm (# número 4).
- graúdos - mínimo de 85% dos grãos com dimensões superiores à
4,8 mm (# número 4).
8.3 - TERMINOLOGIA
material pulverulento - todo material que passa na peneira
número 200, constituído, basicamente, de siltes e argilas.
filler - todo material que passa na peneira número 200, constituído,
basicamente, de partículas minerais, normalmente inertes.
areia - é o material encontrado no estado natural, passando na
peneira número 4
pedrisco ou areia artificial - é o material obtido por fragmentação
de rocha, passando na # 4
pó de pedra - pedrisco + filler
seixo rolado - é o material encontrado fragmentado na natureza,
quer no fundo do leito dos rios quer em jazidas, retido na # 4
pedra britada ou brita - é o material obtido por trituração de rocha
e retido na # 4
textura - é a natureza da superfície, influenciada pela composição
química e rugosidade.
8.4 - PROCESSOS DE OBTENÇÃO
Extração direta
- leito dos rios, mar e minas
- depósitos naturais residuais, eólicos, aluviais e glaciares
Explosivos
Peneiras
- cilíndricas - rotativas - inclinação de 4o a 6o - o refugo sai pela
parte inferior podendo ser retriturado. Ineficiente e problemático
(pouca área de ação; exige reparos e manutenção freqüentes;
peneiramento ineficiente com queda de grãos de diferentes
tamanhos no mesmo local; como as malhas mais finas ficam na
parte superior, recebem os grãos maiores reduzindo sua vida útil)
- planas - vibratórias - inclinação de 15o e mais eficientes
Inchamento
- superfície específica e consumo de cimento
- peso do grão
- mecanismo do inchamento
Granulometria ou composição granulométrica - é o ensaio para
determinação das porcentagens referentes às diversas frações, de
diferentes tamanhos, de um determinado material. Utiliza-se a série
normal de peneiras e as intermediárias.
SÉRIE NORMAL DE PENEIRAS (mm) ASTM (no)
0,15 100
0,30 50
0,60 30
1,2 16
2,4 8
4,8 4
9,5 3/8 “
19 ¾“
38 1½ “
76 3“
Peneiras intermediárias
25 1“
50 2“
Amostra representativa - coleta e quarteamento
Impurezas
- material pulverulento - partículas de silte e argila. A depender
de como se apresente, poderá ser benéfico (sob a forma de
pequeníssimos grãos) ajudando a preencher os vazios ou maléfico
(sob a forma de película ao redor dos grãos) prejudicando a
aderência grão/aglomerante e consequentemente reduzindo a
resistência da argamassa. Esse tipo de impureza pode ser removido
por lavagem, com cuidados para não remover os finos da areia.
Ensaio de defloculação da argila.
- impurezas orgânicas - partículas de húmus. Ação prejudicial na
pega e endurecimento bem como na aderência (formam uma
película ao redor dos grãos). Podem causar corrosão na armadura.
Não adianta lavar pois os ácidos produzidos são insolúveis e
aderem fortemente aos grãos. Secagem ao sol e posterior lavagem
com água e cal. Ensaio colorimétrico.
- torrões de argila
- mica
- materiais carbonosos (carvão e madeira)
- sais - retardador de pega, corrosão da armadura e eflorescências.
MER - proveta
Resistência e durabilidade
- ensaio de sanidade - perda de peso. Solução de sulfato de Sódio
(20 h) e secagem em estufa (4 h). Ciclos.
- reação álcali-agregados - são reações de minerais reativos (opala,
calcedônia, tridimita, cristobalita e zeólitas) presentes nos
agregados e os hidróxidos alcalinos liberados pelo cimento durante
sua hidratação, que causam expansão e conseqüente desagregação
da peça. Ensaio: agregado pulverizado a 80o C em solução de
NaOH. Medição da variação (redução) da alcalinidade da solução.
