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Análise de CPTu em
rejeitos de mineração
DOCENTE: PROF. PHD. FERNANDO SCHNAID
DISCENTES: ESTÉFANO, GUSTAVO, MARIA MARIANA, MATHEUS, ROSANNE
Rejeitos de mineração
Tópicos da apresentação:
o Introdução dos rejeitos de mineração
o Classificação
o Liquefação
o Parâmetro de Estado
o Influência da velocidade de ensaio e saturação do rejeito
o Parâmetros de resistência para rejeitos com comportamento argiloso
o Estudo de caso de um rejeito argiloso – Rejeito de bauxita
o Parâmetros de resistência para rejeitos com comportamento arenoso
o Estudo de caso de um rejeito arenoso – Rejeito de minério de ferro
INTRODUÇÃO
REJEITOS DE MINERAÇÃO
Despejo de Rejeito –Problemática
Rompimento de diversas barragens e diques pelo mundo:
◦ Barragem em Brumadinho – 2019;
veja.abril.com.br
Despejo de Rejeito –Problemática
g1.globo.com
Despejo de Rejeito –Problemática
geosynthetica.net.br
Despejo de Rejeito –Problemática
g1.globo.com
Produção Mineral Predominante
Comportamento de materiais arenosos não plásticos até materiais finos altamente plásticos.
Rejeito de Minério de Ferro
Classificação Granulométrica: podem ser retratados como finos ou granulares:
Rejeitos granulares:
◦ Diâmetro equivalente acima de 0,074 mm;
◦ O teor de ferro no minério influencia no comportamento;
◦ Não apresentam plasticidade.
Rejeito de Minério de Ferro
Curvas Granulométricas de rejeito de minério de ferro
Albuquerque (2004)
Rejeito de Minério de Ferro
Microscopia eletrônica de varredura de rejeito de minério de ferro
Pereira (2005)
Rejeito de Minério de Bauxita
Bauxita mais comum no Brasil: bauxita vermelha.
Outro fator que influencia na tamanho dos grãos é o uso ou não de floculantes
no processamento do minério.
Rejeito de Minério de Bauxita
Curva Granulométrica de rejeito de minério de bauxita
Villar (2002)
Rejeito de Minério de Bauxita
Microscopia de rejeito de minério de bauxita
Villar (2002)
Rejeito de Minério de Ouro
Resíduos com 30% de sólidos;
Nierwinski (2019)
Rejeito de Minério de Ouro
Microscopia de rejeito de minério de ouro
Bedin (2012)
Rejeito de Minério
Faixa Granulométrica de rejeito de minério
Villar (2002)
CLASSIFICAÇÃO
PARÂMETROS DE CÁLCULO
Sistemas de classificação
Parâmetro de
estado
Comportamento
SBT Argila ou areia
do solo
Velocidade do
carregamento
Parâmetros medidos
Ensaio CPT Ensaio CPTu Ensaio SCPTu
• Resistência de ponta (𝑞𝑐 ) • Poropressão (𝑢2 ) • Velocidade da onda
cisalhante (𝑉𝑠 )
• Resistência de fuste (𝑓𝑠 ) • Poropressão estática (u)
•Velocidade da onda
compressiva (𝑉𝑐 )
Resultados de ensaios SCPTu no rejeito de mineração de ouro
Nierwinski (2019)
Parâmetros calculados
𝑄𝑡 = (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣𝑜 )/𝜎′𝑣𝑜 Onde:
𝑞𝑡 = resistência de ponta corrigida pelos
efeitos da poropressão
𝑓𝑠
𝐹𝑟 = [ ]100% 𝑞𝑡 =𝑞𝑐 + 𝑢2 (1 − 𝑎), onde "a" é a razão da
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜
área de cone
𝜎𝑣𝑜 = tensão vertical total
𝑢2 −𝑢0 ∆𝑢
𝐵𝑞 = =
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝜎′𝑣𝑜 = tensão vertical efetiva
𝑢2 = poropressão na penetração
𝐼𝑐 = [(3,47 − 𝑙𝑜𝑔𝑄𝑡 )2 +(𝑙𝑜𝑔𝐹𝑟 + 1,22)2 ]0,5 𝑢0 = poropressão em equilíbrio
∆u = excesso de poropressão na penetração
Robertson (1990)
Metodologia de Classificação
1. Sensitive fine-grained
2. Organic
3. Clay
4. Silt-Mixtures
5. Sand Mixtures
6. Sand
7. Gravelly sand to sand
8. Very stiff sand to clayed sand
9. Very stiff fine-grained
Robertson (2009)
Parâmetros calculados (atualizados)
𝑞𝑡 −𝜎𝑣 𝑝𝑎 𝑛
𝑄𝑡𝑛 = [ 𝑝𝑎
