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UNIVERSIDADE FEDEREAL DO RIO GRANDE DO SUL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


PEC00111 - INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA

Análise de CPTu em
rejeitos de mineração
DOCENTE: PROF. PHD. FERNANDO SCHNAID
DISCENTES: ESTÉFANO, GUSTAVO, MARIA MARIANA, MATHEUS, ROSANNE
Rejeitos de mineração
Tópicos da apresentação:
o Introdução dos rejeitos de mineração
o Classificação
o Liquefação
o Parâmetro de Estado
o Influência da velocidade de ensaio e saturação do rejeito
o Parâmetros de resistência para rejeitos com comportamento argiloso
o Estudo de caso de um rejeito argiloso – Rejeito de bauxita
o Parâmetros de resistência para rejeitos com comportamento arenoso
o Estudo de caso de um rejeito arenoso – Rejeito de minério de ferro
INTRODUÇÃO
REJEITOS DE MINERAÇÃO
Despejo de Rejeito –Problemática
Rompimento de diversas barragens e diques pelo mundo:
◦ Barragem em Brumadinho – 2019;

◦ Barragem em Mariana – 2015;

◦ Barragem em Mount Polley (Canadá) – 2014;

◦ Dique em Ajka (Hungria) – 2010.


Despejo de Rejeito –Problemática

veja.abril.com.br
Despejo de Rejeito –Problemática

g1.globo.com
Despejo de Rejeito –Problemática

geosynthetica.net.br
Despejo de Rejeito –Problemática

g1.globo.com
Produção Mineral Predominante

Anuário Mineral Brasileiro – ANM/2018 – Adaptado


Rejeito de Mineração
Rejeito não possui padrões relacionados ao comportamento;

Dependem de diversas variáveis:

◦ Composição granulométrica e mineralógica;

◦ Condições físico-químicas das jazidas;

◦ Processo de exploração e beneficiamento do mineral;

Comportamento de materiais arenosos não plásticos até materiais finos altamente plásticos.
Rejeito de Minério de Ferro
Classificação Granulométrica: podem ser retratados como finos ou granulares:

Rejeitos finos ou lamas:


◦ Pelo menos 90% das partículas com diâmetro equivalente menor que 0,075 mm;
◦ Plasticidade;
◦ Alta compressibilidade.

Rejeitos granulares:
◦ Diâmetro equivalente acima de 0,074 mm;
◦ O teor de ferro no minério influencia no comportamento;
◦ Não apresentam plasticidade.
Rejeito de Minério de Ferro
Curvas Granulométricas de rejeito de minério de ferro

Albuquerque (2004)
Rejeito de Minério de Ferro
Microscopia eletrônica de varredura de rejeito de minério de ferro

Pereira (2005)
Rejeito de Minério de Bauxita
Bauxita mais comum no Brasil: bauxita vermelha.

Granulometria variada: geralmente predomina-se fração siltosa, porém há


parcelas arenosa e argilosa.

Outro fator que influencia na tamanho dos grãos é o uso ou não de floculantes
no processamento do minério.
Rejeito de Minério de Bauxita
Curva Granulométrica de rejeito de minério de bauxita

Villar (2002)
Rejeito de Minério de Bauxita
Microscopia de rejeito de minério de bauxita

Villar (2002)
Rejeito de Minério de Ouro
Resíduos com 30% de sólidos;

Geralmente, o rejeito consiste de siltes ou de areias finas e com


pequenas parcelas de argilas pouco plásticas;

Presença de cianeto e arsênio.


Rejeito de Minério de Ouro
Curva Granulométrica de rejeito de minério de ouro

Nierwinski (2019)
Rejeito de Minério de Ouro
Microscopia de rejeito de minério de ouro

Bedin (2012)
Rejeito de Minério
Faixa Granulométrica de rejeito de minério

Villar (2002)
CLASSIFICAÇÃO
PARÂMETROS DE CÁLCULO
Sistemas de classificação

Parâmetro de
estado

Comportamento
SBT Argila ou areia
do solo

Velocidade do
carregamento
Parâmetros medidos
Ensaio CPT Ensaio CPTu Ensaio SCPTu
• Resistência de ponta (𝑞𝑐 ) • Poropressão (𝑢2 ) • Velocidade da onda
cisalhante (𝑉𝑠 )
• Resistência de fuste (𝑓𝑠 ) • Poropressão estática (u)
•Velocidade da onda
compressiva (𝑉𝑐 )
Resultados de ensaios SCPTu no rejeito de mineração de ouro