Granulometria/composição granulométrica - idem
Impurezas - idem
DOS AGREGADOS
Porosidade (VV/VT)
Durabilidade
Reatividade potencial
Composição granulométrica
9 - AGLOMERANTES
9.1 - TERMINOLOGIA
São materiais quimicamente ativos, pulverulentos, que entram na
composição de pastas, argamassas e concretos. Sob a forma de
pasta tem a propriedade de se solidificar e endurecer com o tempo.
- misto - 2 ou + componentes
- composto - um aglomerante simples e uma hidraulite (>10%).
Ex.: cimento pozolânico.
10 - GESSO
10.1 - IDENTIFICAÇÃO
É um sal. Matéria prima = GIPSITA = sulfato de Cálcio bi-
hidratado.
É obtido a partir da desidratação total ou parcial da gipsita.
- desidratação total
11 – CAL
11.1 - IDENTIFICAÇÃO
Pó branco mais fino que o gesso.
É uma base.
Aglomerante quimicamente ativo, aéreo.
Matéria prima:
- calcário - = carbonato de Cálcio = CaCO3
- calcário dolomítico = CaCO3 + MgCO3 - é o calcário utilizado na
fabricação do cimento.
11.2 - ETAPAS DA FABRICAÇÃO
Calcinação argila
CaCO3 + calor (850 C a 900 C) → CaO + CO2
o o
Obs.: Cal rápida - adiciona-se cal à água. Manter sempre água em excesso.
Qualquer borbulhamento - deve-se mexer energicamente.
Cal média - adiciona-se água à cal. Mexe-se moderadamente.
Cal lenta - adiciona-se pouca água à cal e mantêm-se sempre em estado de
pasta homogênea.
11.4 - CLASSIFICAÇÃO
Normalmente:
cálcicas - gordas - rápidas
magnesianas - magras - lentas
11.6 - EMPREGO
- argamassas
- tijolos
- pinturas
- corretivo de solos
- refino de açúcar (açúcar cristal)
- celulose (clarear o papel)
- purificação de água
12 - CAL HIDRÁULICA
12.1 - IDENTIFICAÇÃO
Calcários argilosos (> 5% de argila) + calor → cal hidráulica
IH
0 0,10 0,60 1,0
13 - CIMENTO
13.1 - IDENTIFICAÇÃO
Obs.: a gipsita é uma adição (5%) que se faz ao clinquer Portland para produzir
o CP e que funciona como retardador de pega.
13.2 - COMPONENTES
COMPONENTES ABREVIATURA ORIGEM % NO CP
CaO C calcário 60 a 67
SiO2 S argila 17 a 25
Al2O3 A argila 3a8
Fe2O3 F argila 1a6
SO3 gipsita 1a3
MgO calcário 0,1 a 6,5
K2O e Na2O álcalis 0,5 a 1,3
Material inerte <1
Perdas ao fogo < 4,5
Obs.: CaO - responsável pela resistência mecânica do CP, desde que todo
combinado. Admite-se até 1% de cal livre pois sua presença acima deste limite
prejudica a estabilidade e o volume das argamassas e concretos.
70 C3S
50
30 C 3A
10 C4AF
7 28 90 180 360 T (dias)
gipsita
(CaSO4.2H2O)
C3A3CaSO431H2O
(Sal de Candlot)
C3A → C3A hidratado
C3S
dissilicato C3A
tricálcico + Ca(OH)2 hidratado
hidratado
C2S
H2O +
CaO → Ca(OH)2
Presentes apenas no cimento
MgO → Mg(OH)2 Portland totalmente hidratado
(após meses/anos). Forma de
identificar um CP muito
velho.
13.6 - PEGA
Para a pega ocorrer mais rapidamente:
- mais C3A
- menos gipsita
- moagem
- mais água de amassamento
Tempo de pega:
- reduz com o aumento da temperatura
A pega do cimento inicia-se quando o C3A começa a
hidratar-se (após todo o consumo de gipsita presente)
e logo após ocorre a hidratação do C3S e C2S. Se o início
da pega for rápido, tal poderá ocorrer em menos de 8 minutos. Se
a pega é dita lenta (normal) ela se iniciará entre 30 minutos e 6
horas.