](𝜎1𝑣𝑜
) (Robertson, 2009)
𝜎′ 𝑣𝑜
𝑛 = 0,381 𝐼𝑐 + 0,05 − 0,15 (Robertson, 2009)
𝑝𝑎
Robertson (2016)
Metodologia de classificação
Robertson (2016)
Parâmetros obtidos a partir do SCPT
Módulo
cisalhante
Velocidade (𝐺𝑜 )
da onda
SCPT cisalhante 𝑮𝟎 = 𝝆 × 𝑽𝟐𝒔
(𝑉𝑠 )
Novo modelo de classificação
•A resistência de ponta do cone (𝑞𝑡 ) e a rigidez (𝐺0 ) são controladas pelo índice de
vazios, tensão efetiva, compressibilidade e estrutura do solo. A razão entre estas
propriedades ( 𝐺0 / 𝑞𝑡 ) constitui-se um atrativo parâmetro de avaliação de
comportamento e estado do solo;
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑝𝑎 𝑛
•𝑄𝑡𝑛 = ( )( ′ )
𝑝𝑎 𝜎 𝑣𝑜
Robertson (2010)
Novo modelo de classificação
SOLOS NÃO-PLÁSTICOS
1. Solos não-plásticos sensitivos
2. Siltes arenosos
3. Siltes arenosos a siltes com predregulhos ou
siltes cimentados
4. Areias com pedregulhos ou areias cimentadas
5. Siltes
6. Areias a areias siltosas
7. Areias limpas
SOLOS PLÁSTICOS
I. Argilas
II. Argilas orgânicas
III. Argilas siltosas
IV. Siltes argilosos
V. Areias argilosas
Nierwinski (2019)
LIMITE INTERMEDIÁRIO LIMITE ARENOSO
S/M
DRENAGEM
PARCIAL SOLOS GRANULARES
CD
ARGILAS
NÃO-DRENADAS
Nierwinski (2019)
Aplicação do sistema de classificação a resultados de ensaios SCPTu em rejeitos de mineração
Nierwinski (2019)
Liquefação
Robertson (2010)
Parâmetro de estado a partir do SCPT
Schnaid e Yu (2007)
Nierwinski (2019)
Contrátil ou dilatante?
• A queda de resistência é causada pela poropressão gerada
pela compressão volumétrica. Se a areia é densa o
suficiente que a dilatação domine a compressão
volumétrica, ela não irá perder resistência.
• Isso ocorre para ψ < −0,08 em compressão trixial isotrópica
e para ψ < −0,05 em testes de cisalhamento simples (em
que o estado de tensão geostática inicial é desconhecida,
porém assume-se que Ko < 1,0).
• Trajetórias de tensões não-drenadas para areias ensaiadas
em triaxial de compressão CIU que são mais densas que ψ
< −0,08 não apresentam um fase de transformação ou um
pseudo estado estável.
• Elas dilatam continuamente sob carregamento
monotonico.
Shuttle and Cunning (2008)
Resistência residual
Robertson, 2010
Fator de segurança
𝐶𝑅𝑅 Avaliação do Potencial de Liquefação
𝐹𝑆 =
𝐶𝑆𝑅
Probabilidade de Liquefação (PL)
0,85 ≤ PL < 1 – quase certo
FS < 1 – alta suscetibilidade 0,65 ≤ PL < 0,85 – provável
1,0 < FS < 1,25 – media suscetibilidade 0,35 ≤ PL < 0,55 – incerto
FS > 1,25 – baixa suscetibilidade 0,15 ≤ PL < 0,35 – improvável
0,0 ≤ PL < 0,15 – não ocorre liquefação
𝑞𝑡
= 𝑤 × 0,27 × 𝐿𝑂𝐺10 𝑅𝑓 + 0,36 × 𝐿𝑂𝐺10 + 1,236
𝑃𝑎
𝐺𝑜 = 𝜌 × 𝑉𝑠2
Robertson (2010)
Rejeito argiloso
Parâmetros utilizados para cálculo de OCR:
𝐼𝑐 = (3,47 − 𝐿𝑂𝐺10(𝑄𝑡𝑛 ))2 +(1,22 + 𝐿𝑂𝐺10(𝐹𝑟))2
𝜎′𝑣𝑜
𝑛 = 0,381 × 𝐼𝑐 + 0,05 − 0,15 ≤ 1
𝑃𝑎
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑝𝑎 𝑛
𝑄𝑡𝑛 = ( )( )
𝑝𝑎 𝜎 ′ 𝑣𝑜
0,20 1,25
𝑄𝑡𝑛
𝑘=
0,25(10,5+7𝐿𝑂𝐺10(𝐹𝑟))
𝑂𝐶𝑅 = 𝑘 ∗ 𝑄𝑡𝑛
Robertson (2010)
Rejeito argiloso
Parâmetros utilizados para cálculo da Resistência não Drenada:
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜
𝑆𝑢 =
𝑁𝑛𝑡
𝑆𝑢
= 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛ã𝑜 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎
𝜎′𝑣𝑜
Schnaid (2012)
ESTUDO DE CASO
REJEITO DE BAUXITA
Argila Siltosa
Classificação Granulométrica
Argila: 73%
Silte: 23%
LL: 66%
IP: 36%
3 Valor Adotado
Profundidade (m)
5
10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
Dados iniciais 0 200
qt (kPa)
1 1
1
2 2 2
3 3 3
Profundidade (m)
4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
U2, U0 (kPa)
