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FUNDAMENTOS
RITUALÍSTICOS DE UMBANDA
Pai Maurício
Ritualística
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FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1ª edição - VOL. 1
Sinópise
Saravá Zambi, Saravá nosso Pai Oxalá, Salve todos os Orixás e Guias, salve
todo povo de fé, Saravá todos os terreiros e formas de fé, Salve a nossa
amada Umbanda! Eu sou o Pai Maurício de Omulú e é com grande alegria e
realização, que compartilho com todos os meus irmãos de caminhada esse
momento de inspiração e concretização dessa obra. Já em minha infância, por
vir de uma família onde a religiosidade sempre esteve muito presente por parte
de minha amada mãe e também através de meus Avós, independente do
segmento religioso, encontrei grande campo para a prática religiosa e para
analisar todas as vertentes da fé. Presente ao lado de minha mãe, em seus
momentos de fé, nas práticas religiosas, comecei a despertar minha
consciência para oque hoje vivo com paixão. Hoje, aos 43 anos de idade, trago
um pouco do somatório das experiências vividas por mim durante todos esses
anos, com muito amor e carinho, com o ensejo de acrescentar algo de bom a
toda forma de evolução e propagação da fé, através dessa humilde obra, onde
procurei levantar ritualisticamente, os fundamentos nos pontos mais
questionados dentro de nossa prática religiosa. Respondendo as dúvidas e
estimulando também a pesquisa em todos os campos magísticos, venho com o
intuito de abrir o leque do conhecimento, retirando o véu da mistificação que
nos encobriu durante décadas, para que todo aquele que ler esse livro,
compreenda de forma simples que é através de nossa evolução como seres
humanos Divinos e eternos, através do entendimento e compreensão das
práticas ritualísticas e entendendo que sem fundamento não se cria, não se
muda e nem se transforma nada, que a proposta maior e ajudar ao progresso
de nosso mundo de uma forma geral, percebendo e despertanto também, o
compromisso de praticar e exemplificar toda prática ritualística de nossa
Umbanda de uma forma simples e respeitosa. Somos fruto de nossas
aspirações, senhores de nossos destinos e reflexos de nossos ensejos.
Sarava!
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Índice
1. Ritualística nos terreiros;
2. Cumprimentos e posturas ritualísticas;
2.1. Bater cabeça no conga;
2.2. Paó;
2.3. Porque não usar brincos, pulseiras entre outros dentro do terreiro
3. O toque no chão do terreiro;
4. O toque no chão do terreiro fazendo o sinal da cruz;
5. O ato de saudar o atabaque;
6. O girar o corpo antes de bater a cabeça no conga;
7. O bater das palmas em momentos específicos;
8. O se curvar sempre na presença do guia chefe do terreiro ou representação de
um Orixá;
9. Cumprimentos à Exu;
10. O beijar as mãos dos dirigentes do terreiro;
11. Beijar e se deixar beijar as mãos de outro irmão de terreiro;
12. O abraço tocando os ombros;
13. O porquê retirar o calçado antes de adentrar no terreiro;
14. Tipos de banhos de ervas, sacudimentos e seus fundamentos na Umbanda;
14.1. Banhos lustrais ou energéticos;
14.2. Banhos de descarga;
14.3. Sacudimentos;
15. Fundamentos do canto na ritualística da Umbanda;
16. Fundamentos do atabaque na ritualística da Umbanda;
17. Fundamentos do defumador na ritualística da Umbanda;
18. Fundamentos do Cruzeiro das Almas nas Casas de Umbanda;
19. Fundamentos de Exu na tronqueira das Casas de Umbanda;
20. Fundamento da bebida nos rituais das Casas de Umbanda;
20.1. Existem diversas formas ritualísticas de se manipular o álcool, dentre elas,
vemos os terreiros dos seguintes tipos;
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2.2 - Paó (saudação aos Guias e Orixás com três palmas lentas, seguidas
de sete)
O Paó (paô) é uma expressão ritualística, que serve como sinal de que se
precisa comunicar algo sem se quebrar o silêncio do resguardo. Isso ocorre
muito no Candomblé, daí batem com as palmas das mãos comunicando-se. É
usado também como saudação para Orixá, e é diferente de Orixá para Orixá. É
uma palavra em yorubá que significa:
"Pa" = juntar uma coisa com outra; "o" = para cumprimentar.
Derivado de ìpatewó (aplauso), serve para a comunicação com os Orixás e
Guias.
2.3 - Porque não usar brincos, pulseiras entre outros dentro do terreiro:
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9 – Cumprimento a Exu:
Um hábito muito comum nos terreiros é cumprimenta-se Exu espalmando as
mãos para baixo com os dedos cruzados ou girando as mãos uma sobre a
outra ao lhe dar boa noite, isso significa que estamos de corpo e alma abertos,
como também os nossos caminhos para a vista de Exu, permitindo que ele, o
executor da lei, leia nossos passos e caminhos.
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5º Pela linha Africana, cabe ressaltar, que a origem desse costume nos cultos
de origem afro-brasileira, é outra; os pés descalços era um símbolo da
condição de escravo, e lembremos que o escravo não era considerado um
cidadão, ele estava na categoria do gado bovino por exemplo. Quando
liberto, a primeira medida do negro era comprar sapatos, símbolo de sua
liberdade, e de certa forma, inclusão na sociedade formal. O significado da
conquista do sapato era tão profunda, que muitas vezes eles eram expostos
em lugar de destaque nas casas, para que todos vissem. Ao chegar ao
terreiro, transformado em solo Africano, pelos elementos de sua terra ali
enterrados e ativados, os sapatos, símbolo para o negro de valores na
sociedade branca, eram deixados do lado de fora, pois a partir daquele
momento, eles estavam em África, não mais no Brasil, pois no solo Africano
eles retornavam as suas condições de guerreiros, príncipes, sacerdotes,
caçadores.
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Uma das práticas ritualísticas mais antigas que se tem registro, é a queima de ervas,
folhas e raízes com o intuito de se transmutar algo, como limpeza e perfumação de
ambientes, curas e como repelentes de animais e forças maléficas. Dentre as funções
que exerce, tem como base mais sólida, a limpeza do próprio ambiente e das pessoas
presentes. Na brasa, está a presença do elemento fogo; na fumaça perfumada está o
sinal do elemento ar; no próprio carvão vegetal que produz a brasa está o elemento
terra; no copo com água que deve ser conduzido no ato da defumação está o mesmo
elemento água, agindo com suas energias sutis sobre os presentes e o próprio
ambiente. Nenhuma ação de limpeza ambiental é mais completa que uma
boa defumação, pois o ar concentrado de energias elementais entra e penetra
em todos os cantos e brechas da casa envolvendo as paredes, o teto, o chão,
os móveis, enfim, tudo. Além disso, a defumação também descarrega o corpo
mediúnico das pessoas e sutiliza suas vibrações tornando-as receptivas às
energias de ordem positiva, fazendo assim, com que a comunicação com o
Plano Astral Superior se torne mais fácil e em perfeita harmonia. Tudo isso
facilita a imantação positiva que as Entidades de Luz irradiam sobre o nosso
corpo físico, irradiação esta, capaz de eliminar as doenças de fundo espiritual e
material. E como sabemos, se assim agirmos, dentro dos preceitos ritualísticos
da defumação, iremos exigir menos de nossos guias, no que diz respeito à
necessidade que eles têm de baixarem a sua vibração para se aproximarem de
nós, devido à densidade etérea que carregamos em nossa egrégora.
