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CURSO INTERMEDIÁRIO DE UMBANDA

GRUPO DE UMBANDA ESOTÉRICA RAIOS DE LUZ


ESTUDOS SISTEMATIZADOS DE UMBANDA - 2016

CURSO INTERMEDIÁRIO DE
UMBANDA
(Baseado nos estudos da Aumpram.org.br)

AULA 1
UMBANDA É AMOR

Quem conduz o Amor e a Caridade estará levando os


ensinamentos maiores da Umbanda.
A Umbanda leva a Luz sem retribuição, o Amor sem
recompensa, a Caridade sem prêmio, o Poder de Deus sem
vaidades.
 
  

Aumpram, Lei Divina e Umbanda


Apesar do real significado da Umbanda ter origem na palavra Aumpram ou Lei
Divina (devido a diversas corruptelas ao longo de milhares de anos, o termo Aumpram
tornou-se Umbanda), entendemos que a Umbanda hoje seja para a grande população
uma religião, um culto.
A Umbanda disseminada no Brasil teve uma grande influência cultural afro-
brasileira devido ao contexto, método e meio de sua introdução. No dicionário "Aurélio"
encontramos que Umbanda é: "Forma cultural originada de assimilação de elementos
religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca." Esta é a visão
externa e muitas vezes interna da Umbanda. Neste contexto, quando se fala Umbanda,
muitos estão se referindo à religião, ao culto Umbanda difundido no Brasil e não à origem
dada pela Lei Divina Aumpram.
Hoje, dentro da Umbanda, encontramos diversas interpretações e costumes. Os
cultos seguem algumas influências comuns, mas são fortemente influenciados pelos seus
componentes, pelos dirigentes locais que, sem uma base única e clara, permitem
distorções, múltiplas facetas e ritos diversos. A Umbanda sofre o risco de se tornar
conhecida pela religião, pelo culto no qual, qualquer dirigente que se diz conhecedor e
com influências espirituais, abre a sua “Umbanda”, a sua moda e satisfação.
"A Umbanda verdadeira está a serviço da Lei Divina, da Aumpram, e só visa ao
bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em
malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda". ( do
livro "Umbanda, essa Desconhecida", Roger Feraudy - Ed. Conhecimento - "Umbanda sua
face")
A Umbanda deve crescer pelo conhecimento e prática de bases mais sólidas, da
busca da verdade e do conhecimento da Aumpram, da Lei Divina. A divulgação, estudo e
compreensão da Lei Divina fortalecerá a Umbanda, eliminando mistificações e vaidades,
atraindo ainda mais os verdadeiros interessados pela evolução espiritual.

Em que a Umbanda acredita?


Vamos encontrar bases comuns para os que estudam, praticam ou são atendidos
na Umbanda. Vamos criar um foco de convergência e a partir dele tentar compreender a
Umbanda de todos. Como princípios deste foco convergente entendemos que a Umbanda
acredita:
         Em Deus
         No Amor
         Na Natureza
         No Espírito
         Na Evolução
Em Deus
Principio e fim. Único e todo.
Deus está fora do limite de nossos entendimentos. Apesar das dificuldades e
figuras de interpretações usadas por muitos, todos tem um sentimento comum de Deus,
um sentimento bom, um sentimento de Amor e isto é que é o importante. Quando
imaginamos nosso Deus, quando os mulçumanos, judeus, católicos, budistas imaginam o
“seu” Deus, podemos divergir em várias ideias, mas certamente convergimos que o Amor
é a grande força de Deus.
No Amor
O Amor é a força da união, é o meio de se atingir ao grande objetivo universal.
Como podemos imaginar Umbanda sem o Amor? Amor é :
Meio para nosso crescimento
Força de União Universal
O único caminho para evolução
O único caminho para nos encontrar
O único caminho para chegar a Deus

Na Natureza
Natureza e o estudo pela ciência.
Somos natureza. Não acreditamos em nós?
Nosso universo é regido por leis naturais e o homem busca compreendê-las ao
longo de sua evolução. A busca deste entendimento é denominada de ciência. A ciência
evolui, muda seus princípios a medida de novas descobertas, de novas revelações. Muitos
mistérios que se encontravam além das fronteiras do místico, do religioso, foram
substituídos, foram esclarecidos pela ciência sem deixar de existir o fato de que antes era
místico ou oculto. O limiar da ciência e do desconhecido é uma questão de tempo e
não de verdades absolutas. Precisamos da ciência para evoluir, para compreender
fenômenos muitas vezes ainda inexplicáveis em nosso momento. Se acreditamos em nós,
acreditamos na natureza e usamos a ciência para compreendê-la melhor.
A Umbanda não conflita com a ciência. Precisamos fazer uma leitura do estágio
científico atual e acompanhar sua evolução, aceitando os princípios de suas teorias,
aplicando nos conceitos da Umbanda. A ciência é dos homens e suas revelações
acompanham sua própria evolução. Devemos utilizar as ferramentas que dispomos no
momento, evoluindo e revisando nossas bases. Dentro da natureza os seres pensam, tem
inteligência e a Umbanda tem um princípio que é um processo mental, a Magia, que pode
ser definida como força atuante ou influenciadora de caráter mental, criada pelo
pensamento, pela vontade do ser e que também não deixa de ser também um processo
natural.

No Espírito
De forma simplificada podemos entender que o “Espírito” é um dos elementos da
natureza que compõe um ser . O ser não está limitado ao seu corpo físico. Talvez as
explicações científicas ainda não tenham chegado a uma conclusão definitiva sobre
espíritos, não significando que não existam simplesmente porque a ciência do homem de
hoje não conseguiu elucidá-lo completamente. As forças atômicas, os elétrons e muitos
outros exemplos não eram explicados pela ciência e não por isto não existiam ou eram
inverdades, eram simplesmente não atingidos pela evolução científica da época. Um ser
tem sua existência, mesmo não tendo um de seus corpos. Chamamos então de
desencarnado o ser que não está utilizando ou não utiliza um corpo físico. A Umbanda
acredita na comunicação com seres, com entidades, que não estão com seus corpos
físicos, vulgarmente denominada de comunicação com espíritos ou com desencarnados
dos mais diversos graus de evolução. A Umbanda acredita no ser extra corpóreo e na
interação entre estes seres e o nosso mundo físico , seja através da comunicação, ou
efeitos e influências diversas. Veremos que de fato, o ser é composto ou dividido em
vários “corpos” ou veículos de consciência, sendo a denominação “espírito”, dada pelos
espiritualistas, uma simplificação de um grupo ou conjunto de “veículos de consciência”

Na Evolução
Sabemos que o Universo está em mutação, está mudando todos os momentos.
Sabemos que mudamos, envelhecemos, a natureza se altera, nosso planeta sofre várias
alterações desde sua formação. Tudo está se modificando a todo o momento. Estas
modificações poderiam ser denominadas de evolução. Então tudo está em evolução. O
Universo, os seres que o compõe, o conhecimento, enfim tudo. Os processos são
diferentes para cada um, para cada natureza, mas o evoluir é comum a todos.
Para nós a evolução ocorre ao longo de nossa vida presente e nas próximas.
Evoluímos em ciclos sucessivos, em diversas vidas, comumente chamadas de
reencarnações. A evolução só pode acontecer se for de alguma forma orientada, guiada
por alguma lei ou princípio. O caos não levaria ao visível processo evolutivo.
A lei maior que rege o processo evolutivo de todos os seres e até mesmo de todo o
Universo é a Lei do Carma, onde causa e efeito estão definitivamente relacionados. A lei
do Carma ou simplesmente Carma, em sua ação no homem, só pode ser compreendida
pelos que vêem o conjunto de suas vidas, de suas reencarnações.
Nossa evolução só pode ocorrer através de nossas ações. Somos seres
inteligentes capazes de determinar nossas ações, a Lei do Carma trará os efeitos
causados pelas causas que criamos com nossas ações.
Acreditamos que nossas ações devam ter como princípios:
         PUREZA - A busca da Verdade
         HUMILDADE – O fim das vaidades e personalismos
         SIMPLICIDADE – Tentar levar ajuda a todos (Universalismo)
Em uma forma gráfica:  A Umbanda acredita em:
Nossa Umbanda precisa ser Amor, pois a verdadeira Umbanda
é Amor
Vamos mostrar o caminho deste Amor a todos. Vamos fazer entender que não
existem Umbandas, existe apenas uma e ela é da bondade, da caridade, do aprendizado,
da seriedade para com a vida , do respeito ao próximo e à natureza.
Como Amar maltratando, ingerindo ou sacrificando animais?
Como Amar cobrando pela caridade?
Como Amar prejudicando o próximo?
Como Amar interferindo na evolução?
Como Amar prejudicando a natureza?
Vamos iluminar aos que podem ver, vamos guiar os que não podem. Vamos levar
a todos a verdadeira Umbanda, a do Amor.
A busca do saber verdadeiro levará ao fim dos equívocos e usos indevidos. Os que
levam a Umbanda, devem levar esta busca.
Como eliminar a ignorância se não erguendo a verdade?
Não precisamos convencer, precisamos informar, esclarecer. O convencimento é
dado pelo eu interior, que acolhendo o sentido correto elimina as falsas práticas.
Estamos realmente buscando a verdade?
Pureza - Nossas práticas e ações são verdadeiras?
Humildade - Buscamos o fim de nossas vaidades?
Simplicidade - Aceitamos a todos como são, buscando eliminar nossos
preconceitos?
Não devemos nos acomodar nas bases em que crescemos, elas também mudam,
elas também evoluem. Vamos humildemente evoluir com a eterna busca da verdade,
somente ela pode fazer a mudança da vida, a mudança para o caminho do Amor
Universal.
Como podemos nomear os pensamentos do Amor?
Como podemos nomear os pensamentos do Conhecimento Eterno?
Eles não nos pertencem. Pertencem ao Universo em que evoluímos. Vamos
contribuir em seu saber como anônimos humildes. Não sejamos estrelas da Terra,
sejamos a Luz das estrelas do Universo, que atinge a todos sem nomes e interesses
próprios, mas com o calor que pode aquecer os corações que precisam da energia do
Amor.
Umbanda, o guia para a verdade interior onde o Amor deve ser o seu rumo.

AULA 2
HISTÓRIA DA UMBANDA - ORIGENS CÓSMICAS
Umbanda, essa desconhecida...
Enganam-se aqueles que pensam que a umbanda é uma religião africana, ou
simplesmente afro-brasileira como vimos no módulo I, do Curso de Introdução à Umbanda.
Na verdade, o conhecimento desse culto milenar foi levado à África por povos atlantes,
durante as grandes migrações que tomaram lugar depois da terceira sub-raça originada na
Atlântida (o continente desaparecido nos mares do Atlântico, cujos picos mais altos hoje
remanescem no arquipélago de Cabo Verde, entre outras ilhas do noroeste da África).
Um dos povos que habitava o antigo continente era a negra, a etíope, que assim
como outros povos, migraram para diversas partes do globo por conta dos grandes
cataclismos que se aproximavam, desde o antigo Egito até as Américas. Naqueles
tempos, alguns povos quando se mudavam, levavam consigo o nome de sua terra. Então
os etíopes levaram para a África seu nome original, não sendo todavia originários daquele
continente. Esta raça levou consigo o entendimento da magia e da luz divina, a
Aumpram, para a África. Mesclando-se com as tradições religiosas dos povos locais e
com seus feiticeiros, deu origem aos cultos africanos como conhecemos hoje.
No Brasil, com a vinda dos escravos africanos, que não podiam exercer seus
cultos tribais livremente por conta da pressão da igreja católica, surgiram outros cultos,
como o candomblé, por exemplo, onde divindades africanas e até mesmo os orixás, com a
interpretação particular que faziam deles, se transformaram em figuras de santos cristãos,
numa estratégia inteligente para driblar as dificuldades da época.
Por todo o planeta a saga dos atlantes em busca de novos lares, espalhou o
conhecimento trazido pelos homens das estrelas; aqueles que, há milhões de anos, por
amor ao homem da Terra, aportaram um dia com suas vimanas (naves espaciais) na
Lemúria (o continente perdido cujas altas montanhas hoje formam a Austrália),
transferindo-se posteriormente para a Atlântida, com as dinastias divinas, enquanto os
grandes cataclismos que mudavam a face geológica do planeta iam se sucedendo.
Surgido originalmente como um movimento hermético e fechado nos Templos da Luz, nas
academias iniciáticas, a original Aumpram, que por sucessivas corruptelas veio a se
chamar Umbanda, teve sua função maior revelada quando precisou se transformar
num culto gerido por magos brancos para combater o então emergente movimento
de magia negra que se espalhava. Aparecem nessa época os egos chamados de
Senhores da Face Tenebrosa, os magos negros, espíritos dominadores e egressos de
planeta[1] desaparecido, numa história ancestral e anterior às civilizações de nosso
planeta.
A Cidade das Portas de Ouro da Atlântida se torna o centro da magia negra. Ao
mesmo tempo, nos Templos da Luz, três tipos de entidades se manifestam na antiga
AUMPRAM: os Encantados, ou Kama Rajás (não reencarnantes na Terra – entidades que
vieram de outra cadeia de evolução e que se tornarão Adeptos, como a maioria dos que
fazem sua evolução no planeta), os Nyrmanakayas (espíritos já libertos do carma ou em
fase de libertação – os Jivamupticas) e os Iniciados (sem resíduo de carma).
Apresentavam-se nos rituais, respectivamente, como instrutores, anciãos e puros, da
mesma forma que hoje temos os caboclos, os pretos velhos e as crianças. É traçado o
primeiro Triângulo Fluídico[2] no astral, sobre os céus da Atlântida e se inicia então a
AUMBANDHÃ, que no idioma sagrado dos deuses (os homens vindos das estrelas),
o devanagari, quer dizer: a luz divina ou a lei divina. Isso tudo se passa há mais de
700.000 anos.
Com o decorrer de milhares de anos, sua trajetória e seu entendimento ficaram
velados através dos tempos e da história, assim como um dia também foi velada a palavra
sagrada Umbanda. Ressurgido no astral por ordem dos maiorais sidéreos, o Projeto
Terras do Sul inicia, em terras americanas, o resgate do antigo culto, quando então,
o Triângulo Fluídico é traçado sobre os céus do Brasil. Centenas de entidades, de
diferentes cadeias de evolução, que desde o princípio, trabalharam arduamente no
desenvolvimento da raça humana no planeta, se engajam espontaneamente no
projeto, alijando-se novamente de desfrutar dos paraísos cósmicos de seus planetas
de origem, apenas por amor ao homem da Terra. No final do século XIX a antiga
Aumbandhã renasce finalmente em solo brasileiro e por sucessivas corruptelas leva
o nome de UMBANDA – a Luz Divina.
“Hoje, enfileiram-se infinidades de provas da existência dos continentes da Lemúria
e Atlântida e da civilização de Paititi[3] no interior do Brasil, e também de que fomos
visitados constantemente por inteligências extraterrenas, que muito contribuíram para a
evolução da humanidade.”
“Após a verticalização[4] do eixo da Terra, está prevista a Idade de Ouro nas terras
brasileiras.”
“Tudo o que aqui foi narrado era parte integrante do milenar “Projeto Terras do
Sul”, planificado, orientado e manipulado pela grandes inteligências cósmicas.”
“Todos os Mestres da Grande confraria Cósmica expressaram seus conceitos
sobre o importante Projeto e foram unânimes ao afirmar que o solo brasileiro estava
vibrado, magnetizado e devidamente preparado para abrigar a futura raça.
A outra proposta analisada teve a aprovação de todos: era necessária a
implantação de um movimento espiritual, cópia do cerimonial mágico da Atlântida, que
reunisse o maior número de adeptos no menor espaço de tempo e, para que se
concretizasse essa deliberação, foi imediatamente traçado no plano astral do Brasil um
triângulo equilátero de vibração magnética.”
“A Confraria Cósmica dava início ao movimento mágico, preparatório para
novamente estabelecer entre os homens a Sabedoria universal, a religião-ciência do
terceiro milênio...”
“... _ Onde existe um dos chacras do Planeta Azul, na região central do Brasil,
onde outrora se localizava Ibez 3, no plano etérico existe a chamada Cidade dos “Templos
de Cristal Rosa”, dirigida pelo Sumo Sacerdote da Ordem de Melchisedec, Sa-Hor, cujas
vibrações estendem-se para os quatro pontos cardeais de todo o território brasileiro. São
emanações de luz de cor violeta, com harmonização tonal fá, nota vibratória do planeta em
perfeita eufonia com essa terra, já anteriormente preparada para receber a mensagem do
III Milênio, a Luz ou Lei Divina, a milenar Aumpram.”
Um espírito venusiano, de nome Thamataê, cujo nome esotérico significa “A
sombra do oriente na exaltação e na graça do milagre da vida”, pupilo do primeiro que veio
para o antigo continente de Mu, em tempos imemoriais, o sagrado Sanat Kumara, o
senhor do mundo, e que ainda hoje vela pelo planeta com o coração amoroso de pai, é
designado para trazer o comunicado aos homens, se apresentando então pela primeira
vez, no início do século XX, através da mecânica da incorporação. E o mundo da
umbanda sagrada conhece então seu fundador, que se apresenta humildemente
como o Caboclo das 7 Encruzilhadas, numa alusão aos sete planos da
manifestação, aproveitando a herança xamânica de nosso povo, acostumado aos
índios e pretos velhos, para criar um corpo de ilusão que fosse facilmente
compreendido e aceito. Junto com ele, para comandar os Agentes Mágicos (conhecidos
popularmente como exus), usando como veículo um exu guardião (Exu das 7
Encruzilhadas) para se comunicar a través da mecânica da intuição, veio seu irmão gêmeo
Kalami (que governou anteriormente a cidade das pedras, Itaoca, onde a magia negra
grassava em profusão, sendo o local depois conhecido com o nome de Sete Cidades,
cujas ruínas permanecem até hoje no estado do Piaui).
Como muitos desses seres celestiais, Kalami, cujo nome esotérico significa “A
serpente da Sabedoria da Tríplice Potencia” se tornou uma lenda, um dos muitos deuses
dos antigos, como por exemplo Hermes, no Egito, que ninguém mais era que Toth, o
venerável espírito oriundo de Óriun, que comandou a migração dos atlantes para o Egito,
ou Manco-Capac nos Andes, que era um dos companheiros de Thamataê, quando de sua
vinda para o planeta com seu mestre Aramu-Muru; e como eles, muitos outros.
Thamataê, por sua vez esteve por mais de 3.500 anos no império de Paititi, no alto
Amazonas e depois em Ibez, na Serra do Roncador, com a missão de instruir o povo e
fazer nascer uma nova raça. Ele e Kalami eram dois dos 25 pupilos de Aramu-Muru,
espírito venusiano, último Grão Mestre dos Templos da Luz Divina da Lemúria, antes deles
serem abandonados para os magos negros, e sidos trazidos para a Atlântida.
Quantos mistérios estavam perdidos ou ocultos na cultura umbandista, em função
de sua história milenar e de sua proposta primeira em fazer um maior número de adeptos
num menor tempo possível, o que possibilitou o culto se alastrar entre os humildes, pois
deles não se exigia maiores estudos ou entendimento, além do trabalho contínuo na
caridade e no amor desinteressado.
Havia duas razões principais para a volta da umbanda ao planeta: a
substituição dos velhos cultos que não traziam esperança nem consolo e que
também não mais atendiam aos reclamos da inteligência dos homens e não traziam
nada aos homens simples, já que seus templos se revestiam de pedras preciosas e
ouro e também a necessidade de se continuar combatendo a magia negra, que
voltava a aparecer com grande força.
É mais que tempo dos homens, agora na Terra, filhos das estrelas que todos
somos, voltarem seus olhos para essa história divina de nosso planeta, repleta de
sacrifícios dessas entidades maravilhosas, de uma evolução espiritual inimaginável aos
nossos escassos cinco sentidos. Voltarem seus olhos e, além de tentarem entender o que
realmente se passa nesse mundo invisível, nos meandros dessa magia cósmica na qual
estamos todos inseridos, tentarem imitar esses exemplos de bondade infinita, no limiar
dessas novas sub raças mais espiritualizadas que surgem sob o solo de nosso magnífico
planeta azul, até que esses seres das estrelas possam voltar a nos guiar numa nova
civilização.
E se um dia Thamataê veio em nosso auxílio, para lembrar aos homens a antiga
Aumbandhã, é agora chegada a hora daqueles que tem compromisso cármico ativo
com a magia, os umbandistas, estudarem, mudarem o paradigma da umbanda
passiva, compreenderem as verdades ocultas, liberando a verdadeira umbanda da
miscigenação com outros cultos e rituais que a ela se enredaram e se tornarem
agentes do entendimento universal, pois a nova missão do Caboclo das 7
Encruzilhadas é trazer, num tempo futuro, todas as pessoas para um culto único e
amorável, sem rótulos, como deveria ter sido desde o princípio.
E em nome do mesmo amor, esses mistérios começam a ser resgatados através
da mediunidade e das mais de vinte obras de Roger Feraudy (várias publicadas, outras já
no prelo e algumas em fase de revisão para atualização), decano orientador da
Fraternidade do Grande Coração – Aumbandhã, que dedicou meio século de sua
existência ao estudo e à pesquisa dos segredos ocultos da umbanda, através da umbanda
de desenvolvimento esotérico e da teosofia, com a assistência das mesmas entidades que
7 auxiliaram o desenvolvimento do planeta e que, um dia, anunciaram o resgate do antigo
culto atlante em terras brasileiras. Salve Pai Roger de Oxalá! Nós, da Fraternidade do
Grande Coração – Aumbandhã o saudamos, agradecidos e em prece pela graça e honra
de ter nos aceito como seus pequenos pupilos, nos dando a oportunidade de replantar
consigo as sementes perdidas da Umbanda Ancestral, mesmo que apenas carregando
humildemente o cesto de onde suas mãos lançam, pródigas, as gotas de sabedoria que
um dia vão alimentar muitas pessoas. Salve a nossa Umbanda!

Resumo da cronologia:
Obs. A maioria desses fatos relativos à história da Umbanda e demais informações, estão
detalhadamente contadas nos livros de Roger Feraudy:
• A Terra das Araras Vermelhas – uma história na Atlântida
• Baratzil – a terra das estrelas – nosso sangue atlante e extra-terrestre
• O Décimo Planeta – a pré-história esíritual da humanidade”(no prelo – com edição
planejada para 2005).

AULA 3
ORIGENS DO HOMEM NA TERRA
Existem muitos esquemas de evolução de vida no universo. A Terra está situada
no 6º esquema evolutivo, de um conjunto de 12. Cinco esquemas já passaram. Cada um
deles com 7 cadeias de globos/mundos/“planetas”. Cada globo/mundo escoa 7 rondas,
com 7 raças-raízes em cada uma delas. Cada raça-raiz escoa 7 sub raças. Atualmente
estamos na 4ª. ronda (há 20 milhões de anos estamos nesta ronda), na 5ª sub raça
da 5ª raça-raiz.
Desde 1950 estamos vivendo uma série de transformações, em função da 6ª sub
raça, pertencente a  5ª raça-raiz que está nascendo. Isto significa que entramos num
período de transição evolutiva que durará em torno de 160 anos. Esta 6ª sub raça já
começará a encarnar na Terra para desenvolver a questão intuitiva na humanidade,
promovendo uma grande revolução no planeta. 
Espíritos retardatários, que não acompanharem este processo, serão conduzidos a
outros planetas com outras vibrações (igual a vibração da Terra hoje). Esse processo
evolutivo vem desde tempos muito remotos. As primeiras raças surgidas na Terra não
tinham corpo físico, mental, emocional. Eram seres etéricos. A terceira raça-raiz surgida na
Terra é que começou a vir com corpo físico. Na quarta raça-raiz o foco da evolução era
desenvolver o corpo emocional. Na quinta raça-raiz, que é a atual raça presente no
planeta hoje, o foco evolutivo é a mente. Isso significa que hoje temos todas as funções
desenvolvidas para dominar o físico, emocional e mental. Ou, dito de outra forma, através
do campo mental, o homem encarnado na Terra hoje tem condições de controlar seu
emocional e seu físico, subindo degraus evolutivos, aos poucos. Cada homem encarnado
hoje,precisa aprender a controlar suas emoções, pelo mental, para se elevar e
acompanhar o plano evolutivo previsto pra a Terra. As raças futuras, a 6ª e 7ª virão com a
função evolutiva de desenvolver o intuitivo e o espiritual na humanidade.
Segundo o plano divino a Terra será habitada ao todo por 7 raças-raízes. Cada
raça tem características peculiares, diferentes tipos de corpos, correspondentes a etapa de
desenvolvimento do planeta. Cada raça-raiz vem pra Terra em determinado momento
cósmico e vem pra cá para conquistar aprendizados exigidos pela Leis Divinas. Cada raça-
raiz é subdivida em 7 sub raças.
É importante não confundir raça-raiz com a ideia de raça que conhecemos hoje.
Raça-raiz não tem a ver com cor de pele, nacionalidade. Diz respeito a características
mais amplas como tipo de corpo que os homens possuem (se formado por matéria mais
etérea ou mais física), estágio de desenvolvimento e domínio dos corpos sutis.
A evolução dos seres se dá através dos tipos de matéria e posteriormente continua
através dos reinos (quando estamos na matéria física). Então os primeiros seres que
surgiram na Terra tinham matéria essência Monádica, depois evoluiram para corpos
formados com matéria essência elemental mental concreta, depois matéria essência
elemental astral e por fim,  matéria física. Neste estágio passaram a seguir sua evolução
através dos diferentes reinos,ou seja, seguiram a evolução através da seguinte ordem:
Reino Mineral, Reino Vegetal, Reino Animal, Reino Hominal. Como se pode entender,
todos já passamos por todos os estados de matéria em nossa evolução e mais facilmente
compreensível é entender que já passamos por todos os reinos de matéria física. Então já
fomos uma pedra ou uma planta, por exemplo? A resposta é sim, mas muito
provavelmente muitos de nós, fizemos essa evolução em cadeias anteriores, há milhões
de anos atrás.
A individualização do indivíduo se fecha na 4a . ronda, o que significa que o ser
que atingiu o estágio de cão, por exemplo, (nível evolutivo mais alto no planeta hoje,
depois do homem), continuará desta forma nas próximas rondas até a próxima cadeia (não
passa mais de um reino evolutivo para outro), quando subirá um nível de evolução. Isto
significa que nosso cachorro, por exemplo, poderá vir a ser um ser humano na próxima
cadeia. Esta é uma das razões pela qual a umbanda é contra o sacrifício de animais e não
pode aceitar esse tipo de atividade em seus rituais. Todo e qualquer culto que faça
sacrifícios de qualquer tipo não é umbanda, pois interfere na evolução de outros reinos.
            Quanto ao ser humano, quando atingir a próxima cadeia, existe a possibilidade de
que 80% da humanidade tenha se libertado e se tornado mestre ou adepto (ou seja, esteja
livre do ciclo de encarnações). E nessa condição poderá optar por continuar sua evolução
entre sete condições diferentes:
a. Se reunir aos Devas, que planejam o trabalho dos espíritos da natureza em
todos os reinos físicos (como, por exemplo, Maria).
b. Se tornar um Nyrmanacaya, que é aquela entidade já liberta de todo e qualquer
carma (poderá eventualmente ter algum resíduo de carma – nesse caso é um Jivamuptica,
isto é, um protetor).
c. Se ligar aos Logos, que planejam as cadeias de evolução.
d. Ajudar a preparar as próximas cadeias e atuar em outros esquemas (como
aconteceu, por exemplo, com os venusianos em relação à Terra – no livro “Baratzil” Roger
Feraudy explica em detalhes essa história).
e. Ser um oficial da Grande Fraternidade Branca, caso seja aceito pelo Senhor do
Mundo (hoje o divino Sanat Kumara).
f. Atingir o nirvana.
g. Inimaginável.

