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SINCRETISMO
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» P o n t o s Risca d o s Autor: Lara Lannes


Equipe Genuína Umbanda
» Pontos M P3
www.genuinaumbanda.com.br
» D icio n á rio d a Umb a n d a

S e rv iç o s - fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos;


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- fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais. (Dicionário
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Palavra originada do grego significa sistema que consiste em conciliar os princípios de várias doutrinas ou filosofias;
é a associação de valores espirituais de uma determinada religião com os valores espirituais de outra determinada
» L in ks
religião.
Lo ja V irtua l
Definição dada pelo Caboclo Sete Espadas:

“Fenômeno mistico-religioso que visa tornar inteligível um Culto que possa ser praticado por vários povos ou grupos
étnicos, que até o momento tinham rituais e concepções diferentes. É um mal necessário, pois se formos analisar
profundamente o Sincretismo vamos ver que ele faz com que vários Cultos se identifiquem em um só Culto (…)”.
A Umbanda apresenta sincretismo com diversas religiões, mas não se fundindo com elas.

A Umbanda utiliza-se da imagem de santos cultuados pela Igreja Católica por um fato histórico-cultural, na medida
em que os negros que chegavam ao Brasil como escravos, oriundos das diversas tribos africanas, traziam em seu
interior a crença nos Orixás, porém não podiam manifestá-la pelo preconceito de seus senhores, que consideravam
tal culto heresia e feitiçaria.

Na África, seu culto fazia-se com o contato direto com a Natureza, cada Orixá sendo cultuado em seu elemento. O
negro africano cultuava sua crença através de seus Otás (pedra). Cada Orixá tem a sua pedra (as) e a forma
encontrada pelos negros escravos foi associar a imagem do santo católico mais representativa da força desses
Orixás, colocar seus otás dentro destas imagens e reverenciar sua crença sem tê-la reprimida por seus senhores.

A partir desse momento, dava-se início ao sincretismo dessas duas religiões, já que a correspondência de Santos
Católicos com os Orixás africanos era a única maneira dos negros escravos escaparem dos castigos e
perseguições dos seus senhores e de religiosos que tentavam difundir o catolicismo, impondo a crença com as
suas representações católicas.

Os Senhores achavam graça no sincretismo e, considerando os africanos ignorantes, consentiam na prática bem
Os Senhores achavam graça no sincretismo e, considerando os africanos ignorantes, consentiam na prática bem
disfarçada de seus cultos. E assim, graças à inteligência dos sacerdotes africanos, as suas antiqüíssimas e sábias
idéias religiosas puderam sobreviver até hoje, apesar da intolerância de uma ou outra autoridade policial atrasada.

Por isso, encontramos até hoje, as casas de culto de Umbanda utilizando-se dessa representação sincrética, não
pela necessidade do culto à imagem, mas sendo admitida pelos zeladores de santo para que os filhos de santo e
freqüentadores da casa tenham uma imagem para direcionar suas súplicas e pedidos já que para alguns, dirigir
seus pedidos a energias da natureza, forças oriundas do ar, da água, da terra ou do fogo, é de difícil compreensão
por seu componente abstrato e impalpável. Até porque, não existe imagem representativa dos Orixás na Umbanda,
razão pela qual se permite a utilização dos Santos católicos nos Congás, havendo o respeito tanto ao Orixá
representado pela imagem, como respeito ao santo cultuado pela mesma.

Ressalte-se que em havendo tal sincretismo, este só demonstra mais ainda o caráter universalista da crença
umbandística, que resguarda e respeita a qualidade de espíritos superiores que vêem à Terra em missão de
esclarecimento. Se há a utilização das imagens de outra doutrina nos congás de umbanda, isso se dá pela crença
e respeito a todos esses espíritos mensageiros e representantes da força divina no plano terreno.