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Acenda as vela sempre com fósforo, acenda sempre a vela mais alta,
primeiro. Caso sejam cores variadas acenda sempre a vela branca ou rosa
antes de todas as outras, pela pureza que passam.
22 – Óleos:
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não, tudo depende da orientação dos guias espirituais, mas nunca é demais
potencializá-las, pois sua função nos trabalhos ritualísticos em 90% faz-se em
momentos de extrema concentração e magia no combate e prevenção de
energias deletérias.
Consiste em sinais que representam de uma forma geral, uma ideia, como o
arco e flecha que nos leva à caça, as matas de Oxóssi e a espada, que nos
leva a lutas, batalhas e à vitória, encorajada e estimulada em sua maior
pureza pelo Orixá Ogum,
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como fazê-lo, e antes firmem vosso Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião,
pois aí sim, estarão protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao
choque que o outro lado receberá. Mas há outros tipos de descargas ou
descarregos, e alguns são feitos com pipoca, outros com folhas de ervas
específicas quando são feitos os sacudimentos, banhos de mar e de cachoeira,
dentro de todo um ritual, também realizam descargas nas pessoas. Enfim, há
todo um universo a ser conhecido neste campo magístico, que recomendamos
que estudem, colocando em prática aqueles recursos que mais os atrair.
Umbanda: ILUSTRAÇÃO
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São dois os tipos de carvão, cada qual direcionado para um tipo de ritual na
Umbanda. Seguem os fundamentos de cada um:
30.2 - Carvão vegetal é uma substância de cor negra obtida pela carbonização
da madeira ou lenha. É muito utilizado como combustível para aquecedores,
lareiras, churrasqueiras, fogões a lenha e principalmente para nossas
defumações na Umbanda. Considerado um fitoterápico, o carvão vegetal para
uso medicinal (carvão ativado) provém de certas madeiras moles e não
resinosas extraído de partes lenhosas, cascas e serragens, obtidos por
combustão incompleta, o que lhes confere a capacidade absorvente. Desde a
antiguidade já se conhece o uso do carvão vegetal. No antigo Egito era
utilizado na purificação de óleos e para aplicações medicinais. Na segunda
guerra mundial foi utilizado para remoção de gases tóxicos devido a sua
capacidade adsorvente sendo um material extremamente poroso. E entre os
índios brasileiros também há registro de uso, misturado às gorduras animais no
tratamento de tumores e úlceras malignas. Estudos químicos utilizando carvão
ativado detectaram uma redução significativa na produção de gases intestinais
nos pacientes tratados, eliminando os desconfortos abdominais. É ainda um
notável condutor de oxigênio, sendo um extraordinário eliminador de
toxinas. Devido a sua rapidez de ação, o carvão vegetal é considerado ainda
um agente útil no tratamento de envenenamentos. O carvão ativado liga-se ao
tóxico residual no lúmen do trato gastrointestinal e reduz rapidamente a
absorção deste. O carvão vegetal tem a propriedade de adsorver substâncias
que, em contato com bactérias intestinais, contribuem para a produção de
flatulência. Diante dos resultados de estudos, o uso do carvão vegetal é
indicado em casos de dores no estômago, mau hálito, aftas, gases intestinais,
diarréias infecciosas, desinteria hepáticas e intoxicações.
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Uma guia precisa ser imantada, senão seu valor protetivo será nulo, apenas
um enfeite. É costume da entidade proteger o aparelho, não elas próprias.
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não comem nem bebem como imaginamos, nem vamos entrar nesse mérito agora,
muito menos necessitam desses elementos que oferecemos, mas os volatísam, os
transmutam em nosso benefício, fornecendo-nos um fôlego maior para caminharmos
e nos mantermos firmes na luta. São elementos de suma importância energética para
nossa vida diária, uma sobre força que nos completa, nos suprem e renovam nossas
forças em todos os campos da vida. Sejam as frutas que representam a colheita na
terra, a fartura e o fruto do nosso trabalho; sejam as bebidas, que representam a
alegria, as águas de cada Orixá e a nossa sede de espiritualidade e felicidade; bem
como as flores, simbolizando a ternura, o carinho e o desejo de sermos puros e simples
como elas. Sem dúvida que, na força da nossa fé livre e mentalizada, os irmãos
espirituais alquimizam as energias dessas oferendas em nosso benefício, espiritual e
material, dentro da vontade de Deus e possibilidades oferecidas por nós, como a
carmática ou mesmo merecimento para tal. Oferendar, ofertar, oferecer ou agradar
e muitos outros sinônimos, designam essa ação, que na verdade nada mais é
do que uma transmutação energética, com um fim específico e necessário,
assim esperamos, com o objetivo de atingir, potencializar, alcançar essa sobre
força à nosso favor, similar a satisfação adquirida após nos alimentarmos, nos
banharmos e também após despertarmos após uma boa noite de sono. Tem
também a finalidade espiritual, proporcionando que nossos irmãos protetores
tenham cada vez mais recursos para o trabalho que exercem em nossa
egrégora, que tanto baixam sua vibração para chegarem até nós. Na verdade,
essa é uma grande verdade que durante muito tempo não foi revelada, com o
cunho de se manter como um mistério, algo não acessível aos não iniciados.