As raças da Terra e o nosso momento atual

Raças que já passaram pelo planeta, a raça atual e as que estão por vir:
1ª. Raça-raíz: Etérica (a raça das sombras – sem corpo).
            Essa raça foi trazida para a Terra, no hemisfério Norte. Nesta época havia mais
água que terra no planeta. Essa raça surgiu em uma Aurora Boreal. Esse fato deve ter
ocorrido há cerca de 300 milhões de anos atrás. Os pais dessa primeira raça são
conhecidos como seres lunares, pois vieram da Lua.
Homens dessa primeira raça tinham corpos etéricos ou astrais (etérico vem de
éter, substância bem menos densa que o corpo físico). Eram muito altos, assexuados,
desprovidos de inteligência, mente e vontade. Não conheceram a morte, mas dissolveram
gradativamente seus corpos, tendo sido absorvidos pelas formas da segunda raça-raiz.
Isso aconteceu de forma inconsciente.

2ª. Raça-raíz: Sem Corpo (nascidos de si mesmo ou do


ovo).

Essa raça habitou o território onde hoje é a Groelândia, Islândia, parte da Noruega, Suécia
e Sibéria.
Eram mais baixos que a primeira raça e menos etéricos. Já possuíam o germe da
inteligência e eram hermafroditas. Com o tempo começaram a ser ovíparos, colocar ovos.
E depois ovovivíparos (chocavam ovos dentro do próprio corpo).
Essa duas raças eram bem mais espirituais e não tão físicas. Nessa época o planeta
Terra vinha se modificando, ficando mais denso e mais físico também. Começaram a
surgir montanhas, novos continentes e aconteciam muitos dilúvios.

3ª. Raça-raiz: Lemurianos (hermafroditas)

Tinham corpos mais sólidos, eram mais baixos e compactos (mediam cerca de 2
metros). Primeiramente eram hermafroditas,  mas com o passar do tempo separam os
sexos. Foi essa separação que impeliu os homens a buscarem a união através do sexo.
Habitavam um continente que na época  eram formado por 3 blocos de terra.
Chamavam esse continente de Mu, que mais tarde ficou conhecido como Lemúria. Hoje,
fazem parte da antiga Lemúria, a Ilha de Páscoa, Madagascar e Austrália. Se
denomiram Rutas, que significa adoradores do sol.
Vieram para Lemúria seres de outros planetas, que não estavam em níveis de
evolução muito altos. Os terráqueos daquela época acolheram esses seres que nasceram
aqui para que fossem educados com a pureza e harmonia dos seres terráqueos da época.
No entanto, a energia dissonante trazida pelos seres dos outros planetas, não foi
transmutada, como desejado e acabou contaminando os terráqueos.
A partir daí, os terráqueos começaram a usar a energia divina com propósitos
diferentes dos que eram utilizados até então: surgiu o egoísmo, a necessidade de poder,
os sentimentos negativos, o mau uso do pensamento, etc. começando assim, a queda do
homem.
Neste período, o homem entrou em um processo de degradação total,
desequilibrando a Terra também, pois gerou um série de energias malqualificadas. Gerou-
se doença, envelhecimento e morte. Com ela surgiram também a alma, o carma e o
processo de reencarnação.
A Terra passou a irradiar muita energia escura que atraiu seres involuídos de
outras galáxias. Estes seres manipularam as energias de forma errada, usando a magia
negra. Formaram-se assim os Magos Negros.  Estes seres trabalharam contra o Plano
divino de evolução, buscando um poder paralelo baseado na negação da luz espiritual e
na ilusão da separatividade, gerando egoísmo, conflitos, competição, ambição, corrupção,
o mal e a morte.
O objetivo dessas ordens Negras era exercer poder material sobre os homens,
manipulando seus egos, distorcendo informações místicas com objetivo de manter a
ignorância, estimular atividades de lazer que anestasiassem a consciência, progrando
luxuria, abusos mentais, etc, incentivaram principalmente o mau uso do dinheiro/poder e
do sexo para escravizar os homens. O sexo passou a ser usado de modo negativo. A
busca da união com o divino e a realização com o parceiro visto como Deus, foi esquecida
e somente o prazer, a manipulação, o vampirismo e a experimentação desenfreada eram
importantes. Surgiram formas de depravação sexual, doenças de todos os tipos. Os
Magos Negros conseguiram prender a humanidade através dessas duas forças do
dinheiro/poder e do sexo (as mesmas forças que prende os homens ainda hoje ao mundo
material e os distancia da iluminação e da consciência crística).
Como consequência, na Terra, o solo do planeta começou a ficar marrom, os
vegetais começaram a desenvolver espinhos e substâncias tóxicas, surgiram animais,
primeiro no mar, e depois na superfície do planeta (cada vez maiores e mais agressivos).
O homem começou a se alimentar de animais, o clima deixou de ser ameno.
Iniciou-se a reprodução através do sexo, surgiram diferentes nações, com dialetos
diferentes, ocorreram grandes terremotos, erupções vulcânicas, tudo isso fruto do mal
criado pelos homens. Criaram-se escolas de magia negra, o homem tornou-se tão
primitivo que  viveu como um macaco. Houve a colisão do planeta com um cometa. Isso
há 2 e 4 milhões de anos atrás. Ocorreu a extinção de todas as espécies da época,
dinossauros, animais e homens. A Terra passou por uma mudança geológica muito
grande. Mestres interviram. Criou-se o Conselho Cármico.  Dada a situação da Terra, o
Conselho Cármico pensou em desintegrar o planeta e seu povo, para tentar evitar que as
energias densas da Terra contaminassem o resto do sistema solar.
No entato, um Mestre do planeta Vênus, chamado Sanat Kumara, se ofereceu para
vir pra Terra e permanecer no planeta até que um terráqueo tivesse capacidade para
assumir seu lugar. Este seria uma ato de amor e misericórdia pois se tratava de um Mestre
que já havia atingido sua plenitude.
Trinta venusianos se ofereceram então para vir para a Terra, encarnando em
corpos humanos. Estes seres nasceram em famílias que viviam no centro da Terra. Muitos
seres de Vênus e de outros planetas deste e de outros sistemas solares se ofereceram
para encarnar na Terra e auxiliar os homens macacos no seu processo de elevação. A
Terra foi salva e os homens com o fogo de Deus vivo em seus corações, representado
pela Chama Trina, a qual foi colocada nos corações doso homens por Sanat Kumara, 
começaram a progredir. 
Apenas na 5ª sub raça lemuriana chegaram na Lemúria os venusianos (que estão
uma cadeia à frente). Existiam nessa época 3 tipos de procriação: os nascidos do ovo, os
nascidos do suor e a bissexualidade.
...os antigos lemurianos apenas começavam a esboçar um corpo físico, Não
possuíam mente e, portanto, eram dirigidos pelos Devas, não tendo, dessa forma,
autoconsciência, ignorando quase que totalmente o mundo exterior... passava de um
corpo a outro em completo estado de inconsciência. Era como uma vida de sono povoada
de sonhos...
Nas últimas sub raças lemurianas começaram a ter uma mente rudimentar,
começando então, lentamente, a guiar seus próprios destinos.
Os venusianos trouxeram à humanidade insipiente o corpo mental . Isso significa
que anterior a esses tempos, os homens não tinham consciência de suas próprias
individualidades; como o cão de hoje. Que só tem consciência de sua raça. Nasciam,
morriam e tornavam a nascer sem consciência do que lhes acontecia.
Dessa grande transformação que foi o advento do mental, vêm lendas ancestrais,
como, por exemplo, a de Adão e Eva e a expulsão do paraíso das felicidades eternas e
inconscientes.

4ª. Raça raiz: Atlantes.


Esta raça foi a primeira a ser composta por diferentes etnias. A formação desta
raça começou há 10 milhões de anos atrás e se estendeu até 10 mil anos a.C. Envolvia
inicialmente a região onde hoje fica a Islândia Texas, Golfo do México, estados da
América, Brasil e costa da África.
Aquele contato permanente com os mundos supra-físicos foi diminuindo
progressivamente, até se perder quase que completamente nos meados da raça Atlante.
O homem foi se afundando na matéria.
...Usando esses poderes latentes, indevidamente, em benefício próprio, caíram
irremediavelmente na magia negra que, mais tarde, por efeito de carma, destruiu
totalmente a quarta raça.
Nessa época surgiram os magos brancos, saídos das Academias Iniciáticas,
justamente para combater a magia negra, nascendo então o culto popular, a umbanda. A
primitiva Aumpram!
A mediunidade dos homens apareceu nessa época, por efeito já do carma. Os
homens haviam começado a usar os seus poderes remanescentes de contato com os
mundos invisíveis em proveito próprio e muitos se tornaram magos das sombras.
...perdida a sua faculdade natural de comunicação, tiveram que lançar mão desse
recurso – a mediunidade – para reforçar suas práticas de magia.
Os magos negros foram seres egressos da terceira raça raiz, da cadeia lunar
(lembramos que assim como a Lua é nosso satélite hoje, vindo de outra cadeia, a Terra
será satélite na próxima cadeia). Os magos negros também eram os Morgs.
Por orgulho negaram-se a cumprir a ordem do Logos (Deus), que era povoar a
Terra, em função dos corpos horríveis do lemurianos.
Muito depois, quando obrigados a reencarnar na Atlântida, revoltados, pelas duras
penas que teriam pela frente, se tornaram magos negros (os senhores da face tenebrosa).
            A primeira sub raça atlantes se miscigenou com os membros da sexta e sétima sub
raças lemurianas e eram governados por Mestres Divinos. A segunda sub raça atlantes
era governada por reis criados pelo povo e espalhou-se por todo o continente. Há quem
diga que os índios da América do Sul são desta raça.
A terceira sub raça atlante foi a que mais se destacou, governando a Atlântida por
milhares de anos. Durante este período um grupo de Servidores veio de Sirius, Órion e
outras constelações para auxiliar a Terra, pois magos negros começavam a dominação e o
povo Tolteca (3ª sub raça atlante) sucumbia. Ao  longo desta civilização, a Atlântida
desenvolvia-se e decaía. O que aconteceu inúmeras vezes. Começaram as grandes
migrações da Atlântida. Iniciou-se também a magia negra em Atlântida.
Foram enviados 25 discípulos de Vênus, entre eles Thamataê, futuro Caboclo
das 7 encruzilhadas e kalami, seu irmão gêmeo, que, no futuro, comandaria o
trabalho dos Agentes Mágicos ou Exus. Vieram com a missão de fundar os
primeiros Templos de Luz na parte que restou do continuente Lemuriano (hoje
África).
            Após, para colonizar e iniciar o processo de resgate chegaram outras levas de
migrações espirituais, vindas de Capelinos, Pleiades, Órion, Sirius. Chegam na grande
Atlântida que ocupava quase todo o Oceano Atlântico, África e América do Sul, que eram
unidas. Ergs também reencarnam no planeta.
            Surge o movimento da AUMPRAM, ritual fechado nos templos da luz de Atlântida,
nas academias iniciáticas. Surgem os MAGROS BRANCOS, saídos desses templos
iniciáticos, para combater a magia negra, usando também a mediunidade dos homens.
Três tipos de entidades se manifestavam na Aumpram: ENCANTADOS(não
reencarnantes na Terra), NYRMANAKAYAS (livvertos ou quase libertos do carma) e
os INICIADOS (sem resíduos de carma). Se aprensentavam como INSTRUTORES,
ANCIÃOS E PUROS. É traçado o 1º TRIâNGULO FLUÍDICO MAGNÉTICO, DA FORMA
DE MANIFESTAÇÃO DA UMBANDA SOBRE O CÉU DE ATLÂNTIDA. SE INICIA
A AUMBANDHÃ. ATRAVÉS DOS TEMPLOS DA LUZ DE ATLÂNTIDA.
            Vários cataclismas acontecem. Afunda parte da Atlântida. A 3ª sub raça atlante
migra para o lesta da América do sul, onde fundam grandes civilizações. Migram também
para o Mediterrâneo onde fundam a Caldéia.
            Desaparece a cidade OPHIR, DO GRANDE IMPÉRICO PAITITI, NO NORTE DA
AMÉRICA DO SUL. E surge a cidade de IBEZ, centro de grande civilização situado onde
hoje fica a cidade de Brra do Garço, em Mato Grosso. Thamataê, permaneceu 3.500
anos entre essas duas cidades, Ophir e Ibez.  Uma outra cidade importante chamada
ITAOCA, criada por Kalami, situada onde hoje é o estado do Piaui, cai pelas mãos da
magia negra. O trajeto das civilizações naquela época, bem como essas cidades
relatadas estão na ordem direta das manifestações das entidades que hoje cuidam
da umbanda e do planeta.
             

5ª. Raça-raiz: Ariana (a nossa)

A quinta raça-raiz surgiu na Terra há cerca de 60 mil anos a.C. É conhecida como
a raça ariana.  Esta raça sabia ler e escrever.
A função evolutiva dessa raça é acumular aprendizados, aprendendo a ter o
máximo de comando das energias: físicas, emocional, mental (e é através desta última, da
energia mental, que poderemos nos elevar, saindo dos padrões emocionais e físicos
densos.

6a. Raça-raiz: ainda por vir - a próxima (seres com arquétipos / corpo causal
azuis).
            A 6ª raça-raiz começará a entrar na Terra para desenvolver a questão intuitiva,
para promover grande revolução na Terra. Irá habitar inicialmente o continente norte-
americano.  Os processos de transição planetária e de transformação que já estamos
passando agora, vão finalizar com a 6ª raça-raiz. Os seres retardatários, que não
acompanharem este processo evolutiva serão realocados em outros planetas. Este
processo já começou.
            Esta raça está sendo criada sob a regência dos Deuses Meru.

7a. Raça-raiz: ainda por vir - a última raça (seres com arquétipos dourados).
Na 7º sub raça (sempre a mais curta) haverá procriação pela mente consciente
(kriashakti).O SNC (sistema nervoso central) se unirá ao SNS (sistema nervoso simpático).
Esta raça não nascerá enquanto todo processo de transição não estiver concluído.
Muitos territórios tem carmas criados pelas raças encarnantes neles. No caso do Brasil,
por exemplo, a escravidão e a ditadura deixaram profundas marcas cármicas. 
A frequência energética do planeta terá que ser totalmente outra para possibilitar a
vinda dos seres desta raça. O berço inicial desta raça será a América do Sul, muitos em
solo brasileiro. Também poderá surgir um novo território. Especula-se que esta 7ª raça
recriará o paraíso. Trarão o que se chama de Idade de Ouro para o planeta, um período de
perfeição, em que o homem terá novamente a sua consciência sintonizada com a
Consciência Divina e sustentará harmonia, amor, união e paz sobre a Terra. O planeta
caminhará então para a unificação: social, política, religiosa, econômica, de consciências e
de corações, e, assim, a NOVA ERA será definitivamente instaurada.

Sugestões de leitura para aprofundar esses conhecimentos:


1.             O homem, sua origem, história e destino de Werner Schroeder
2.             Terra das Araras Vemelhas – R. Feraudy – Ed. Conhecimento
3.             Os Iroqueses – Marilea de Castro – no prelo – Ed. Conhecimento
4.             Terra dos Ay-Mhorés – a saga dos últimos atlantes nas Terras do Sul - M.Teodora
Guimarães – no prelo

A razão de colocarmos esse assunto neste curso de umbanda é motivar os


umbandistas a pensarem em sua individualidade, enquanto espírito imortal,
deixando de ser tão egoistas e imediatistas. Se considerarmos, por exemplo, que
costumamos pensar na humanidade vinda apenas dos tempos do advento do cristianismo,
há dois mil anos, ou quando muito dos tempos finais da antiga civilização egípcia, há
quatro ou cinco mil anos, já teríamos motivos de sobra de nos tornarmos pessoas
melhores, mais brandos e resignados. Não teria sido por falta de oportunidades
reencarnatórias que não melhoraríamos enquanto pessoas, fator fundamental para nós
umbandistas, nos tornarmos merecedores de ter contato com as entidades superiores do
astral.
Quando pensamos então em milhões de anos, a nossa obrigação aumenta
muito, pois continuamos a fazer questão de tudo, de forma ranzinza, a querer fazer
nossas opiniões prevalecerem, como se tivéssemos nascido ontem. Nos irritamos
quando contrariados, fazendo nossa faixa vibratória cair de ondas curtas (onde
normalmente deveríamos vibrar o tempo todo), para ondas médias, onde vibram nossos
desafetos do passado, que, naturalmente, estão sempre dispostos a nos prejudicar (quer
dando intuições negativas, quer manipulando nosso ectoplasma).
Temos que voltar a perceber que começa a ser, no mínimo, ridícula, nossa
tendência a querer que tudo seja do nosso jeito, além de querermos sempre dar a
última palavra em tudo ou nos acharmos os donos das verdades. Queremos não só
tudo do nosso jeito, mas também tudo para ontem, como se o mundo fosse acabar
amanhã e não fossemos seres universais ligados a enormes correntes de evolução.
Precisamos nos perceber também como responsáveis pelo nossa própria
evolução. E, assim, a partir da transformação interna, entender que vamos contribuir para
a evolução de toda a humanidade e também do próprio planeta Terra. Dessa forma
estaremos conectados como o plano evolutiva da Terra. Se somos responsáveis, então,
precisamos questionar quando ficamos esperando que as entidades modifiquem nosso
carma.
 Carma não é algo para ser modificado pelos outros (o que inclui as entidades
espirituais). Carma é aquela oportunidade que estamos tendo de resgatar nosso passado
através do aprendizado, que muitas vezes vem com o aborrecimento e com a dor (o que
significa, literalmente, a eliminação dos nossos defeitos). E muitas vezes nossas dores não
são nem mesmo fruto de nosso carma e sim de nossa teimosia, em não querer aceitar
muitas coisas como são. Temos pouca capacidade de ver a vida com brandura e
resignação.
No entanto, se alguma entidade amiga se dispor a afastar de nós nossos
problemas ou nossos desafetos, presentes ou passados, sem que estejamos num
processo real de modificação interior (o que os kardecistas chamam, sabiamente, de
reforma íntima), estará fazendo magia. Portanto, desconfie da luz dessa entidade. O
problema é que gostamos de acreditar que aquilo que nos faz bem é o correto. O mesmo
se dá com médiuns desavisados que acham que podem fazer isso pelas pessoas.
É preciso que os consulentes e os médiuns sejam evangelizados, estudem, pois
via de regra, o que acontece nas casas umbandistas, é o retorno eterno daquele
consulente que nada consegue, ou o oposto, aparece a vaidade no médium que acha que
pode tudo com sua magia autoritária, quando na verdade só está modificando os
acontecimentos temporariamente, pois os desígnios divinos para cada indivíduo
se restabelecem, naturalmente, mais cedo ou mais tarde. Ninguém deixará de passar o
que precisa se não aprender.
Além do mais, através dessa magia, que é negra, esteja ela baseada em boas
intenções ou não, o médium estará ganhando um carma para si, pois estará interferindo no
livre arbítrio do outro.
O médium precisa estudar para, então, irradiado por entidades sábias, captar
melhor o que lhe é passado; precisa saber discernir entre uma mensagem que vem da luz
e outra que vem das sombras ou apenas de um dos muitos espíritos transeuntes que dão
comunicação na umbanda sem estarem ligados a nenhuma linha dos orixás, bem
intencionado, mas desinformado, assumir o papel de professor de seu consulente.
Nas lides umbandistas se acostumaram as pessoas a listas de pedidos
descabidos, tanto os que os fazem, quanto os que se dispõem a resolvê-los.
Fiquemos pois mais atentos. Vamos nós, umbandistas, parar de brincarmos de
Deus e tentarmos compreender melhor os caminhos para chegar a ele, levando conosco
os que nos procuram, com mais humildade.
Além de nos percebermos apenas como um grão de areia nessa imensidão
evolutiva do planeta, precisamos perceber que o futuro também está em nossas mãos.
Este é um momento de grande preparação para cada pessoa. O joio e o trigo já
começaram a ser separados. Em todas as dimensões do planeta.
Será resgatado e seguirá o plano evolutivo da Terra aquele que se entregar ao seu
Cristo Interno e a Vontade de Deus. O homem que trilhar o caminho da luz e se esforçar
para vencer a natureza humana mundana, internamente, vencendo sua própria
personalidade, seu próprio ego, seus apegos a natureza inferior é forte candidato ao
resgate.
Esse resgate será de dentro para fora, ATRAVÉS DOS PENSAMENTOS,
PALAVRAS, SENTIMENTOS E ATITUDES DE LUZ E AMOR. NÃO IMPORTARÁ O
LUGAR ONDE A PESSOA ESTIVER, NEM SUAS CONDIÇÕES EXTERNAS. A ÚNICA
GARANTIA DE LIBERTAÇÃO E EVOLUÇÃO É MANIFESTAR A ENERGIA CRÍSTICA NO
CORAÇÃO.
A tarefa evolutiva é INDIVIDUAL. Precisa ser realizada por cada um, com vontade,
dedicação, desenvolvendo o desapego das posses materiais e dos laços emocionais
negativos.
Este capítulo foi escrito com base no material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos
dos Mestres da Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias Jr., no
livro Eu sou eternamente livre.

[1] A história desse planeta, de nome Morg, que ocupava o mesmo espaço, de um outro planeta
chamado Erg, numa outra dimensão, está intimamente ligada ao nosso planeta. Da mesma forma que
espíritos venusianos trouxeram às primeiras raças terráqueas o mental, os ergs levaram aos venusianos
o desenvolvimento de suas raças. Os morgs tinham seu planeta em vias de desaparecimento e tentaram
então se apossar do mental dos ergs para promover uma invasão. Desta luta resultou a fuga dos ergs
para o planeta Vênus e uma explosão nuclear que destruiu ambos os planetas: Erg e Morg. Com o passar
do tempo os morgs se viram exilados no astral da Terra e começaram mais tarde a reencarnar na
Atlântida, com muitos se transformando em magos negros. Essa história está contada em detalhes no
livro “O 10° Planeta” – de Roger Feraudy, no prelo pela Ed. do Conhecimento.
Os fatos relativos a esses planetas, ocorridos a milhões de anos passados, foram trazidos a Roger
Feraudy, orientador da FGC (Fraternidade do Grande Coração), pelo então imperador de Erg, venerável
espírito luminoso de nome Hylion, habitante hoje de planeta no centro da galáxia, Colope. Do planeta Erg
resta hoje um cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, bastante conhecidos dos astrônomos, que com
o tempo se reunirá para formar o planeta para onde esta civilização terráquea se transferirá na próxima
cadeia, como seu único planeta de características físicas, como a Terra
[2] Triangulo fluídico é o triangulo vibratório da forma, aquele que representa a síntese do movimento da
umbanda: cada um de seus lados representa uma das formas de manifestação das entidades, isto é, os
hoje caboclos, pretos velhos e crianças.
[3] A história de Ibez, Itaoca e Paititi está contada no livro “Baratzil” - de Roger Feraudy

[4] Essa profecia está relatada no livro o “10° Planeta – a pré-história espiritual da humanidade” – de
Roger Feraudy – no prelo

AULA 4
A HIERARQUIA CÓSMICA
Nesta aula procuraremos mostrar, de forma resumida, a hierarquia cósmica em
nosso planeta dos seres que colaboram na umbanda ancestral.  
Vale ressaltar que existem vários outros Mestres conhecidos em cada Raio, porém destacamos
aqui aqueles que ocupam o cargo de Cohan/Dirigente atual.
CARGOS HIERÁRQUICOS DA GRANDE
FRATERNIDADE BRANCA
(Explicação do gráfico da página 25)
Chefe da Hierarquia Divina é O SENHOR DO MUNDO. Seu trabalho consiste
em chefiar a hierarquia espiritual como a mais alta autoridade em todos os assuntos
de natureza transcendente, recebe as energias irradiadas pelo Cérebro de Deus e as
transmite generosamente para os instrutores do mundo e os senhores do karma. Até
1956, por milhões de anos, este cargo foi ocupado por: SANAT KUMARA, (Mestre
vindo do planeta Vênus, mencionado nas aulas anteriores). Então, em 31 de
dezembro de 1956, vários outros da hierarquia celeste subiram de posto, o
atual SENHOR DO MUNDO é o Príncipe GAUTAMA, que foi o BUDA por centenas de
anos.
BUDA DA EVOLUÇÃO: Responsável pela manutenção da chama divina em
cada coração humano, cargo ocupado, hoje por SENHOR MAITREYA, que foi o
instrutor do mundo, ou cristo cósmico até 1956, assumiu o lugar do Príncipe Gautama,
sendo então atualmente o Buda. Seu trabalho consiste em irradiar e manter o amor
divino na alma humana, enquanto ela estiver encarnada, período em que precisa de
desenvolvimento e amadurecimento. OBUDA transmite ao planeta Terra as vibrações
e fundamentos essenciais do reino de Deus às almas humanas, para que estas não se
sintam desamparadas e sem apoio das forças celestes. O senhor MAITREYA, foi
instrutor dos mestres Kuthumi e Jesus, antes destes assumirem o cargo.
INSTRUTOR DO MUNDO ou CRISTO CÓSMICO, atualmente ( desde 1956)
são: o Mestre KUTHUMI,Mestre JESUS e Mestre LANTO. O trabalho de Instrutor do
mundo consiste em erguer os seres da Terra aos raios do Buda através do
desenvolvimento de suas consciências. Esta elevação impulsionará a evolução
planetária. O instrutor do mundo é quem arquiteta e orienta as religiões e o uso da
energia divina por um período de aproximadamente 14 mil anos.
MAHA CHOHAN (GRANDE DIRETOR), cargo ocupado por Paulo Veneziano,
representa o Espírito Santo para o planeta Terra.
MANÚ são os seres responsáveis pela evolução da raça na Terra, orientam a
encarnação das raças-raízes, são eles: Vaisvata, Meru,  Senhor Sainthru e Senhora
Mercedes.
Depois,  na hierarquia cósmica, temos na ordem sucessiva:
         CHOHANS (DIRETORES) DOS SETE RAIOS - com as atividades que citamos na
tabela, anteriormente, e, então,  servindo a eles, em seus respectivos Raios temos:
  GRANDES ARCANJOS (em número de 7)
  GRANDES ELOHIM (em número de 7) -  todos formam os autênticos arquitetos da
Terra
Obs.: estes cargos não são definitivos, podendo haver alterações.