Nierwinski (2019)
Parâmetros calculados
𝑄𝑡 = (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣𝑜 )/𝜎′𝑣𝑜 Onde:
𝑞𝑡 = resistência de ponta corrigida pelos
efeitos da poropressão
𝑓𝑠
𝐹𝑟 = [ ]100% 𝑞𝑡 =𝑞𝑐 + 𝑢2 (1 − 𝑎), onde "a" é a razão da
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜
área de cone
𝜎𝑣𝑜 = tensão vertical total
𝑢2 −𝑢0 ∆𝑢
𝐵𝑞 = =
𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝜎′𝑣𝑜 = tensão vertical efetiva
𝑢2 = poropressão na penetração
𝐼𝑐 = [(3,47 − 𝑙𝑜𝑔𝑄𝑡 )2 +(𝑙𝑜𝑔𝐹𝑟 + 1,22)2 ]0,5 𝑢0 = poropressão em equilíbrio
∆u = excesso de poropressão na penetração

Robertson (1990)
Metodologia de Classificação

1. Sensitive fine-grained
2. Organic
3. Clay
4. Silt-Mixtures
5. Sand Mixtures
6. Sand
7. Gravelly sand to sand
8. Very stiff sand to clayed sand
9. Very stiff fine-grained

Robertson (2009)
Parâmetros calculados (atualizados)
𝑞𝑡 −𝜎𝑣 𝑝𝑎 𝑛
𝑄𝑡𝑛 = [ 𝑝𝑎
](𝜎1𝑣𝑜
) (Robertson, 2009)

𝜎′ 𝑣𝑜
𝑛 = 0,381 𝐼𝑐 + 0,05 − 0,15 (Robertson, 2009)
𝑝𝑎

𝐼𝑏 = 100(𝑄𝑡𝑛 + 10)/(𝑄𝑡𝑛 𝐹𝑟 + 70) (Schneider, 2012)

𝐶𝐷 = (𝑄𝑡𝑛 − 11)(1 + 0,06𝐹𝑟 )17

Robertson (2016)
Metodologia de classificação

CCS: Clay-like – Contractive – Sensitive


CC: Clay-like – Contractive
CD: Clay-like – Dilative
TC: Transitional – Contractive
TD: Transitional – Dilative
SC: Sand-like – Contractive
SD: Sand-like - Dilative

Robertson (2016)
Parâmetros obtidos a partir do SCPT

Módulo
cisalhante
Velocidade (𝐺𝑜 )
da onda
SCPT cisalhante 𝑮𝟎 = 𝝆 × 𝑽𝟐𝒔
(𝑉𝑠 )
Novo modelo de classificação
•A resistência de ponta do cone (𝑞𝑡 ) e a rigidez (𝐺0 ) são controladas pelo índice de
vazios, tensão efetiva, compressibilidade e estrutura do solo. A razão entre estas
propriedades ( 𝐺0 / 𝑞𝑡 ) constitui-se um atrativo parâmetro de avaliação de
comportamento e estado do solo;

𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑝𝑎 𝑛
•𝑄𝑡𝑛 = ( )( ′ )
𝑝𝑎 𝜎 𝑣𝑜

Robertson (2010)
Novo modelo de classificação
SOLOS NÃO-PLÁSTICOS
1. Solos não-plásticos sensitivos
2. Siltes arenosos
3. Siltes arenosos a siltes com predregulhos ou
siltes cimentados
4. Areias com pedregulhos ou areias cimentadas
5. Siltes
6. Areias a areias siltosas
7. Areias limpas
SOLOS PLÁSTICOS
I. Argilas
II. Argilas orgânicas
III. Argilas siltosas
IV. Siltes argilosos
V. Areias argilosas
Nierwinski (2019)
LIMITE INTERMEDIÁRIO LIMITE ARENOSO

S/M
DRENAGEM
PARCIAL SOLOS GRANULARES
CD

ARGILAS
NÃO-DRENADAS

Nierwinski (2019)
Aplicação do sistema de classificação a resultados de ensaios SCPTu em rejeitos de mineração

Nierwinski (2019)
Liquefação

o Comportamento contrátil e suscetível;


o Majoritariamente saturado;
o Desenvolvimento de um gatilho.

Robertson e Fear (1995)


Parâmetro de Estado
Qual a influência do parâmetro de estado no tipo de ruptura?

Jefferies and Been (2015)


Parâmetro de estado a partir do CPT
Been et al., 1986, 1987c

Jefferies and Been (2015)


Parâmetro de estado a partir do CPT

SBTn Qtn – F chart para solos não


cimentado.