Mesmo sendo guias espirituais, nossos caboclos, pretos velhos, exus e
crianças, sempre respeitando nosso merecimento e não interferindo em nosso
carma, ajudam-nos até onde é possível com seus recursos magísticos, poderes
pessoais e irradiações superiores que captam do astral, porém, esses recursos
elementais são manipulados magisticamente ajudando-nos. Daí em diante,
torna-se necessário essa manipulação elemental, para que se possa expandir
o seu campo de ação, com energias colhidas de diversos alimentos, elementos
e suas combinações em prol da continuidade e concretização do que
necessitamos. Torna-se necessário que ofereçamos os recursos elementais ou
energia dos elementos, pois a energia faz parte de tudo, até aquelas mais
densas, pois sem energia não se produz nada. Esses elementos manipulados
da forma correta, em obrigações, em mandálas ou em pontos de força, são as
fontes naturais geradoras de energia e quando feitas corretamente, realizam
efeitos que nenhuma outra energia conseguiria. O fato de oferecer recursos à
um guia, não quer dizer que ele não seja forte, mas sim que deseja trabalhar à
nosso favor, conforme nosso merecimento e necessidade. Cabe à todos os
adeptos da Umbanda e a nós praticantes, entendermos que jamais devemos
ver essa troca energética, como uma forma de conseguir algo à mais, ou em
um tempo mais rápido do que o normal, nos tornando preguiçosos e
dependentes da magia, sempre que nos aparecer uma dor de barriga, pois se
assim acontecer, tenhamos a certeza de que os primeiros à nos cobrarem a
boa conduta, serão os nossos próprios guias e Orixás, pelo o mal uso desse
grande recurso magístico e energético.
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Cada Orixá tem o seu tempero, azeite de dendê ou azeite doce, podendo
também receber os dois azeites dependendo dos fundamentos do Orixá.
Devemos atentar bem para essa prática, para evitarmos que o tiro saia pela
culatra, como falamos normalmente, pois existe uma diferença muito brusca
entre ambos os temperos.
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Lembrete!!!
Quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar,
porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que
está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida.
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Oferenda
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Ingredientes:
Orixá das Folhas sagradas, conhece o segredo de todas elas. Junto com
Oxóssi, protege as matas e os animais, Oxóssi fauna e Ossãe flora. Ossãe é o
único orixá que sabe reconhecer e despertar os poderes mágicos das plantas e
usá-los para curar as enfermidades, ou nos rituais litúrgicos. Ele sabe, como
ninguém, fazer misturas mágicas com os vegetais, raízes e folhas. Em quase
toda a ritualística de nossa Umbanda, utilizamos as ervas sagradas, em
banhos, defumações, assentamentos, sacudimentos, emplastos, chás,
remédios, etc. Quando os Zeladores (as) de Santo penetram no reino de Ossãe
para fazerem as colheitas das ervas sagradas para os banhos e defumações,
devem antes pedir a Ossãe permissão para tal tarefa, pois se não o fizerem,
com certeza todas as folhas que retirarem de seu Reino, não terão os Axés e
Magias que teriam se pedissem a sua permissão, e até dependendo do caso
como alguns entram em seu Reino zombando e sem firmeza de cabeça, suas
ervas poderão agir ao contrário, causando muitos distúrbios naqueles que
zombarem de seu Reino e faltarem com o devido respeito ao seu domínio.
Junto á planta cortada, deixa-se sempre a oferenda de algumas moedinhas e
um pedaço de fumo-de-corda com mel, assim assegurando que a vibração
básica da folha permaneça, mesmo depois de ela ter sido afastada da planta e,
portanto do solo que a vitalizava. As folhas e ervas de Ossãe, depois de
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Oferenda:
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
1 oberó, sete batatas doces, sete espigas de milho e fumo de rolo desfiado,
tempera com mel por cima.
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Oferenda:
• Morim: branco;
• Vela: branca;
• Fita: branca;
• Pemba: branca em pedra ou em pó;
• Comidas: Ebôs de Oxalá (mungunzá) comidas brancas, arroz doce, coalhada
adocicada canjica de milho branco cozida com mel e algodão por cima.;
• Frutas: brancas, melão, goiaba, coco (sem a película preta na polpa), etc.;
• Bebida: água de coco colocada em copos; coco verde com uma tampa
cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua água, vinho de
palma, água em cálices ou copos, leite, não se oferece bebida alcóolica;
• Flores: brancas, todas;
• Erva: boldo aveludado (tapete de Oxalá);
• Número: 16 e 10;
• Astro: Sol;
• Signo: Leão;
• Pedra: cristais de quartzo branco;
• Dia da semana: 6ª feira;
• Local para a Oferenda: Campos abertos, clareiras;
• Horário vibratório: 09:00 às 12:00;
• Essência: alfazema e mirra;
• Símbolo: sol, cruz e pomba branca;
• Ferramenta: cajado;
• Saudação: Èpa Bàbá = Salve o Senhor que realiza
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Cozinhar a canjica com água, colocar para esfriar e oferecer sem a água,
dentro da vasilha de louça branca, colocar um filete de mel por cima e uma
camada de algodão fechando a canjica. Pode-se escrever o nome em uma tira
de papel, de quem oferenda, como endereço vibratório para ser colocado
abaixo da vasilha ou dentro. Abra o morim, coloque a comida no centro,
distribuir junto da comida, os adereços e flores, colocar a bebida em um cuité,
ascender a vela e circular em sentido horário a oferenda com o restante da
bebida e após com a farinha de milho branco fazendo seus agradecimentos e
pedidos.
Colocar em uma travessa de louça branca a canjica cozida, tempere com oliva,
mel e um pouco de açúcar e enfeite com o cacho de uva. Abra o morim,
coloque a comida no centro, distribuir junto da comida, os adereços e flores,
colocar a bebida em um cuité, ascender a vela e circular em sentido horário a
oferenda com o restante da bebida e após com a farinha de milho branco
fazendo seus agradecimentos e pedidos.
Obs.: Quando se deseja oferendar ao Orixá Oxalá de uma forma geral, pode-
se fazê-la com qualquer das oferendas acima, porém a mais utilizada é a
canjica branca, mel e algodão.
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Nossa amada Mãe Logunã (Nahe–Iim - Tempo) forma com Pai Oxalá, par
vibratório na fé. O magnetismo de Pai Oxalá tem por função qualificar tudo e
todos através de sua luz e mãe Logunã tem a função de dar forma final a tudo,
concluindo o axé à todos, lhes dando estabilidade e equilíbrio.