 
Compreendendo melhor a Fraternidade Branca
A Fraternidade Branca é um Conselho de Mestres, que representa o Divino,
este Conselho foi divulgado ao mundo físico por volta de 1875, através do Movimento
Teosófico por intermédio de Elena Petrova Blasvastsky.
Os Mestres da Fraternidade Branca, são chamados também de Mestres
Ascensos, são entidades incorpóreas, ou seja, formas de energia do mundo espiritual;
que juntamente com anjos, os arcanjos, os lideres espirituais e outros, pertencem em
parte ao mundo invisível, que sustenta nossa vida.
Muitos dos mestres ascensos percorreram como nós, o caminho evolutivo na
Terra, (alguns são extraplánetarios) e tendo superado a dualidade durante sua vida
terrena alcançaram a unidade, no fim de suas vidas foram mestres iluminados alguns
deles conhecidos até hoje: ex. Lao Tsé, Kwan Yin e Cristo.
Por terem percorrido o caminho terreno os mestres conhecem muito bem o tipo
de dificuldade com que lidamos, conhecem nossos medos, as dúvidas a as decepções
que continuam a nos afligir.
Do grupo de mestres ascensos, nem todos encarnaram, mas escolheram como
missão ajudar os seres humanos no seu processo de evolução.
O objetivo dos mestres não é apenas que possamos mostrar nosso verdadeiro
ser, mas também que possamos, no “dia - a dia”, “vencer o cotidiano”, ou seja, manter
a quietude, o equilíbrio e a unidade, num mundo material, agitado, perseguido pelo
mal, pelo barulho, entre as tensões e a luta por sobrevivência.
O objetivo é permanecer equilibrado, também nessas situações, agindo
igualmente de forma calma, descontraída e clara, trata-se de aproveitar todo o nosso
potencial, desenvolver nossa intuição, seguir a sabedoria interior, aceitar nosso lado
sombrio e integrar tudo isso, esta é a lição que os mestres querem nos ensinar.
Em maio de 1954 começou a Era da Liberdade, que se estenderá por 2000
anos, sob a supervisão do Bem Amado Mestre Saint Germain, os 2000 anos passados
estiveram sob o comando do Bem Amado Mestre Jesus, que passou a humanidade o
conhecimento espiritual apoiado no amor divino.
A grande promessa de Saint Germain é trazer a liberdade para todas as
criaturas humanas, inumanas, elementais e anjos prisioneiros, promessa que esta
promovendo uma extraordinária mudança na maneira de pensar e sentir e na vida
planetária em geral trabalhando com ele, existem Legiões de Luz unidas em torno da
mesma causa e operando com o máximo de amor e dedicação.
Os Mestres Ancensionados e as legiões angélicas atuam também como
amorosos intermediários entre o Divino e os Homens, pois apesar de termos acesso
direto com o pai, nossas orações não conseguem se elevar as esferas superiores,
quando oramos a Deus, nossos apelos, são ouvidos e respondidos pelos mestres e
pelos anjos, que são todos mensageiros. Reforçam a energia contida na prece dos
homens com suas próprias energias para que as orações possam voltar em forma de
ajuda àqueles que oram. Entretanto, os mestres só podem interceder pela
humanidade se houver um pedido explícito e que tenha a consciência clara de que
devemos trabalhar pela nossa liberdade e seremos merecedores dos benefícios que
os mestres e anjos nos concedem.
A cada ser humano é concedido o livre arbítrio, faculdade que, além de pessoal
e intransferível, intocável e incapaz de sofrer qualquer modificação a não ser pela
disposição espontânea e voluntária do próprio detentor, ou seja, o ser humano através
do livre arbítrio, decide como quer viver, ser e estar, felicidade, saúde, bem–estar a
realização pessoal não são empreendimento que dependam de mais alguém que não
o homem e sua vontade, o homem e seu livre arbítrio ou livre escolha, portanto não
podemos e não devemos responsabilizar ninguém, alem de nos mesmos, por todas as
nossas realizações ,sejam elas positivas ou negativas.
Compreendendo a LEI de CAUSA e EFEITO, agiremos melhor e mais
acertadamente, usaremos melhor nosso livre arbítrio e usando a ferramenta do amor
divino, rumaremos à perfeição, onde existe a liberdade e salvação dos erros
cometidos no passado.
Cada um de nós possui dentro de si uma personalidade salvadora que
manejada pelo livre arbítrio resgata o homem de suas dores e sofrimentos, habilitando
sua elevação acima das barreiras criadas pelo próprio homem por decisão de sua livre
vontade. Toda via, apesar de ter o homem, de executar seu próprio resgate, apesar de
ser o dono e responsável direto por sua salvação (uma vez que ninguém salva a
ninguém, mas cada um pode salvar a si mesmo), podemos ser grandemente
auxiliados pelos mestres, anjos e seres da luz.
Muitos mestres têm encarnado nas diversas eras do mundo como mensageiros
ou enviados de Deus, trabalhando para que cada ser atinja e realize seu plano divino,
assim: Moisés ainda reverenciado pelos judeus, o profeta Maomé, mestres dos
maometanos, Sidarta Gautama, o Buda e Jesus, o Cristo são alguns destes
mensageiros, que caminharam neste planeta e ainda hoje continuam suas missões de
amor e misericórdia pela humanidade.
Quando apelamos a Deus, sempre somos ouvidos, não há prece sem resposta,
desde que o pedido seja procedente.
Juntamente com os Mestres Ascencionados, trabalham pelo bem da
Terra e para o despertar espiritual do homem, e fazem parteda da Grande
Fraternidade Branca, arcanjos e elohim. Os arcanjos evoluíram na linhagem
angélica e os elohim evoluíram dos devas. Os arcanjos são seres de luz
conhecidos como mensageiros de Deus. Circulam pela Terra e pelo universo,
irradiando as Virtudes Divinas (como o Amor, a Cura, a Luz, a Misericórida, a
Fé, etc). Seus corpos são formados das próprias energias que eles irradiam.
Os arcanjos são os Anjos que atingiram um desenvolvimento bem maior e são
parecidos com os Metres, em relação ao nível de perfeição. Elohim são seres
de luz responsáveis pela construção das formas que existem em todo o
universo, como as galáxias, as estrelas, os planetas, por exemplo. São eles
que recebem as ideias que Deus tem, por assim dizer, e trabalham para que
elas sejam criadas. Eles também construíram a Terra e nela existem várias
elementais que estão evoluindo e que também constroem formas como as
montanhas, bosques, mares, etc. Estes se chamam Devas e vão evoluir até um
dia tornarem-se Elohim.
Cada Mestre, Arcanjo e Elohim tem aptidões específicas e expressam
determinadas virtudes divinas, potencializando-as e distribuindo-as sobre a
Terra e a humanidade. Atuam no mundo dos pensamentos e estão a serviço
das diferentes Chamas.
Cada mestre trabalha associado a uma “potência” espiritual, ligado a
uma determinada “Chama”, também conhecida como “Raio”, este “Raio” ou
“Chama”, se manifesta na matéria com uma cor e força específica. Os Mestres
e Seres de Luz estão organizados ao todo  em 7 Raios. 
Os Raios são energias que fluem de Deus para todo o universo. Estas
energias se manifestam sob a forma de qualidades como a Fé, o Amor, a
Criatividade, entre outras. Todos os homens recebem e precisam desenvolver
essas virtudes e, assim, se aproximarem novamente de Deus.
Todos os Raios estão associados a cores para que os homens possam
imaginá-los e também para usar essas cores ao seu redor.
Os três primeiros Raios formam a Chama Trina. No coração de todos os
homens essas três energias divinas estão pulsando como sementinhas que
estão ali para crescer e se expandir. Essa Chama representa a vontade de
Deus, (chama azul), o Amor-sabedoria e a Luz Divina (chama dourada) e a
Inteligência Criativa Divina (chama rosa) que precisam ser estimuladas e
dsenvolvidas. Cada vez que você sente e expande essas qualidades, está
fazendo sua Chama Trina aumentar e quanto mais ela aumenta, mais você se
transforma nessas qualidades. Ela também é conhecida como os três Raios
Divinos que Deus colocou em cada homem. A manifestação plena da Chama
Trina é a essência divina em nós, ou seja, o Cristo Interno.
No Raios de Luz trabalhamos com a frequência dos Mestres da
Fraternidade Branca. Entendemos que não há uma correlação direta entre
Mestres ascensos e Orixás da Umbanda. Sendo assim, os mestres não
“equivalem” a nenhum Orixá. São frequências paralelas, diferentes, todas
voltadas para o bem do planeta e da humanidade.
No sincretismo já estudado no Curso Básico de Umbanda, vimos
que relacionam Jesus à Oxalá. Porém, entendemos que não são a mesma
coisa. O Orixá Oxalá é um e, Jesus Cristo, outro. Tal sincretismo foi
realizado pela similaridade do atributo de fé, relacionados a ambos,
entretanto, não são a mesma coisa.
A Divindade Suprema mostrada na imagem da página 26 (LOGOS
CÓSMICO) equivale a OLURUM. OS LOGOS SOLARES  equivalem às
SETE VIBRAÇÕES ORIGINAIS que auxiliaram a criação do mundo. Os 
LOGOS PLANETÁRIOS equivalem aos SETE ORIXÁS MAIORES DA
UMBANDA. as subdivisões sequentes da hierarquia da umbanda segue
uma organzição paralela, conforme já estudamos no Curso Básico.

Este capítulo foi escrito com base no material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos
dos Mestres da Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias Jr., no
livro Eu sou eternamente livre; e do Manual do Raios de Luz.
AULA 5
MEDIUNIDADE - PROCESSO ANÍMICO
CONTEÚDOS DA AULA: recaptular conceito de mediunidade; processo anímico

 MEDIUNIDADE

Definição: Médium é o intermediário entre os mundos (ponte entre os planos dos


encarnados e desencarnados).

Tela búdica: Tela búdica é uma capa de átomos sub atômicos (mais sutis que os
atômicos, pois não estão no corpo físico) entre o duplo etérico e o corpo astral que serve
como uma proteção, impedindo a livre comunicação consciente entre o plano físico e o
astral. Isto é, impede a comunicação direta com o plano espiritual. Essa tela pode se
romper em situações extremas (ira, intoxicação alcoólica, uso de drogas, chás
alucinógenos, etc). 

Na época da 4a . raça-raiz, na Atlântida, todos os homens tinham suas telas


búdicas muito abertas e permeáveis, o que significa, em palavras simples, que se
comunicavam com o plano espiritual de forma permanente. E muitos fizeram mal uso
disso, desviando-se para a magia negra e ganhando um carma.
Com o advento da magia negra, os magos brancos começaram a usar as
mediunidades dos homens para combatê-la, surgindo as primeiras incorporações.
Portanto, médium é todo aquele que possui rombos na tela búdica por efeito de carma
acumulado em vidas passadas.
Todo médium de umbanda exerceu a magia no passado. DESTA FORMA,  COMO
JÁ EXPLICAMOS NA APOSTILA DO CURSO BÁSICO DE UMBANDA, MEDIUNIDADE
NÃO É UM DOM E SIM UMA PROVAÇÃO CÁRMICA!
Quanto mais exuberante é a mediunidade de alguém, mais carma ele carrega do
passado (e mais rombos tem na tela búdica). Portanto as referências que fazemos do tipo:
Ele é um grande médium! - são, no mínimo, uma bobagem, pois não existem grandes
médiuns e sim grandes devedores. O que existem são incansáveis trabalhadores na seara
divina, que compreendem serem meros intermediários com o plano astral em prol da
caridade desinteressada, desenvolvendo seu trabalho de forma silenciosa, humilde e
operosa, iniciando assim o resgate dos débitos do passado.

Para saber mais sobre os tipos de mediunidade, ver apostila do Curso Básico de
Umbanda, disponível em: http://raiosdeluz-aruanda.blogspot.com.br/p/curso-de-introducao-
umbanda.html

 
 PROCESSO ANÍMICO
            O fenômeno anímico diz respeito a intervenção da própria
personalidade do médim nas comunicações dos espíritos desencarnados,
quando ele usa nelas algo de si mesmo. Assim, pela persfectiva do espiritismo,
afirma-se que determinada comunicação mediúnica foi “puro animismo” quando
a alma do médium interveio com exclusividade, tendo ele manifestado apenas
os seus próprios conhecimentos e conceitos pessoais, embora depois os
rotulasse com o nome de algum espírito desencarnado.
Às vezes, essa interferência anímica inconsciente é tão sutil que o
médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando
é o espírito comunicante que transmite suas ideias pelo contato perispiritual.
Do ponto de vista do espírito Ramatis[1], a comunicação gerada de
forma anímica pelo médium não precisa ser desprezada. Na compreensão
desse espírito, a comunicação anímica expressa a interpretação pessoal do
médium, mas conserva a ideia central e autêntica daquilo que os espíritos
desencarnados lhes incutiram na alma.
            No entanto, se o médium interpreta a mensagem do desencarnado e a
transmite com má intenção, alterando o conteúdo da mensangem, com o intuito
de enganar os que o ouvem, não se trata de animismo e sim de mistificação.
E, nesse caso, torna-se algo negativo.
            Quando, um médium transmite animicamente fatos morbidos de sua
infância, cenas trágicas vividas em outras vidas, ou mesmo aspectos do seu
temperamento psicológico, suas aflições, alegrias, derrotas, cenas dolorosas,
fatos trágicos ou detestáveis, então, trata-se de um médium desajustado,
doente, que necessita de amparo e orientação espiritual.
Médiuns que são muito sugestionáveis na vida profana, a ponto de
estigmatizar com facilidade sua mente indisciplinada correm o risco de se
tornarem vulneráveis a espíritos levianos ou maquiavélicos que tudo fazem
para ridicularizar o trabalho mediúnico. Tornam-se também, reféns de sua
própria imaginação exagerada e passam a trabalhar desgovernada e
desiquilibradamente.
Há ainda, aqueles que tentam o transe mediúnico sem possuir a
sensibilidade exigida para o mesmo. Nestes casos, a pessoa irá comunicar
apenas o que emerge do seu próprio subconsciente.
            Segundo Ramatis, nem todos os médiuns abusam do animismo com
intenções condenáveis ou para fins vaidosos. Assim, não aconselha a
desistência do desenvolvimento mediúnico só porque a interferência do
médium perturba a transparência cristalina das comunicações dos espíritos
desencarnados.
            Ramatis explica que as entidades dependem da vontade e da diretrizes
intelectuais e emotivas do seu médium intérprete encarnado. Ou seja o médium
utiliza suas próprias palavras e sua bagagem mental para transmitir a
mensagem do espírito desencarnado. Os médiuns são considerados então
intérpretes do pensamento alheio e por isso influem com seu temperamento,
engenho e cultura nas mensagens que traduzem. Mas só o médium com
propósitos condenáveis é que poderia ter remorso de sua interferência anímica,
pois nesse caso estaria burlando a mensagem do desencarnado. Não é
passível de censura aquele que impregna as mensagens dos espíritos com
forte dose de sua personalidade, mas o faz sem poder dominar o fenômeno ou
mesmo distingui-lo da realidade mediúnica. É tão sutil a linha divisória entre o
mundo espiritual e a matéria, que a maioria dos médiuns conscientes
dificilmente logra perceber quando predomina o pensamento do desencarnado
ou quando se trata  de sua própria interferência anímica. Só depois de alguns
anos de trabalho assíduo na seara mediúnica, estudos profícuos, afinada
sensibilidade mediúnica, muita capacidade de auto-crítica e introspecção é que
o médium logra dominar e distinguir com êxito o fenômeno anímico.
            Ramatis não aconselha que se procure eliminar deliberadamente o
fenômeno anímico na comunicação com as entidades, uma vez que isso
tornaria ainda mais difícil o desenvolvimento mediúnico e as comunicações
doutrinárias aos próprios médiuns, pois, os guias não desejam que os médiuns
sejam autômatos mediúnicos, ou seja, cavalos de orixá, como se diz na
umbanda, espécie de robôs acionáveis à distância, comandados pelos
desencarnados. A mediunidade é um meio de os encarnados e desencarnados
atingirem objetivos mais elevados, por isso, o médium não pode dispensar o
estudo, a educação, o afinamento e aprimoramento moral, a cultura do seu
próprio intérprete e também seu despertamento espiritual.
            Para os guias, importa mais o progresso intelectual, o desenvolvimento
evangélico do seu médium, do que um resultado brilhante de sua manifestação
mediúnica. Muitas vezes o guia espera para fazer revelações do Além, para
que o seu médium, que em geral fica ansioso por se destacar pessoalmente,
procure em primeiro lugar desenvolver sua modéstia como alguém
evangelizado. O médium deverá acima de tudo aprender primeiro a caminhar
por seus próprios pés, em relação ao entendimento e a compreensão da vida
imortal e procurar ser útil ao próximo.
            Segundo Ramatis, os guias preferem médiuns disponíveis ao serviço
cristão incondicional, aliado ao estudo sincero da espiritualidade. Se satisfazem
com a

“revelação da ternura, a prática da benevolência e da tolerância, a cultura da honestidade e a


manifestação da humildade, pois, malgrado sejam mesmo anímicos para as mensagens dos
desencarnados, serão os mais louváveis intérpretes”. (MAES, psicografando Ramatis, 2006,
p.164)

            Para Ramatis, de nada adianta um médium inconsciente, por exemplo,


que transmite as mensagens dos desencarnados com fidelidade, porém, que
em sua vida diária se volte para a prática de vícios degradantes, que não
estuda, não se aprimora moralmente, ficando estagnado em sua evolução
espiritual.
            Um guia se sentirá melhor afinado com seu médium se o médium tiver
recursos mentais que facilitem a sua comunicação. Quando o médium e o
espírito comunicante estão afinados pelos mesmos laços intelectuais, morais,
ou mesmo quando compartilham da mesma profissão (por exemplo, um
desencarnado médico incorporado em um médium que também seja médico),
as comunicações mediúnicas se tornam mais claras.
            Quando o médium tem todo um repertório intelectual, moral e até
profissional, parecido com o da entidade que ele está comunicando, facilita a
interpretação das mensagens pois o médium poderá ter mais facilidade
inclusive em fiscalizar o conteúdo comunicado, evitando qualquer aberração ou
equívoco.
            Os guias não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas
comunicações espíritas, porque sua intenção é orientar os médiuns aos
poucos, para irem adquirindo preceitos espirituais, morais e intelectuais a tal
ponto que aperfeiçoem as comunicações anímicas. Os guias se utilizam dos
médiuns conforme a necessidade de aproveitamento doutrinário aos
encarnados. Ou seja,  alguns médiuns são mais eficientes para as
identificações seguras de desencarnados. Alguns são melhores para fazer
esclarecimentos doutrinatários e outros tem mais habilidades para transmitir
com êxito as revelações importantes do Além.
            Como os médiuns são intuitivos, dificilmente se libertarão totalmente do
animismo, que apenas varia mais ou menos de intensidade em um ou em outro
médium. Quando uma entidade precisa fornecer algum tipo de prova da
existência espiritual a certos incrédulos encarnados, por exemplo, utilizarão um
médium apropriado para isso, possivelmente um médium de incorporação,
através do qual os desencarnados possam escrever exatamente como o
faziam em vida, fornecendo detalhes convincentes. Podem se utilizar de um
médium de fenômenos físicos, que proporciona a voz direta do espírito
comunicante ou materializações para sensibilizar os vivos desconfiados.
            Para revelações importantes que comprovem aos encarnados a
existência de um plano espiritual, os espíritos utilizam também médiuns que
tem o dom natural de serem proféticos em sua vida particular. Para fazer o
consulente refletir sobre suas convicções pessoais, os guias podem valer-se de
um médium bem eloquente, que se expressa com desenvoltura e
conhecimentos espíritas contundentes capazes de sensibilizar a pessoa com
bons argumentos.
            Muitas vezes, durante uma transmissão mediúnica, as ideias, os
pensamentos, os conhecimentos e a indole do médium coincidem com o
assunto que o espírito inspira ele a falar. Assim, o médium transmite a
mensagem com segurança e facilidade pois expõe um conteúdo que lhe é
familiar. Porém, se houverem desajustes muito grandes entre o médium e o
espírito comunicante, podem haver desajustes de conhecimentos, formando-se
hiatos na mensagem mediúnica.    Assim, as vezes, se o médium percebe um
vazio no meio da comunicação, talvez, o espírito esteja alertando-o para a
necessidade de estudar e se desenvolver mais como pessoa. Por este motivo
os médiuns precisam transformarem-se em bons instrumentos para os guias,
procurando estudar, desenvolver-se emocionalmente e espiritualmente para
transmitirem as mensagens com mais proveito.
            Por outro lado, os guias ou protetores deixam, algumas vezes, o
médium “falar sozinho” também, com a intenção de que o médium mobilize
seus próprios conhecimentos e recursos intelectuais. 
“Sob a direção e controle do guia do médium, os espíritos comunicantes suspendem então o
fluxo das ideias que lhe transmitiam pelo cérebor perispiritual, o qual é obrigado assim a unir os
elos vazios da comunicação, demonstrando até que ponto é capaz de expor a mensagem
espiritual sem distorcê-la ou fragmentá-la na sua essência doutrinária” (MAES, psicografando
Ramatis, 2006, p.167).