Dados iniciais 0
0 100 200 300
Dissipação de Poro-Pressão
1
200
180 'Profundidade 2 m'
2
160 'Profundidade 4 m'
140 'Profundidade 6 m'
3
Poro-Pressão (kPa)
120 'Profundidade 8 m'
100
Profundidade (m)
80
5 60
40
6 20
0
7 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
Tempo (s)
8
10
Classificação – Robertson (1990)
Classificação – Robertson (2016)
Classificação
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
Su/s'v0 OCR
Análise de OCR 0
0,10 0,15 0,20 0,25 0,30
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
1 1
2 2
3 3
4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita 0 5
Su
10 15 20
0
Avaliação do Nkt
Análise de Su (kPa)
Su
VANE
Su/svo = 0,18
Resistência
5
0 2 4 6 8 10 12
0
10
20
15
40
60 20
qt-sv (kPa)
100
30
y = 13,13x
120
35
140
40
160
45
180
Nkt = 6
Nkt = 30
200 50
55
Análise de Liquefação
CLiq (2019)
PARÂMETROS DE
RESISTÊNCIA
REJEITO COM COMPORTAMENTO ARENOSO
Rejeito arenoso – Comportamento
dilatante
Condição drenada e análise em termos de tensões efetivas:
𝑞𝑡
∅′ = atan 0,1 + 0,38. log Mayne (2006)
𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,205 + 0,0143(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0
1,8
𝑞𝑐1 = 𝑞𝑐 .
𝜎 ′ 𝑣0
0,8 +
𝑝𝑎
Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Resistência liquefeita a partir da razão de resistência não drenada liquefeita:
Modo de
Resistência de pico Resistência liquefeita
ruptura
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Compressão = 0,219 + 0,008(𝑞𝑐1 ) = 0,019 + 0,016(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0 𝜎 ′ 𝑣0
Região não
Alta resistência de saturada
ponta característica de
materiais granulares
Comportamento
drenado
Comportamento Mudanças de
não drenado comportamento
U2 < U0
U<0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Ensaios de dissipação da poropressão
Dissipação
parcial
Dissipação
completa
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação
Bq predominantemente Rf predominantemente
baixo: comportamento baixo: comportamento
arenoso arenoso
Ic > 2,6
comportamento
argiloso
Ic < 2,6
comportamento
arenoso
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação
Arenoso Dilatante
Contrativo Argiloso
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação
Maior tensão
confinante
Tendência de
comportamento
dilatante
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação – potencial de liquefação
Região não
saturada
G0(Vs) > G0(CPT)
Região saturada
u2 ≥ u0
G0(Vs) ≈ G0(CPT)
∅′ 𝑚𝑒𝑑 = 36,3°
∅′ 𝑖𝑛𝑓 = 34°
Região saturada
u2 < u0
G0(Vs) > G0(CPT)
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência de pico
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
(𝑚𝑒𝑑) = 0,28
𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
(𝑖𝑛𝑓) = 0,24
𝜎 ′ 𝑣0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência de pico
Compressão:
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,26
𝜎 ′ 𝑣0
Cisalhamento
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,23
simples: 𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
Extensão: = 0,16
𝜎 ′ 𝑣0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência liquefeita
𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Compressão: = 0,10
𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
= 0,10 Cisalhamento = 0,09
𝜎 ′ 𝑣0 simples: 𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Extensão: = 0,06
𝜎 ′ 𝑣0
Análise de CPTu em rejeitos de mineração
OBRIGADO!
DOCENTE: PROF. PHD. FERNANDO SCHNAID
DISCENTES: ESTÉFANO, GUSTAVO, MARIA MARIANA, MATHEUS, ROSANNE