Mãe Logunã (Tempo) é o Orixá feminino do tempo e seu campo preferencial de
atuação é o religioso, atua como ordenadora do caos religioso, ampara e
conduz nos caminhos da fé despertando a religiosidade que sustenta nossa
crença. O Tempo citado aqui se refere ao tempo cronológico, muitos fazem
confusão com o Orixá Iansã - Senhora do tempo, dos raios e das tempestades,
nesse caso estamos abordando o Tempo Cronológico enquanto que o de mãe
Iansã é o Tempo Climático, Meteorológico e nessa confusão acabam alegando
que ambas são uma só divindade. Então entendam que Mãe Logunã, com sua
qualidade e área de atuação de tempo cronológico, movimentação no espaço,
o mistério da noção de tempo é de Mãe Logunã, ela que nos ajuda a entender
que tudo tem seu Tempo certo para acontecer em nossas vidas e tudo vai
acontecer no tempo de Deus e não no nosso tempo, atua exclusivamente no
campo religioso, enquanto que Mãe Iansã, com sua qualidade e área de
atuação de tempo Climático (chuva, vento, frio, calor, etc) atua em todos os
campos aplicando a Lei; existem vinte e umas Iansãs aplicando a Lei em um
campo mais amplo pois envolve todos os sentidos que direcionam os seres em
sua evolução e existem treze Logunã sendo que só duas delas estão voltadas
para a dimensão humana, onde vivemos e evoluímos. Mãe Logunã que por
muitos é chamada de “Mãe Oyá-Tempo” (Iansã) erroneamente e é assim
chamada para que se faça diferença entre Logunã e “Iansã” porque “Mãe
Iansã” que é “Oyá”, não tem nada haver com Inasã em qualidades e
características. Mãe Logunã faz par com Pai Oxalá na “Linha da Fé” em que
Oxalá é Universal, portanto, ele é amparador, sustentador da fé e Logunã é
Cósmica, ela é retificadora e reparadora das questões relacionadas à fé. Ela se
manifesta no “campo do tempo” e é considerada “senhora da religiosidade”.
Como falamos, atua dentro dos aspectos negativos do campo da fé, como o
fanatismo em todos os sentidos.
Para nós, encarnados, a noção de tempo está diretamente relacionada a três
coisas:
1ª – o movimento da Terra sobre si mesma, chamado “movimento de rotação”
e, é graças a esse movimento que o dia tem 24 horas. Se o dia tivesse 50
horas ou se o dia tivesse 10 horas, a minha relação com o tempo seria
diferente porque o meu aproveitamento do tempo seria totalmente outro.
2ª – o movimento de translação, movimento que a Terra faz em torno do sol
que dura 365 dias e gera o “ano”.
3ª – metabolismo relacionado ao ato de nascer, crescer, envelhecer e morrer,
isso tudo nos dá uma noção de tempo. E aqui no plano material enquanto
encarnados nós estamos presos, não dá pra fugir, não dá pra escapar da
passagem dos dias, não dá pra escapar do envelhecimento do corpo.
Mãe Logunã é Cósmica no campo da fé, quando nós nos desequilibramos no
campo da fé é ela quem atua, ela é a senhora do tempo, esse tempo que se
refere também à religiosidade. Mãe Logunã como regente feminina do Tempo
Cronológico, não gosta de ser oferendada dentro do templo e não aceita ser
firmada senão em campo aberto, ela está em tudo, em todos os seres e em
todos os lugares tal como Pai Oxalá. Cultue firme, ame e recorra a essa amada
Mãe, que ela os inundará com sua irradiação da Fé Viva e com seu amor e se
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lembre: Onde existir fé, lá existirá um campo de mãe Logunã e onde não existir
fé, campo algum existirá, pois no vazio do tempo nada existe. Mãe Logunã é
temida pelos espíritos que, de alguma forma, prejudicam o próximo,
principalmente, aqueles que trabalham em magia negra. Por ser a Mãe da
religiosidade, pra atuar como Mãe Cósmica no sentido da fé é ela que toma
conta tanto dos fanáticos quanto daqueles que inverteram a polaridade da fé e
estão na ilusão e daqueles também que agridem em nome da fé. É na força
dela que se recolhem os espíritos que usam a fé pra agredir o próximo, ou seja,
usam de má fé, usam de magia negativa para agredir o próximo entram no
campo da Mãe Logunã.
Oferenda:
Ingredientes:
Canjica cozida, coco seco em tirinhas e dois acaçás de farinha de milho branco
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FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
desafetos em todos os campos da vida, além de pedir outras coisas, tais como:
mulher, dinheiro, posses, etc. E ele não diz que nasceu numa família católica e
cristã, mas porque era um relapso para as coisas da fé, foi até a Umbanda para
ver se nela se emendava. Como não conseguiu, logo acabou retomando ao
reformatório religioso de Jesus Cristo. Ele, que é bondade, amor e misericórdia,
os conduz às divindades naturais (que são os orixás), os conduz ao espiritismo
e a muitas outras doutrinas para ver se encontram uma, onde suas naturezas
ativas absorvam irradiações luminosas. Mas, quando vê que eles não se
adaptam em nenhuma delas, ativa seu polo cósmico, e um de seus aspectos
negativos logo os arrasta para um de seus reformatórios religiosos, para que
eles voltem a trilhar o caminho reto. E se o aspecto negativo ativado não
conseguir reconduzi-los ainda na carne, não desistirá, mesmo depois de
desencarnar. Oxumaré está presente nas negociações, no pagamento das
contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo
gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim,
nos lugares em que se manuseia dinheiro. Renovação, eis a palavra chave que
bem define o divino Oxumaré, que em seu aspecto negativo, tem um mistério
escuro chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos Tortuosos”, que
é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto e entraram
nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte. Bem, já
falamos sobre vários aspectos do nosso pai Oxumaré e de nossa amada mãe
Oxum, que formam um par energético, magnético, vibratório, que é a linha do
Amor ou da Concepção. Por isso encerramos aqui nosso comentário e vamos
ensinar como se deve proceder para oferendar o divino Oxumaré.
Oferenda:
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FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
Orixá da caça e da fartura é o caçador por excelência, mas sua busca visa o
conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o
saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber
religioso. O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário.
Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que
explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente da linha do
Conhecimento. O fato é que a irradiação do Conhecimento é uma divindade
assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete
Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois polos magnéticos da linha do
Conhecimento. O Orixá Oxóssi rege o polo positivo e a Orixá Obá que iremos
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FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
• Morim: verde;
• Vela: verde;
• Fitas: verde;
• Pemba: verde;
• Comidas: (Axoxó) ou milho vermelho cozido com fatias de coco e
Melado por cima, maçã cozida e regada com melado ou açucaradas e doces
cristalizados);
• Frutas: de qualquer espécie;
• Bebida:
- (Aluá) bebida preparada com vinho tinto;
- Cerveja branca, água de coco e suco de frutas;
• Flores: samambaia;
• Fumo: charuto, cachimbo;
• Ervas: guiné, peregum e mangueira;
• Número: 6;
• Astro: vênus;
• Signo: libra e touro;
• Pedra: jaspe verde, quartzo verde, esmeralda;
• Dia da semana: quinta feira;
• Local para a oferenda: matas;
• Horário vibracional: 06:00 às 09:00
• Essência: eucalipto e sândalo;
• Ferramenta: Ofá (arco e clecha);
• Símbolo: arco e flecha;
• Saudação: Okê Arô – “Salve o grande caçador”
1) Ingredientes:
Milho vermelho, fatias de coco seco sem a casca, água de coco, melado e
farinha de milho vermelho (fubá).