            Essas situações em que o espírito comunicante deixa um “vazio”, para


que o médium preencha com seus valores intelectuais e morais, de improviso,
embora constranja e atemorize o médium, é uma forma que o espírito usa para
treinar seu médium a compensar esse “vazio” com seus conhecimentos,
tornando-se assim útil e capaz de atender à necessidade de orientar e servir o
próximo, a qualquer momento. Nestes casos o médium fica por sua conta por
alguns momentos, sem poder fugir do impulso da comunicação. O médium
precisa então recorrer a suas próprias concepções filosóficas, morais e
espirituais para preencher sozinho os intervalos da comunicação, da
mensagem, deixados de próposito pelo seu guia. É realmente uma espécie de
teste, para que o médium prove o que o que já sabe, o que já compreendeu
das leituras doutrinárias que já fez, que demonstre como julga as pessoas, e
demonstre sua capacidade de orientar o próximo, apesar de sua característica
humana falível. As comunicações podem então ser truncadas
propositadamente pelos orientadores espirituais do médium, para que o
médium possa comprovar seu grau de segurança e ter consciência de como se
comportaria no caso de uma interferência, intromissão ou confusões
provocadas por espíritos mal intencionados, que, às vezes, se infiltram entre os
sentivos invigilantes, se fazendo de mentores espirituais.
            Trata-se de um processo de educação doutrinária do médium. Um
treino mesmo. Em que o guia obriga o médium a estudar, ampliar seu
repertório de conhecimentos, afinar-se e melhorar-se moralmente,
desenvolvendo seu senso de crítica, de argumentação que acabará
fortalecendo o médium, tanto em sua tarefa de intérprete das comunicações
dos espíritos desencarnados, como em sua vida diária, pois habilitará o
médium a falar do conteúdo espiritual com propriedade nas suas relações
cotidianas, com amigos, familiares, defendendo os postulados espíritas no dia-
a-dia.
            Nesse processo, cresce a confiança dos guias  e de outros espíritos de
luz, que passam a credenciar o médium com maior responsabilidade no
exercício de sua mediunidade. É importante observar, no entanto, que, os
espíritos, mentores, orientadores espirituais e guias desinteressam-se
completamente de aplicar este método de ensino espiritual nos médiuns que
são levianos, fúteis, mal intencionados, que tem pouca disposição para estudar
ou que são preguiçosos.
            Há casos em que o espírito comunicante apenas fornece o tema central
da comunicação mediúnica, envolve o médium com fluidos identificadores de
sua presença espiritual e inspira as primeiras ideias, para que depois o médium
faça a comunicação sozinho até o fim. Se comprovam que seu pupilo comunica
corretamente a mensagem, os guias chegam a se afastar do sensitivo em
transe, e ficam à distância, apreciando a comunicação anímica que o médium
faz exclusivamente com seus próprios recursos. Ao encerrar a fala, o guia se
reaproxima, firmando-a com sua personalidade conhecida.
            Assim, é possível dizer que não há interesse dos espíritos de luz hoje,
em trabalhar com médiuns que não se desenvolvam pessoalmente no trabalho
mediunico. Médiuns robôs, cavalos de orixás, que manifestem mecanicamente
as mensagens dos espíritos desencarnados, sem a convicção espiritual
daqueles que as comunicam inteligentemente e aplicam em suas vidas, não
evoluem, tornam-se passivos e não contribuem para o projeto espiritual da
nova consciência. Daí que a mediunidade da Nova Era seja consciente.  A
intenção da luz é transformar os médiuns em pessoas úteis à qualquer
momento e não somente quando estão incorporados por seus guias.
            Observa-se, em alguns casos, que os guias preparam seus médiuns
com certa antecipação, quando desejam transmitir determinadas mensagens
de importância para o público. Assim, inspiram seus pupilos com leituras e os
aproximam de pessoas que podem avivar-lhes o mesmo assunto a ser
ventilado posteriormente na sessão de caridade. Através de recursos
fornecidos durante o dia, os guias asseguram a coerência da comunicação
mediúnica, alimentando as ideias principais da comunicação para o público.
Dessa forma, quando o médium percebe que o conteúdos das suas leituras
diárias misturaram-se com a mensagem do espírito desencarnado, pode ser
uma influência anímica que representa um ajuste providenciado pelo próprio
guia do médium. Assim, quando um frequentador de uma casa perceber que a
mensagem dita pelo médium incorporado, trata de algum assunto que o
médiium trata, conhece ou trabalha em sua vida particular e pessoal, não
precisa achar que o médium está mistificando algo, ou que não esteja
incorporado. Animicamente, o médium pode estar expondo o conteúdo do seu
próprio saber, porém sob a influência das entidades.
            Ainda sobre o assunto do animismo, podemos mencionar o fato de
alguns médiuns no início do seu desenvolvimento mediúnico imitarem trejeitos
de entidades manifestadas em médiuns mais antigos. Segundo Ramatis isso é
humano. É regra que os iniciantes se guiem pelos mais antigos, justamente por
desconhecerem o caminho, seguem aqueles que estão à sua frente. O
problema está se o médium cristalizarem sua mediunidade como imitadores
dos bons médiuns em que se inspiraram.
            Somente o conhecimento profundo da espiritualidade, o estudo da
doutrina e a prática mediúnica é que poderão reduzir a interferência anímica do
médim, auxiliando-o a eliminar aos poucos as imitações, as redundâncias
(repetição de palavras), a prolixidade indesejável (uso exagerado de palavras
para passar uma mensagem, falta de objetividade) no intercâmbio com os
guias desencarnados. Somente boa intenção não produzirá a evolução
necessária do médium. Ele precisará desenvolver estudo doutrinário, pesquisa
mediúnica e da cultura em que vive.
            Atualmente, são poucos os trabalhos mediúnicos que estão livres de
práticas contraproducentes e que satisfazem totalmente os guias
trabalhadores. Na maior parte das vezes os médiuns devotam-se forçadamente
à prática mediúnica, porque querem livrar-se da opressão psíquica. Falta ainda
na maior parte dos médiuns o sentido da renúncia aos interesses pessoais, o
prazer por servir ao próximo ou o ideal de divulgar a doutrina da umbanda ou
espírita em geral.
            Muitos médiuns ainda pipocam de centro espírita em centro espírita, de
terreiro em terreiro, sempre insatisfeitos e a procura de “correntes afins”, de
“bons trabalhos”, onde obtenha máximo de rendimento pelo mínimo de esforço.
No entanto, muitos desses médiuns incultos e inquietos se esquecem de que,
ao participar das “melhores correntes” ou dos “melhores trabalhos”,
desarmonizam o trabalho mediúnico alheio. A solução não se restringe a mudar
de casa, a solução está em promover a renovação íntima do seu próprio
espírito no próprio ambiente onde a bondade dos presentes lhes tolera a
bagagem ainda defeituosa que tem.
            É por isso que muitas vezes é suficiente para as entidades que seus
médiuns sejam de boa vontade, laboriosos e sem complicações, mesmo que
ainda não tenham grandes preparos. Por isso que as entidades são pacientes
e tolerantes com a ignorância dos seus médiuns encarnados, aguentando o
animismo, a histeria, o automatismo psicológico, a imaginação indisciplinada,
os longos rodeios para dizer algo que poderia ser dito com uma só palavra, as
frases pomposas e vazias, a exacerbação neurótica ou os caprichos dos
médiuns vistos erroneamente como qualidades mediúnicas.
            Como afirma Ramatis, “quando encontram alguma docilidade nos seus
intérpretes, tudo fazem para afastá-los dos ambientes perniciosos, das
companhias prejudiciais, dos vícios e das paixões degradantes, encaminhando-
os para as palestras elevadas, leituras proveitosas que os ajustem
gradativamente ao imperativo superior do trabalho mediúnico”(Ramatis, MAES,
2006, p. 179).
            Como já dissemos, é muito mais importante para o orientador espiritual
desencarnado a reabilitação espiritual do médium, do que se tornar um
excelente intérprete. Os médiuns ignoram que os espíritos responsáveis e
conscientes de suas tarefas que são, não estão preocupados em impressionar
os encarnados com trejeitos ou mensagens cheias de floreios. Ao contrário, a
intenção dos espíritos é passar sua mensagem de forma breve, clara, sensata
e moderada.
            O animismo coletivo que gera aquelas imitações de médium pra
médium numa casa, promovendo um padrão anímico no modo dos médiuns se
comunicarem, é resultado da flarta de interesse daqueles que se pressupõem
completamente desenvolvidos, mas por comodismo, preferem imitar, copiar os
conhecimentos e as orientações espirituais da fonte mais próxima, que é o
médium principal do trabalho onde se desenvolvem e de que participam.
            Se, o médium modelo, também for outro anímico, que demonstra em
suas manifestações mais manias e superficialidades que qualquer outra coisa,
então, seus imitadores tornam-se outros multiplicadores das mesmas
inconveniências e desarmonias ao atuarem. Nestes casos, os médiuns ficam
repetindo frases pomposas e trejeitos desnecessários enquanto a entidade fica
pacientemente esperando, do lado do médim indisciplinado, a oportunidade de
de se manifestar com sua forma simples.
            Segundo Ramitís é aconselhável eliminar de uma sessão as
manifestações exuberantes que roubam tempo precioso destinado a assuntos
úteis, dispensando também qualquer tipo de competição ou destaque pessoal.
Não passa de excêntrico o médium que usa de floreios para manifestar sua
entidade. Torna-se um médium exibicionista, mais preocupado em competir,
impor-se sobre seus irmãos de corrente e teatralizar com efeitos pirotécnicos
extravagantes.
            Ramatís defende, no entanto, que não se censure os médiuns
anímicos, porque o animismo é fruto natural e lógico do seu desenvolvimento
mediúnico. O problema é quando os médiuns ficam estacionados nessa
improdutividade, depois de já se considerarem desenvolvidos. O desejo dos
espíritos de luz é que os médiuns enfrentem o problema anímico em sua
essência, sem receios ou misticismo (devoção exagerada).Muitos fatores que
rebaixam o nível das comunicações com os desencarnados podem ser
corrigidos. O médium em desenvolvimento por vezes caminha com dificuldade, 
copia cacoetes e caprichos dos médiuns que toma como modelo e que ele
julga mais competente. Mas... na verdade, como diz Ramatis:

O médium evolui ou cristaliza-se; ele estaciona entre as excrescências anímicas (excessos)


copidas do `modelo` veterano em que se inspirou, ou então estuda, pesquisa e desenvolve o
senso de autocrítica suficiente para entender melhor o seu próprio temperamento e caráter, a
fim de se livrar o mais cedo possível das anomalias do animismo improdutivo (Ramatis
psicografado por MAES, 2006, p. 182)

                        Importa ressaltar que o animismo, ainda é a base do


mediunismo., sem animismo o mediunismo não existe. Então não importa os
tropeços do início do desenvolvimento mediúnico. Importa não cristalizar-se em
um mediunismo improdutivo, engessado em palavras pomposas, trejeitos
exagerados, desnecessários. A solução do animismo não será conquistada
através de censuras. É necessário enfrentar esse problema sem tabus, com
modéstia, conduta moral superior e serviço mediúnico isento de exageros
ridículos. Os médiuns são homens e, portanto, imperfeitos. Desde que
estudem, ficam esclarecidos de quais percalços a mediunidade e o desajuste
de conduta lhes proporcionará.
                        Portanto, insiste-se em ressaltar que só há um caminho para
qualquer médium lograr melhor êxito no seu trabalho mediúnico: estudo
incessante aliado à disciplina moral superior. Não é esperado que o médium se
torne um gênio, mas que eleve seu nível de conhecimento espiritual. Da
mesma forma, importa queaprenda a identificar em sua alma as paixões e
frivolidades que prejudicam suas comunicações com os espíritos.  Só depois
de conhecer a si mesmo é possível ter mínimas condições de corrigir e ajudar o
outro.
Não há privilégios concedidos por Deus para um ou outro médium. Um
médium ignorante, fantasioso ou anímico so se transformará num instrumento
sensato e inteligente pelo seu próprio empenho esforço pessoal em estudar a
melhorar espiritual e moralmente.        
            Como dizem, é preferível o médium analfabeto, ingênuo e imaginativo,
mas com virtudes cristãs sublimes que o médium intelectual, culto,
desembaraçado, porém vaidoso, mal intencionado e interesseiro. Mas é óbvio
que ainda melhor será o médium humilde, bom, desinteressado, estudioso, dos
bons compêndios profanos, que se imuniza contra automatismos psicológicos,
sugestões alheias e interferências anímicas.

Este capítulo foi escrito totalmente com base no  livro Mediunismo, de Ramatis (psicografado
pelo médium Hercílio Maes).

[1] Ramatis é um espírito provindo de outras latitudes siderais (Sirius), já tendo


reencarnado no planeta Marte. Faz parte da elevada hierarquia terrestre que assessora o
Mestre Jesus em seu projeto de evolução desta humanidade. Na Atlântida, Ramatís era
mestre dos Templos da Luz, e foi contemporâneo (do mesmo tempo), numa existência, do
espírito que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec. “Foi Phanuh, o Peregrino, há
28.000 mil anos, na Atlântida, e Ben Sabath, mago famoso na Caldéia; depois Shy-
Ramath, grão-sacerdote no Egito; mais tarde Pitágoras, na Grécia, e Phylon de Alexandria,
no tempo de Jesus” , informa Hercílio Maes, seu primeiro médium. “Atualmente, ainda
opera como mestre nas tarefas dos teosofistas, conhecido como Koot-Humi (Mestre
Kutumi)”(4) Foi portanto Ramatís, sob a figura desse Mestre da Fraternidade Branca,
quem inspirou a teosofia, eminente movimento espiritualista que, colateral ao espiritismo,
empenhou-se em trazer para o Ocidente os milenares conhecimentos iniciáticos do
Oriente. A literatura teosófica é ampla fonte de conhecimentos espiritualistas acessíveis ao
leitor ocidental. 

AULA 6
MEDIUNIDADE - MÉDIUNS PERFEITOS E
IMPERFEITOS
 
CONTEÚDOS DA AULA: médiuns perfeitos e imperfeitos; razão da queda dos
médiuns;

E quem são essas pessoas chamadas de médiuns?


Os médiuns são espíritos que, em vidas passadas, fracassaram na
forma que viveram, contrariando as leis divinas. Como consequência dessas
vidas passadas pedem aos Mestres espirituais para resgatar essas faltas. E o
fazem sob severos compromissos e grandes responsabilidades. No seu
passado encontramos graves deslizes e erros. Erros como por exemplo,
prepotência, abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência,
ganância, etc.
 No caso dos médiuns de umbanda, são aqueles que, inclusive, já
mexeram com magia negra em vidas passadas. E agora com a eterna bondade
da espiritualidade, regressam ao planeta para trabalharem em favor dos irmãos
que necessitam, numa forma de resgatar seu próprio carma.
Portanto, é necessário que o médium não se julgue superior às pessoas
por ter mediunidade, pois a caridade eventualmente prestada deve ser
creditada à espiritualidade, pois o médium não passa de um instrumento não
podendo interferir na lei de causa e efeito.
É preciso que ele compreenda que não pode ajudar a todos que o
procuram; apenas àqueles que tem merecimento e quem pode julgar esse
aspecto é a espiritualidade.
O médium tem a obrigação de, em contato com a espiritualidade,
orientar, aconselhar, informar aqueles que querem manter uma vida dedicada à
evolução do espírito ou ainda, acolher aqueles que se desviaram no rumo de
suas vidas e desejam retornar ao caminho do amor.
Há que se ter na forma de viver um diferencial. Não pode haver
diferença entre o discurso e a prática. O médium deve colocar em prática todos
os conceitos de amor, humildade e caridade. Na verdade todo ser humano
deveria fazer isso, mas o médium tem a obrigação de se esforçar ainda mais
nesse sentido.
Feita essa introdução, necessária para equilibrar os conceitos de
mediunidade e médium (quem são ou foram esses médiuns), passemos, então,
ao assunto que nos traz a este capítulo: médiuns perfeitos, imperfeitos e
razões das quedas dos médiuns!

BONS MÉDIUNS

PRINCÍPIOS DE UM MÉDIUM

- Fé
-Caridade
-Paciência
-Perseverança
-Disciplina
-Amizade
-Sinceridade
- Igualdade
-Humildade
-Fraternidade

TIPOS DE MÉDIUNS PERFEITOS:

- Médiuns sérios: Os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e


para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, se utilizarem-se delas para
satisfação de curiosos, indiferentes ou para futilidades.
- Médiuns modestos: Os que nenhum reclamo fazem das comunicações que
recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos ä elas e não se julgam ao
abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas solicitam-nas.
- Médiuns devotados: Os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma
missão a cumprir, e deve quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres, tempo e
mesmo interesses materiais ao bem dos outros.
- Médiuns Seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a
confiança pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos espíritos que os assistem; os
que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos. Veremos mais tarde que essa
segurança de modo algum depende dos nomes mais ou menos respeitáveis com que os
Espíritos se manifestem.
“Todas essas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua
intensidade. Muitas a que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que nem por
isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais.
Concebe-se que há de ser muito raro esteja à faculdade de um médium
rigorosamente circunscrita a um só gênero. O médium pode, sem dúvida, ter muitas
aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil,
deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo o modo o
desenvolvimento de uma faculdade que não possua. Deve a pessoa cultivar todas
aquelas de que se reconheça possuir os germens. Procurar ter as outras é, acima de tudo,
perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja
dotado.
“Quando existe o princípio, os gérmens de uma faculdade, estes se manifestam
sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-
se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá.
Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas
faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impunes.
Os bons abandonam o presunçoso que se torna então joguete dos mentirosos.
Infelizmente, não é raro verem-se médiuns, que, não contentes com o dom que
receberam, aspiram por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais
capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de
médiuns seguros.” – (Sócrates)
OS BONS MÉDIUNS E AS MENSAGENS RUINS

Allan Kardec nos ensina que não basta ser um bom médium para estar livre das
más influências. O médium dotado de boas qualidades também pode transmitir respostas
falsas. Isto pode ser permitido pelos bons Espíritos a título de aprendizado e para que se
mantenham vigilantes, além de testar os medianeiros que com eles trabalham. Além disso,
é preciso se levar em consideração que nem sempre se conhece a intimidade das pessoas
e uma vez que somos imperfeitos, ainda não nos livramos de certas mazelas que nos
associam a irmãos semelhantes. Eis aí a razão da necessidade da análise criteriosa de
todas as comunicações, não importando por qual médium ela venha tampouco, qual o
nome a assine.
Os bons médiuns que se esforçam para bem desenvolver suas atividades, não
devem desanimar quando recebem comunicações dessa natureza. Antes, devem
agradecer a advertência, tomando o fato como precioso aprendizado e como necessário
alerta.

MÉDIUNS PERFEITOS

NÃO EXISTEM MÉDIUNS PERFEITOS, disseram os Espíritos, pois a perfeição


não existe na face deste planeta. Logo, devemos deixar de lado a ideia de que existem
médiuns infalíveis. No item 10 da pergunta 226 do Livro dos Médiuns, a resposta é clara e
precisa: “Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes
enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do
falso. Além disso, por melhor que seja o médium, jamais é tão perfeito que não tenha um
lado fraco, pelo qual possa ser atacado. As comunicações falsas que recebe de quando
em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso”.
Esta resposta dos Espíritos merece muita reflexão, pois temos a tendência ao
endeusamento de personalidades, o que pode levar a prejuízos na avaliação das
mensagens, uma vez que se confunde o instrumento com os acordes que dele saem.
No desenvolvimento da mediunidade, portanto, procuremos nos conscientizar que
cada um deve procurar servir em espírito de humildade, sabendo que a perfeição só
em existe em Deus. Usemos no máximo a palavra “bom médium”.

O MÉDIUM, SUA MORAL E O ESPÍRITO COMUNICANTE

“Se o médium, quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante à moral


exerce grande influência nas comunicações. Porque o Espírito comunicante se identifica
com o Espírito do Médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre
eles, e se assim podemos dizer afinidade.
A alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou repulsão,
segundo grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons tem afinidades
com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do
médium tem influencia capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu
intermédio. As qualidades que atraem os bons Espíritos são: bondade, benevolência,
simplicidade de coração, amor ao próximo e o desprendimento das coisas materiais. Os
defeitos que os afastam são: orgulho , egoísmo, inveja, ciúmes, ódio, sensualidade e todas
as paixões pelas quais o homem se apega a matéria.” - (questão 227, Livro dos Espíritos).

QUALIDADE DOS BONS MÉDIUNS

“O que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que assistem o médium
habitualmente, e para tanto, o que mais nos deve interessar não são os nomes, mas a
linguagem. Jamais o médium deve esquecer-se de que a simpatia entre os Espíritos Bons
estará na razão dos esforços feitos para afastar os maus. Convicto de que sua faculdade é
um dom que lhe foi concedido para o bem, para o cumprimento de seus carmas, não se
prevalecerá dela de maneira alguma, nem se atribuirá mérito por possuí-la. Recebe como
uma graça as boas comunicações, devendo esforçar-se por merece-las através de sua
bondade, benevolência e modéstia.”- (questão 229).
Allan Kardec nos deixou preciosas e seguras instruções em O Livro dos Médiuns.
Trata da questão com a clareza que lhe é peculiar e faz sérias advertências em seus
escritos, na Revista Espírita, sobre o assunto. No que se refere às avaliações das
mensagens, diz o codificador que nem sempre as boas intenções e a própria
moralidade do médium bastam para evitar a intromissão dos Espíritos mentirosos e
pseudo-sábios nas comunicações. É necessário pesar tudo quanto dizem os Espíritos,
passando-os pelo crivo da lógica e do bom senso, senão quisermos ser vítimas de
Espíritos levianos, diz ele. A seguir, veremos as advertências do Espírito Erasto a respeito
das avaliações das mensagens mediúnicas.
“Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única
teoria falsa.”
“Deve-se eliminar sem piedade toda palavra ou frases equivoca, conservando no
ditado somente o que a lógica prova ou o que a doutrina já ensinou.”
“Eis por que é necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato
apurado e de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao mesmo
tempo não ferir os que se deixam iludir.”
“Se, portanto um médium, seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por
seu orgulho, por sua falta de amor e de caridade, der um motivo legítimo de desconfiança,
rejeitai as vossas comunicações, por que há uma serpente oculta na relva.”
“Na dúvida abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o
que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que
vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom-
senso reprovam, rejeitai corajosamente.”- (Erasto, questão 230).
Conclusão: Isto posto, CONVÉM ESTUDARMOS COM CAUTELA REDOBRADA
QUAL TEM SIDO NOSSA POSTURA DIANTE DA NOSSA MEDIUNIDADE.
A situação de heterogeneidade em que se encontram as práticas mediúnicas no
país inteiro nos dá mostra da imensa responsabilidade que temos diante do quadro que aí
está. A mediunidade para bem produzir no campo da edificação do Ser carece de médiuns
dotados de boas faculdades, mas, sobretudo de bons valores morais que possibilitem o
acesso dos bons Espíritos e menor possibilidade de ser enganado pelos maus. A primeira
condição para se obter a boa vontade dos Espíritos é a que decorre da humildade, do
devotamento e da abnegação, afirmou Allan Kardec.
Se o lado moral do médium tem grande influência na natureza das comunicações,
faz-se necessário a busca da melhoria íntima, através do exame cuidadoso de si
mesmo. Esforçando-se para dominar as más tendências, enfim, trabalhando para o alto
melhoramento de uma forma global. Dessa forma, pode ser dar sentido útil a mediunidade,
contribuindo, efetivamente e de maneira produtiva para divulgação de uma Doutrina séria,
isenta de fantasias e mitos, e que leva muitos a mudarem os rumos de suas vidas quando
em contato com seus ensinamentos.
O papel da Umbanda é a regeneração da humanidade. Os ensinamentos das
Entidades superiores só chegarão até nós através de médiuns seguros e conscientes de
sua tarefa como intermediários desse processo.
O exercício da mediunidade requer grande dose de desprendimento, humildade e
sinceridade de propósitos.
O médium, desprovido de esses sentimentos e não valorizando o esforço em
melhorar-se, estará distante do verdadeiro objetivo desde dom de Deus, que é servir com
alegria aos objetivos do Criador.

MÉDIUNS IMPERFEITOS
Comentários sobre maus médiuns:
“Toda vez que deixarmos nossa parte humana (ego) dominar o nosso lado
espiritual, cometemos o primeiro erro dentro da Espiritualidade. O segundo é
conseqüência do primeiro, pois o mundo espiritual nos dá nova chance de revermos nosso
erro, e voltarmos nosso coração para o lado certo; mas, nossa vaidade não permite que
enxerguemos e continuamos achando que somos superiores ao mundo Espiritual, aí nos
perdemos da Luz e somos facilmente um joguete das Trevas.”

TIPOS DE MÉDIUNS IMPERFEITOS:

- Médiuns fascinados: aqueles que são enganados por Espíritos mentirosos e se


iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.
- Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e frequentemente
material por parte dos maus Espíritos.
- Médiuns levianos: os que não tomam sua faculdade a serio, e dela não se
servem senão por passatempo ou para coisas fúteis.
- Médiuns indiferentes: os que não tiram nenhum proveito moral das instruções
que recebem, e não modificam em nada sua conduta e seus hábitos.
- Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de serem os únicos em relação
com os Espíritos Superiores, crêem em sua infalibilidade, e consideram como inferior e
errado tudo o que não proceder deles.
- Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que recebem;
crêem não ter mais nada para aprender, e não tomam para si as lições que recebem
frequentemente da parte dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que
possuem: querem te-las todas.
- Médiuns suscetíveis: variedade de médiuns orgulhosos; melindra-se com as
críticas das quais suas comunicações podem ser objeto; se irritam com a menor
contrariedade, e se mostram o que obtêm é para que seja admirado, e não para pedir
pareceres. Geralmente tomam aversão pelas pessoas que não os aplaudem sem reserva,
e desertam das reuniões onde não possam se impor e dominar.
- Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.
- Médiuns ambiciosos: os que, sem pôr apreço suas faculdades, esperam dela
tirar quaisquer vantagens.
- Médiuns de má-fé: Os que, tendo faculdades reais, simulam as que não tem
para se darem importância, exemplo: O médium Semiconsciente, (por ter consciência da
informação que o Espírito traz) aproveita-se disso para colocar movimentos, forma de
falar, dançar e passa a enganar as pessoas, que receberam mensagens que ele ( o
médium ) queria passar, normalmente para aparecer e ganhar vantagens. É importante
saber, que mesmo sendo um médium consciente ou semiconciente, suas Entidades
Superiores estarão sempre o observando, e depois de um tempo, se as “pantominas”
continuarem acontecendo, então elas se afastam, deixando o médium sobre influencias do
seus afins( baixos espíritos) e sempre sob o julgo da Lei.
- Médiuns egoístas: aqueles que não se servem de suas faculdades senão para
seu uso pessoal, e guardam para eles as comunicações que recebem.
- Médiuns invejosos: os que vêem com despeito os outros médiuns, melhor
apreciados, e que lhes são superiores.
Mau médium
“Deixai-os irem se pavonear em outra parte e procurarem ouvidos mais
complacentes, ou se retirarem para o isolamento: as reuniões que se privam da sua
presença não tem uma grande perda.”
(Erasto)

RAZÕES DA QUEDA DOS MÉDIUNS


           
Ao contrário das verdadeiras razões de ser médium, consagrou-se entre
o povo que ter mediunidade é ter um poder. Há uma admiração subserviente
sobre aquele que é médium (como se isso fosse dom). E isso leva ao desastre
se não houver um exercício mental para se afastar da imagem que se passa e
manter a postura daquilo que se foi no passado somando-se à missão que se
tem no presente e futuro.
Entre os defeitos mais comuns encontramos, o orgulho e a vaidade. Na
nossa busca interior que devemos realizar (me refiro à reforma íntima) vamos
encontrar os defeitos que são comuns nos seres humanos. Temos que
conhecê-los, profunda e verdadeiramente, e suas características, que habitam
dentro de nós. Reconhecer ao nível de nossa consciência as manifestações
impulsivas que nos dominam, e que, desejamos controlar para poder evitá-las.
Já foi dito neste curso que o médium deve ser um trabalhador na seara
divina, que devem compreender serem meros intermediários com o plano astral
em prol da caridade desinteressada, e que desenvolva seu trabalho (espiritual)
de forma silenciosa, humilde e operosa. Assim, poderá iniciar o resgate das
faltas cometidas em vidas passadas. Os necessitados são escolhidos pela
espiritualidade pelo merecimento de cada um.