A Umbanda é um celeiro de fé e nela cabem todas as espécies de crenças que possam nos levar ao objetivo maior
de amor e caridade pregado pelas nossas entidades.

O africano não abandonou as suas crenças religiosas. Simplesmente, procurou acomodar-se a situação e o
processo mais inteligente foi exatamente o de comparar as qualidades dos seus Orixás com as dos Santos
católicos. Tomaram como base o Santo mais adorado do lugar: daí, algumas alterações verificadas no sincretismo,
especialmente na Bahia e no Rio de Janeiro.

EXEMPLOS:

No Rio de Janeiro

OXALÁ ALUFAN = Senhor do Universo


OXALÁ GUIAN = Jesus Cristo
YEMANJÁ = Nª.Srª. da GLÓRIA (15 de Agosto)
OXUM = Nª.Srª. da CONCEIÇÃO (8 De Dezembro)
OXUM Cobra Coral = Nª.Srª. de NAZARÉ
YANSAN = Santa Bárbara (4 de Dezembro)
XANGÔ = São Jerônimo (29 de Setembro)
XANGÔ OBOMI = São João (24 de Junho)
NÃNÃ = Santa ANA
OMOLU = SÃO LÁZARO
OXOSSI = São Sebastião (20 de Janeiro)
OGUM = São Jorge (23 de Abril)
IBEIJI = São Cosme e São Damião (27 de Setembro)
EXU = Santo Antônio da Penha (13 de Junho).

Na Bahia

OXALÁ = N.Senhor do Bonfim


YEMANJÁ = Nª.Srª. da Conceição
OXUM = Nª.Srª. das Candeias e Nª.Srª. Aparecida
YANSAN ou OYÁ = Santa Bárbara
XANGÔ = São Jerônimo
OXUMARÊ = São Bartolomeu
NÃNÃ = Santa Ana
OMOLU ou OBALUAIÊ = São Lázaro e São Roque
LOCUNÊDÊ = Santo Expedito
OXOSSI = São Jorge
OGUM = Santo Antônio.

Como se vê, a diferença mais notável é quanto a Oxossi e Ogum. Enquanto no Rio, Ogum é equiparado a São
Jorge, na Bahia é Santo Antônio. Oxóssi que, no Rio, é São Sebastião, na Bahia é São Jorge.

Yemanjá e Oxum são comparadas a Nossa Senhora, sob diversas invocações. Os Nagôs, ao que parece,
consideram Oxum "faceira e vaidosa", concepção que diverge da adotada no omolocô do Rio, para o qual Oxum é o
símbolo da "dona de casa".

Onde há convergência é quanto a Deus, Senhor do Universo, e quanto à Jesus. Nesse ponto, todas as religiões
coincidem. Só há um DEUS e um só FILHO DE DEUS. DEUS é DEUS. Tem ELE, na Umbanda, os nomes de
Zambi, Olorum.

Enquanto os santos católicos e os orixás são entidades espirituais diferentes, Jesus Cristo é a mesma pessoa de
OXALÁ GUIAN (ou OXAGUIAN).

O sincretismo se faz entre Divindades, assim, não há sincretismo entre as Entidades, tais como Caboclos, Pretos-
Velhos ou Crianças, ainda que seja comum vermos Pais Franciscos, Antonios, Ciprianos e tantos outros, mas que
nada têm de sincrético com os santos de mesmo nome.

A Umbanda apresenta sincretismo com o Candomblé, não se confundindo com esse, no entanto. Ambas são
religiões com base em um culto ancestral africano, com crença em Orixás africanos, mas cada um encontra seu
diferencial na forma de manifestação de sua crença.
Historicamente, o Sincretismo já existia em outras religiões, como exemplo, a católica que incorporou em seu
surgimento, deuses romanos como santos, rituais pagãos como sacramentos, hierarquias não religiosas, etc.

Na própria África, onde os negros cultuavam suas centenas de Orixás, havia já o sincretismo, pois cada Orixá era
ligado com algo material e tangível.