2) Ingredientes:
47
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
48
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
49
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda
Ingredientes:
50
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
• Morim: marrom;
• Vela: marrom;
• Fita: marrom;
• Pembas: marrom;
• Comidas: (Amalá) quiabos picados em rodelas grossas, levemente cozido
refogado com cebola;
• Frutas: abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba
vermelha;
• Bebida: vinho tinto seco; cerveja preta;
• Flores: palmas amarelas, monsenhor amarelo;
• Fumo: charuto;
• Erva: levante, abre caminho e manjericão;
• Número: 12;
• Astro: júpiter;
• Signo: sagitário e peixes;
51
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
Cozinhar o quiabo com dendê, azeite doce ou misto, após cozidos, colocar o
pirão numa gamela ou oberó, esse pirão é feito de duas formas: se o tempero
for dendê ou misto, fazer o pirão com a água que sobra da carne de peito
cozido com farinha de mesa enfeitando com 12 quiabos, o pirão e a carne e 12
moedas de cobre, numa gamela ou oberó normal. Se for azeite doce, fazer o
pirão com farinha de acaçá, arrumar o pirão na gamela ou oberó pintados de
branco, colocar o quiabo e por cima enfeitar com as carnes de peito e 12
quiabos inteiros também cozidos em forma de coroa e 12 moedas prateadas.
Nos culto de nação, a comida é servida em sua maioria para os filhos de santo
e convidados, e normalmente quem na hora de comer acha a moeda, terá
muita sorte com dinheiro ou causa boa na justiça.
52
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
• Morim: vermelho;
• Vela: vermelha;
• Fita: vermelha;
• Pemba: vermelha;
• Comida:
- (Adalú) feijão preto com milho vermelho cozido, azeite de dendê,
53
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
Milho de galinha.
3) Ingredientes:
(Adalú) feijão preto com milho vermelho cozido, azeite de dendê, cebola, ataré
moído e camarão seco.
4) Ingredientes:
54
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
55
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
1) Ingredientes:
56
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
2) Feijão preto:
57
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
58
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
• Frutas: cereja, maçã, pêra, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, etc.;
• Bebidas: champanhe de maçã, de uva, licor de cereja ou sidra;
• Flores: rosas brancas e amarelas, simbolizando o ouro;
• Erva: ipê amarelo, cidreira e camomila;
• Número: 6 e 8;
• Astro: vênus;
• Signo: touro e libra;
• Pedra: pedra da lua ou quartzo rosa;
• Dia da semana: sábado;
• Local para a oferenda: cachoeira;
• Horário vibratório: 18:00 às 21:00;
• Símbolo: coração;
• Ferramenta: espelho;
• Essência: Angélica e Jasmim.
• Saudação: Ora yê yê ô = Salve a Senhora da bondade
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
Coloque as batatas para cozinhar em água até que fiquem bem molinhas.
Deixe esfriar e amasse estas batatas com mel pedindo o que se quer. Tenha
muita concentração em amassar, depois de amassado, coloque no prato e
molde um coração com a massa. Coloque o morim aberto no chão, o prato com
a comida no centro, sirva a bebida em uma taça, coloque as flores, ascenda a
vela, circule a oferenda com o restante da bebida em sentido horário,
agradecendo e fazendo os seus pedidos. Ofereça à Oxum em uma cachoeira.
59
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
60
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
61
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
Ingredientes:
62
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Obá guerreira Senhora das águas revoltas, com seu aspecto ligado ao campo
da concentração e do foco equilibrado da fé dos seres vivos, junto ao Orixá
Oxóssi a linha do Conhecimento, o fator expansor de Pai Oxóssi tem por
função expandir tanto a faculdade mental de um ser, quanto um campo dentro
do qual ele está evoluindo e o fator concentrador de mãe Obá tem a função
tanto de concentrar uma faculdade mental que se torna dispersiva, quanto fixar
o ser em um único campo para que ele se reequilibre e redirecione sua
evolução. Pai Oxóssi é a expansão e Mãe Obá a concentração e fixação de
tudo e de todos na criação Divina e atua em todos os campos e sentidos, mas
essas não são as únicas atribuições desse amado Pai e dessa amada Mãe
Orixá, afinal, não podemos limitar a ação dos Orixás, certo? Mãe Obá aquieta e
densifica o racional dos seres, seu campo de atuação é esgotar os
conhecimentos desvirtuados. No sentido da virtude o conhecimento é a
verdade e no negativo o conhecimento é a mentira, a ignorância e a falsidade,
então, ela absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos
mistérios do conhecimento, seu magnetismo é absorvedor. Mãe Obá é telúrica,
está na raiz dos vegetais como a terra fértil onde eles crescem e se
multiplicam, seu elemento original é a Terra que complementa o elemento
vegetal de nosso Pai Oxóssi, ela germina todas as sementes do conhecimento,
desenvolve o raciocínio, nossa capacidade de assimilação mental da realidade
visível, ou somente perceptível, que influência nossa evolução, seu segundo
elemento é o vegetal. Enquanto pai Oxóssi estimula a busca do conhecimento,
mãe Obá atrai e paralisa os seres que se desvirtuam por terem assimilado de
forma viciada os conhecimentos puros, ela atua em todos os sentidos de
nossas vidas, mas seu campo preferencial é o religioso e atua paralisando as
pessoas que ensinam falsas verdades religiosas, desvirtuando e profanando o
que é sagrado e divino ou induzem os outros ao mau uso do que aprenderam.
Sua atuação é discreta e silenciosa, quem está sob sua atuação, nem percebe
que está passando por uma descarga emocional intensa e após algum tempo
começa a mudar alguns de seus conceitos errôneos ou abandona a linha de
raciocínio desvirtuado, viciado e falso. Esses seres que possuem conhecimento
religioso e os desvirtuam e transmitem de maneira errada, ou se aproveitam do
conhecimento adquirido e se utilizam dele para manipular as pessoas ou para
conseguir o que querem, interferindo no livre arbítrio do outro, dando assim
mau uso ao que aprendeu mãe Obá atua paralisando e aquietando esses seres
antes que cometam erros irreparáveis, o ser sob a atuação paralisadora de
mãe Obá começa perder o interesse pelo assunto que o atraía, torna-se
apático e alguns até perdem sua desvirtuada capacidade de raciocinar.
Quando o ser paralisado já teve seu emocional descarregado dos conceitos
falsos, mãe Obá o conduz ao campo de nosso Pai Oxóssi que começa a atuar
redirecionando o ser na linha reta do conhecimento; essa atuação toda de
nossa mãe Obá, ainda está ocorrendo nos seus polos positivos e luminosos,
mas como todo Orixá Cósmico ela possui polos negativos ou punidores,
63
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
64
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Ingredientes:
um coco verde aberto (separar a água); a água do coco verde com folhas de
hortelã quinadas e em seguida adoçada com mel; vinho tinto licoroso; raízes e
ervas; 1 kg de canjica amarela levemente aferventada em água mineral,
escorrida e depois regada com mel; flores do campo; sete velas verde escuro,
e sete magenta (ou vermelhas); duas folhas de bananeira; um pedaço de
tecido de cor magenta (ou vermelho) e outro, do mesmo tamanho, na cor verde
escuro.