13.7 - AÇÃO DAS ÁGUAS NAS PASTAS DE CIMENTO
Água doce - dissolução do Ca(OH)2 para CaCO3 - estalactites e
estalagmites - eflorescências brancas. A água vai decompor o
Ca(OH)2 em CaO + H2O. O CaO + CO2 = CaCO3.
Água do mar - expansão e fragmentação do concreto e corrosão
da armadura.
MgSO4 + Ca(OH)2 → CaSO4 + Mg(OH)2
CaSO4 + C3Ahid. → Sal de Candlot
13.8 - EXPANSIBILIDADE
Causas: excesso de cal livre, MgO, CaSO42H2O.
- hidráulica - ação das águas nos poros
- térmica - dilatação
Reação álcali - agregados - é a reação da sílica do agregado com os
álcalis do cimento (K2O e Na2O), produzindo um gel expansivo.
A expansibilidade ocorre com o passar do tempo e sua ordem de
grandeza é maior que o da retração.
13.9 - RETRAÇÃO
- térmica
- secagem
- reações químicas
- ação de cargas
Matérias primas:
- calcário - 75%
- argila - 25%
- gipsita - 5%
ETAPAS
1 - Preparo da mistura
- extração da matéria prima
- britamento do CaCO3
- dosagem do calcário e da argila
- moagem
- ratificação da mistura
A mistura pode ser seca, semi-seca ou úmida. As duas primeiras
produzem muito pó, enquanto a última (que é a mais utilizada) não
produz pó. Produz uma mistura mais homogênea e consome mais
combustível (secagem).
2 - Cozimento da mistura
- transporte para o forno
- cozimento
- evaporação até 100o C
- descarbonatação até 900o C
- clinquerização até 1500o C
- resfriamento do clinquer
3 - Moagem
- dosagem com a gipsita
- pulverização (moinhos)
- armazenamento
- ensacamento
vapor (gases)
zona de evaporação
ou desidratação
até 100o C zona de descarbonatação
H2O ou decomposição - até 900o C
zona de combinação
MISTURA CO2 ou clinquerização
1500o C
Acima de 1400o C
CaO + C2S → C3S
CP I 25 32 40
CP I S 25 32 40
Principais aplicações:
- refratários
- reparos com altas resistências iniciais
14 - ÁGUA DE AMASSAMENTO
14.1 - INTRODUÇÃO
É usual dizer-se que toda água que serve para beber, serve,
também, para o concreto. Só que a recíproca não é verdadeira.
Qual a diferença entre água de amassamento, de cura e do meio?
Evitar impurezas. Pequenas quantidades são toleradas.
A água com agentes agressivos tem efeito menos danoso no
amassamento que em ação permanente sobre o concreto
endurecido. No primeiro caso o agente agressivo não é renovado
como na segunda situação.
Não se deve julgar pela cor ou cheiro, mas através de análises
químicas.