Robertson (2010)
Parâmetro de estado a partir do SCPT

α=-0.520; β=-0.07; 𝜒=0.180

(Coeficientes médios obtidos a partir dos dados


dos ensaios em câmara de calibração)

Schnaid e Yu (2007)

Nierwinski (2019)
Contrátil ou dilatante?
• A queda de resistência é causada pela poropressão gerada
pela compressão volumétrica. Se a areia é densa o
suficiente que a dilatação domine a compressão
volumétrica, ela não irá perder resistência.
• Isso ocorre para ψ < −0,08 em compressão trixial isotrópica
e para ψ < −0,05 em testes de cisalhamento simples (em
que o estado de tensão geostática inicial é desconhecida,
porém assume-se que Ko < 1,0).
• Trajetórias de tensões não-drenadas para areias ensaiadas
em triaxial de compressão CIU que são mais densas que ψ
< −0,08 não apresentam um fase de transformação ou um
pseudo estado estável.
• Elas dilatam continuamente sob carregamento
monotonico.
Shuttle and Cunning (2008)
Resistência residual

Jefferies and Been,


Gatilho

Freire Neto (2009)


Earthquake-Induced Cyclic Stress Ratio
(CSR)

O CSR é dependente da duração do sismo (no


qual é expresso através do fator de magnitude
sísmica – MSF) e tensão efetiva de sobrecarga
(expressa através do fator Ks).

Idriss & Boulanger (2006) Boulanger & Idriss (2014)


Cyclic Resistance Ratio (CRR)
Avaliação de CRR a partir do (S)CPTu

Moss et al, 2006


NCEER, 1998

Boulanger & Idriss, 2014

Robertson, 2010
Fator de segurança
𝐶𝑅𝑅 Avaliação do Potencial de Liquefação
𝐹𝑆 =
𝐶𝑆𝑅
Probabilidade de Liquefação (PL)
 0,85 ≤ PL < 1 – quase certo
FS < 1 – alta suscetibilidade  0,65 ≤ PL < 0,85 – provável
1,0 < FS < 1,25 – media suscetibilidade  0,35 ≤ PL < 0,55 – incerto
FS > 1,25 – baixa suscetibilidade  0,15 ≤ PL < 0,35 – improvável
 0,0 ≤ PL < 0,15 – não ocorre liquefação

Juang et al. (2011) relaciona o Fator de Segurança (FS) a probabilidade de liquefação


(PL) para o método R&W CPT (NCEER) utilizando: PL = 1 / [1 + (FS/0,9)6]. Quando FS = 1,
PL = 35%

Gashi & Shkodrani (2015)


CLiq 3.0 - Robertson

NCEER, 2001 Moss et al, 2006 Idriss & Boulanger, 2008


Correlação de potencial de liquefação em
relação ao CSR e à velocidade de onda do SCPT

Kayen et al. (2013)


G0 Diferente em Ensaios Sísmicos
- Influência da sucção

Robertson et al. (2017)


Influência da
velocidade

Schnaid et al (2017) ASCE Klahold; Odebrecht; Schnaid (2014)


PARÂMETROS DE
RESISTÊNCIA
REJEITO COM COMPORTAMENTO ARGILOSO
Rejeito argiloso
Parâmetros utilizados para classificação:

𝑞𝑡
 = 𝑤 × 0,27 × 𝐿𝑂𝐺10 𝑅𝑓 + 0,36 × 𝐿𝑂𝐺10 + 1,236
𝑃𝑎

𝐺𝑜 = 𝜌 × 𝑉𝑠2

0,55𝐼𝑐 +1,68 𝑞𝑡 −𝜎𝑣 0,5


𝑉𝑠 = 10 ×
𝑃𝑎

Robertson (2010)
Rejeito argiloso
Parâmetros utilizados para cálculo de OCR:
𝐼𝑐 = (3,47 − 𝐿𝑂𝐺10(𝑄𝑡𝑛 ))2 +(1,22 + 𝐿𝑂𝐺10(𝐹𝑟))2

𝜎′𝑣𝑜
𝑛 = 0,381 × 𝐼𝑐 + 0,05 − 0,15 ≤ 1
𝑃𝑎

𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜 𝑝𝑎 𝑛
𝑄𝑡𝑛 = ( )( )
𝑝𝑎 𝜎 ′ 𝑣𝑜

0,20 1,25
𝑄𝑡𝑛
𝑘=
0,25(10,5+7𝐿𝑂𝐺10(𝐹𝑟))

𝑂𝐶𝑅 = 𝑘 ∗ 𝑄𝑡𝑛

Robertson (2010)
Rejeito argiloso
Parâmetros utilizados para cálculo da Resistência não Drenada:

𝑞𝑡 −𝜎𝑣𝑜
𝑆𝑢 =
𝑁𝑛𝑡

𝑆𝑢
= 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛ã𝑜 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎
𝜎′𝑣𝑜

Schnaid (2012)
ESTUDO DE CASO
REJEITO DE BAUXITA
Argila Siltosa
Classificação Granulométrica
Argila: 73%

Silte: 23%

LL: 66%

IP: 36%

Gs: 2,80 g/cm³


 (kN/m³)
10 12 14 16 18
0
Ensaio de
Correlações 1 Laboratório
Peso Específico CPTU
2

3 Valor Adotado

Profundidade (m)
5

10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
Dados iniciais 0 200
qt (kPa)

400 600 800


0
0
U2, U0 (kPa)
100 200 300
0
0 2
fs (kPa)
4 6 8 10
0

1 1
1

2 2 2

3 3 3

Profundidade (m)
4 4

Profundidade (m)

Profundidade (m)
5 5 5

6 6 6

7 7 7

8 8 8

9 9 9

10 10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
U2, U0 (kPa)

Dados iniciais 0
0 100 200 300

Dissipação de Poro-Pressão
1
200
180 'Profundidade 2 m'
2
160 'Profundidade 4 m'
140 'Profundidade 6 m'
3

Poro-Pressão (kPa)
120 'Profundidade 8 m'
100
Profundidade (m)

80

5 60
40
6 20
0
7 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
Tempo (s)
8

10
Classificação – Robertson (1990)
Classificação – Robertson (2016)
Classificação

Nierwinski (2019) Robertson (2016)


Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
Classificação Bq Rf (%) Ic
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5
0 0 0

1 1 1

2 2 2

3 3 3

4 4 4

Profundidade (m)
Profundidade (m)
Profundidade (m)

5 5 5

6 6 6

7 7 7

8 8 8

9 9 9

10 10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita
Su/s'v0 OCR

Análise de OCR 0
0,10 0,15 0,20 0,25 0,30
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

1 1

2 2

3 3

4 4

Profundidade (m)

Profundidade (m)
5 5

6 6

7 7

8 8

9 9

10 10
Estudo de caso – Rejeito de Bauxita 0 5
Su

10 15 20
0
Avaliação do Nkt
Análise de Su (kPa)
Su
VANE
Su/svo = 0,18
Resistência
5
0 2 4 6 8 10 12
0
10
20

15
40

60 20

Tensão Vertical Efetiva (kPa)


y = 5,5x
80 25

qt-sv (kPa)
100
30
y = 13,13x
120
35

140
40
160

45
180
Nkt = 6
Nkt = 30
200 50

55
Análise de Liquefação

CLiq (2019)
PARÂMETROS DE
RESISTÊNCIA
REJEITO COM COMPORTAMENTO ARENOSO
Rejeito arenoso – Comportamento
dilatante
Condição drenada e análise em termos de tensões efetivas:

𝑞𝑡
∅′ = atan 0,1 + 0,38. log Mayne (2006)
𝜎 ′ 𝑣0

∅′ = ∅′𝑐𝑣 + 15,84. 𝑙𝑜𝑔𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 − 26,88 Robertson (2012)


Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Condição não drenada e análise em termos de tensões totais:
Material suscetível a liquefação: não coesivo, fofo e saturado
Análise da resistência em termos de:
◦ Resistência de pico a partir da razão de resistência não drenada de pico (Su/s’v0[yield])
◦ Resistência pós-pico/crítica/liquefeita a partir da razão de resistência liquefeita (Su/s’v0[liq])
◦ Resistência ao cisalhamento em função do modo de ruptura: EXT, CS e COMP

Parâmetros de resistência obtidos empiricamente a partir de retro análises de rupturas por


liquefação em materiais não coesivos e ensaios de laboratório
Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Resistência de pico a partir da razão de resistência não drenada de pico proposta por Olson
(2001):

𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,205 + 0,0143(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0

1,8
𝑞𝑐1 = 𝑞𝑐 .
𝜎 ′ 𝑣0
0,8 +
𝑝𝑎
Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Resistência liquefeita a partir da razão de resistência não drenada liquefeita:

𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞 Olson (2001)


= 0,03 + 0,0143(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0

𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞 0,02199 − 0,0003124. 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠


= 2
Robertson (2010)
𝜎 ′ 𝑣0 1 − 0,02676. 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠 + 0,0001783. 𝑄𝑡𝑛,𝑐𝑠
Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Resistência ao cisalhamento, em função do modo de ruptura, proposta por Sadrekarimi (2014):
Rejeito arenoso – Comportamento
contrativo
Resistência ao cisalhamento, em função do modo de ruptura, proposta por Sadrekarimi (2014):