65
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
66
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes:
2) Ingredientes:
Quebrar o feijão fradinho e tirar os olhos pretos dentro de uma bacia com
água, depois bater no liquidificador ou triturador. Após bater a massa com
cebola e camarão no liquidificador, tirar o excesso de água com um pano
branco e limpo e depois fritar. Colocar em uma travessa de barro,
oferecendo com os apretechos, como no item 1, mas se as qualidades de
Iansã forem de onirá, colocar numa travessa de louça os acarajés.
67
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
chuva e da lama. É mãe de Obaluaiê e junto com ele, dona das doenças
cancerígenas. Mais velho orixá do panteão africano. Rege sobre a maturidade
e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando
os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais
equilibrada. O Orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois
elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica, pois seu campo
preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas
irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E
assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de
seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiê a irradiação da
Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material
(encarnação), ela atua também na decantação emocional e no adormecimento
do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omolu são regidos
por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiê são regidos por
magnetismos mistos “terra-água”. Obaluaiê absorve essência telúrica e irradia
energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática,
fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica,
que se torna “úmida”. Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo
absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática,
absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com
sua energia aquática. Estes dois orixás são únicos, pois atuam em irradiações
opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a
evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá
reencarnar, Obaluaiê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo
energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero
materno onde está sendo gerado. Este mistério divino que reduz o espírito ao
tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a
fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que
é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro. Já nossa amada mãe
Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui
todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória,
preparando-o para uma nova vida na carne como falamos, onde não se
lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à
senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas
coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação
de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela
adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o
destino traçado para toda uma encarnação. Em outra linha da vida, ela é
68
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda
• Morim: lilás;
• Vela: lilás;
• Fita: lilás;
• Pemba: lilás;
• Comida: berinjela, inhame e mel;
• Frutas: uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa, amora, figo;
• Bebidas: champagne ou água natural;
• Flores: do campo, lírios e crisântemos;
• Erva: pinhão roxo;
• Número: 7 e 21;
• Astro: lua;
• Signo: câncer;
• Pedra: ametista;
• Dia da semana: segunda feira;
• Local para a oferenda: à beira de um rio calmo, pântanos ou calunga
pequena;
• Horário vibracional: 18:00 às 00:00;
• Essência: violeta;
• Símbolo: coração com cruz no centro e traços de chuva;
• Ferramenta: ibirí (nervuras das folhas de palmeira em formato de cobra)
• Saudação: Saluba Nanã = Salve a Senhora mãe de todas as mães.
1) Ingredientes:
69
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
2) Ingredientes:
Cozinhar o feijão e depois refogar no dendê ou azeite doce, colocar num oberó
e depois enfeitar com pipoca por cima, lembrando que o Orixá Nanã é a única
yabá que come no oberó. Os demais apretechos podem ser colocados
conforme o item 1.
Rainha das águas salgadas, por muitos é vista como mãe de muitos Orixá.
Dona da fertilidade feminina e do psicológico dos seres humanos, representa a
Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.
Iemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la. Orixá
que nos ajuda a darmos sentido à nossas vidas, família principalmente,
transformando-nos em pessoas mais flexíveis em prol da harmonia. Geradora
do amor em todos os sentidos, pela fé, pelos pais, pela vida, pela humanidade,
gerando sempre novos caminhos para a nossa evolução. Em um terreiro,
Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade
ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar, criando raízes e
dependências, proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas
que há bem pouco tempo não se conheciam, proporcionando também o
sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do
relacionamento do Pai no Santo com seus filhos no Santo. Está presente
também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê,
exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da
gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la
ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma
importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a
fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois,
desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.
Orefenda
70
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes:
Leite de coco, canjica branca sem açúcar, podendo colocar por cima ,mel e
uvas brancas.
2) Ingredientes:
71
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
72
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
1) Ingredientes da comida:
2) Ingredientes:
Cozinhar a carne de peito inteira, depois fazer uma farofa feita no dendê
refogada com cebola e camarão, colocar num oberó a carne e a farofa juntas.
Colocar o restante dos apretrechos como no item 1
73
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
• Congo
• Aruanda
• Angola
• Guiné
• Moçambique
• Keto, e outros
Oferenda:
74
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo, mexendo sempre até dar o ponto
de mingau liso. Servir em uma tigela branca após esfriar, oferecer encima de
um morim branco e preto e fazer uma cruz com fita preta encima do mingau,
servir a bebida em uma xícara ou cuité ao lado, colocar um cachimbo de barro
pequeno com fumo de rolo, cigarros de palha acesos em número de 6,
espalhar as flores ao redor da comida encima do morim e ascender as velas
em volta em número de 3, preta e branca.
Oferenda
75
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
76
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
77
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
78
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode
enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos.
Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam
mal ou enganem aos mais fracos. Salve a Malandragem! Na Umbanda o
malandro vem na linha dos Exus, com sua tradicional vestimenta: Calça
Branca, sapato branco (ou branco com vermelho ou com preto), seu terno
branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou
chapéu de palha e finalmente sua bengala. Gosta muito de ser agradado com
presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas
características marcantes, como por exemplo, a de ser muito brincalhão, gostar
muito de dançar, gostar muito da presença de mulheres, gostar de elogiá-las,
etc. Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta
de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.
Oferenda:
Ingredientes:
79
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
80
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Leve o arroz para cozinhar em 3 xícaras de leite com o pau de canela, mas não
deixe secar completamente. Coloque 1 xícara de leite e misture bem até ficar
cremoso. Adicione açúcar e polvilhe bastante com canela e coloque em um
alguida. Coloque o prato encima do pano, sirva a bebida, coloque as flores,
acenda as velas, faça seus agradecimentos e pedidos à esses incansáveis
obreiros da espiritualidade.
81
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
Lave o quiabo, deixe escorrer e seque bem. Pique bem miúdo e o reserve.
Passe as cebolas no processador e as reserve. Passe o amendoim e a
castanha no liquidificador com ½ copo d´agua e os reserve. Em uma panela
coloque azeite de dendê, refogue a cebola e o quiabo, coloque o gengibre, o
amendoim, a castanha e um pouco de sal. Deixe no fogo até engrossar e os
caroços do quiabo estarem meio rosados. Retire do fogo e coloque em um
alguidá junto com arroz branco cozido em água. Sirva no prato encima do
pano, sirva a bebida, as flores, acenda as velas e faça seus agradecimentos e
pedidos.
