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PSICOLOGIA 

DA APRENDIZAGEM

26‐11‐2010 1
• Conceito de Aprendizagem
• "Aprendizagem:
Aprendizagem: modificação adaptativa do comportamento 
modificação adaptativa do comportamento
ao longo de repetidas provas". Henri Piéron, Vocabulário de 
Psicologia.

• A palavra aprendizagem deriva da palavra latina 
"
"apprehendere" que significa adquirir o conhecimento de 
h d " i ifi d ii h i t d
uma arte, ofício ou outra coisa através do estudo ou da 
experiência. 
p

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• Entendemos por aprendizagem o conjunto de processos 
através dos quais fazemos nossos uma série de 
conhecimentos, conceitos, habilidades, etc.

• A aprendizagem implica em geral uma mudança de 
comportamento através de experiências práticas. 
p p p

• Só consideramos que houve uma aprendizagem, se as 
mudanças provocadas pela mesma forem relativamente 
permanentes.

• Para que possam ocorrer processos de aprendizagem, é 
necessário que o organismo tenha atingido um grau
necessário que o organismo tenha atingido um grau 
desenvolvimento adequado aos mesmos.
• .

26‐11‐2010 3
P
Para Hilgard
Hil d

"Aprendizagem é um processo pelo qual uma atividade tem


origem ou é modificada pela reação a uma situação
encontrada, desde que as características da mudança da
atividade não possam ser explicadas por tendências inatas de
respostas, maturação ou estados temporários do organismo
organismo.."

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• . Teorias de Aprendizagem

• As diferentes teorias de aprendizagem, podem ser divididas 
em dois grandes grupos, de acordo com a importância que 
atribuem ao sujeito:

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Jean Piaget

26‐11‐2010 6
Al
Alguns dados biográficos
d d bi áfi

Nasceu em Neuchâtel, Suiça no dia 9 de Agosto de 1896
Faleceu em Genebra em 17 de Setembro de 1980.
Faleceu em Genebra em 17 de Setembro de 1980.
Especialista em psicologia evolutiva e epistemologia genética,
filósofo e educador. 
Enquanto terminava seus estudos secundários, trabalhou como assistente 
voluntário do Laboratório do Museu de História Natural, de Neuchâtel, 
sob a direcção de Paul Godet, especialista em malacologia. Com a morte 
de Godet, em 1911, continuou trabalhando no laboratórioe escreveu 
vários trabalhos, alguns publicados pelo Museu de História Natural de
Genebra, na Lamarck Collection e na Revue Suisse de Zoologie.

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• Estrutura cognitiva;

– Diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo
Dif t í i d d l i t iti
– Muda através do processo de adaptação: 
assimilação e acomodação;
– Assimilação envolve a interpretação de eventos 
em termos de estruturas cognitivas existentes;
– Acomodação refere‐se à mudança de estrutura 
co odação e e e se à uda ça de est utu a
cognitiva para compreender o meio;

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Estádios do desenvolvimento cognitivo
g

– Período Sensório ‐
Período Sensório ‐ motor  
motor (0 a 2 anos)
(0 a 2 anos)

– Período Pré ‐ Operatório (2 a 7 anos)

– Período das Operações Concretas  (7 a 11 anos)

– Período das Operações Formais (11‐12 a 14‐15 anos)

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Epistemologia genética de jean piaget
Epistemologia genética de jean piaget

• O
O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de 
conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de
Piaget. 
• Estruturas cognitivas são padrões de acção física e mental 
g p ç
subjacentes a actos específicos de inteligência e 
correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. 
• Existem quatro estruturas cognitivas primárias ‐
E i ii i ái estágios de 
á i d
desenvolvimento ‐ de acordo com Piaget: 
• sensorial‐motor
sensorial motor,
• pré‐operatório, 
• operações concretas 
operações concretas
• operações formais. 

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• Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo 
identificados por Piaget estejam associados a faixas de idade, 
eles variam para cada indivíduo. 

• Além disso, cada estágio tem diversas formas estruturais 
detalhadas.
detalhadas
• Basta observar que o período operacional concreto tem mais 
de quarenta estruturas distintas cobrindo: classificação e 
de quarenta estruturas distintas, cobrindo: ‐ classificação e
relações, 
• relações espaciais, tempo, 
relações espaciais tempo
• movimento,  oportunidade, 
• número, conservação 
número conservação
• medida

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• Piaget
Piaget explorou as implicações da sua teoria em todos os 
explorou as implicações da sua teoria em todos os
aspectos do desenvolvimento da cognição, inteligência e 
moral. 