Quando estes negros foram trazidos de diversas partes da áfrica, provenientes de diversos povos (Haussas, Tapas,
Mandingas ou Mandes, Fulas, Yorubanos ou Nagôs, Minas, Gege, Congos ou Cambindas, Angolas, Benguelas,
Cassangues, Mocambiques e outros), aportaram no Brasil e em todo o continente americano, na condição de
escravos.

Os negros eram vendidos separadamente, para diminuir os riscos de uma rebelião ou tramas de fuga. Isso
enfraquecia os negros, dificultando a pratica de um Culto em função de varias línguas falado numa mesma senzala.

Apesar destas dificuldades, os valores religiosos dos negros eram intensos e com a chegada, nos vários lotes de
escravos, de adivinhos, médicos-feiticeiros e sacerdotes, estas dificuldades foram sendo eliminadas.

Eles, por serem mais ligados aos ritos africanos, souberam, ao longo do tempo, unir de maneira adequada, os
negros de varias etnias e línguas, naquilo que tinham em comum, a crença nos Orixás, Inkices ou Voduns. Sem
dúvida que esse foi o primeiro sincretismo religioso do negro no Brasil, pois eram obrigados a cultuar os Orixás
comuns, eliminando as outras dezenas de Orixás não afins.

Com o Espiritismo, doutrina que se difundiu com os ensinamentos de Allan Kardec, a Umbanda apresenta não
sincretismo, mas semelhanças, bem como diferenças na forma de manifestação das entidades que atuam em cada
religião.

As semelhanças podem ser resumidas em:


- Monoteísmo;
- Embasamento moral primário na mensagem deixada no Cristianismo;
- Crença na reencarnação;
- Crença na idéia de causa/efeito, karma, lei do retorno;
- Crença na evolução do espírito/alma;
- Crença na possibilidade de comunicação mediunica;

No mais, são bem diferentes.

A Umbanda é essencialmente ritualística, enquanto o Espiritismo é essencialmente despido de rituais.

A Umbanda tem como foco principal a doutrinação do encarnado, enquanto o Espiritismo tem um trabalho bem
grande na doutrinação do desencarnado.

A Umbanda transmite conceitos e conhecimentos na oralidade, enquanto o Espiritismo é todo literário.

Encontramos no site do Centro Espírita Ismael (http://www.ceismael.com.br/tema/tema005.htm), o seguinte quadro


comparativo oferecido pelo umbandista Laurindo Francisco Diana:

SINOPSE COMPARATIVA ESPIRITISMO UMBANDA


País de origem França Brasil
Data de surgimento 18.04.l857 15.11.1908
Codificador Allan Kardec -----------
Fundador ----------- Zélio F.de Morais
Adereços e caracterizações Não Sim
Altar e/ou oratório Não Sim
Autonomia das associações Sim Sim
Cânticos (pontos) cantados Não Sim
Classificação dos espíritos em categorias Sim Não
Comidas, bebidas, fumo, etc. Não Sim
Cultos exteriores Não Sim
Dogmas Não Sim
Doutrina Sim Em formação
Ervas e banhos Não Sim
Fé Racional Emocional/ Devocional
Jogos premonitórios Não Sim
Mediunidade Sim Sim
Mediunismo e/ou animismo Sim Sim
Messiânica Não Não
Método Sim Sim
Oferendas materiais Não Sim
Revelada Sim Não
Literatura básica As obras (5) de Allan Kardec ---------------
Rituais e cerimoniais Não Sim
Roupas especiais e/ou paramentos Não Sim
Sacerdotes Não Sim
Sacramentos Não Sim
Símbolos (pontos) riscados Não Sim
Sincretismo Não Sim
Sistema organizacional Federativo Federativo
Tipificações espirituais Não Sim
Tradição oral Não Sim
Velas, flores, defumações, etc. Não Sim

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