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MATERIAIS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL II
AULA 1 – PROFESSOR CARLÍ BATISTA
 Cimento + Água = pasta
 Pasta + Agregado miúdo = argamassa
 Argamassa + Agregado graúdo = concreto
 Concreto + Armadura = concreto armado
DEFINIÇÕES  Estado fresco = antes do final da pega
 Estado endurecido = depois do final da pega
 Cura = procedimentos para controlar a
hidratação do cimento, a fim de que o concreto
endureça corretamente
 Relação entre o cimento e agregados por pesos, pode também quando
especificado ser por volumes.
1:a:p

 a = peso de agregado miúdo / peso de cimento p = peso de


agregado graúdo / peso de cimento ou

TRAÇO 1:m

 m=a+p

1 : a : p1 : p2

 p1 = agregado graúdo tipo 1 / Cimento

 p2 = agregado graúdo tipo 2 / cimento


 Na sequência pode estar a relação água/cimento (a/c)
O concreto no estado fresco é caracterizado
como o material recém-misturado, sendo que
o mesmo apresenta-se no estado plástico, ou
seja, ainda com a capacidade de propiciar a
moldagem, com aplicação de cargas,
CONCRETO permanecendo moldado após cessar a
ESTADO FRESCO aplicação da carga.
CONCRETO
ESTADO FRESCO

As principais características do
concreto nesta fase, podem ser
apresentadas como trabalhabilidade,
coesão, segregação e exsudação
TRABALHABILIDADE
CONCRETO FRESCO
A trabalhabilidade pode ser entendida como a maior ou
menor facilidade de se adensar, ou de se moldar

Determina a facilidade com a qual os concretos podem ser


misturados, lançados, adensados e acabados

TRABALHABILIDADE

Não existe uma trabalhabilidade ideal para o concreto, porém ela é função da
peça a ser executada, e dos meios que se dispõe para tal.
MEHTA & MONTEIRO :
Propriedade composta de pelo menos dois
componentes principais: fluidez, que descreve a
facilidade de mobilidade do concreto fresco; e a
coesão, que descreve a resistência à exsudação ou
à segregação.

DEFINIÇÃO DE TRABALHABILIDADE
• Internos
➢Consistência;
➢Compacidade;
➢Traço;
TRABALHABILIDADE

FATORES QUE
AFETAM :
• Externos
➢Eficiência do misturador (Manual ou Mecanizada);
➢Tipo de transporte;
➢Forma de adensamento;
➢Dificuldade de concretagem.
TRABALHABILIDADE

FATORES QUE
AFETAM :
Vários são os ensaios existentes para se
medir a consistência de um concreto e
TRABALHABILIDADE
argamassa.
ENSAIOS DE  SLUMP TEST
DETERMINAÇÃO  SLUMP FLOW TEST
 FLOW TABLE
Ensaio de abatimento do tronco de cone
(Slump test):
É um dos métodos mais conhecidos e
utilizados no Brasil, devido á facilidade e
simplicidade de uso na obra.
TRABALHABILIDADE
SLUMP TEST  3 camadas adensadas c/ 25 golpes
NBR NM 67  Medir em 8 a 12 seg.
TRABALHABILIDADE
 Preencher 3 camadas, compactar com 25 golpes, retirar o molde
SLUMP TEST na vertical e medir em 8 a 12 seg.
NBR NM 67
TRABALHABILIDADE
SLUMP TEST
NBR NM 67
Manômetro instalado na betoneira, indica a pressão no
interior do balão possibilitando assim a identificação
(aproximada) do abatimento do concreto.

TRABALHABILIDADE
SLUMP TEST
CAMINHÃO
BETONEIRA
Pressão no manômetro
Volume Slump Test (abatimento cm)
6 8 10 12 14 16 18 20
4 m3 205 170 150 130 120 110 100 95
5 m3 210 175 155 135 125 115 105 100
6 m3 215 180 160 140 130 120 110 105
7 m3 215 185 160 145 135 125 115 110
8 m3 220 190 165 150 140 130 120 115
TRABALHABILIDADE
Slump flow test
NBR 15823
Concretos com
abatimento superior a 250
mm

ENSAIO DE ESPALHAMENTO DO CONE DE ABRAMS


Ensaio de escorregamento - FLOW TEST: (argamassas)
• Na “mesa de consistência”, molde tronco-cônico;
• Material compactado com 25 golpes em duas camadas;
• Retira o molde, 30 golpes da própria mesa;
• Mede-se o diâmetro médio depois do escorregamento;
TRABALHABILIDADE • Maior diâmetro, menor consistência.
Flow test
NBR 13276 (2005)

ENSAIO DE ESPALHAMENTO DO CONE DE ABRAMS


 Ensaio “Squeeze Flow” (argamassas)
 A argamassa é deformada pela aplicação de uma taxa de
cisalhamento radial;
 Amostra 50 mm com 10 mm de altura.

TRABALHABILIDADE
Squeeze Flow
SEGREGAÇÃO
É a separação dos constituintes de uma mistura
heterogênea de modo que sua distribuição deixe
de ser uniforme. Podemos citar como causas da
segregação:
• Diferenças no tamanho das partículas.
SEGREGAÇÃO •Diferenças na massa especifica dos
constituintes.
• Traço inadequado.
• Vibração excessiva ou a falta dela durante
adensamento do concreto na peca, entre outras.
Tendência dos agregados graúdos se separarem da
argamassa, deixando o concreto não homogêneo
cheio de vazios, reduzindo a resistência mecânica.

