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ARMADO I
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1. Propriedades Mecânicas do Concreto
O seixo está sujeito a planos de clivagem. A brita depende da rocha da qual ela é
extraída. Podemos usar também a argila expandida e minério de ferro.
Fator água/cimento:
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Os concretos mais resistentes são os que não possuem vazios. Os vazios devem
ser preenchidos pela pasta. A água tem que estar em proporção ao cimento. Se
adicionarmos menos quantidade de água, diminuiremos a resistência do concreto,
e se adicionarmos maior quantidade de água do que a necessária, também
diminuiremos a resistência do concreto.
Ex: Traço 1:2:4, onde temos 7 volumes (ou 1 litro de cimento + 2 litros de areia + 4
litros de brita). Considerando a dosagem de água à 8%, temos que:
Fluidez em função da
aplicação.
Para 01 saco de cimento de 50kg, temos:
Observações:
Concreto Leve: areia, água, cimento e argila. Utilizado para rebocos,
nivelamento de pisos e lajes, proteção de terrenos inclinados.
Concreto Pesado: areia, água, cimento e agregados naturais mais densos,
tais como hematita, magnetita. Utilizado em construção de anteparos
radioativos, lajes de subpressão, barragens e contrapesos de grandes
embarcações e pontes.
Quanto mais água na composição do concreto, maior sua porosidade, o
que aumenta a trabalhabilidade do mesmo.
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Curva Característica de Resistência em Função do Fator Água/Cimento:
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Abaixamento Consistência
2 cm Seca
2cm a 5 cm Rija
5 cm a 12cm Plástica
12cm a 20cm Úmida
20cm a 25cm Fluida
Emprego
Concreto Armado de Grandes Massas Vibrado
Concreto Armado em Estruturas Correntes Vibrado
Concreto Armado em Estruturas Correntes Adensado Manualmente
Concreto Armado em Estruturas de Grandes Concreto Sem Grande
Responsabilidades Resposta
Mistura:
Manual (Enxada);
Mecânica (Betoneira).
Adensamento:
Manual;
Mecânico (Vibrador).
No uso do vibrador, deve-se ter cuidado para evitar que a brita vá toda para o
fundo e que a argila expandida venha para cima.
Outro fator que influi na consistência do concreto é a medida dos constituintes.
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A melhor forma de se medir os agregados é a peso. Isto só é possível em obras de
grande porte, com laboratório técnico de concreto, pois só neste caso se justifica.
Concreto:
Aglomerante + Água + Agregado Miúdo + Agregado Graúdo
Pasta
Argamassa
Durante as primeiras horas (dias) do concreto, há uma grande tendência de
evaporação, portanto, devemos manter o concreto sempre úmido. Deve-se molhar
a estrutura nos três ou quatro primeiros dias (Cura).
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c) Peças Laminares (2 dimensões proporcionais, uma terceira muito
maior):
L1~L2>L3
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2. ELD – Estados Limites de Desempenho
Estados que definem impropriedades para uso da estrutura, por razões de
segurança, funcionalidade ou estética, desempenho fora dos padrões
especificados para sua utilização normal ou interrupção de funcionamento em
razão da ruína de um ou mais de seus componentes.
Portanto, é alcançado quando o edifício tem seu uso interrompido por um colapso
parcial ou total da estrutura.
Ex.: Um pilar mal dimensionado provoca a ruína de um prédio; uma laje mal
dimensionada vem abaixo assim que o escoramento é retirado.
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Portanto, é alcançado quando o edifício deixa de ter seu uso pleno e adequado em
função do mau comportamento da estrutura, que não seja a ruída da mesma
propriamente dita.
3. Projeto Estrutural
De uma forma geral, um bom projeto deve atender simultaneamente a todos os
Estados Limites:
I. Análise:
II. E.L.V:
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III. E.L.S:
Ações:
No cálculo de um edifício, devem ser considerados todas as ações que irão
produzir efeitos significativos na sua estrutura.