82
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
83
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
84
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
85
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
• Morim: verde;
• Velas: verde;
• Fitas: verde;
• Pembas: brancas e verdes;
• Comidas: (Axoxô) ou milho vermelho cozido com fatias de côco e
Melado por cima, maçã cozida e regada com melado ou açucarada e doces
cristalizados);
• Bebida: vinho tinto; cerveja branca, suco de frutas;
• Frutas: de qualquer espécie;
86
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
• Flores: samambaia;
• Fumo: charuto, cachimbo;
• Ervas: guiné, peregum e mangueira;
• Número: 5;
• Astro: vênus;
• Signo: libra e touro;
• Pedra: jaspe verde, quartzo verde, esmeralda;
• Dia da semana: quinta feira;
• Local para a oferenda: matas;
• Horário vibracional: 06:00 às 09:00
• Essência: eucalipto e sândalo;
• Símbolo: arco e flecha;
• Saudação: Okê Arô – “Dê o seu brado ò grande caçador”
Ingredientes:
87
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Oferenda:
88
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Lua Minguante
ILUSTRAÇÃO
Nesta fase lunar, o prana concentra-se na raiz, vitalizando-a, permitindo que
ela extraia os nutrientes necessários do solo. Não é uma fase propícia para a
colheita de ervas, pois está na quinzena negativa. Indicada para rituais a fim de
livrar-se do indesejável.
89
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Existe também a questão das ervas solares e as ervas lunares, onde colhemos
as solares durante o dia e as lunares durante a noite. Os vegetais são de
maneira geral, condensadores das energias solares e cósmicas. Há ervas que
recebem influxos mais diretos de certos planetas ou luminares, sendo,
portanto, ervas particulares desses planetas. Os corpos celestes são a
concretização de certas Linhas de Forças de um determinado Orixá, assim, por
extensão, temos ervas de determinado Orixá.
90
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Quizilas de Oxalá:
Quizilas de Oxóssi:
Quizilas de Yemanjá:
Quizilas de Oxum:
Quizilas de Oxumaré:
Quizilas de Xangô:
Quizilas de Oyá:
91
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Quzílas de Obá:
Quizílas de Ogum:
Quizílas de Logun-Edé:
Quizílas de Exú:
Quizílas de Ewá:
Galinha, Cajá-manga…
Quizílas de Nanã:
Ovos, Farofa de galinha, Rã, Miúdos, Tutano, Berinjela, Beterraba, Uva Preta…
Quizílas de Ossãe:
Pato, carne de caça, Fígado, Coco, Folhas (de salada), Fumo de Rolo…
Quizílas de Ibejis:
Morte, assobio…
Observação: Essas ritualísticas podem variar de casa pra casa, porém esses
são os mais Comuns, além das comidas que oferecemos à cada Orixá citado
também. Reflitam sempre sobre o que trazem de conhecimento consigo ao
longo dos anos, e analisem todas as possibilidades de aumentarmos nossos
arquivos de estudo e fundamentação de nossa ritualística.
92
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
93
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
a) Externos:
Tronqueira ILUSTRAÇÃO
Firmeza para o Exu guardião da casa, chamado por nós de Exu da Porteira.
a) Internos:
94
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Ariaxé: Ao centro do terreiro, no alto (Orun). Estes dois juntos formam a coluna
energética do terreiro. ILUSTRAÇÃO
b) Gongá: ILUSTRAÇÃO
47 - Mentores de Cura;
95
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Métodos de trabalho
Cada guia tem sua forma de restituir a saúde aos encarnados, normalmente se
utilizam de meios dos quais já se utilizavam quando encarnados, mas de forma
muito mais eficiente, pois após chegarem ao plano espiritual puderam
aprimorar tais conhecimentos. Além disso esses espíritos aprenderam a
desenvolver a visão espiritual, através da qual podem fazer uma melhor
anamnese (diagnóstico) dos males do corpo e da alma. Aliados aos seus
próprios métodos individuais eles se utilizam de tratamentos feitos pelas
equipes espirituais ou ministrados pelos encarnados com auxílio do plano
espiritual. Alguns deles são:
Cirurgia Espiritual
Cirurgia Perispiritual
Visita Espiritual
96
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
É realizada por uma equipe espiritual, que visita o paciente no local onde ele
estiver repousando, também com um dia e hora predeterminados. Na visita,
darão passes, farão orações, etc.
Terapias alternativas:
Cromoterapia
Fluidoterapia
Reiki
Homeopatia
Outros
Incorporação
97
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Intuição
Alguns mentores trabalham com seus médiuns apenas pela via intuitiva,
indicando as providências a tomar e tratamentos. Neste caso, é necessário um
grande equilíbrio e desenvolvimento do médium, para que o mesmo não
atrapalhe nas indicações dadas pelo mentor.
Psicografia
Equipes espirituais
De cirúrgicas
De Oração
De Proteção
De Passes
98
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
De Apoio
Males Físicos
A maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados
pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se
utilizam das diversas terapias para a cura mas principalmente esclarecem ao
encarnado quanto a origem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou
diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só
pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de
vontade e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.
Males Mentais
Parte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) são causados por
obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental
do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando
se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na
forma de doenças. Males como: úlceras, enxaquecas, hipertensão, problemas
cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela
mente do paciente, quando esta se encontra tomada por pensamentos
negativos. Também neste caso os mentores além de indicarem os tratamentos
apropriados, esclarecem ao paciente quanto a necessidade de mudar a
atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias
desequilibradas, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o
hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.
Males kármicos
99
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Males Espirituais
48 – Os cinco elementos:
100
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
valores de cada etapa e ciclo das águas. Assim, cada etapa está ligada a um
determinado Orixá ou força da natureza, todas de origem feminina. A água do
mar está relacionada à Iemanjá e a do rio está ligada a Oxum que representa o
amor, a bondade a doçura, a beleza e a riqueza da material e espiritual, como
também a Nanã, a Senhora decantadora de todos os males. O sal sempre teve
importância e valor mágico devido a sua propriedade de conservar e evitar
putrefação e como símbolo, acompanha a água. Sua presença é sempre
marcante nas cerimônias de exorcismo. Por isso, o mar e os rios se investem
da propriedade de receber os detritos físicos e espirituais bem como objetos de
trabalhos feitos. Colocar objetos no mar significa remetê-los ao caos primordial
representado pelas águas marinhas. A água serve como elemento condutor de
emergia vibratória como agente mágico que religa o ser humano a Deus pelo
batismo. No corpo humano, aliás, ela se manifesta como o elemento líquido
que representa cerca de 70% do volume do corpo. Na magia, ela representa
ainda o caos diferenciado, a essência divina não formalizada. É representada
graficamente por três linhas paralelas horizontais e onduladas, simbolizando as
ondas do mar, como também nas mandálas, por um tri. Para Kardec, a ação
magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode
produzir uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos
fluidos orgânicos (ex.: bile, linfa, líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico,
sangue total, etc.). O Espírito Lísias explica para André Luíz, que “… a água é
veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em
Nosso Lar), ela é empregada sobretudo como alimento e remédio”. Para o
Espírito Bezerra de Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular,
é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando
magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de
que se faz portadora. Na Umbanda, é um dos elementos naturais mais
receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas
quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos
rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos
onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização
de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias
maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e
equilibrar. Um pouco sobre cada tipo de água:
101
FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
Com função ativa em nosso corpo energético e físico, como o banho de mar,
só que executado em águas doces, para que ao invés do descarrego feito
pelas águas salgadas, que é uma das funções principais do banho de mar, agir
com a função de energizar e renovar nossas energias. A queda d’água provoca
um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo
tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas
quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas
das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue
projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas
próximas de matas e sob o sol.