ORGULHO & VAIDADE

A definição de ORGULHO no sentido pejorativo da palavra é um


sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor próprio;
arrogância, soberba, imodéstia atitude prepotente ou de desprezo com relação
aos outros; vaidade, insolência. Costumamos dizer que o orgulho é o pai de
todos os males e defeitos.
A definição de VAIDADE é qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre
aparência ilusória, valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer
outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais
qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros; coisa insignificante,
futilidade. A maneira pela qual os consulentes se dirigem àqueles que possuem
mediunidade, onde demonstram total admiração, poderá despertar dentro do
médium o grave defeito de orgulho e vaidade. O que será um erro enorme
como veremos ao final deste capítulo.
Os médiuns são vistos como pessoas com poderes sobrenaturais e o
erro mais comum é acreditar que se tem realmente esse “poder”. Os
consulentes estão frágeis nas suas dores, nas suas dúvidas e o dever do
médium é acolher com carinho, com humildade, sem aparentar arrogância,
prepotência ou superioridade.
O médium quando alcança o posto de chefe da casa deve demonstrar
ainda mais o amor, a humildade e a caridade para com todos (médiuns e
consulentes), até porque quem chega a essa posição, tem mais dividas com o
passado que os demais, não sendo, absolutamente, motivo para se sentir
lisonjeado. É estranho, para falar o mínimo, um chefe de casa espiritual ter
atitudes contrárias a caridade e ao amor ao próximo, sem a humildade que
caracteriza um trabalhador da espiritualidade. “Cuidado com o orgulho, pois de
fato não existe nada que possa realmente chamar de seu para justificar a
soberba: nem riqueza, beleza, força ou inteligência são méritos seus. Lembre-
se, tudo que você possui é uma dádiva de Deus.” (texto extraído de um site
religioso)

SEXUALIDADE

Já foi dito que a forma de viver de todos nós deve ser comedida, sem
abusos. Pois tudo em excesso implica nas conseqüências desse excesso.
A sexualidade usada de forma inadequada pode ser utilizada pelos
espíritos menos evoluídos contra àquele que faz disso um hábito, no sentido de
que essa tipo de fraqueza abre as portas para essas entidades atuarem nos
campos vibracionais do médium, potencializando as tendências negativas
naturais do mesmo. Assim, o uso dessa energia em excesso, sem as regras
naturais, gerará graves consequências para aqueles que fazem da sexualidade
um prazer incontrolável, pois é como se fosse uma bola de neve. O médium
abusa de suas tendências negativas, isto é, aquelas que já trás de vidas
passadas em relação ao mau uso da sexualidade; sua faixa vibratória desce ao
nível das entidades menos evoluídas, que o intuem a continuar nesse caminho,
num processo de obsessão contínua, o que o desabilita frente a sua própria
capacidade de exercer adequadamente sua mediunidade, uma vez que seus
guias e protetores, obviamente, se afastam, sem que perceba. Os obsessores
realimentam os desejos do médium e o impossibilitam de “ouvir” os conselhos
dos guias e protetores, pois saiu de sua sintonia. Esse processo de
afastamento de fato se dá em todo e qualquer defeito grave do médium, não só
frente à sexualidade, pois as entidades malévolas são oportunistas. Se para os
seres deste planeta deveria ser uma recomendação pelas consequências
advindas pelo excesso de sexo em suas vidas, para o médium é um alerta.
Também se aplica aqui o fato da fragilidade dos consulentes; estes fazem
qualquer coisa para ter o seu “problema” resolvido. Não se pode aproveitar
dessa situação se envolvendo com o consulente de forma geral e ainda mais
no relacionamento sexual. Temos visto muitos chefes de terreiro terem filas de
mulheres apaixonadas a seus pés e disso tirarem vantagens pessoais.

DINHEIRO

Na definição de mediunidade fala-se em ser intermediário. Mero


intermediário! Entendemos esta definição como os médiuns serem simples
instrumentos (mecânicos) da espiritualidade para as missões de caridade,
ajuda, orientação e aconselhamento àqueles que necessitam.
Considerando que médium é aquele que tem erros a serem resgatados
e se prontificou a vir, nesta vida, para servir de intermediário na ajuda dos
irmãos, e que as orientações dadas aos consulentes não pertencem ao
médium (aqui me refiro aos direitos autorais do que se fala aos consulentes),
como pode alguém pensar em cobrar para fazer isso?
Isto é, o médium está irradiado por uma entidade, ou pelo menos deveria
estar, e então, supostamente, as ideias principais são da entidade, ideias estas
que apenas estão sendo decodificadas e transmitidas pelo médium. Da mesma
forma não se pode cobrar por nenhuma outra atividade relacionada com sua
mediunidade, dentro ou fora do centro.

 
CONSEQUÊNCIAS

A consequência básica de se exorbitar das regras claras da


espiritualidade, da mediunidade e dos princípios éticos de ser médium é o fato
bastante comum das entidades de luz se afastarem do médium (na verdade
é o médium que se afasta delas, no sentido de que não mais consegue
captar suas intuições, pois encontra-se em outra faixa vibratória).
Não se iluda o médium de que ele pode enganar a espiritualidade, boa
ou má. Ele pode, no máximo, enganar os encarnados, especialmente, a si
mesmo. Em geral ele não percebe que o espírito que se manifestava através
de sua mediunidade (seja qual for a mediunidade que tenha) se afastou, pois
outra entidade, com pouca (ou nenhuma) luz toma o lugar da entidade original.
Muitas vezes o próprio médium passa a orientar os consulentes, fazendo todos
os rituais que antes fazia, sendo ele próprio, sem perceber, a passar as
orientações, achando que está irradiado e acreditando que são os espíritos de
luz que estão fazendo aquele trabalho.
Os princípios da Umbanda devem ser vividos, vale dizer, colocados em
prática nas nossas vidas, nas relações com outras pessoas, no trânsito, na rua,
com o visinho, com o superior, os empregados, com os colegas, com os pais e
filhos, enfim, com todos que nos rodeiam. A humildade, a caridade e a
tolerância devem ser palavras corriqueiras nas atitudes, nos pensamentos. O
pensamento é energia que toma forma. Cuidem do pensamento, exercitem o
amor, a humildade e a caridade iniciando pelo amor ao próximo no
pensamento.

 
CONCLUSÃO

A conclusão que gostaríamos de deixar aqui é que a mediunidade é uma


forma de consertar os erros graves cometidos no passado, por grande
benevolência da espiritualidade com aqueles que se comprometeram em voltar
ao planeta e atuar de forma distinta das anteriores, não só em relação às
tendências de seu caráter, temperamento e tendências negativas, como
também em relação à magia.
Devemos, pois, aproveitar da melhor forma a condição privilegiada de
poder resgatar nossos muitos erros passados, apenas trabalhando com a
mediunidade, agindo de forma honesta, humilde neste trabalho em nome do
Pai.
Para encerrar este capítulo deixamos a definição de Humildade, para
que possamos refletir sobre ela e com isso possamos iniciar a prática da
espiritualidade com muita humildade: “A Humildade é a virtude que dá o
sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e
submissão. É a virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações;
modéstia e simplicidade”.
AULA 7
MEDIUNIDADE - VIBRAÇÃO ORIGINAL DO
MÉDIUM
 
CONTEÚDOS DA AULA: vibração original do médium, amaci, obrigações de
cabeça

VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

IDENTIFICANDO A VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

            Saber exatamente qual a vibração original de uma pessoa é muito difícil.
Isso vai se manifestando ao longo de algumas encarnações. Costuma ser identificado pelo
jogo de búzios e/ou pelo guia superior do médium no terreiro, o dirigente espiritual da
casa. O que é possível é fazer um mapeamento da vibração original dos médiuns, para
observar os possíveis posicionamentos das vibrações no eledá. Porém esse mapeamento
precisa sempre ser confirmado pelo seu guia superior ,do médium ou da casa.
O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação
existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam.
Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes
proporções. Contamos com a influência de um Orixá que cuida do equilíbrio energético,
físico e emocional de nossos corpos físicos, agindo através dos espíritos amigos que se
empenham em nossa vigilância e auxílio morais.
Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela
ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a
personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais
predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento,
denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o
nome esotérico "ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante
esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à
personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas
sobre os Orixás. Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como
secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra
latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na
sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono,
quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os
mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no
veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza (Elementais),
sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as
energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.
A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela
vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força
energética primária e atuante do nascimento.
   Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua
respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo
humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da
consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida
sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar
de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e
energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a
existência.
A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a
serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes
nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza (Elemental),
ligado a um Orixá protetor. É normalmente quem se aproxima do médium quando estes
invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a
invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus
Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ
energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM. 
Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.

AFINIDADES

Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma


forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não
ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó. Frequentemente
recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos
mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer
que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe?
Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais
influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com
entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com
entidades de cachoeiras. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas
vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores
e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.
Entre os espíritos que atuam dentro da vibração energética do nosso Eledá, é
escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser
encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada
encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora
quando invocada a vibração do Orixá principal. Os Orixás, dentro do culto Umbandista não
são incorporados. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os
falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um
Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua força
em nome de um Orixá.
Para a identificação da coroa mediúnica (vibração original do médium) ao invés de
jogar búzios, pode ser verificado também o dia de seu nascimento e a qual orixá esta data
está relacionada, o signo, qual dia da semana que se deu o nascimento do médium, a hora
planetária do nascimento e se possível seus ascendentes ou decanato. Temos, então,
uma ideia da vibração  da coroa mediúnica do médium, a ser confirmada pelo guia
espiritual.

Fonte: http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/historiaorixas.html

LISTAGEM DOS DIAS E DOS ORIXÁS CORRESPONDENTES

Data de nascimento:

Fonte da tabela: Curso aumpram.org. br


Decanato:

A partir desses dados é possível montar um mapa de identificação da vibração original dos
médiuns,o posicionamento das vibrações no eledá pode ser confirmada pelo seu guia
superior.

Amaci ou batismo
Significa que o médium está sendo aceito para desenvolvimento no terreiro. O
amaci fixa a vibração original do orixá no médium (que é aquela que predominava no
momento de seu nascimento) e também significa que está sendo aceito pelo respectivo
orixá. Facilita muito seu desenvolvimento.
O médium encaminhado para o batismo geralmente é aquele iniciante que começa
a manifestar seu guia ou protetor. Somente médiuns de incorporação e irradiação
necessitam fazer o amaci, na nossa casa. Facilita seu desenvolvimento, pois na medida
que é feito com as ervas, estas emitem uma vibração energética que promove a
movimentação dos respectivos chakras, fazendo-os girar, auxiliando o médium iniciante na
interação com o plano espiritual. Não se trata, portanto, de um simples ritual.

Amaci – Definições:

         É feito com ervas frescas maceradas na água limpa (de cachoeiras, nascentes, etc...) que
tem por finalidade a lavagem de cabeça, devidamente consagradas e propiciatórias ao
fortalecimento do sensitivo. É realizado no chacra da coroa, e pontos de circulação de
energia nos médiuns.
         é oportunidade sagrada de reencontro com os guias dentro da faixa vibratória do orixá
regente de cada um.
         os orixás extraem das seivas, dos cheiros, das águas, as energias necessárias para a
vitalização dos chacras dos médiuns, fortificando sua ligação com o alto
         a aplicação ritualística  externa é feita pelo sacerdote e seus assistentes, mas a ligação
espiritual interna é de cada médium. Se assim não acontecer, o amaci será um mero
PLACEBO RITUAL, inócuo e sem efeitos positivos. Nenhuma valia tem um rito, seus
elementos e liturgias, se o médium internamente não tem a condição necessária de
recebê-lo satisfatoriamente.
         no momento do Amaci nosso  pequeno Templo se fortalece nos ensinamentos do
amoroso Senhor Jesus.
         pode ser Amaci iniciático (quando é na individualidade, finalidade pessoal da pessoa com
suas entidades) ou Amaci geral (quando é no coletivo, com a finalidade de se encontrar
com aquela força vibracional da força da natureza que estiver trabalhando no ritual) ;
Amaci das guias, para proteger os médiuns; Amaci dos otas ou Okutás (pedras e cristais
de cada orixá).

É importante ressaltar que existem uma série de condutas para o amaci, conforme
os fundamentos da casa.

OBRIGAÇÕES DE CABEÇA
O cerimonial é semelhante ao do amaci, com a diferença que as ervas usadas são
as relacionadas com a linha para a qual a obrigação está sendo feita e não apenas as
ervas solares.

Para os demais trabalhadores, que não passam pela mecânica da incorporação, e


que não necessitam, portanto, fazer as obrigações de cabeça, em casos especiais,
dependendo da função e responsabilidade especial dos mesmos na casa, pode ou não ser
realizada uma cerimônia especial a critério da entidade chefe da casa.

Sugestão de vídeos no youtube para estudo:

https://www.youtube.com/watch?v=oRYl3hoLfX0

https://www.youtube.com/watch?v=lrBCNKCXqII

AULA 8
SERES NO ASTRAL 
“Entidade espiritual é todo ser desencarnado, consciente do plano evolutivo em
que se encontra. Essas entidades podem ser de vários estados evolutivos, desde os mais
adiantados aos mais atrasados. Cada um ocupa um plano próprio ou inerente ao seu
estado evolutivo”.
Nem todo ser é uma entidade espiritual, mas ainda assim ele pode transitar pelo
astral; além disso o ser pode estar encarnado ou desencarnado e pode inclusive não estar
em nenhum desses estados, sendo muitos apenas uma criação de outra consciência;
outros ainda são de natureza distinta, como por exemplo, os elementais.
Antes de citarmos cada tipo de ser que transita pelo astral, é preciso que se
compreenda que astral não é um lugar que paira sobre nossas cabeças, como pensam
algumas religiões espiritualistas. Ele permeia nosso plano físico, da mesma forma que os
demais corpos ou veículos de manifestação da consciência humana, o chamado setenário.
Fazem parte desse setenário, o quaternário inferior (onde se encontram os corpos mais
densos, como o físico e astral, por exemplo) e o ternário superior (onde se encontram os
corpos mais sutis da parte divina do homem).
Falando de uma forma simples, o plano astral nada mais é que um estado de
consciência do homem. Poderíamos citar o conhecido exemplo de que cada homem cria
seu próprio “umbral”. Isto é, os meus monstros não são os seus monstros; os meus medos
não são os seus medos; as minhas alegrias não são as suas alegrias; meus conceitos de
felicidade, tristeza ou excitação tampouco são os seus.
Quando se fala numa cidade espiritual, como por exemplo a conhecida Nosso Lar,
não se deve entender que ela flutue, ou flutuasse, sobre a cidade do Rio de Janeiro, como
se diz de uma forma até certo ponto ingênua. Ela é plasmada, realimentada, a cada
instante, pela vontade consciente das milhares de entidades que se encontram no astral,
vibrando de forma a direcionar energia e matéria astral para a manutenção de edifícios e
tudo mais que nela se instalou, unidas que são essas entidades pelas mesmas crenças,
desejos e sentimentos. Semelhante atrai semelhante.
Acreditamos que esses conceitos de que o astral é algo que está acima de nós,
enquanto encarnados, vêm das antigas crenças sobre céu e inferno, onde o céu era o
paraíso que planava nas alturas e o inferno um local situado nas profundezas da terra. De
fato os planos coexistem no mesmo espaço, como quando estamos em nossa casa
ouvindo nosso rádio. Não vemos as ondas de rádio que chegam, mas elas estão lá,
ocupando o mesmo espaço que nós, sem que um tipo de matéria atrapalhe a outra e mais,
sem que uma se aperceba da presença da outra. Assim como nós achamos que Nosso
Lar é um mundo maravilhoso nas alturas, muito distante e inacessível, os seres que lá
estão, em sua maioria, também acham que estão longe de nós. Aproveitando o assunto de
que tudo apenas se passa em diferentes estados de consciência, poderíamos voltar a falar
brevemente da comunicação com o mundo astral, pois muita confusão existe a esse
respeito.
Os processos das ditas “incorporações” e irradiações, são interações entre mentes
com a formação de “ilusões”, associadas a influencias físicas. A interação mental pode
ocasionar influências no corpo do médium de vários níveis, desde o comando, passando
pelas visões, audições e sensações induzidas, até as intuições. As informações captadas
pelo médium são transferidas para o cérebro que processa a informação em sintonia com
a sua mente e, posteriormente, através do processo de expansão mental transmite para o
ser desencarnado que os transforma em seu meio de entendimento que não é físico, não é
cerebral.
Este é apenas um exemplo de quando um encarnado pensa estar falando com um
desencarnado numa comunicação mediúnica, por exemplo. O mesmo se passa quando o
médium espera receber o pensamento do desencarnado pronto, como se fosse um
pacote. O processo de comunicações (nos dois sentidos) só pode ocorrer de forma
“interativa” quando existe consciência intelectual das partes. Um ser desencarnado sem
consciência de seu estado ou sem o conhecimento dos processos de interação com a
expansão mental (devido as diferenciadas formas de como se processa o pensamento e a
tênue expansão mental do encarnado) não tem a habilidade de se comunicar com os
seres encarnados, tendo no limite a comunicação dos sentimentos que se processa de
forma espontânea e pode ser muitas vezes mais forte que a comunicação induzida.
Muitas vezes o que o médium pensa ser um pensamento, nada mais é que a
captação desses sentimentos, que são por ele traduzidos em palavras, o que torna a
comunicação com os seres do astral muitas vezes perigosa em sua veracidade. Por isso a
comunicação mediúnica de alto nível depende também do estado moral do médium, além
de treinamento intenso e disciplinado, para que ele possa distinguir pensamentos de
simples captações, que possam se passar por verdades inquestionáveis que escravizam
ou iludem.
Não vamos acreditar que as comunicações são para ajudar o mundo; isto é pura
arrogância. Somos pequenos demais para assim fazê-lo. Se conseguirmos nos ajudar já
teremos realizado um grande feito. O Universo é tão sábio que permitindo nos ajudar
estaremos ajudando o próximo. Agora colocamos toda complexidade da comunicação
entre nossos estados de consciência de nossos “corpos” e entre outros seres.
Encontramos uma rede complexa e cheia de diversas interpretações, passíveis de erros,
desvios e perturbações. Precisamos compreender e aceitar as difíceis e falhas
comunicações entre os “mundos”. O conhecimento humilde desta situação nos levará a
uma necessária analise crítica dos processos mediúnicos, enormemente vulgarizados e
utilizados como sabedorias a prova de contestações. Se nem os homens da terra
conseguem transmitir suas idéias, quanto mais falando com outros níveis de consciência.

 
TIPOS E SERES ASTRAIS

1 – Astrais Humanas:

a) encarnadas
- pessoas dormindo.
- estudantes de escolas iniciáticas desdobrados.
- mestres e discípulos.
- magos negros e discípulos.

b) desencarnadas
- mortos normais.
- suicídas e mortos violentamente.
- sombras (cadáveres astrais deixados para trás quando uma entidade
desencarnada passa do plano astral para outro superior, com matéria mental aderida se
desintegrando). São semelhantes ao corpo físico. Podem ser vitalizadas por adeptos, etc,
para outras utilizações.
- cascões (cadáveres astrais quase totalmente desintegrados).
- cascões vitalizados (cascões vitalizados e usados por magos negros para suas
magias).
- vampiros e lobos astrais (são raros; só existem em países com rastros da 4a raça
raiz, a Atlante; por exemplo, a 7ª sub raça, a Mongólica, de onde se originaram os
japoneses).
- magos negros e discípulos esperando encarnação.
- nyrmanakayas (seres que não precisam mais reencarnar mas abdicam de migrar
para planos superiores porque do astral é mais fácil ajudar o ser humano).
- guias (caboclos, pretos velhos e crianças); habitam planos superiores e projetam
corpo de ilusão no astral Criam quantos corpos de ilusão desejarem (que destroem depois
dos trabalhos para não deixar cascão).
- protetores (caboclos e pretos velhos; criam um corpo de ilusão permanente,
geralmente tipos humildes para se identificarem com consulentes mais simples, embora
não precisem mais disso).
- auxiliares invisíveis (cuidam dos corpos de ilusão dos protetores, para que não
sejam utilizados por outras entidades).
- exus: Agente mágico universal. Servem de veículo para a magia.

2 – Astrais Não-Humanas:

- essência elemental (campo eletromagnético ou matéria astral; é quando existe a


afluência do espírito na matéria astral; é uma matéria extremamente sensível ao
pensamento humano).
- animais dormindo.
- corpos astrais de animais.
- espíritos da natureza (elementais). Sem estrutura interna (evolução só na Terra).
a) da terra: gnomos
b) das águas: ondinas, yaras e sereias
c) do fogo: salamandras
d) do ar: silfos, sílfides e fadas - devas: Anjos. Seres de um reino superior ao
hominal. - kama-rajás: Os chamados reis do astral ou encantados. Seres de outro tipo de
evolução (se unirão à humanidade em outra cadeia).

3 – Astrais Artificiais: (elementares)

Segundo Roger Feraudy a essência elemental astral, sendo muito sensível e


plástica, é capaz de ser modelada por meio de impulsos de pensamentos de uma entidade
encarnada ou desencarnada. Assim, os seres artificiais são pensamentos-forma criados
artificialmente ou coletivamente.
- formados inconscientemente :
o pensamento humano atrai essência elemental (plástica)

modela instantaneamente um ser vivente (de vida geralmente efêmera)

este ser não está sob a vontade do criador

Ex: uma cobra; um monstrinho qualquer

- formados conscientemente:
mesmo processo de criação (por magos negros ou brancos)

modela formas reais com existência real no astral (pode existir por anos ou séculos)

atua independente do criador (num segundo momento)

Ex: diabo cristão / compadres e comadres

- artificiais humanos:
(Kama rupas) Criados na Atlântida pelos magos vermelhos (que são os chamados magos
brancos menores)

usavam desencarnados para combater a magia negra (atrasando sua evolução; mas eles
ganhavam créditos quando liberados)

depois suas sombras (que são astrais humanos mortos) eram magnetizadas e vitalizadas (e
utilizadas pelos mesmos magos vermelhos para também combater a magia)

hoje algumas dessas sombras são os artificiais humanos (mas utilizadas pelos magos negros)

CARACTERÍSTICAS E RELAÇÕES DOS ORIXÁS

Definição
Os Orixás são os grandes arquitetos siderais ou construtores de sistemas solares e
nós, seres humanos, devemos a eles nossa evolução intelectual e física.
São também chamados de Hierarquias Criadoras e se ocupam da construção do
Universo.
É preciso saber que orixás não são espíritos e portanto não podem incorporar os
médiuns.
Orixás são divindades e também conhecidos como os Mensageiros do Senhor ou
Luz do Senhor ou ainda As Sete Emanações do Senhor.
A origem do nome Orixá vem da palavra Purushá, do idioma sânscrito, o idioma
sagrado que deu origem a todas as línguas, em sua raiz.
Os nomes sagrados de cada orixá foram totalmente perdidos e os nomes que hoje
conhecemos são resultado da corruptela dos nomes originais (com a exceção de Yori e
Yorimá) e cada um têm um significado específico.
Os nomes dos sete orixás e seu significado esotérico:
Os orixás são em numero de sete, a saber:
- Oxalá – a imanência de Deus
- Ogum – o fogo da salvação
- Oxossi – o caçador de almas
- Xangô – o comandante das almas
- Yemanjá – a mãe do mundo
- Yori – relação com a lei divina

 
O Triangulo fluídico

O triangulo fluídico representa os três aspectos em que a Lei da Umbanda trabalha


no mundo astral ou da forma (o mundo da forma é a maneira pelo qual as entidades se
manifestam aqui no planeta).
Representa a síntese do movimento da umbanda e foi traçado pela primeira vez no
astral da Atlântida, na antiga Aumbandhã, sendo posteriormente traçado nos céus aqui na
América, quando a espiritualidade superior decidiu reimplantar a Umbanda do planeta, no
projeto chamado Terras do Sul.
Representa a vontade, a sabedoria e a atividade dos orixás. Sua consequência é o
equilíbrio da manifestação.

Manifestação no triângulo da forma Caboclos: Manifestam-se entidades das


vibrações de Oxalá, Yemanjá e Oxossi.
Obs. Entidades das vibrações de Ogum e Xangô não se denominam como
caboclos e sim como Oguns e Xangôs, assim como as da vibração de Obaluayê* (o orixá
oculto), que se denominam Obaluayês.

Crianças: Manifestam-se entidades da vibração de Yori.


Pretos velhos: Manifestam-se entidades da vibração de Yorimá.