16 - ARGAMASSAS
16.1 - CONCEITO
aglomerante
água
agregado miúdo
adições
aditivos
16.3 - CLASSIFICAÇÕES
QUANTO AO NÚMERO DE AGLOMERANTES
simples
composta
QUANTO AO TIPO DE AGLOMERANTE
aérea
hidráulica
mista
QUANTO AO EMPREGO
comuns
refratárias
anticorrosivas
para restauração
outras
QUANTO À DOSAGEM
fortes, ricas ou gordas
fracas, pobres ou magras
QUANTO À CONSISTÊNCIA
secas
plásticas
fluidas
SECA PLÁSTICA
AR
AREIA PASTA
FLUIDA
16.5 - FUNÇÕES
Ligar
- alvenarias
- revestimentos
Proteger/regularizar
- pisos
- revestimentos
Decorar (características estéticas)
Conferir propriedades especiais
- térmicas
- acústicas
- proteção de radiações
Trabalhabilidade
- finalidade
- forma de aplicação
Consistência
- plasticidade
- coesão
argamassa de levante
argamassa de revestimento
argamassa de assentamento
- argamassa tradicional
- argamassa colante
CAMADAS DO REVESTIMENTO
chapisco
emboço
reboco
Argamassa de levante
Chapisco
CERÂMICA Bloco
Chapisco
Emboço
Reboco
PISO
ESPESSURAS RECOMENDADAS
chapisco - 5 mm
emboço - 20 a 25 mm
reboco - 5 mm
Manchas
- água (chuva, umidade)
- poeira
Fissuração
- movimentação térmica
- deformação de base
- movimentação higroscópica
- retração
- função da argamassa
- sobrecarga
- características do substrato
- existência do revestimento
- orientação solar da parede
- maior plasticidade
- maior retenção de água
- maior estabilidade de volume
- melhor incorporação de areia
- revestimento mais claro - menos tinta
- menor custo por metro cúbico
17 - CONCRETO
17.1 - DEFINIÇÃO
Aglomerante + água + agregados miúdos + agregados graúdos +
aditivos
17.2 - CLASSIFICAÇÃO
Concreto simples: é o concreto aplicado sem armadura. Quando
utilizado como regularização de pisos é conhecido como concreto
magro. Há também o caso do concreto simples associado a grandes
blocos de pedra, conhecido como concreto ciclópico. Ex.: concreto
magro, concreto ciclópico, concreto para blocos e pavimentos etc.
Concreto armado: é o concreto aplicado com armadura (barras ou
fios de aço). Ex.: concreto de estruturas, pavimentação, postes etc.
Concreto protendido: é o concreto aplicado sob compressão. Ex.:
grandes estruturas, obras de arte, Estação da Lapa, Flat de Ondina.
Citar e explicar esforços de tração e compressão T t = 1/10 Tc.
17.3 - CONSIDERAÇÕES
Condições técnicas
- trabalhabilidade (consistência)
- resistência (compressão, tração e flexão)
- durabilidade (impermeabilidade, constância de volume)
- higiene
Condições econômicas
- menor consumo de cimento
Condições estéticas
- concreto aparente
Etapas a considerar na execução do concreto
- seleção dos materiais (tipo, qualidade e uniformidade)
- proporcionamento (dosagem - traço)
- produção (mistura, transporte, lançamento, adensamento)
- tratamento (cura, proteção e manutenção)
- reatividade química
ensaios de durabilidade - ciclagem
etileno glicol
álcali - agregados
- impurezas minerais
materiais pulverulentos (aderência)
argila em torrões
- impurezas orgânicas
- forma e textura dos grãos
Qualidade da água
- análise química
- ensaios comparativos de resistência
- vide água de amassamento
Qualidade do cimento
- tipo de cimento (teores de C3S eC2S)
- grau de moagem
- condições de armazenamento
até 10 sacos por pilha se utilizados após 15 dias
até 15 sacos por pilha se utilizados antes de 15 dias
estrado no piso
umidade do meio
Mistura
O tempo de mistura influi diretamente sobre a resistência final do
concreto. Dentro de certos limites, quanto maior for o tempo de
mistura, maior será a resistência.
O tempo menor de mistura não pode ser compensado com maior
velocidade de rotação pois há a força centrífuga, e:
- velocidade grande - os materiais ficam “colados” na parede e não
misturam (caso 1)
- velocidade pequena - os materiais não “sobem” para cair e poder
misturar (caso 2)
- velocidade correta (caso 3)
1 2 3
Essas betoneiras são chamadas de queda livre ou de gravidade.