Modo de
Resistência de pico Resistência liquefeita
ruptura
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Compressão = 0,219 + 0,008(𝑞𝑐1 ) = 0,019 + 0,016(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0 𝜎 ′ 𝑣0

Cisalhamento 𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞


= 0,189 + 0,008(𝑞𝑐1 ) = 0,017 + 0,015(𝑞𝑐1 )
simples 𝜎 ′ 𝑣0 𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Extensão = 0,132 + 0,005(𝑞𝑐1 ) = 0,012 + 0,010(𝑞𝑐1 )
𝜎 ′ 𝑣0 𝜎 ′ 𝑣0
ESTUDO DE CASO
REJEITO DE MINÉRIO DE FERRO
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Dados iniciais

Região não
Alta resistência de saturada
ponta característica de
materiais granulares

Comportamento
drenado
Comportamento Mudanças de
não drenado comportamento

U2 < U0
U<0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Ensaios de dissipação da poropressão

Dissipação
parcial

Dissipação
completa
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação

Bq predominantemente Rf predominantemente
baixo: comportamento baixo: comportamento
arenoso arenoso

Ic > 2,6
comportamento
argiloso

Ic < 2,6
comportamento
arenoso
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação

Arenoso Dilatante

Contrativo Argiloso
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação

SOLOS NÃO-PLÁSTICOS SOLOS PLÁSTICOS


1. Solos não-plásticos I. Argilas
sensitivos II. Argilas orgânicas
2. Siltes arenosos III. Argilas siltosas
3. Siltes arenosos a siltes com IV. Siltes argilosos
pedregulhos ou siltes V. Areias argilosos
cimentados
4. Areias com pedregulhos ou
areias cimentadas
5. Siltes
6. Areias a areias siltosas
7. Areias limpas
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Estado in situ
Referência: y = -0,05
y < -0,05: comportamento dilatante
y > -0,05: comportamento contrativo

Menor tensão Faixa de valores de y do material:


confinante
-0,1 < y < -0,02
Tendência de
comportamento
contrativo

Maior tensão
confinante

Tendência de
comportamento
dilatante
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação – potencial de liquefação

Zona A1: Possibilidade de ocorrência de


liquefação dinâmica
Zona A2: Possibilidade de liquefação
dinâmica e estática
A2 Zona B: Baixa probabilidade de ocorrência de
liquefação
Zona C: Possibilidade de liquefação dinâmica
e estática dependendo plasticidade e
sensitividade da argila
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Classificação – potencial de liquefação
Liquefação dinâmica (cíclica):
Estrutura Magnitude amax(g) Fonte
El Cobre Tailings Dam – Chile (1965) 7 0,8 Olson (2001)
Lower San Fernando Dam (LSFD) – EUA (1971) 6,6 0,5 Olson (2001)
Barragem de Fundão – Mariana (2015) 3,2 0,08 Atkinson (2016)
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões efetivas - Rigidez

Região não
saturada
G0(Vs) > G0(CPT)

Região saturada
u2 ≥ u0
G0(Vs) ≈ G0(CPT)

∅′ 𝑚𝑒𝑑 = 36,3°
∅′ 𝑖𝑛𝑓 = 34°
Região saturada
u2 < u0
G0(Vs) > G0(CPT)
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência de pico

𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
(𝑚𝑒𝑑) = 0,28
𝜎 ′ 𝑣0
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
(𝑖𝑛𝑓) = 0,24
𝜎 ′ 𝑣0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência de pico

Compressão:
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,26
𝜎 ′ 𝑣0

Cisalhamento
𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
= 0,23
simples: 𝜎 ′ 𝑣0

𝑆𝑢 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑
Extensão: = 0,16
𝜎 ′ 𝑣0
Estudo de caso – Rejeito de minério de ferro
Resistência em termos de tensões totais – Resistência liquefeita

𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Compressão: = 0,10
𝜎 ′ 𝑣0

𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞 𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
= 0,10 Cisalhamento = 0,09
𝜎 ′ 𝑣0 simples: 𝜎 ′ 𝑣0

𝑆𝑢 𝑙𝑖𝑞
Extensão: = 0,06
𝜎 ′ 𝑣0
Análise de CPTu em rejeitos de mineração

OBRIGADO!
DOCENTE: PROF. PHD. FERNANDO SCHNAID
DISCENTES: ESTÉFANO, GUSTAVO, MARIA MARIANA, MATHEUS, ROSANNE

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