Observações:
- É preciso que se entenda que a forma que as entidades se manifestam (caboclos,
pretos velhos e crianças), não representam sua identidade real ou original. Isto quer dizer,
por exemplo, que entidades que se manifestam como CRIANÇAS, na verdade são
Nyrmanacayas e não crianças no sentido cronológico de idade. São entidades de alta
evolução, como já citamos anteriormente, que são chamados de crianças no sentido
daquele que renasceu para o mundo espiritual.
- Os que se apresentam como PRETOS VELHOS, por exemplo, são geralmente os
grandes magos do oriente.
- No triângulo da forma temos então:
- Caboclos representam a simplicidade.
- Pretos velhos representam a humildade.
- Crianças representam a pureza

- Na antiga Aumpram, as entidades que se manifestavam eram os Nyrmanacayas


e os Encantados (espíritos que nunca reencarnaram no planeta) e se apresentam no
triângulo da forma nas vibrações de anciãos, instrutores e puros, o que nos dias de hoje
corresponde aos pretos velhos, caboclos e crianças.
 - As formas de pretos velhos e caboclos foram escolhidas quando se estabeleceu
o reinicio da umbanda para aproveitar a tradição xamanica do povo brasileiro, acostumada
aos escravos africanos e índios brasileiros.

OBS: no centro dos triângulos invertidos está Oxalá

Observações
• Os chefes de legião (ou orixás menores) geralmente não se manifestam através
da mecânica incorporação ou irradiação. Só mesmo através da comunicação mente a
mente. Se desdobram em sete, e isto significa que abaixo dos 7 chefes de legião de cada
linha, estão 49 entidades, de hierarquia imediatamente inferior, com os mesmos nomes,
que são os chefes de falanges. Abaixo deles estão os guias, em número de 343. E abaixo
deles estão os protetores, em número de 2401. Para cada linha. Guias e protetores se
manifestam sob os mais variados nomes.
• Obs. Não é incomum vermos algumas entidades se manifestarem com os
mesmos nomes de chefes de legião, por exemplo, quando seu conhecimento demonstra
obviamente que não o são; isto se dá, geralmente, apenas como uma forma carinhosa de
manifestação ou por desejo inconsciente ou não do médium. Todos estão fazendo sua
caridade.
• Isto quer dizer que o mesmo caboclo Pena Branca, por exemplo, que se
manifesta num centro, não precisa ser , necessariamente, aquele que se manifesta em
outro.
• Além dessas entidades, estão aquelas que fazem parte de agrupamentos,
enfeixadas nas diversas linhas, com um número ilimitado de entidades. Os agrupamentos
mais conhecidos são os agrupamentos das Almas (conhecido como Linha das Almas),
enfeixados nas linhas de Xangô e de Yorimá e o agrupamento do Oriente (enfeixado na
linha de Oxalá).
Guias e protetores
• Os guias podem se apresentar com vários corpos de ilusão e os protetores
apenas com um único corpo de ilusão. Corpo de ilusão é a forma plasmada pela entidade
para se manifestar. Por exemplo, uma entidade que se manifesta na umbanda com o
nome de Pai Benedito, pode se manifestar no Kardecismo, por exemplo, com o nome de
dr. Fulano de Tal, e assim por diante.
 • Obs. É interessante notar, quando se fala em corpo de ilusão, que cada vidente,
vai “ver” ou ouvir, compreender ou deduzir, aquilo que já acredita, ou melhor falando,
aquilo que já é um engrama* registrado em seu cérebro. Por exemplo, num dia de
caridade de caboclo um consulente chamou um dos médiuns da casa e, maravilhado,
confidenciou sobre os belos índios que se encontravam trabalhando com os médiuns. O
mesmo médium ao olhar para a mesma corrente de trabalho via, no entanto, apenas
sacerdotes e magos, paramentados com seus trajes tradicionais auxiliando na assistência
dos consulentes.
Engrama: quando vemos um gato, reconhecemos imediatamente que aquilo é um
gato, pois já temos registrado o engrama “gato” em nosso cérebro. Mas, se nunca
tivéssemos visto um gato, ao vermos o animal, ficaríamos pensando do que se trataria. Da
mesma forma que se o engrama caboclo está registrado como um silvícola, ao nos
depararmos com um, vamos reconhece-lo de acordo com o registro que já temos. Por isso
o acúmulo de cultura, altera os engramas e nossa capacidade, inclusive de
desenvolvimento mediúnico. Os registros podem ser sensoriais ou culturais. Quando
lemos um livro compreendemos a história e montamos o cenário de acordo com nossos
engramas, isto é, de acordo com os registros que já temos. Por isso, é preciso cuidado
com aquilo que você acha que está vendo, pois pode não corresponder à verdade. •
 Os guias são entidades que estão encerrando praticamente seus compromissos
cármicos (podem ter ainda algum resíduo de carma – muitos já são o que chamamos de
Nyrmanacayas, isto é, entidades que já esgotaram totalmente seus carmas).
• Os protetores são entidades que ainda tem pela frente de 2 a 4 reencarnações.
• Chefes de legião e chefes de falange não incorporam.
• É importante esclarecer que muita gente confunde entidades auxiliares não
enfeixadas na síntese do movimento da umbanda com guias e protetores, como é comum
acontecer no kardecismo, por exemplo, onde qualquer espírito bondoso que se apresente
na mesa de intercambio, ou até mesmo parentes de trabalhadores da casa nas mesmas
condições, são chamados de protetores. O pior é que o mesmo se dá com entidades
malévolas que vêm às casas de umbanda para atrapalhar ou brincar e muitas vezes
conseguem, até com facilidade (lembrando sempre que entidades trevosas, muitas vezes,
têm os mesmos conhecimentos de entidades de luz e sabem também falar com palavras
doces), se fazer passar por guias ou protetores. A diferença não está, portanto, no que
eles dizem de forma geral ou na forma como dizem, mas no conteúdo do que dizem, isto
é, naquilo que podem induzir médiuns ou consulentes a pensar ou fazer. Isto é, a parte
moral de sua fala. É preciso pois atenção de médiuns e cambonos, pois um guia ou
protetor verdadeiro nunca pedirá que alguém faça ou pense qualquer coisa que vá contra
aquilo que a umbanda acredita (por exemplo: fazer o médium beber ou pedir um sacrifico
de animal ou qualquer ato que implique numa atitude não amorosa, etc). Nunca esquecer
ainda que a entidade de luz jamais inferirá no carma do consulente.

“Duvide sempre de seus conhecimentos e verdades, cultivando a sabedoria dos


sentimentos. Não há como errar amando de forma pura e desinteressada. Não tenhamos
fé pelos títulos, pelos ditos sábios; tenhamos fé quando reconhecemos em nossos
corações a coerência, harmonia e sabedoria da mensagem. Muitas vezes nos iludimos
criando sentimentos de sabedoria por exaltação destes sábios; este é o caminho mais
curto para nos afastamos do nosso eu, do nosso caminho ao Senhor”
EXU– AGENTES MÁGICOS E EXECUTORES DA JUSTIÇA KÁRMICA

Na umbanda esotérica o conceito de exu não é o mesmo que existia nos


meios umbandistas e cultos afins. O conceito de exu deixara de ser ligado a
figura do Diabo, do demônio ou de outras aberrações, que se munem de capa
preta, tridentes e outros apetrechos para fazer o mal, usando o álcool, galo
preto, baixos pensamentos, fazendo uso de palavreados não condizentes com
os princípios da Umbanda.
Para os umbandistas da atualidade exu são TRABALHADORES DA LUZ que
exercem as seguintes funções:
- Agente da Magia Universal,
- Executor da justiça Kármica,
- Manipuladores das energias livres,
- Representam a polícia de choque do astral, enfrentando seres
malqualificados e a magia negra
- Realizam limpezas energéticas mais pesadas, de energias não
transmutáveis facilmente.
Exus apresentam energia muito próxima a energia dos humanos.
Transitam por diferentes planos do astral. Trabalham nas encruzilhadas
energéticas, no entrecruzamento energético das linhas da umbanda, no baixo
astral, em locais de energias densas e como guardiões de portais que dão
passagem às sombras.
Observando o gráfico das zonas astrais podemos ter uma noção melhor
dos planos de atuação dos Exus, de sua proximidade com os humanos, bem
como da atuação nos planos inferiores:

GRÁFICO DAS ZONAS ASTRAIS:


É importante compreendermos que existem em todos os Orixás os seus
opostos negativos que representam o equilíbrio das duas forças positivas e
negativas, agindo em harmonia quando o médium tá equilibrado, o negativo
são os Exús de Lei ou Exus ligados aos Orixás, os Exus da Lei da Umbanda
são entidades atuantes no nosso plano, como agentes do karma, sob as
ordens de Ogum, todos os Guias ou Mentores trazem consigo Exus em
evolução, liberados para atuarem junto ao médium nos seus trabalhos, mas
quem anota o que essas forças fazem é Ogum, que é o Guardião da Lei Maior.
Quando falamos negativos, não estamos dizendo ruins. Nos referimos à
polaridades energéticas que se complementam.

ORIGEM

No início, o baixo astral era povoado por seres negativos, muitos vindos de outras
dimensões, ou planetas, com a crescente involução do planeta, ou seja, guerras, racismo,
perseguições etc., com o aumento dos sentimentos negativos, ódios, raiva inveja etc., esta
fileira foi aumentando.
No caso especifico da linha da Quimbanda, acredita se que no caso dos Exus
trabalhadores da faixa chamada Umbanda, a Quimbanda , começou como Quiumbanda,
ou kiumbanda, originou-se das batalhas, das perseguições travadas pela ganância,
exemplo, a Pagelância , culto aos ancestrais, e rituais praticados pelos índios, que foram
perseguidos pelos brancos, que invadiram ( eles dizem que descobriram), suas terras, os
negros africanos, (candomblé) perseguidos pelos brancos, que os escravizaram, tirando-
os de sua terra amada, onde muito eram Reis, fortes guerreiros valentes, sacerdotes de
suas Religiões e seitas; os brancos por sua vez, sentiam-se ameaçados, e melhores que
as outras duas raças.
Estes quando desencarnavam, cheios de ódios, e sentimentos de vingança, não
conseguiam enxergar nada além de sua sede de vingança, foram de juntando no baixo
astral, ganhando forças, no ódio crescente na Terra, formando assim uma corrente
negativa, a chamada Kiumbanda, com o passar do tempo, esta fileira continuou a ser
engrossada por todo aquele que se julgava “mau”, não merecedor da Luz.
Mais tarde por influência do Astral Superior, e seus incansáveis trabalhos na busca
da evolução destas almas, formou-se a Quimbanda, onde aqueles que aceitaram, a luz, ou
a busca por esta luz, começaram a trabalhar nos ajustes dos karmas, seus e de
outras almas, também foi “colocado” no meio destes, almas mais evoluídas para que
pudessem orientá-los , e assim, separou as correntes, a quimbanda ou Kimbanda, é
formada pelos Exus, trabalhadores da luz, ou seja seres que aceitaram ajuda, e que
buscam evolução ,( e de todo não eram tão maus assim, como acreditavam) mas não
estão fora da Lei de ação e reação, tudo que fizerem lhes é cobrado, bem como quando
estão em trabalho na Umbanda, estão sobre os olhos da Lei, assim como todos nós.
Por trabalharem nos ajutes kármicos é que os Exus  são considerados executores
da lei do karma.
A linha de Exus é uma linha independente, assim como Ibeji,(Yori-crianças), mas
engloba-se no Plano número 1 da Umbanda, através do qual tem acesso aos planos
positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho junto a humanidade.
A Quimbanda, é uma linha paralela á Umbanda, pode se dizer então; que ‘tudo “é
Umbanda, são linhas que se completam, que caminham juntas, uma não existe sem a
outra, uma é a paralela ativa, outra a paralela passiva, esotericamente, entendesse que a
paralela ativa seja Umbanda, e a paralela passiva é a Quimbanda, na verdade tudo faz
parte da Umbanda, inclusive a Quimbanda , onde atuam os Exus. Isto faz com que se
conclua que todo o espirito que recebe a denominação de Exu atua na Quimbanda,
portanto são Exus da Umbanda, Exus da Lei. É importante não confundir eguns,
zombeteiros, e mistificadores, com Exus. Exu é espírito trabalho da luz,  é a Polícia de
Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação
com os seres encarnados.
Quando estudamos a origem cósmica da umbanda, vimos que juntamente com o
espírito venuziando Thamataé (Cabococlo das 7 Encruzilhadas) veio para a Terra o seu
irmão gêmeo, Kalami, o qual foi responsável por comandar os Agentes Mágicos (exus),
usando como veículo um exu guardião (Exu das 7 Encruzilhadas) para se comunicar a
través da mecânica da intuição.  Kalami governou anteriormente a cidade das pedras,
Itaoca, onde a magia negra grassava em profusão, sendo o local depois conhecido com o
nome de Sete Cidades, cujas ruínas permanecem até hoje no estado do Piaui.
Kalami, cujo nome esotérico significa “A serpente da Sabedoria da
Tríplice Potencia” se tornou uma lenda, um dos muitos deuses dos antigos,
como por exemplo Hermes, no Egito, que ninguém mais era que Toth, o
venerável espírito oriundo de Óriun, que comandou a migração dos atlantes
para o Egito, ou Manco-Capac nos Andes, que era um dos companheiros de
Thamataê, quando de sua vinda para o planeta com seu mestre Aramu-Muru; e
como eles, muitos outros.
Na antiga Atlântida, Kalami e Thamataé vieram com a missão de fundar
os primeiros Templos de Luz na parte que restou do continuente Lemuriano
(hoje África).
Quando o astral superior organizou a volta da Aumbandan, a Umbanda,
no Brasil, Kalami manifestou-se como Exu das 7 encruzilhadas, ligado ao Orixá
Oxalá, que veio em auxílio ao seu irmão Thamathae (Caboclo das 7
Encruzilhadas), para organizar o trabalho dos Agentes mágicos.

HIERARQUIA DOS EXUS

Cada um dos 7 Orixás Menores da umbanda tem Guardiões


correspondentes para as sombras, ou seja, Emissários da Luz para as
Sombras. Essas Entidades são chamadas de Exus Guardiões, os quais são
serventias e elemento de ligação com os Orixás.
Os 7 Exus Guardiões são:
EXU 7 ENCRUZILHADAS — serventia direta de OXALÁ;
EXU TRANCA-RUAS — serventia direta de OGUM;
EXU MARABÔ — serventia direta de OXOSSI;
EXU GIRA-MUNDO — serventia direta de XANGÔ;
EXU PINGA-FOGO — serventia direta de YORIMÁ;
EXU TIRIRI — serventia direta de YORI;
EXU POMBA-GIRA — serventia direta de YEMANJÁ.

No seu desdobramento gráfico, os Orixás se dispõem em dois triângulos


invertidos, como vimos na aula passada. Por serem os elementos de ligação e
serventia dos Orixás, os Exus, se encontram nas intersecções dos dois
triângulos invertidos, sendo que o sétimo estará no prolongamento das sete
interseções. Essas interseções representam as ENCRUZILHADAS, daí o nome
Povo da encruzilhada.

Quando falamos encruzilhada, entenda-se os entrecruzamentos


vibratórios das linhas de força, onde os Exus são chamados a atuar,
manipulando-as para diversos fins. No sentido popular, passaram a ser as
encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nas quais é comum vermos certas
oferendas aos vulgarmente chamados compadres, homens da encruza, no
entanto esta foi mais uma deturpação, trazida pela ignorância.
O que antes era normal, entregar oferendas, nas encruzilhadas, na
certeza de que estas seriam recebidas pela vibração dos Exus de verdade,
hoje , já não é mais seguro, pois , estas em sua maioria já foram tomadas,
pelos, seres doentes, perturbados do baixo astral.

Para melhor compreensão da hierarquia dos Exus, é necessário


compreender que cada um dos Exus Guardiões se desdobra em seis com o
mesmo nome, que são individualizados e incorporantes. Denominam-se os
EXUS COROADOS, e tem o grau de Chefes de Legião. São ao todo 42.
Esses Exus denominados Coroados, formam a Coroa da Encruzilhada.
São coroados pois são os mais elevados dentro da Hierarquia dos Exus, ou
componentes da Cúpula dos Exus, ditos guardiões. Receberam a coroa do
compromisso de serem os Agentes da Justiça Kármica e Agentes da Magia
Cósmica. Dedicam-se à prática do bem, e servem para policiar o baixo astral,
seguindo a ordem dos Orixás, e também para anular a magia negra.
Cada um desses Chefes de Legião se desdobra em seis, que trabalham
sob suas ordens, num total de 252, chamados de EXUS BATIZADOS e tem o
grau de Chefes de Falange. Esses Exus também são incorporantes.
Estes igualmente se desdobram em seis cada um, constituindo um total
de 1.512 Exus.
Das sombras para as trevas há os Exus pagãos  (1º ciclo), os quais
arrebanham os kiumbas, rabos de encruza e toda sorte de almas aflitas,
penadas, desesperadas e revoltadas.
A Hierarquia pode ser melhor visualizada através do gráfico abaixo:
Exus também trabalham ou manipulam as energias livres. Como
energias livres, entendemos toda transformação de matéria em que há
liberação de energia. A matéria física, transformando-se em matéria astral,
libera energia física ou produz resquício de energia. A morte física, ao liberar o
corpo astral do corpo físico denso e do etérico, libera energia, sendo que essas
energias, se não forem transformadas ou armazenadas, serão utilizadas por
Entidades malfazejas, nas mais diversas formas.
Muitos Espíritos desencarnados andam em busca de sensações e
energias livres que lhes sustentem seus desejos e objetivos escusos. São
como verdadeiros vampiros; aliás, são Espíritos vampiros, de aspecto
horripilante, que aterrorizam várias criaturas não acostumadas com suas
infelizes manifestações... Esses Seres Espirituais estão sempre próximos dos
cemitérios ou dentro deles, ou nos matadouros, nos açougues, nas tão
habituais churrascarias, nas casas de prostituição, nas casas noturnas onde há
vários vícios, tais como tóxicos, álcool e exacerbação da luxúria etc.
Não fica difícil também perceber que nas encruzilhadas de ruas, onde há
uma profusão de correntes mentais as mais disformes possíveis, coaguladas e
condensadas, eles também orbitam, em busca de satisfazer seus desejos e
necessidades mórbidas. Eis, pois, uma real interdição de se fazer as oferendas
ritualísticas a Exu Guardião nessas encruzilhadas de ruas, onde passam
transeuntes de todos os matizes e estirpes espirituais, sejam encarnados ou
desencarnados. É por isso que muitas Entidades chamam essas encruzilhadas
de ruas de portas cruzadas. Sim, são verdadeiras "portas", tanto de entrada
como de saída, para as mais baixas regiões do submundo astral e mesmo para
as regiões mais baixas e grosseiras do túnel de triagem, já em plena zona de
transição com o baixo mundo astral. São também essas encruzilhadas de ruas,
portas que se abrem ao que há de mais escuso em forças e Seres Espirituais
que orbitam nos cemitérios.
Esses Seres Espirituais que orbitam nas encruzilhadas de ruas são os
chamados Kiumbas, que estão a mando de verdadeiros magos-negros que se
encontram em suas cavernas ou em seus reinos de feitiçaria e de bruxaria, nas
covas ou cavernas de zonas subcrostais, como veremos logo mais. Esses
kiumbas, Espíritos velhacos e trapalhões, verdadeiros marginais, arrebanham
as almas penadas, aflitas e desesperadas, as quais vão engrossar a falange
maldita do ódio e da revolta, são coordenadas por verdadeiros magos negros,
gênios das trevas, filhos da insubmissão e da revolta, os quais mantêm
verdadeiros exércitos de marginais de todos os estigmas e que, vez por outra,
atacam as humanas criaturas que com eles se sintonizam ou se afinizam,
através dos mesmos sentimentos, desejos e ações nefastas. É contra esse
estado de coisas e fazendo oposição a esses Seres que atuam os EXUS.
Todos esses Exus são, portanto, valorosos Guardiões das Sombras para as
Trevas. Muitos deles são chamados de AGENTES DO EXU CAVEIRA* que na
verdade é um Exu de Lei que comanda todos os Exus das Almas, sendo um de
seus auxiliares avançados o Exu Tranca-Ruas das Almas, o qual é elo de
ligação entre a Encruzilhada de Lei (os Entrecruzamentos Vibratórios dos
Orixás) e o Campo do Pó (os Entrecruzamentos Vibratórios Humanos — das
correntes de pensamentos pesados, que orbitam invariavelmente no campo do
pó ou cemitério).
E pois completamente errôneo atribuir-se ao Exu Caveira certos
trabalhos de magia negra feitos nos cemitérios. O que ocorre é que seus
subplanos, vez por outra, são subornados. Sim, há suborno e deixam "passar
em branco", ou até ajudam, determinados magos-negros desencarnados e
mesmo encarnados em seus trabalhos maléficos feitos com as energias livres
e deletérias dos cemitérios, manipuladas e endereçadas por esses caudais de
subgrupos, os quais, quando são pilhados, são enviados a certas "zonas do
astral inferior", onde estacionam através de profundos transes hipnóticos,
através de efeitos mágicos promovidos pelos comandantes do exército do Exu
Caveira, os quais lhes manipulam a tela mental visando equilibrar-lhes
emoções e sentimentos. Isso, às vezes, pode demorar séculos.
Como vemos, nada fácil e nada de irresponsável tem o trabalho ou
função do Exu Caveira e sua corrente. Também aproveitamos a ocasião para
afirmamos que o Exu Caveira raramente se apresenta à clarividência e quando
o faz não é na forma de esqueleto ou caveira. Seus enviados por baixo, os
seus "criados", esses sim podem se apresentar como esbranquiçados e
macilentos ou encapuzados, percebendo-se nitidamente as 2 órbitas oculares
vazias. Não obstante serem Espíritos muito endividados, estão cumprindo sua
parte, e estão na senda da reabilitação, claro que tudo na dependência de suas
vontades e desejos, que são frenados e fiscalizados. Mas aí, como em
qualquer locus, há o livre-arbítrio (nessas regiões, às vezes, o livre-arbítrio é
relativíssimo e quase nulo). Salve pois o trabalho desse GRANDE AGENTE DA
MAGIA DAS ENERGIAS LIVRES, pelo seu trabalho incansável, há milênios,
em favor da melhoria do planeta, reajustando as almas insubmissas e
ignorantes e aparando arestas do submundo astral, onde, através dele e seus
comandados, atua a Misericórdia Divina.
Falando sobre os Exus e suas funções, não podemos deixar de citar que
quem pratica as ações maléficas, como gênios do mal, não são os Exus, mas
sim os marginais do astral, os quais são combatidos e frenados pelos
verdadeiros Exus. Assim, carecem de maiores fundamentos os Filhos de Fé
que os evocam para serem veículos de choques contundentes ou correntes
maléficas que pretendam atingir outro Ser Espiritual, visando seu malefício.
Quem em verdade recebe os ebós como carnes sangrentas, regadas a álcool
ou outra qualquer bebida excitante, nas encruzilhadas de ruas e mesmo na
"kalunga pequena" (cemitério), não são os verdadeiros Exus de Lei, e sim os
Exus Pagãos e os Kiumbas, ambos "linhas de frente" dos magos negros, que
de suas cavernas ou covas subcrostais os comandam nas mais baixas
correntes mágicas (magia negra) ou mesmo nas correntes de atritos e
perseguições a quem eles querem deleteriamente atingir, ou ainda aos Filhos
de Fé que com eles se afinizem ou se sintonizem.
São esses exus pagãos e rabos de encruzas que, quando pilhados pelos
verdadeiros exus, são disciplinados em verdadeiro "cárcere astral" que os
impede de reencarnar, pois eles estão sedentos das sensações humanas que
ainda precisam esgotar. Em obediência à Lei Kármica, Exu não lhes vincula o
"passe reencarnatório", algo que os atormenta, levando-os às vezes, a
verdadeira alienação mental, com completa deterioração de sua constituição
astral, podendo assim permanecerem, em estado de latência, vários séculos.
Como vínhamos falando, são esses marginais do astral e seus comandantes,
os magos-negros, que se comprazem em fazer o mal e atender aos baixos
desejos ou paixões desenfreadas das humanas criaturas, não os Exus de Lei,
que têm funções kármicas até no reencarne, em seus aspectos técnicos ou de
execução.
Outra importante função exercida pelos Exus é a função da limpeza de
energias mais densas. Os Exus trabalham limpando energias não passíveis
de transmutação, que são energias baseadas apenas nas sombras, sem efeito
que possa ser transmutado em algo bom, que precisa ser apenas
desintegrado.

RESUMINDO...