A última variável a considerar na mistura é a ordem de colocação
dos materiais, que não deve ser aleatória:
Manipulação
- influência do transporte e lançamento
segregação dos agregados
exsudação
duração das operações
- influência do adensamento
energia
duração
segregação e exsudação (posição do vibrador)
Idade
Na prática considera-se que o cimento atinge a resistência máxima
aos 28 dias, embora, de forma genérica, para cimentos comuns,
tenhamos:
Cura
- conjunto de medidas com a finalidade de evitar a evaporação
prematura da água de hidratação do cimento, que rege a pega e o
endurecimento.
- limites de Norma
- tipos de cura
- cura retardada
Porosidade
- há incorporação de ar durante a mistura
- utiliza-se mais água (trabalhabilidade) que a necessária para a
hidratação do cimento. Água que entra, água que sai, vazios que
ficam.
Condições ambientais
- temperatura e umidade
Resistência
100% 100o C
30o C
10o C
10% 0o C
1 3 7 28 Tempo
(dias)
2 - Plasticidade da pasta
4 - Granulometria
- quanto maior o módulo de finura, mais consistente
5 - Compacidade
- função dos vazios presentes
6 - Travamento
- função da granulometria contínua e finos
10 - Ar incorporado
11 – Aditivos
17.8 - EXSUDAÇÃO
Definição
Causas:
- incapacidade dos constituintes do concreto em manter a água de
amassamento dispersa na mistura.
Conseqüências:
- a superfície do concreto torna-se porosa e menos durável
- pode trazer partículas de cimento formando uma camada
superficial de nata que impede a boa ligação com outras camadas
de concreto
- acúmulo de água em filmes sob a armadura (barradas por essa na
sua subida para a superfície), dificultando a aderência
Como evitar
- aumentar o teor de cimento ou uso de cimentos mais finos
- aumento do teor de finos (diâmetro inferior a 0,15 mm)
- adição de pozolanas
- uso de incorporadores de ar
Ensaios destrutivos
- ruptura de CPs moldados ou extraídos
h = 2d
Controle da manipulação
- transporte
- lançamento
- adensamento
Controle de cura
Controle tecnológico
- verificação da dosagem empregada
- verificação da trabalhabilidade
- verificação das características dos materiais
- verificação da resistência mecânica
controle estatístico
Mistura
- função básica - promover o contato íntimo dos componentes da
mistura com o completo envolvimento dos agregados pela pasta
- equipamentos - betoneiras, centrais, caminhões betoneira
(capacidade de produção de 5 m3 e não o volume da cuba)
Obs.:
volume da cuba = volume total do equipamento
volume de mistura = volume de carregamento dos materiais isolados
volume de produção = volume da mistura
V C > VM > VP
1 0,7 0,5 betoneiras de eixo inclinado
1 0,4 0,3 betoneiras de eixo horizontal
- a mistura deve ser feita, preferencialmente, de forma mecânica.
Caso venha a ser feita manualmente, procurar seguir o seguinte
procedimento:
piso de madeira ou cimentado
mede-se a areia e coloca-se sobre a base
coloca-se 1 saco de cimento
mistura-se bem
com a mistura homogênea, coloca-se a brita
mistura-se em 1 ou 2 montes
faz-se um buraco no meio e adiciona-se água
faz-se a mistura por queda (virando a pá)
Transporte
- função básica - promover a rápida chegada da mistura sem
segregação
- transporte intermitente
baldes
carrinhos de mão
vagonetas
caminhões com agitação
caminhões sem agitação
- transporte contínuo
calhas
correias
tubulações (com bombeamento ou a ar comprimido)
Manipulação
- evitar segregação e/ou exsudação
- evitar variação de consistência (perda de plasticidade por
secagem)
- evitar perda de qualquer parte da mistura
Lançamento
- controle do tempo do amassamento ao lançamento
- inspeção preliminar das formas, observando:
que estejam isentas de detritos e substâncias estranhas
que suas faces internas não absorvam água do concreto
que não haja água empoçada
que estejam úmidas
que não permitam fuga de nata
- tremonha - concretagens submersas em água/lama
17.20 - ADENSAMENTO DO CONCRETO
Objetivo: conferir maior compacidade ao concreto eliminando a
maior quantidade possível de vazios.