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Retração do Concreto:
É a redução do volume do concreto pela perda de água. A água que fica no interior
do concreto forma veios, e com a perda de água, os veios tendem a se retrair, e
assim provoca surgimento de deformações e esforços adicionais na estrutura.
Essas deformações podem ser classificadas em dois grupos:
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Diagrama de evolução da retração do concreto com a idade:
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Lei de Hooke:
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Valores Característicos:
“Valor característico de uma grandeza de interesse estrutural é um valor fixado
com certa probabilidade de não ser ultrapassado no sentido desfavorável para
segurança.”
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4. Propriedades Mecânicas dos Concretos
Unidades no S.I.:
Força (N);
Comprimento (m);
Tensão (N/m²).
( ) ( ) ( )
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Para concreto de baixa resistência:
Para fck≤15Mpa:
Idade 7 dias 28 dias 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos
fck 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25
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Velocidade de Ensaio:
fctkinf = 0,7* fctm
fctksup = 1,3* fctm
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Diagrama Tensão-Deformação idealizado, para análises no Estado Limite Último
(E.L.U.).
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Módulo de elasticidade do concreto:
Para o cálculo das deformações:
Ex.: Flecha:
NBR-6118:
N.E.L.S:
Variação de temperatura:
Pela NBR-6118:1979, desprezava-se a variação de temperatura para
comprimentos contínuos de 30m e em estruturas permanentemente envolvidos por
terra e água. A NBR-6118:2003, prescreve que não seja desprezada variação de
temperatura, e considera uma variação de ±10ºC a 15ºC.
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Valores de Cálculo:
Coeficiente : o valor característico de uma ação (fk). Seja ela permanente
ou variável, é transformado para o seu respectivo valor de cálculo (fd)
externo por meio do coeficiente ponderador yf, continuamente chamado de
coeficiente de segurança.
É muito comum definirmos o valor desse coeficiente igual a 1,4. No entanto, para
que as explicações seguintes sejam plenamente compreendidas, é necessário
entender que esse valor (1,4) é o resultado final da multiplicação de três fatores:
Sendo:
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Concreto:
À compressão:
À tração:
Nos casos de edificações usuais, os valores mais comuns dos coeficientes de
minoração das resistências dos materiais são:
Aço:
Concreto:
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Pela tabela, é o traço nº3, e tirando os valores dela:
b. O traço:
Pela tabela:
01 saco de cimente;
02 padiolas de areia;
01 padiola de brita nº1;
01 padiola de brita nº2.
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Quantidades:
NBR-7480 – Classificação:
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CA-60: cor azul
CA-50: cor branca
Diagrama de Cálculo:
Para aços CA-25, CA-50 e CA-60:
COMPRESSÃO
Es = tang α
TRAÇÃO
Pilares suportam compressão de até 0,2%, acima disso, o concreto não absorve
mais carga e entra em escoamento.
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AÇO TIPO “B”:
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6. Coeficiente de Aderência (Nb):
O grau de aderência entre o concreto e o aço é medido pelo coeficiente de
aderência, sendo determinada pela relação de um aço de superfície lisa e um aço
de superfície trabalhada.
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CA-25 Liso Nb = 1,0;
CA-50 Nervurado Nb = 2,25;
CA-60 Entalhado Nb = 1,4.
Exemplo Comparativo:
Supondo duas vigas, uma com aderência zero, e outra com aderência normal:
CAA I w ≤ 0,4mm
CAA II, CAA III CAA IV w ≤ 0,3mm
A espessura máxima permitida é o menor valor das desigualdades.
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6.2. Cobrimento do Concreto
Risco de
Classes Agressividade Exemplo
Deterioração
Depósito de apartamento,
revestimentos com
CAA I Fraca Insignificante argamassa e pintura ou em
regiões de clima seco (u ≤
65%).
Ambientes úmidos,
concreto aparente,
ambientes em atmosfera
CAA II Moderada Pequeno marinha, revestimentos com
argamassa e pintura ou em
regiões de clima seco (u >
65%).
Ambientes em atmosfera
marinha: externos, internos
CAA III Forte Grande
úmidos ou concreto
aparente.