A  vibração Exu existe como intermediário como concretizador dos


idealizadores, que são os Orixás, no mundo das formas físicas e astrais. Exu
interfere no mundo físico e astral, no mundo mental essa interferência fica a
cargo dos orixás que manipulam energias mais sutis.
Exu não é bom nem ruim, é apenas exu, mas uma coisa é certa: exu
não é mau. hoje na Umbanda eles exercem uma função de regulador, é o
termômetro das condições astrofísicas do planeta, todo o emocional, todos os
instintos, todas as paixões, é isso que exu manipula, essas são suas
demandas, neutraliza aqueles que se afinizam com os planos mais baixos.
Ouve se também dizer: que exu tem 2 cabeças, querendo significar que
exu tem um lado que trabalha para o mal e outro para o bem, na Umbanda
Esotérica, isto não faz, sentido, pois, teria que se acreditar que quando as
entidades do bem vão embora , deixam os Exus para fazer o serviço “sujo” ou
seja o mal.
Exu não é dúbio, pois se num espaço um orixá/caboclo “desce” para
fazer caridade, como permitiria que exu baixasse e fizesse o mal, a lógica, o
bom senso e a razão nos fazem refutar estas idéias.
Mas, vale lembrar, estes são espíritos em evolução, claro que se são
aceitos como trabalhadores ou intermediários dos orixás, é porque têem noção
do certo ou errado, quando fazem qualquer ato que esteja em desacordo com a
Lei, também são enquadrados na Lei da Causa e Efeito, e do livre arbítrio,
prejudicando, sua evolução, bem como a de quem lhes solicitou o feito.
Os Exus manipulam os elementos e as energias, as quais os orixás são
senhores.
São espíritos em evolução, dentro de certas funções Kármica, o karma como
sabemos tem reajustes e cobranças estas são feitas pelos exús que fazendo cooperam
pelo equilíbrio da lei, equilibrando também suas próprias necessidades perante essa
mesma lei.
Representam a policia de choque do astral,  que fiscaliza e freia o
submundo astral, como vemos e ainda veremos mais, não são espíritos
irresponsáveis, maus e trevosos, os verdadeiros maus e trevosos são aqueles
que eles arrebanham , controlam e freaim. Manipulam energias livres e
realizam a limpeza das energias não transmutáveis

AULA 10 - PONTOS CANTADOS - EM REVISÃO

AULA 11 - PONTOS RISCADOS

Definição
O ponto riscado é uma “ordem” escrita a uma série de entidades. Quando um
médium risca um ponto irradiado por uma entidade, está mobilizando a falange que com
ela trabalha, ou outra, direcionando a energia mobilizada para o objetivo desejado,
dependendo do merecimento do consulente e da ética do médium.
 Os pontos riscados obedecem à vibração original ou flecha, da qual falaremos a
seguir.
Tudo começa com 1 simples ponto (1 ponto sozinho nada produz em termos de
magia, mas vários pontos geram uma linha e várias linhas fazem um ponto riscado).
Todavia é importante saber que o ponto riscado não produz nenhum tipo de magia
se não for impulsionado pelo pensamento.
 Muitos médiuns acreditam que podem simplesmente riscar o ponto e que as
entidades vão fazer tudo por ele. Vemos em muitos centros de umbanda médiuns riscando
pontos que de fato nada têm a ver com os princípios dos pontos riscados.
É possível que em alguns casos a espiritualidade considerando o merecimento do
consulente e o desconhecimento bem intencionado do médium, além de seu real desejo
de manipular forças amorosas para aquele consulente, promova o necessário para o
auxílio. Não se engane todavia o médium achando que está promovendo magia com
pontos sem os elementos básicos dos quais eles se compõem.
 Os sinais aqui apresentados são os chamados sinais positivos, que propiciam
apenas magia branca, digamos assim. De forma que não adianta a ninguém tentar fazer
outro tipo de magia usando estes sinais.
 Breve consideração teosófica
Entendimento inicial do ponto
 • (ponto) • Deus – Ativo, Unidade , Energia absoluta
( • )  Natureza, Passiva, A divisão, Reflexo da Unidade, Ser Reflexo ,

Elementos básicos de identificação dos pontos riscados


 (Oriundos dos desenvolvimentos das linhas, eles são três)
 - Flecha: identifica a vibração - forma da entidade. –
 Raiz: identifica a origem (a linha, uma das sete, a que pertence a entidade).
- Chave: identifica o elemento que a entidade manipula, Grau hierárquico
 Sinais positivos que identificam cada ponto (são 7) (os negativos são ocultos)

 1 - Flecha ou vibração forma (identifica a forma como a entidade se apresenta):


 A Flecha, que é baseada na linha, que por sua vez é formada de pontos,
representa o equilíbrio e a dualidade sendo, portanto, a vibração original ou reflexo da
escrita divina. Sempre orientada para o alto, para o céu, em louvor e respeito às
divindades que a ensinaram aos homens. No movimento da síntese da umbanda existem
três manifestações formas:
- caboclo -    preto velho – criança
 2 - Raiz ou linha (uma das 7) na qual a entidade trabalha:
 - Oxalá - Ogum - Oxossi - Xango - Yemanjá - Yori - Yorimá
3 - Chave (identifica o grau hierárquico da entidade): - Guia - Protetor
Obs. E também se é chefe de legião, chefe de falange ou de sub falange.
 4 - Planeta regente (planetas sagrados) e signo zodiacal:
 - Sol - Lua - Marte - Vênus - Júpiter - Saturno – Mercúrio
 5 – Cor fluídica
6 - Elemento que manipula, tattwa*, corrente cósmica e metal correspondente.
 7 - Entidades que comanda: - Naturais - Artificiais

Sinais grafados

1. Flecha ou vibração – forma da entidade


2.  Raiz ou linha da entidade: (o sinal grafado na flecha)
5. Cor Fluídica: O triangulo da forma fluídico plasmado no astral pelos orixás é
violeta , dourado e branco (que é cor da umbanda*)  e tem as seguintes representações
para as diversas linhas:
 verde Caboclos: (Oxossi)
Azul\ amarelo  (Yemanjá)
 Verde\vermelho\branco, as cores de Ogum
 Marrom\  vermelho , Xangô
 Branco (Oxalá
 Anil  \ branco e preto (Yorimá, Pretos velhos:)
 Alaranjado \ rosa e azul, ( Crianças: Yori)

As cores são consequência dos sons. São vibrações.

Obs: A cor da umbanda esotérica é a do 7°raio, o da Magia (dirigido pelo C. Saint


Germain, para se contrapor à magia negra, através de seu mediador que é o arcanjo
Ariel).
Obs. A grafia das cores é dada apenas pela cor da pemba  usada para riscar o
ponto , ( ou quanto estudarmos a magia do fogo, também será importante)
Observações
 O médium precisa controlar seu desejo de colocar no ponto todos os sinais ou
desejar que “sua” entidade tenha uma alta hierarquia, pois isso nada significa no plano
espiritual.
 O que importa é o trabalho na caridade, independente de tudo o mais.
Naturalmente é preciso também compreender que não há como uma entidade de alta
hierarquia se manifestar por um médium que não tenha na vida um comportamento
condizente com a ascendência moral da mesma (semelhantes se atraem, diz o ditado).
Que ninguém espere ser na vida uma pessoa raivosa, rancorosa ou ranzinza, ou quem
sabe melindrosa, insatisfeita ou vaidosa, ou ainda egoísta, gananciosa ou arrogante, não
tolerar ser contrariado, beber ou fumar, ser de fácil irritabilidade ou ainda ter uma vida
sexual desregrada ou “casos” fora do casamento e ainda assim achar que vai receber uma
entidade de grande luz, porque não vai mesmo. Podemos até riscar pontos que
impressionem as pessoas, mas não podemos enganar o plano espiritual e desta forma
nenhuma magia será mobilizada por ele, na medida que toda magia é mental (o ponto é
um instrumento de concentração do médium).
Exemplo. Cabocla Jurema  Entidade Guia - Chefe da Linha de Oxossi,
 É preciso lembrar que existe apenas uma cabocla Jurema igual a que é Guia
Chefe no nosso Grupo, com estas características. A entidade que se manifesta num
determinado centro não é a mesma que se manifesta em outro. Isto quer dizer que muitas
entidades podem até se apresentar com esse nome, o que não significa ser a mesma.

Explicações adicionais
Pode –se  observar que  as entidades podem ser “cruzadas” com outras linhas.
Exemplo , caboclo da linha de xangô cruzado com a linha de obaluaye,  terá
grafado  ao longo da Flecha tanto a Raiz de xango (a linha original) quanto a de obaluaye
(linha com a qual é cruzado). Ser cruzado significa que trabalha nas duas vibrações.
Naturalmente uma entidade dessa hierarquia pode trabalhar em qualquer linha, mas
originalmente trabalha nas duas. Ele poderia também ter grafado as duas Flechas com as
duas Raízes, uma cruzando sobre a outra.

Outras informações.
 As entidades podem ainda ser “ligadas” com outras linhas. Estar “ligado” com
outra linha significa que a entidade trabalha, eventualmente, junto com a outra linha,
dependendo da necessidade do trabalho. A Flecha da linha não original à qual a entidade
está ligada. É grafada ao lado da original, em tamanho menor.  Esta é apenas outra forma
de se identificar. Poderia grafar três, por exemplo, ou ainda grafar uma virada para a
direita, como deve ser originalmente quando a entidade grafa apenas uma Flecha, e outra
para a esquerda.
* Normalmente  que cada médium recebe duas, no máximo três entidades (as
demais geralmente são corpos de ilusão das demais), ou seja ,desdobramento da
vibração, Exemplo:  se o caboclo Guia achar necessário em um atendimento trazer a
Vibração de outro, traz desdobrando a vibração,  Isto no caso da entidade atuar no nível
de Guia.
Alguns casos , o médium ser desenvolvido para trabalhar , abrir frequência com 7
orixas, (mas, não é comum)
 O Caboclo das 7 Encruzilhadas, por exemplo, o fundador da umbanda,
manifestado exclusivamente no médium Roger Feraudy durante muitos anos (depois de
Zelio,  claro, ver  História da umbanda), apresentava-se com vários corpos de ilusão, como
Caboclo Anhangá (na vibração de Xangô), por exemplo, ou ainda como Simeon, o mago,
entre outros, dependendo da necessidade da tarefa a ser realizada.
Mandalas:
Constituídas de um desenho circular, aonde no seu interior vemos formas e figuras
variadas. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o
Cosmo. No interior da Mandala temos sempre um ponto central, que representa sua
essência, e dele partirão todos os demais elementos. Esse ponto representa Deus
(consciência Universal, Deusa, universo cósmico)do qual partiu todas as coisas existentes
no planeta. Existem dois tipos de mandala, mandala aberta, e fechada.

 Mandala aberta:
A ação da Mandala aberta é ampla e vasta, envolve a todos e a todo o terreiro.
Dentro de um terreiro normalmente esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou pela Mãe
espiritual, porque nesse caso está expandindo a energia para todos.

Mandala fechada:
A ação da Mandala fechada, é a ação concentrada, delimitada e limitada, a
entidade neste caso cria um verdadeiro campo de força, usado em solicitações específicas
e nos pontos identificatórios.
Na Mandala são colocados elementos simbólicos ancestrais, ao desenhar uma
mandala, ou seja, ao ser riscado um ponto, é criado um instrumento sagrado.

Pemba:
A pemba é uma pedra de calcário, que nossos guias utilizam para riscar seu o
ponto de energia de acordo com a sua vibração. Ela é parecida com um giz, e pode
apresentar várias cores de acordo com a vibração ou linha da entidade.
A pemba consagrada pode ser ralada e utilizada para cruzar o ambiente e filhos de
santo. Desta forma ela é soprada nos pontos cardeais do ambiente para que se de a
firmeza, ou sobre o ori (chacra coronário) para dar firmeza e assentar energias.

Símbolos e cores:
Todos os Símbolos partirão de um ponto no interior da Mandala. Os símbolos e as
cores da Mandala criam a força que define a ação vibracional da Mandala (Ponto riscado).

Mais sobre a  Grafia de Umbanda e seus significados:


Cada traço, cada forma tem um significado e de acordo com a ordem, a direção e a
maneira como os símbolos se posicionam podem revelar muitas informações sobre a
manifestação espiritual ora transcrita através do ponto riscado e sua missão de trabalho.
Círculo – O Universo, a Perfeição.
- Circulo aberto – energia expandindo;
- Circulo fechado – energia concentrada;
- Circulo com um ponto – ser supremo, símbolo de Oxalá;
 Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si – O Plano Divino, o Quaternário
Espiritual.
Círculos Menores e Semicírculos – A fases da lua (símbolo de Iemanjá), força de
luz inclui Iansã.
Círculo com Estrias Externas – O sol (símbolo de Oxalá).
- Hexagrama ( dois triângulos ) – masculino e feminino, as forças divinas
- Um Pentagrama -A Estrela de Davi e o Signo de Salomão
A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.
- Balança, Machado ou Nuvem – Símbolos de Xangô e do Oriente
- Raio – Símbolo de Yansã ( mudança dos tempos, intensidade, forte energia)
- Espada Curva – Símbolo de poder e força, a luta do bem contra o mal, símbolo
de Ogum;
- Espada Reta – Símbolo de Iansã.
- Coração – Símbolo do amor, da força dos sentimentos que unem os homens,
símbolo de Oxum; a Flor também é um símbolo de Oxum.
- Tridentes – Símbolo antigo de força, representando a força do Deus Netuno que
tinha no tridente a representação dos pólos que comandavam aquela civilização. Símbolo
usado por exus e pomba giras devido ao sincretismo. Observam – se tridentes de risco
quadrado para exus (compadres) e de risco arredondados para pomba giras.
- Cruzeiro – Símbolo das almas e do encontro dos desencarnados. Muito comum
nos pontos de pretos velhos e exus de cemitério.
- Caveira – Não simboliza a morte. É a identificação dos espíritos que militam nas
esferas da calunga pequena (cemitério).
- Flecha para cima – Símbolo da busca espiritual , do objetivo, do alvo a ser
atingido. Símbolo dos falangeiros de Oxossi.
- Arco e Flecha – Símbolo dos falangeiros de Oxossi
- Fases da lua , Cheia – Símbolo da magia oculta, símbolo de Yemanjá,Crescente
– Renovação de forças, Nova – Força plena, Minguante – descarrego ou pólo invertido
- Um Quadrado – O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar). (xango)
- Espiral - Para fora indica chamamento de força, retirando demanda.
- Coração com uma Cruz no Interior – Símbolo de Nanã.
- Traços Pequenos na Vertical (chuva) – Símbolo de Nanã.
- Cruz Grega Negra – Com pedestal, símbolo de Omulu.
Arco-íris – Símbolo de Oxumaré.
- Estrela Branca (Oriente) – Luz dos espíritos.

- Conchas do Mar – Símbolo das crianças.


- Águas Embaixo do Ponto – Símbolo de Iemanjá (mar).
- Pequenos Traços de água – Símbolo de Oxum.
- Rosa dos Ventos – Chamamento de força ou descarrego.
Existem muitas grafias utilizadas por nossos guias e essas são algumas mais
comuns. Porém no Ponto riscado está o segredo e assinatura de cada entidade, aonde
poderemos perceber símbolos ainda desconhecidos apresentados pelas mesmas.
Por isso cabe a nós o estudo e a avaliação, não só do Ponto riscado, mas da
manifestação e da confirmação do Guia como um todo, onde tem que prevalecer sempre a
energia que está vibrando.
Tábua de Ponto:
Os pontos podem ser riscados em qualquer local, porém se recomenda ao médium
que tenha uma tabua de ponto confeccionada em madeira de boa qualidade (cedro ou
pinho). Ao término do trabalho o médium deve sempre apagar o ponto no sentido horário
com bucha vegetal e seca.
Bucha Vegetal Seca, para apagar os pontos riscados.

PONTOS RISCADOS - ESCRITA MAGISTICA DOS GUIAS SIMBOLOS


SIGNIFICADOS
Ondas do Mar – Iemanjá ou Povo do Mar, risco de Grande Força.
Sol – Força Criativa, Luz, Início da Criação
Cruz – Fé Cristã
Âncora – Esperança
Coração – Caridade
Flecha – Vibração de Caboclos
Raio – Força dos Elementos da Natureza
Tridente – Trabalhos de Magia
Espada – Vibração de Ogum
Estrela – Povo do Oriente, Alta Magia
Circulo Evolutivo – Símbolo de Amarração
Lua Crescente – Vibração Magnética da Lua
Saturno – Vibração dos Astros
Machado de Dois Cortes – Povo das Matas, Vibração de Xangô
Cobra – Símbolo de Cura
Cometa – Estrela Guia, Povo do Oriente
Arco – Oxossi e seus Caboclos
Espiral Ascendente – Evolução Espiritual
Balança – Irradiação de Xangô
Chave – Abertura de Caminhos Fechados

AULA 12 

DESPACHOS E OFERENDAS
DEFINIÇÃO
DESPACHOS: é uma espécie de magia, que podemos usar  para fins de
magia dirigida, positiva ou negativa (Feraudy)
OFERENDAS: é um presente, uma oferta aos Orixás para captar
vibrações, ou melhor, para harmonizar vibrações (Feraudy).
HISTÓRIA
O ato de realizar oferendas é um costume universal muito antigo, que
não se sabe ao certo quando ou de onde se originou. Desde sempre o homem,
em diferentes lugares e momentos históricos, no intuito de buscar soluções
para os seus conflitos, fazia oferendas às forças e aos poderes superiores,
pedindo em troca alguma forma de auxílio para seus problemas.
Com o passar dos tempos, cada povo, cada religião se desenvolveu e
evoluiu sua forma de ofertar, criando rituais coletivos em locais, dias e horas
marcados, no intuito de receber algo de bom como retorno. 
Os povos africanos e indígenas dos quais se originaram o culto da
Umbanda, não foram diferentes disso.
No seio dos escravos havia muitos Seres Espirituais abnegados que,
com paciência e persistência, transmitiam bom ânimo aos seus iguais,
incentivando-lhes a resignação e a tolerância. Mas a verdade é que nem todos
aceitavam esses valores. A grande maioria jamais se conformou com o peso
das algemas e reagiu com ódio, sangue e violência, como também utilizaram-
se de suas práticas religiosas, que já estavam deturpadas há milênios,
degenerando-as ainda mais para a prática aberta da magia como agressão,
violência, sangue e morte. Assim é que evocavam tudo que havia de mais
escuso no submundo astral (kiumbas), como também nas zonas abismais,
através de um baixo sistema mágico-vibratório, nas tão propaladas oferendas
ritualísticas que utilizavam. Assim, a vingança se organizava de forma física e
astral, perseverando o conflito racial nos dois planos da vida.
Os povos indígenas também tinham sido oprimidos pelos brancos, e
muitos reagiram de forma idêntica aos seus irmãos negros. Assim é que o
negro africano aportado no Brasil, em comunhão com as nações indígenas
completamente degeneradas em sua cultura, inclusive no setor religioso,
firmaram seus protestos na luta pela liberdade, nos seus sentimentos e
desejos, através de seus ritos religiosos.
Dessa fusão surgiram e permaneceram praticamente até os dias atuais
os mais variados ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais de seus
fundadores na época, nem todos com ideias e sentimentos nobres. A maioria
desses ritos já amalgamados e sincretizados tinham como base sentimentos de
ódio e vingança, que se consubstanciariam nas práticas mais baixas da magia,
na própria magia negra em ação, alimentada com um baixíssimo e agressivo
sistema de oferendas.
O uso de animais presente em rituais desde tempos remotos como
oferendas, foi deturpado por muitos seguidores dos cultos
africanos. Muitos africanos originalmente tinham conceitos metafísicos e
esotéricos da mais alta escola iniciática que, infelizmente já perderam-se há
muitos milênios. Inicialmente usavam o sangue vermelho animal, por exemplo,
sem sacrificá-lo e vibrava esse sangue, numa determinada Lua, sobre o ori
(cabeça) do indivíduo, fazendo então uma transferência de elementos vitais,
que era o axé, tudo relacionado com os Elementares e os elementos radicais
da Natureza, tais como: o fogo, a água, a terra e o ar. Era o único ritual em que
se usava o sangue animal vermelho e assim mesmo sem sacrificá-lo, e não
para louvar Orixá  ou "assentar Orixá" ou qualquer outra Entidade sobrenatural,
quer seja no mundo físico ou astral.
Porém, os Cultos de Nação Africana, de há muito não praticam esses
puros e reais ritos iniciáticos. Infelizmente inverteram-nos e interpolaram-nos e
essa Tradição foi postergada. Foi a má interpretação de alguns homens
associada à intenções de usar a magia com finalidade de violência, ódio e
vingança que deturparam o uso ritualístico das oferendas, passando a fazer
uso desenfreado e negativo do sangue e da matança de animais.

O entendimento que se tem na Umbanda é de que Orixá ou qualquer


outra Entidade de Luz não se compraz com a agonia de um ser vivo, quer seja
para louvá-lo ou para ritualizá-lo.

PRINCÍPIOS
            Segundo Norberto Peixoto, no Brasil é muito comum
observarmos o acúmulo de oferendas nas ruas, esquinas, praças, praias e
outros locais públicos. A legislação do estado do Rio Grande do Sul protege
esse tipo de oferenda, em função da defesa da liberdade religiosa.
            É sabido que há diferenças entre os cultos de Umbanda,
Candomblé, Batuque entre outros cultos de matriz afro. Mas, infelizmente, há
muitas pessoas que se dizem umbandistas e fazem oferendas em locais
externos. Acabam assim contribuindo para que as pessoas que não tem
conhecimento julguem pejorativamente esse ato e os atribua aos umbandistas
de modo geral. Quanto em verdade sabemos que é fundamento da Umbanda
não realizar despachos em encruzilhadas, com animais mortos, poluindo os
espaços públicos.
            Norberto Peixoto nos traz importante questionamento sobre esse
aspecto: “Como que essas religiões, que defendem e cultuam a natureza,
fazem esse tipo de coisa? “ A questão é que o problema não são as religiões e
sim as pessoas que praticam, sem conhecimento esses atos, denegrindo a
imagem da Umbanda.
            A Umbanda defende o culto ao Orixás sem denegrir a natureza,
sem polui-la. Não se usam materiais poluentes como plástico, vidro, papel,
fitas, laços. Apenas aquilo que pode ser degradado naturalmente. Além disso,
procura-se respeitar os limites das outras pessoas, não agredido nem
violentanto consciências ou o espaço que é de todos.
            As oferendas junto a natureza seguem o princípio de que essas
ofertas sejam compostas de energias primárias dos quatro elementos. A ideia é
restituir à natureza aquilo de que se está precisando para refazimento, para
recomposição do equilíbrio mediúnico, e assim mantendo respeitosamente a
hormonia da natureza doadora. A simples presença junto a natureza já seria
suficiente para tonificar o homem. Na verdade, as oferendas são um
mecanismo de auxílio válido que serve de apoio externo para um intercambio
magístico com os elementais. A força mental das invocações no momento da
oferenda é que acessa a assistência amorosa dos bons espíritos, que utilizam-
se da energia pranica dos objetos oferendados para harmonizar a egregora
coletiva ou o objetivo oferendado.
Nenhuma oferenda deve agredir a Natureza, sob qualquer aspecto (daí, também, a
Umbanda não trabalhar com sacrifícios). Portanto, não devemos deixar garrafas, lixo,
material que a Natureza não absorva etc.
A verdadeira oferenda é uma restituição de energias, o que equilibra o indivíduo e
lhe ativa várias funções.
            Outra questão importante a ser esclarecida é que Umbanda não
recorre a sacrifício de animais, nem ao uso de sangue. Entendemos que tais
práticas são legítimas de outros cultos. Respeitamos e compreendemos esta
prática. Entendemos que, em alguns casos, muitos curiosos se dizem
praticantes do ritual africano, mas dele não conhecem absolutamente nada,
fazendo com que muitos acreditem que os rituais de nação são bárbaros e fora
de propósito. Os que assim pensam é porque, com certeza, não estiveram num
ritual de nação seleto; viram sim é misturas em cima de misturas, repletas de
deturpações, algumas até absurdas, que são sim pontes de ligação com o
mundo trevoso, com seus kiumbas, arregimentados pelos sorrateiros e não
menos frios e calculistas magos-negros do reino da Kiumbanda.
Embora esses agrupamentos sejam pontes para o baixo astral, de todas
as formas a Corrente Astral de Umbanda está interpenetrando lentamente
esses subúrbios avançados do submundo, na expectativa de frenar sua ação.
Não somos a favor das matanças, ebós, obis e orobôs dos Cultos de Nação
Africana, mas não podíamos atribuir a eles fardos que não lhes são devidos.
Acreditamos que tudo tem uma razão de ser e existir; assim, acreditamos que o
Culto de Nação atende aqueles que ainda estão presos karmicamente ao seu
tipo de ritual, que ainda necessitam deste tipo de prática, por interpretarem que
a religião é assim. Entendemos que essa é a forma que eles entendem a
religião. Nós compreendemos diferente. Mas o que nos interessa no momento
são as oferendas na Sagrada Corrente Astral de Umbanda que existe sim, mas
para movimentos de forças mágicas, nunca com o uso de animais, vísceras ou
sangue. A oferenda na Umbanda é mágica. Procuram-se elementos básicos,
pois interessa-nos sua repercussão no plano etérico e astral, como também a
movimentação mágica que vem pela evocação dos elementares, os ditos
Espíritos da Natureza.
Pelo exposto, concluímos que a oferenda é inerente à movimentação
das forças mágicas e essas são movimentadas através dos elementos radicais
da Natureza, que se associam aos sólidos, líquidos, gases, éteres, etc.
Também movimentam e atraem a corrente de Elementares, Seres Espirituais
que não encarnaram ainda uma só vez sequer, e que estagiam nos reinos da
Natureza, sendo que, em última análise, as oferendas estão diretamente
ligadas aos Elementares, que podem ser serventias de um Caboclo, Preto-
Velho, Criança e mesmo de um Exu Guardião, que também sabe como
movimentá-los.
            A prática de sacrifício de animais seria um contra senso, pois
Umbanda é amor, cultua as forças da natureza, honra tudo que é vivo. Seria
imcompatível seifar uma vida e ao mesmo tempo fazer caridade, que é a
essência do praticar amoroso que norteia a umbanda.
            É muito importante distinguir as oferendas comuns na umbanda,
ligadas com a magia da natureza, dos despachos de encruzilhadas, que
alimentam o astral inferior, em processo simbiótico vampirizador, fruto dos
interesses mundanos de médiuns macumbeiros que a tudo resolvem para seus
consulentes, com vistas a ganhar dinheiro com seus trabalhos. Esses
despachos não tem nenhuma ligação com a Umbanda. Esse tipo de despacho
é recebido por kiumbas, geram carma negativo para as pessoas que os
solicitaram e para o médium que doou energia para fazê-lo. Interferem
negativamente no livre arbítrio de quem é endereçado o trabalho e, portanto,
não tem conexão nenhuma com o que se prega na umbanda. A umbanda
respeita livre arbítrio, o merecimento individual.Não pratica oferendas nem
despacho que possam prejudicar o próximo.