Adensamento
- manual
socamento
apiloamento
- mecânico
vibração
centrifugação
Vibração
- a baixa freqüência vibra os agregados graúdos e a alta , a
argamassa
- superficial
vibradores superficiais
vibradores externos
- interna
vibradores de imersão
Vibradores
- alternativos
elétricos
pneumáticos (ar comprimido)
- giratórios
pneumáticos
elétricos
a gasolina
Problemas
- ninhos, nichos, bexigas, bicheiras ou vazios
- vibração na armadura produz vazios reduzindo a aderência
- má execução da vibração
pouco tempo
muito tempo (após o surgimento de bolhas na
superfície)
colocação do vibrador de forma indevida
equipamento inadequado para a situação
17.21 - MÉTODOS DE CURA
Submersão em água
Laboratório
- tanques
- câmara úmida - controle de temperatura e umidade
Ação da temperatura
- no concreto fresco
evaporação prematura da água
congelamento da água
- no concreto endurecido
expansão/contração
Ação do fogo
- perdas de resistência a partir de 300 o C
- à 600o C perda de 50% da sua resistência
- desplacamentos na contração do resfriamento
- armadura - perda de 50% da resistência à 500o C
Ação de águas agressivas
- águas carbonatadas
o carbonato de Cálcio é praticamente insolúvel e é positiva a
sua presença pois colmata os poros aumentando a
impermeabilidade da peça. Se a água apresentar excesso de
CO2 dissolvido, esse passa a ser agressivo pois é capaz de
dissolver o carbonato de Cálcio.
- águas puras
tendem a dissolver a cal liberada na hidratação do cimento -
Ca(OH)2, tornando o concreto poroso e pouco resistente.
Com o aumento da infiltração a água poderá atingir a
armadura causando a sua oxidação → expansão →
desplacamentos
- águas sulfatadas
os sulfatos são os elementos mais agressivos ao concreto,
promovendo sua total desagregação ao longo do tempo.
Sulfato de Cálcio + C3Ahid → Sal de Candlot
Sulfatos de Magnésio + C3S → Sulfato de Cálcio
- águas do mar
choques de ondas
variações secagem/molhagem
no caso do fissuramento do concreto armado a armadura
oxidará mais rapidamente que sob a ação da água doce
formação de cristais nos poros do concreto promovendo
tensões de expansão (tração no concreto)
possui sulfatos de Ca e Mg
- águas residuais domésticas e industriais - danos em função da
composição e temperatura
Considerações
- a característica predominante do concreto com relação a
durabilidade é a sua compacidade
- fissuras são caminhos abertos para os agentes agressivos
Cuidados a observar
- escolha adequada do aglomerante
cimentos que liberem menos cal e com baixo teor de C3A
pozolanas e escórias melhoram a durabilidade de concretos
expostos
a águas agressivas
- dosagem
menor x
maior controle na granulometria dos agregados (maior
compacidade)
aditivos que visam reduzir x e a permeabilidade
- cura rigorosa
- tratamentos superficiais (pinturas)
- tratamentos químicos do concreto (composição)
3 - Concretos massa
São concretos utilizados em peças de grande volume sem armadura
(barragens), com baixo teor de cimento (evitar elevação de
temperatura) e agregados com grandes Dmax (ciclópico).
4 - Concretos refratários
O concreto comum começa a perder suas qualidades e desagregar
a 200/300o C. Agregados com sílica começam a desagregar-se à
600/800o C. Cimento aluminoso e agregados especiais como
coridon, carborundo, cromita, magnesita etc.
5 - Concretos pesados
-MER > 24 kN/m3
- contrapesos de elevadores
- lastros
- radiações
Agregados: hematita, limonita, barita etc.