Edificações sujeitas a
respingos de maré ou em
CAA IV Muito forte Elevado
ambientes quimicamente
agressivos.
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Considerando:
Aço CA-50
Concreto fck 20MPa
⁄
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Representação da Seção e Solicitação:
Z
Mas y=0,8x:
Fazendo Ky:
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Equações de Equilíbrio:
∑
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5.4. Dimensionamento à Flexão: Verificação da Estabilidade
Coluna I:
Coluna II:
Coluna III:
Verificação da Estabilidade:
∑
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Simbologia dos Momentos:
M Momento Solicitante ou Momento de Serviço (proveniente da
Estática);
Mu Momento Último resistido por uma viga;
Md Momento de Cálculo.
Condição de Estabilidade:
a) Tensões Admissíveis:
b) Da equação I:
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Como Ky < Kyd, a viga é subarmada.
c) Cálculo do Momento Fletor Último:
( )
( )
Equações de Equilíbrio:
∑
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Da equação (3), tirando o valor de deformação do aço ( :
( )
b) Determinação de z:
( )
( )
( )
( )
( )
(√ )
( )
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d) Cálculo do Momento (Mu) resistido por uma seção (km) da equação (4):
( )
( )
km
Mu=Md
z=Kz*d
Exemplo:
km do CA-50:
(balanceada)
(dútil)
Simplificando:
Para CA-25;
Para CA-50.
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Distribuição Transversal das Armaduras – Item 18.3.2.2:
Ex:
1º caso: Altura Livre
Dados:
M= 80kN.m
Bw= 20 cm
Fck= 15 MPa
CA-50
¥5,0mm
Interior de edifícios revestidas: c=1,5cm
Deseja-se viga dútil. Determinar d, As e h:
25,6 kN/m
64kN
64kN
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As barras de tração podem ser dobradas à 45°em um comprimento mínimo
ao comprimento de ancoragem;
As barras de tração podem ser combinadas ou não para resistir ao esforço
cortante.
Solução:
1º passo: retirar da tabela os valores do limite do CA-50 dútil:
o kd = 2,42;
o kz = 0,93
o fsd = 435 Mpa
2º passo: calcular a altura útil:
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6º passo: Encontrar o centro de gravidade da viga:
a = c = 1,5cm......................1,50
1¥5,0mm.......................0,50
½ Ø12,5........................0,60
y’...................................0,54
3,14cm
7º passo: Calcular h:
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8. Dimensionamento à Flexão e Detalhamento das Armaduras:
M = 162kN.m
bw = 20cm e h = 60cm
fck = 25MPa
CA-50
Considerar estribos ¥5,0mm
Interior de edifícios revestida: c = 1,5cm
Pede-se:
a) Classificar a viga:
36,0 kN/m
108kN 108kN
Arbitrando a = 4,0cm
b) Calcular as armaduras:
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c) Detalhar a armadura:
a = c = 1,5cm......................1,50
1¥5,0mm.......................0,50
½ Ø16,0........................0,80
y’...................................0,60
3,40cm
Arbitrado = 4,0cm; calculado = 3,4cm. Verificado erro a favor = 0,6cm.
d) Diagrama decalado:
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Exemplo 2:
Dados:
M = 176kN.m
bw = 20cm e h = 60cm
d = 55cm
fck = 25MPa
CA-50
Considerar estribos ¥5,0mm
Interior de edifícios revestida: c = 1,5cm
a) Calcular as armaduras:
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a = c = 1,5cm......................1,50
1¥5,0mm.......................0,50
½ Ø12,5........................0,60
y’...................................1,60
4,20cm
Arbitrado = 5,0cm; calculado = 4,2cm. Verificado erro a favor = 0,8cm.
a = c = 1,5cm......................1,50
1¥5,0mm.......................0,50
½ Ø16,0........................0,80
y’...................................1,10
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3,80cm
Arbitrado = 5,0cm; calculado = 3,8cm. Verificado erro a favor = 1,1cm.
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