Ao contrário do que muitos pensam, as oferendas não são Obrigações. Nenhum


Orixá ou Espírito Superior obriga alguém a oferecer algo.
Também não podemos confundir as oferendas com o ritual de amacy. Amacy é um
ritual feito para os médiuns, que só deve ser executado por um Iniciado, com alguns
conhecimentos fundamentais e específicos.
Mais um ponto importante: A oferendas não são para os espíritos
COMEREM, mas para que absorvam teores energéticos de suas
emanações. As entidades não comem as comidas que oferecemos e sim se beneficiam das
energias dos elementos que oferecemos. Por isso também que não precisa-se deixar os
elementos largados ou “sujar” a natureza como diriam os menos esclarecidos, evitando
também que os nossos irmãos que trabalham nas limpezas de nossas ruas não se
machuquem com cacos de vidros ou coisas cortantes que podem vir a quebrar.

Nós umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim contra


alguns tipos de oferendas e contra o excesso delas. Pois existem médiuns e
assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de
oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto
frequência e fé que acabam se “viciando” nesta prática a si mesmo e a
entidade ou entidades oferendadas.
Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento,
mas não o conseguem por não estarem habituados a fazer as coisas de
maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta
psíquica para canalizar sua fé.
É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não
devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser
orientadas, explicadas e justificadas.
Exemplos positivos: axés para pedido de miseriocordia, elevação do
campo epiritual de alguém doente, pedido para afastar energias sombrias do
caminho,  casos graves de saúde , sempre com o intuito de pedir interseção no
carma, e  não para “mudar” o destino, tipo negociar com Deus, etc.
No Raios de Luz, despachos, são usados apenas de limpeza e
abertura,  o restante que fizemos são oferendar.

COMO FUNCIONA UMA OFERENDA

As oferendas são atos magísticos-religiosos que podem ter as finalidades


de agradecimento, pedido de ajuda, desmanche de magias negativas,
descarga, purificação, firmeza de força na natureza e assentamento de forças e
poderes espirituais e divinos.
Como já dissemos, nós umbandistas, fazemos oferendas apenas quando
necessário. Porém não podemos ser fanáticos, acreditando que somente
conseguiremos resolver os nossos problemas através de oferendas. Quase em
todas as vezes, uma simples oração bem intencionada pode fazer um milagre.
Somente com a fé verdadeira podemos realizar nossos sonhos e desejos. 
Há momentos na vida do médium ou do consulente em que há
necessidade de uma troca energética mais intensa com os elementos da
natureza. Essa necessidade pode ser percebida pelo próprio médium, sempre
instruída pelas suas entidades e pelos dirigentes ou pelos guias chefes de uma
casa espiritual.  Sim

Observada a necessidade, é fundamental que o médium se instrua a


respeito do que irá fazer, sempre buscando conhecer os procedimentos para a
realização de sua oferenda. Esse conhecimento pode ser buscado com os
dirigentes de casa e guias espirituais, além das fontes de literaturas sérias que
tratem sobre o assunto.
As oferendas na Umbanda são parte de sua ritualística e estão
relacionadas à restituição, à purificação, à filtragem, ao equilíbrio e à
movimentação de forças energéticas que são necessárias à vitalidade do ser
humano. Essa troca energética ocorre com o uso dos quatro elementos da
natureza: água, fogo, terra e ar.
Estes elementos da natureza podem ser representados fisicamente
pelos seguintes instrumentos ritualísticos: ÁGUA:sucos, guaraná, sumos de
ervas, chás, cerveja e etc; TERRA:frutas, raízes, legumes, verduras, fumo,
ervas e etc; FOGO E AR: velas, incensos, defumação, cigarro, cachimbo,
charuto e etc. É importante saber que todos os elementos colocados na
oferenda adquirem poderes magísticos e são utilizados para o benefício da
pessoa que ofertou.
Cada Orixá terá elementos que correspondem a sua vibração, terá
bebidas, frutas, ervas, cores de velas específicas para sua energia vibracional.
Os efeitos de purificação e todos os benefícios da oferenda são
“proporcionais” à intenção e à energia com as quais se ofertou. Portanto o que
vai no mental e no emocional do médium que realiza a oferenda é de extrema
importância e fará toda diferença para o que está sendo oferendado. Bons
pensamentos e sentimentos verdadeiros voltado ao bem, são essenciais. Se o
médium que realiza uma oferenda emanar pensamentos e sentimentos
negativos estará dando força a esse tipo de fluido no momento de oferendar.

Cada planta, fruta ou bebida emana certo tipo de energia através da cor,
do nutriente ou do magnetismo do material usado.
         As frutas são elementos essencialmente vitais, sendo carregadas de prana ou
éter vital.
         As bebidas, inclusive as bebidas alcoolicas, são  providas de elementos
voláteis ou aéreos, e também possuem equivalência de éter refletor (um tipo de
estado da matérica etérica).
         As velas são compostas de elementos fixadores, ao mesmo tempo que são
potentes catalisadores da ideia e dos desejos. Enquanto perdurar a vela, os
mesmos são amplificados e repetidos incessantemente. O elemento ígneo-
aéreo representado pela queima do fumo, através de charutos, condensa as
ideias, que logo atingem o éter químico (outro estado da matéria etérica),
desencadeando os processos de transferência, que em resumo refletem a
oferenda. O número, a cor e a disposição geométrica das velas são de suma
importância, caracterizando e direcionando vibrações. Assim, para efeitos
espirituais, são utilizadas número de velas ímpares; para efeitos materiais,
velas pares, sempre harmonicamente dispostas e nas cores que vibrem com as
intenções da oferenda ritual e para o orixá correspondente.
         As flores são elementos abundantes em prâna, sendo também fonte de
substâncias etéricas, as quais são esparramadas e formam o substrato etérico
que conduz a ideia e desejos, que encontram ressonância no plano astral, se
refletindo sobre o plano etérico potencializado e ativando certas energias que
encontram realização no plano denso da vida.

Conforme os elementos sólidos vão se consumindo, produzindo gás


carbônico e outros, além de água, tudo isso vai gerando energia, vai liberando
energia no plano etérico. Essa energia liberada é usada pelos elementais para
“construirem”o que foi emanado e pedido mentalmente pelo médium, ou seja,
darão energia para concretizarem o que foi pedido, conforme as intenções
depositadas.
Assim, em suma, se processa em ações e efeitos a oferenda ritual. O
médium monta a oferenda com os elementos correspondentes a oferta que
deseja fazer, considerando para qual orixá e qual intento. Deposita intenção e
força mental focado no que está direcionando com a oferenda (se for um
agradecimento agradecendo, se for no sentido de equilibrio mediúnico,
fortalecendo tal intenção, etc). O mental do médium associa-se a energia dos
elementos usados na oferenda (das frutas, ervas, flores, velas, bebida), pois
cada elemento usado tem uma força éterea, uma energia, que chamamos de
prana.  Assim que preparou-se tudo, as entidades juntamente com os
elementais levantam a força energética dos elementos presentes na oferenda e
direcionam essa energia para executarem o trabalho.
Assim, as oferendas tem seus elementos energéticos retirados no
momento em que executamos a oferenda. Assim que preparamos tudo e que
mentalmente pedimos o direcionamento do trabalho, a força energética é
levantada e tudo aquilo que as entidades precisam para o direcionamento da
energia daquele trabalho é retirado e executado. Se assim acontece, não
temos que deixar todos os elementos largados para que outras pessoas, ao
passar por ali, por falta de conhecimento, nos juguem por aquilo que nem
conhecem. Podemos muito bem aguardar um determinado tempo e retirarmos
os elementos e já encaminhá-los ao lixo e, de preferência, separando os
produtos que podem ser reciclados.
15 ou 20 minutos são necessários para execução do trabalho, em geral.
Alguns elementos podem ser liberados na própria natureza como bebidas ou
até alimentos que não venham a deixar mau cheiro; basta retirarmos os potes,
frascos e garrafas nos quais possam estar contidos os elementos.
Existem outros tipos de trabalhos,  porém,  que requerem mais tempo,
mas a estes devem ser direcionados pelos Guias e de preferência em lugares
onde não atrapalhem outras pessoas, pois o seus direitos religiosos terminam
onde começam os de outras pessoas.

Vamos pensar nisso?


PARA FINALIZAR...
Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se
deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se
deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma
receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Vamos
a ela:
“Material necessário:
·      01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar
entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
·      01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela
seja inabalável;
·      Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa
entender as intuições que recebe;
·      01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em
retribuição, para não "desandar" a massa.

Modo de Preparo:
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e
determinação e venha para o terreiro.
Coloque em frente ao Gongá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha


alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos
teus enviados. Amém."

Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá,


Guia ou Entidade pode desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um
MÉDIUM!”

REFERÊNCIAS
Protosíntese Cósmica (Rivas Neto)
Umbanda essa desconhecida (Roger Feraudy)
Exu o poder organizador do caos (Norberto Peixoto)
Umbanda de A a Z (Norberto Peixoto)
Blog https://estudodaumbanda.wordpress.com/2009/02/27/9-as-
oferendas-na-umbanda/
Texto de Rogerio Malena (Médium trabalhador da C.E. Caboclo Urubatan)

AULA 13

Povo Cigano na Umbanda

"Somos livres, nascemos livres e a


liberdade nos dá a responsabilidade de
evolução, crescimento e vontade, a consciência
é o único bem nessa Terra que vocês irão
realmente aproveitar em vossas liberdades
espirituais, por isso cuide muito bem dela, encha-a de moralidade, bons
conhecimentos e bons atos. Consciência é o que vocês precisam para
adquirirem a felicidade plena em vossas almas, Deus dá a matéria prima, cabe
a vocês usarem e aproveitarem da melhor forma possível! Opcha!"
Cigano Ezekiel
“O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha
religião"

 
Linha do Oriente
A Linha do Oriente foi formada no plano astral há muito tempo atrás, ela
é anterior à própria Umbanda. Ela é um agrupamento de seres divinos, mestres
ascencionados e espíritos iluminados.
Neste agrupamento chamado de “Grande Oriente Luminoso ou Círculo
Luminoso do Grande Oriente” estão muitos irmãos atlantes, lemurianos, celtas,
persas, incas, astecas, peregrinos, instrutores, magos, budistas, indianos,
tibetanos, espíritos das mais antigas e diversas civilizações do planeta. Este
agrupamento é o sustentador de várias religiões e formas de atuação
espirituais em benefício dos seres humanos em evolução.
A Linha do Oriente guarda todo o conhecimento de todas as civilizações
que aqui viveram, sobre todas as religiões, as tecnologias, as ciências (das
naturais às medicinais e às nucleares), de todas as formas de Magia, enfim,
todo o conhecimento relacionado à espécie humana desde a sua origem.
Dentro da Umbanda, chamamos os Guias que trabalham sob esta
irradiação de “Linha do Oriente” ou “Povo do Oriente”.
A palavra “Oriente” não está relacionada ao mapa do planeta, mas sim,
ao Oriente relativo ao nascer do Sol, quando os primeiros raios luminosos
surgem sobre o planeta para aquecer e mostrar o caminho. “Oriente é Luz, é
iluminação, é brilho, é ascensão”.
Esta linha de trabalho e ação começou a se manifestar nas casas de
trabalho umbandistas a partir do séc. XX para atender à necessidade de vários
irmãos que estavam no plano astral precisando trabalhar através da Caridade,
mas que não se encaixavam nas demais linhas já conhecidas.
O Povo do Oriente é regido pelo Sagrado Pai Oxalá e pelo Sagrado Pai
Xangô, é sustentada pela luz da Fé e pelo Fogo Sagrado que aquece o
espírito. O seu patrono é Xangô, representado por São João Batista.
Os Guias das irradiações do Oriente estão entre os Guias que se
manifestam nas casas de trabalho, são Guias como todos os outros e
respeitam as normas de conduta da casa e o livre arbítrio de seus médiuns.
Incorporam normalmente, dão passes, fazem consultas, apenas possuem uma
irradiação que os permite uma vibração na linha do Oriente.
Os Guias da linha do Oriente tem sua vibração primordial  relacionada à
ascensão espiritual e à cura do espírito e do corpo. Atuam muito nos trabalhos
e atendimentos relacionados à saúde.
Tem como missão auxiliar na humanização de nossos corações
endurecidos, na elevação de nossas vibrações e dos nossos pensamentos, no
aumento da nossa Fé, em nossa elevação moral e ética, na evolução dos
nossos mentais divinos.
Em suas giras podem se apresentar Guias das mais diversas origens.
Normalmente, falam muito pouco, tem um linguajar correto e culto, quando
precisam passar alguma orientação usam frases curtas com significados
profundos. Procuram fazer os consulentes compreender as causas de suas
enfermidades e assimilar a necessidade de mudança de seus hábitos pessoais,
de seus pensamentos e sentimentos, a fim de se elevar e buscar a sua própria
cura.
Por ser uma linha universalista as informações sobre as suas ervas
principais, o seu dia, ponto de força e oferenda não foram estabelecidos. O
Povo do Oriente não costuma pedir oferenda, por isso não há uma regra. A sua
cor fundamental é o dourado.

CLASSIFICAÇÃO DA LINHA DO ORIENTE - Suas Falanges, Espíritos e


Chefes:

01 - Falange dos Indianos:


Espíritos de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus
mais conhecidos integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos:


Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios
marroquinos, etc... A maioria é muçulmana. Uma Legião está composta de
rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a
misteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruê.

03 - Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente:


Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc.
Curiosamente, uma Legião está integrada por espíritos de origem esquimó, que
trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia negra.
Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios:


Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia
antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:


Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de
Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:


Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é
bastante sincrética. Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de
origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia
do Imperador Marcus I.

07 - Falange dos Médicos e Sábios:


Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é
integrada por médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai
José de Arimatéia.

CIGANOS
Os Ciganos são entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda,
mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre
outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que
muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma
relação material, energética, elementar e natural, enquanto que o povo do
Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.
Os Ciganos são entidades livres. Não se faz  firmezas ou assentamentos
para ciganos, nem dentro da casa de Exu, ou em qualquer lugar do terreiro. O
que se tem em geral é um altar, com elementos relacionados aos ciganos,
como um ponto de força, de fixação da energia cigana, para que médiuns
possam entrar em sintonia com seus guias e com a energia do povo rosa. Em
geral nesse altar há a representação dos 4 elementos, imagem de Santa Sara
Kali.
Essas entidades não trabalham a serviço de um orixá em específico.
Trabalham em paralelo e conjugados com as demais da linha da umbanda.
Seu compromisso maior e primordial é com a caridade e não com alguma linha
em específico.
Não se firma cigano como guardião. Os ciganos são protetores, e não
guardiões. Cigano trabalho em todos os lugares, é livre para trabalhar e precisa
dessa liberdade para sua evolução.
Os ciganos podem trabalhar dentro da linha de Exu, porém sem função
de chegia e de guarda. Já os exus ciganos e Pombagiras ciganas são Exus e
Pombagiras como outros quaisquer, exercendo funções que qualquer Exu ou
Pombagira exercem. Em resumo, Cigano é uma coisa. Exu cigano é outra. Eles
tem funções diferentes, embora tenham a mesma origem cigana.
Os ciganos se manifestam na Umbanda justamente por ser esta ser uma
religião aberta, que acolhe as diferenças, que dá liberdade para qualquer linha
de trabalho que faça a caridade.
É muito comum que os médiuns se facinem e tenham excesso de culto
por essa linha, pelo fato de serem muito alegres. Por vezes, começam
vaidades, roupas enfeitadas demais, bebidas em excesso, fumo em excesso,
e, assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estão em desenvolvimento se
perdem junto com esses médiuns facinados.
Os ciganos trabalham com os 4 elementos da natureza: terra, água, ar e
fogo.
         Elemento terra: os ciganos distinguem cada pedra e tem conhecimento sobre
elas; assim, manipulam o elemento terra. Cada pedra tem uma razão para ser
usada e uma necessidade. Uma pedra quando passada em uma parte do
corpo ou ao segurar uma pedra é possível fazer com que o indivíduo se
descarregue ou seja energizado. É na terra que encontra-se a firmeza para
enfrentar a vida, resgatar carmas e continhar a caminhar.
         Elemento água: podem utilizar copos ou taças com água. Pela água
conseguem ver se não há maldade no que está sendo pedido. Enxergam se há
pureza no coração das pessoas, pois a água funciona como um espelho que
reflete o que há no interiro de cada um. Conseguem ver com clareza o que foi
feito por cada um e o porquê de estarem colhendo o que não querem colher.
         Elementos ar e fogo: podem utilizar o cigarro e com ele estar manipulando
esses dois elementos. O fogo é usado para queimar invejas, miasmas, larvas e
cascões astrais.
Nem sempre esses elementos são usados de uma só vez. Os ciganos
não precisam diretamento deles, podem plasmá-los, usando pra isso o
ectoplasma do médium.
Para um cigano trabalhar na caridade não é necessário um baralho, uma
taça de vinho ou qualquer outro elemento. Eles podem usar, e usam,
elementos da natureza. Entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a
energia de trabalho e o próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de
ação da entidade
Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano
Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos
outros. Da mesma forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem,
Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira,
Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.
Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não
trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer
custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a
LIBERDADE.
Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano
tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação.
Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida,
mas a de trabalho pode ser conhecida para prática votiva das velas, roupas,
etc.
É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas,
fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços
coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras
coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas,
medalhas e até as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas,
como grandes instrumentos magísticos de trabalho.
Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham
com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios
mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das
diversas fases da Lua.
Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante
música, dança, frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com
jarras de vinho tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo
broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas
de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de
todas as cores e, se possível, incenso de lótus.
Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do
poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama
interna de cada Ser.
Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o
bom andamento das missões espirituais.

Livro: Diário Mediúnico Norberto Peixoto


http://wwwumbandaonline.blogspot.com.br/search/label/A%20LINHA
%20DO%20ORIENTE%20NA%20UMBANDA
http://povociganonaumbanda.blogspot.com.br/2013/08/linha-do-
oriente.html
http://povociganonaumbanda.blogspot.com.br/
AULA 14
LIMPEZA ENERGÉTICA DE FIM DE ANO NA UMBADA

A Limpeza na Umbanda, propicia uma renovação  energética. Com seus


elementos de trabalho traz energias de  mudanças  e desimpregnarão de
energias mórbidas, pesadas, negatividades, etc. Trata-se de uma espécie de
grande “faxina energética” que propicia  purificação e transformação  à pessoa
que a recebe, proporcionando condições energéticas positivas para a pessoa
iniciar um novo ano.
Ao realizar uma limpeza energética deste tipo, a pessoa recebe uma
"marcação", ou seja, recebe fitinhas de pulso, chamadas de segurança de ano.
Esta “segurança”, recebida após a limpeza, é a confirmação da proteção
espiritual da pessoa para o ano que se inicia. Através desta segurança a
pessoa  torna-se “ligada”  à egregora de proteção do  terreiro, o qual passa a
exercer  uma manutenção energética e vibratorial positiva sobre ela.

O PORQUÊ DAS LIMPEZAS DE FIM DE ANO?

Cada ano é regido por um orixá que é acompanhado por outros orixás. A
determinação de qual orixá irá reger o ano é dada através de várias formas,
nós da Umbanda, observamos os movimentos astrológicos, o dia da semana
que se inicia o ano, a orientação dos Guias de nossa casa, assim como a
observação dos movimentos de oráculos. Para melhor entrar em sintonia com
estas regências, entre outras coisas, deixarmos para trás as energias densas
do ano que finda, para tanto, iniciam-se as limpezas de fim de ano.
Esta limpeza que ocorre normalmente em dezembro, antes de terminar o
ano, é diferente das demais limpezas feitas ao longo do ano, pois é realizada
com o axé de todos os orixás, mais:
         07 varas de marmelo (que pertencem a Iansã, para cortar as demandas,
limpar espíritos nefastos ou perturbados
         7 espadas de Ogum (que vence demandas, corta o mal, afasta as sombras)
         a vassoura de Xapanã feita de palha ou com 07 cores de tecido, (para varrer
as doenças e feitiçarias)
         7 velas (1 para cada orixá, que completa os 7 campos energéticos, trazendo
equilíbro)
         pacote de axé do limpeza pesada (Exu Bará, e para muitos Orixá Bará)
         pacote de axé da Orixá Oxum, (para trazer abundância, material e afetiva)
         pacote de ervas de Oxóssi e Jurema (cura, conhecimento, equilíbrio verdade)
         pacote de Oxalá, nosso Pai Maior (para trazer paz, sabedoria, amor,
sustentação de nossa espiritualidade).
Para ajudar a manter a vibração recebida, o axé recebido, distribuímos
um patuá dos regentes do ano que inicia. Em alguns casos, é feito o que
chamamos de “ marcação” dos que fizeram a limpeza e segurança amarrando-
se ao pulso ou tornozelo um pequeno cordão feito de linhas com as cores dos
orixás regentes (ou mesmo dos 7 orixás). Esta marcação com o cordão de
linhas significa que a pessoa estará preparada e segura para enfrentar o ano
que vai vir.
Receber as "marcações", as fitinhas de pulso, que são chamadas de
segurança de ano,  após a Limpeza, significa  a confirmação da proteção
espiritual da pessoa, ou seja, a pessoa torna-se “ligada” à egregora de
proteção do terreiro. O terreiro passa então a exercer uma manutenção
energética e vibratorial positiva sobre essa pessoa. Esta marcação, esta
segurança, em alguns casos bem específicos, pode ser cruzada
especificamente para a pessoa, através de uma guia, colar de contas ou fita
trançada, ou cristal uso pessoal.
Este tipo de limpeza energética é feita por médiuns, ocorre dentro de um
círculo de cristais e pedras, consagrado e preparado anteriormente, oferecido
ao Senhor Deus, a Grande Deusa, e os orixás da Umbanda.
A limpeza na Umbanda, propicia uma renovação energética, trazendo
uma mudança de energia e desimpregnação de energias densas e negativas,
afastando miasmas astrais, e todo o tipo de energia pesada. Assim através de
radical transformação energética a pessoa esta apta a "recomeçar" na nova
gestão de um ano que inicia...

SUGESTÃO DE BANHOS PARA O FINAL DO ANO:

Os Banhos de Ervas são transmissões de forças magnéticas para


fortalecer, descarregar e limpar a aura, e o perispírito do membro da corrente
ou do consulente.
Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra
baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Guia de
Trabalho.
As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e
despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de
plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.
Para este momento de encerramento e início de ano, sugerimos dois
banhos que devem ser tomados em sequência:

1º ) Banho de sal com arruda –


      Sal – O sal grosso tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta. O sal é
um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas, capaz de neutralizar
campos eletromagnéticos negativos. Quando misturado em água é capaz de
puxar íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, por
isso absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar. Impede que a
inveja, mal olhado e outros sentimentos negativos se aproximem. Em banhos
renova a energia interna e a vontade de viver, neutraliza a eletricidade do
corpo, descarregando energias negativas.
 Arruda – Planta de odor bem forte que pertence a Oxóssi e Exu. O
uso medicinal é contra verminoses e reumatismo em chás, e o sumo aplica-se
para reduzir feridas.Muito usada contra maus fluídos, inveja, olho-grande, e
para benzimentos. Erva muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. É
um ótimo protetor astral, descarrega larvas astrais e energias enfermiças.
Quebra as formações energéticas negativas resultantes de acúmulo de
pensamentos negativos e de atuações de baixo astral.

2º ) Banho de mel e malva cheirosa –


         Mel – O mel tem a potencialidade de harmonizar o espírito, curar as feridas,
cicatrizar e curar mágoas. Elemento que propicia a boa comunicação e ligação.
Ou seja, nos liga ao próximo, ao Divino, sempre de forma pura e
desinteressada. O mel está associado a fartura, a doçura, prosperidade, a
ressurreição, transmutação, ao próprio Cristo em sua essência, símbolo da
perfeição. o mel simboliza o amor fraternal o alimento da alma.
            Malva cheirosa – Planta que pertence a Oxum, Oxóssi e Oxalá. O uso
medicinal dos banhos com essa erva auxiliam a  tonificar a circulação e
purificar o sangue. Em banhos, é utlizada para equilíbrio emocional e
mediúnico. Ajuda a combater depressão e baixa autoestima. Promove
atmosfera de paz e acolhimento. Acalma e desperta a sensibilidade.

DICAS DE FIM DE ANO:

1-Limpe a casa, remova tudo o que não serve mais. Não entulhe a casa
de bagulhos.
2-Lembre de outras pessoas, doe artigos, comida e ajude alguém
(sempre, não apenas no natal para impressionar a família).
3-Reserve um tempo para refletir sobre como foi o ano (e faça algo hoje
mesmo, não espere a segunda feira, nem o dia primeiro).
4-.Evite se "encharcar" de bebidas alcoólicas (com a desculpa que é
tempo de festas)
5- Evite desperdícios de alimentos (lembre-se de quem não tem)
6-Perfume a casa e sua vida. Ajude nas tarefas domésticas (não
somente no natal)
7-Não faça coisas só porque as propagandas induzem. Se não gosta de
amigo secreto, se não curte família, fique à vontade.
8-Não seja mal educado nos centros comerciais, natal virou sinônimo de
gente consumista, mal educada. Com licença e muito obrigada continuam
valendo mesmo em dias de promoção e supermercado cheio.
9-Respeite a todos, incluindo a si mesmo. Cuide o que coloca para
dentro do seu corpo através da alimentação, bebidas, conversas e
companhias.
9-Estenda estas atitudes para o próximo ano. Faça isso todos os dias.!!!
Lembre-se de comemoramos o nascimento do Mestre Jesus no dia 25, traga-o
sempre junto na sua casa, como a mais ilustre convidado!
Viaje com a família,  mas, vá sem pressa, com calma, seja previdente,
seguro cuide de sua família e da dos outros!

Sejam bem-vindos as limpezas de fim de ano do Grupo Raios de luz!


Faça sua segurança energética para 2017!!
  Com as bênçãos de  Oxum, Oxossi e Oxalá, e  que seja bem-vindo
nosso ano!!

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Conhecimentos templários de Myriam Cassariego

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