O Elemento Ar:
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FUNDAMENTOS RITUALÍSTICOS DE UMBANDA:
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representado pelos sais minerais que fortificam o corpo e o agente vital. Sua
simbologia gráfica é a cruz, que é o signo de sua crucificação e da do homem e
na Umbanda o seu símbolo é o triângulo com a ponta para baixo, cortado por
uma reta na horizontal.
O Elemento Éter:
Nos círculos científicos do planeta muito se tem falado do éter, sem que possa
alguém fornecer uma imagem perfeita da sua realidade, nas convenções
conhecidas. E de fato, não podemos imaginá-lo, dentro das percepções
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acanhadas da nossa mente. Por nossa vez, não poderemos proporcionar uma
noção mais avançada, em vista da ausência de termos de analogia. Até no
meio dos desencarnados, é um assunto pouco falado e começamos a
examiná-lo na sua essência profunda e para nós, o éter é quase uma
abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido
sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do
Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino.
Éter: (Um dos estados do Fluido Cósmico).
1 - Logunedé
Loci loci Logun ou logun ô Acofá – Brada príncipe gerreiro
2 - Oxumaré
Arô boboi – salve o senhor dos ciclos ou do arco íris
3 - Obá
Akiroobá iê – Eu a saúdo rainha do conhecimento, guerreira, vamos festejar.
4 - Ossãe
Ewê ô – salve o senhor das folhas
5 - Oxalá
Epa epa Babá – Epa epa (exclamação de surpresa, grande admiração pela
honrosa presença); Babá (pai) - admiramos a honrosa presença
6 - Ibeji
Oni beijada – Ele é dois, pureza e beleza
7 - Logunã
Olha o tempo minha mãe
8 - Oxóssi
Okê arô – salve o grande caçador, o rei que fala mais alto.
9 - Iemanjá
Odô-fe-iaba! Ou Odô iá – Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada
Senhora do Rio (das águas) ! mãe amada acolhedora das águas
10 - Ogun
Patakori Ogun ou Ogunhê– Pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter
o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça! Ou ainda Salve
Ogun, Cabeça Coroada.
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11 - Xangô
Kawô Kabiecile – Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza
Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para
Vossa Alteza Real! Ou ainda, Venham admirar o Rei.
12 - Iansã
Eparrei Oiá – salve a mãe dos nove espaços de Orun
13 - Oxum
Ora iê iê ô – salve a senhora da bondade
14 - Nanã
Saluba Nanã – Nos refugiaremos da morte com a senhora
15 – 3/Omolú
Atotô nn– silêncio para o grande rei da terra
16 - Exú
Laroyê Exu Mojubá – meus respeitos ao mensageiro
Guias
1 - Caboclos
Okê Caboclo! Okê Bamboclim! – salve o grande Caboclo
2 - Boiadeiros
Xetro Marrumba Xetro! Xetruá! – salve aquele que tem o braço forte
3 – Crianças
Oni Ibeijada! – ele é dois
4 – Pretos Velhos
Cacurucaia! - Adorei as Almas!
5 – Ciganos
Arriba Ciganos!
6 – Exú
Laroyê Exú! Mojubá! – salve o mensageiro eu lhe respeito
7 – Malandros
Salve a malandragem!
8 – Baianos
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9 – Povo do Oriente
Namastê – O Deus que abita em mim saúda o Deus que abita em você
10 – Marujos e Marinheiros
Da costa marujo! Salve a marujada!
50 - Pequeno dicionário:
A
Abá = pessoa idosa, velho.
Abadô – milho torrado
Ajá = campainha, sino, cachorro.
Alabê = ogan confirmado que canta e toca o candomblé.
Alafiá = felicidade; tudo de bom.
Atin- pó, energia ligada a um Orixá.
Atori = vara pequena usada no culto de Oxalá e usada para tocar atabaque.
Asogun = ogan de ogum encarregado dos sacrifícios.
Asé = força vital e que assim seja.
Aiyê = terra.
Ago = licença.
Amasi no ori = cerimônia de lavar a cabeça com ervas sagradas.
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Cafofo – túmulo.
Caô – é um tipo de Xangô
D
Dagô = dê licença.
E
Ebó = sacrifício ou oferenda.
Ebori = cerimonia de dar ebó a cabeça (Ori).
Egun = alma, espírito ancestral.
Ejé = sangue.
Ejilaeborá = décimo segundo odu no meredinlogum.
Ejionilé = oitavo Odu no meredinlogun.
Ekó = comida feita com milho branco, farinha para acaçá.
Elebó = aquele que faz o sacrifício.
Eledá = coroa de cabeça, o que lhe mantém vivo.
Epô – azeite.
Eruexin- chicote de crina de búfalo usado por Oyá .
I
Igbá = recipiente onde se coloca os objetos do orixá.
ibiri = objeto de mão, usado pela orixá Nanã, feito em palha, couro e contas.
Iku = morte.
Iyá = mãe.
Iyabasé = cargo responsável pela cozinha do Orixá.
Iyalorisá = mãe de santo, sacerdote do Orixá, zeladora do culto.
Iya Kekere= mãe pequena.
Iyawo = nome dado aos iniciados, noiva.
J
Jagun – guerreiro, soldado.
K
Ku – morrer.
L
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51 – Agradescimentos:
O respeito aos mais velhos é tudo. É a razão de acatarmos à ordem
hierárquica, o motivo de aprendermos a obedecer, nos talhando para
posteriormente sabermos mandar. Respeitar os mais velhos é aprendermos
com a sabedoria e com a experiência dos que viveram mais do que nós. É
também a garantia de que no futuro seremos nós próprios respeitados e
prestigiados com carinho e solidariedade.
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