• Muitas das experiências de Piaget foram focalizados no 
desenvolvimento de conceitos matemáticos e lógicos. 

• A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino 
e de currículo na educação elementar (Bybee & Sund, 1982; 
Wadsworth, 1978).
d h )

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Epistemologia genética de Jean Piaget
Epistemologia genética de Jean Piaget

• Ponto central: estrutura cognitiva do sujeito. 
• As estruturas cognitivas mudam através dos processos de 
As estruturas cognitivas mudam através dos processos de
adaptação: assimilação e acomodação. 
• A assimilação
A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos 
envolve a interpretação de eventos em termos
de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a 
acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para 
compreender o meio
compreender o meio. 
• Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo. 

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• O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador actividades 
ou situações que envolvam os aprendizes
ç q p e que requeiram 
q q
adaptação destes. 

• actividades ou situações que envolvam os aprendizes e que 
requeiram adaptação destes e actividades devem envolver 
um nível apropriado de operações motoras ou mentais para 
uma criança de uma dada idade.

• É preciso evitar o pedido para que os aprendizes realizem 
tarefas que estejam além das suas capacidades cognitivas
tarefas que estejam além das suas capacidades cognitivas 
actuais. 

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• A
A construção do conhecimento ocorre quando acontecem 
construção do conhecimento ocorre quando acontecem
acções físicas ou mentais sobre objectos que, provocando o 
desequilíbrio, resultam em assimilação
q , ç ou, acomodação
, ç e 
assimilação dessas acções e, assim, em construção de 
esquemas ou conhecimento

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Assimilação

• É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos 
em esquemas existentes.
i

• ÉÉ a incorporação de elementos do meio externo (objecto, 
d l d ( b
acontecimento, ...) a um esquema ou estrutura do sujeito

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Acomodação

• É a modificação de um esquema ou de uma 
estrutura em função das particularidades do 
f ã d i l id d d
objecto a ser assimilado.

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• A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter 
duas alternativas:

• Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo 
estímulo,
estímulo

• ou
ou 

• Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser 
Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser
incluído nele.

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• Após ter havido a acomodação, quem aprende tenta 
novamente encaixar o estímulo no esquema e ocorre a
novamente encaixar o estímulo no esquema e  ocorre a 
assimilação;

• Por isso, a acomodação não é determinada pelo objecto mas 
sim pela actividade do sujeito sobre este, para tentar assimilá‐
lo;

• O
O balanço entre assimilação e acomodação
balanço entre assimilação e acomodação é chamado de 
é chamado de
adaptação.

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Equilibração

• É o processo da passagem de uma situação de menor 
equilíbrio para uma de maior equilíbrio. 

• Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma 
situação ocorra de determinada maneira, e esta não 
acontece. 

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Sensorio motor
Sensorio‐motor

• A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebé começa a 
construir esquemas de acção para assimilar mentalmente o 
meio.
meio
• A inteligência é prática. 
• As noções de espaço e tempo são construídas pela acção.
As noções de espaço e tempo são construídas pela acção
• O contacto com o meio é directo e imediato, sem 
representação ou pensamento
representação ou pensamento.

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Pré operatório
Pré‐operatório

• Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . 
• Caracteriza‐se, principalmente, pela interiorização de 
esquemas de acção construídos no estágio anterior (sensório‐
motor). 
motor)

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• A
A criança deste estágio: 
i d t tá i
• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue  
g
colocar‐se, abstractamente, no lugar do outro.

• Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é 
fase dos "porquês")
fase dos  porquês ).

• Já pode agir por simulação, "como se". 

• Possui percepção global sem discriminar detalhes.

• Deixa‐se levar pela aparência sem relacionar factos.

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Operatório concreto
Operatório concreto

• A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, 
ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar 
d lid d já d d l i
diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. 
• Não se limita a uma representação imediata, mas ainda 
Não se limita a uma representação imediata mas ainda
depende do mundo concreto para chegar à abstracção.

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• desenvolve a capacidade de representar uma 
acção no sentido inverso de uma anterior, 
ã id i d i
anulando a transformação observada 
(reversibilidade).