 Causas:

 Falta de argamassa, (cimento, areia e água);


SEGREGAÇÃO  Excesso de adensamento;
 Traço ruim;
 Excesso de água ou aditivos plastificantes;
 Arremessar com pá o concreto a distancia;
 “Transportá-lo” sobre as formas com o vibrador;
 Queda sobre as formas altura superior a 2,5 m.
 É uma forma de segregação e pode ser observada
com o aparecimento de agua “sobrando” na
superfície do concreto recem-lancado e acabado.
 É a tendência da água de amassamento vir à
superfície do concreto recém lançado, devido ao sua
densidade (1g/cm3) ser menor que a dos agregados
EXSUDAÇÃO (≈2,4g/cm3) e a do cimento (≈ 3,1g/cm3).
 Características :
 Profundidade da lâmina d’água
 Velocidade em que a exsudação ocorre;
 Duração da exsudação.
EXSUDAÇÃO

Fenômeno faz com que a relação a/c da superfície fique


enorme, reduzindo a resistência mecânica na região.
EXSUDAÇÃO

Tendência da água de amassamento vir à superfície do


concreto recém lançado.
 Procedimentos para evitar:
 Minimizar a quantidade de água usada no concreto
 Uso de agregados não lamelares
 Aumentar a presença de finos nos agregados miúdos
 Aumentar a consistência ou diminuir o abatimento

EXSUDAÇÃO
COESÃO E
CONSISTÊNCIA
CONCRETO FRESCO
 A definição física de coesão e a ligação harmônica
entre partes. Ou seja, concretos com boa coesão
não apresentam segregação (separação) dos
constituintes da mistura, acarretando em
facilidade de adensamento e acabamento do
concreto.
COESÃO E  Já a consistência esta relacionada com a
CONSISTÊNCIA mobilidade do concreto fresco e sua facilidade de
escoar.
 A consistência e avaliada em termos de
abatimento, isto e, quanto maior a umidade da
mistura, maior o abatimento (BAUER, 2016;
MEHTA; MONTEIRO, 2008).
 Avalia-se a coesão do concreto, pelo aspecto visual da
mistura
 Os agregados não tendem a se mostrar limpos ou lavados;
 As bordas se mostram convexas, não apresenta tendência
COESÃO E de segregar;
CONSISTÊNCIA  Em concretos convencionais, na prática da obra, uma das
maneiras mais utilizadas de se verificar a boa coesão do
concreto, é através do teor ideal de argamassa, uma vez
que a coesão é aumentada com o aumento de material fino
do concreto.
 PASSOS PRÁTICOS PARA A DETERMINAÇÃO DO TEOR
IDEAL DE ARGAMASSA
 1. Com a betoneira desligada, retirar todo o material aderido
nas pás e superfície interna;
COESÃO E  2. Com uma colher de pedreiro, trazer todo o material para a
região inferior da cuba da betoneira, introduzindo os
CONSISTÊNCIA agregados soltos no interior da mistura;
 3. Passar a colher de pedreiro sobre a superfície do concreto
fresco, introduzir dentro da massa e levantar no sentido
vertical. Verificar se a superfície exposta está com vazios,
indicando falta de argamassa;
 4. Introduzir novamente a colher de pedreiro no
concreto e retirar uma parte do mesmo,
levantando-o até a região superior da cuba da
betoneira. Com o material nesta posição, verificar
COESÃO E se há desprendimento de agregado graúdo da
CONSISTÊNCIA massa, o que indica falta de argamassa na mistura.
Após esta observação, soltar a porção de concreto
que está sobre a colher e verificar se a mesma cai
de modo compacto e homogêneo, o que indica
teor de argamassa adequado;
MASSA ESPECÍFICA
 Serão considerados os concretos de massa específica normal
(ρc), compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3 .
 Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples
o valor 2400 kg/m3 e para o concreto armado 2500 kg/m3 .
 Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado,
pode-se considerar, para valor da massa específica do concreto
MASSA armado, aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a
ESPECÍFICA 150 kg/m3 .
MASSA
ESPECÍFICA
MOLDAGEM DE CP
 O concreto é introduzido no molde em
camadas de volume aproximadamente
igual;
O adensamento de cada camada se dá de
MOLDAGEM acordo com a seguinte metodologia:
DE CP
MOLDAGEM
DE CP
NBR 5739
 Os golpes devem ser distribuídos
uniformemente em toda a superfície dos CP’s;
MOLDAGEM  A haste deve atravessar toda a camada que
está sendo adensada e penetrar,
DE CP aproximadamente, 20mm na camada inferior;
 Para o adensamento mecânico, a norma não
prevê tempo determinado de vibração.
MOLDAGEM
DE CP
AR INCORPORADO
 Vazios com ar são incorporados devido a:
 Mistura na betoneira - Ar aprisionado
TEOR DE AR  Aditivos incorporadores de ar (IAR) - Ar
INCORPORADO incorporado % ar = 1 a 3% do volume total
Adensamento
NBR 11686/90
Injeção de água
Determinação do
teor de ar pelo
Método
Pressométrico

Injeção de ar
Regularização

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