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Operatório formal
Operatório formal

• A representação  permite a abstracção total.

• A criança não se limita à representação imediata nem 
somente às relações previamente existentes, mas é capaz de 
pensar em todas as relações possíveis procurando soluções a
pensar em todas as relações possíveis procurando soluções a 
partir de hipóteses e não apenas pela observação da 
realidade.

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• Por outras palavras, as estruturas cognitivas da criança 
alcançam o  nível mais elevado de desenvolvimento e tornam‐
l í l i l d d d l i
se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de 
problemas. 
problemas

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Esquemas

• São estruturas que se modificam com o desenvolvimento 
mental e que se tornam cada vez mais refinadas à medida em 
que a criança se torna mais apta a generalizar os estímulos
que a criança se torna mais apta a generalizar os estímulos.

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• Por este motivo, os esquemas cognitivos do adulto são 
d i d d
derivados dos esquemas sensório‐motores
ói d i
da criança e, os 
processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas 
cognitivas são assimilação e acomodação
cognitivas são assimilação e acomodação.

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Construtivismo

• Construtivismo é uma das correntes teóricas 
empenhadas em explicar como a inteligência humana
h d li i t li ê i h se 
desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento 
da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o
da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o 
indivíduo e o meio 

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C
Construtivismo
i i
Parte
Parte do pressuposto de que todos n
Parte do pressuposto de que todos nó
do pressuposto de que todos nó nós constru
ss construí
construímos a nossa 
construímos a nossa
pró
pr ópria concep
pria concepçção do mundo em que vivemos a partir da 
reflexão sobre as nossas pr
reflexão sobre as nossas próp óp
prias experiências. Cada um 
p
de nó
de n ós utiliza "regras" e "modelos mentais" pró
s utiliza "regras" e "modelos mentais" próprios (que 
geramos no processo de reflexão sobre a nossa 
experiência pessoal), consistindo a aprendizagem no 
iê i l) i i d di
ajustamento desses "modelos" a fim de poderem 
"acomodar"
acomodar  as novas experiências...
as novas experiências

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• Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem  
derivam, principalmente, das teorias da epistemologia 
genética de Jean Piaget
de Jean Piaget e da pesquisa sócio‐histórica de Lev 
e da pesquisa sócio histórica de Lev
Vygotsky

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• parte da ideia de que o homem não nasce inteligente, mas 
também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele 
bé ã é i b i fl ê i d i i é l
responde aos estímulos externos agindo sobre eles para 
construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma
construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma 
cada vez mais elaborada

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• Abordando‐se o Construtivismo a partir de uma visão 
estritamente pedagógica, como corrente circunscrita ao 
movimento a escola activa surgiu como alternativa
movimento, a escola activa, surgiu como alternativa 
necessária à forte presença que produziu o construtivismo 
radical

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• Percepção: depende do aspecto figurativo do
conhecimento real

¬Constância de grandeza: percepção da grandeza real de


um objecto situado a distância independentemente da
grandeza aparente.
¬A grandeza de um objecto é variável à visão mas
constante ao toque e todo desenvolvimento sensório‐
motor impõe uma correspondência entre escala
perceptiva visual e a escala táctil‐cinestésica.
táctil cinestésica

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• Nas constâncias perceptivas, o objecto não é modificado
na realidade,, mas apenas
p na aparência,
p , isto é,, do p
ponto
de vista do sujeito. Sendo necessária uma regulação
perceptiva.

• No caso das conservações, o objecto é modificado na


realidade e, para compreender a invariância, é preciso
construir operatoriamente um sistema de transformações
que assegura as compensações.

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A FUNÇÃO SEMIÓTICA OU SIMBÓLICA
A FUNÇÃO SEMIÓTICA OU SIMBÓLICA

• Poder representar alguma coisa (um "significado" qualquer: objecto,


acontecimento, conceito, ...) por meio de um "significante" diferenciado e
que só
ó serve para essa representação:
t ã linguagem,
li i
imagem mental,
t l gesto
t
simbólico, etc.

• Função semiótica: funcionamentos fundados no conjunto dos


significantes diferenciados.

• A função semiótica ‐ símbolos

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Aparecimento da função semiótica:

• Imitação diferida : a criança imita uma cena nova, após esta ter ocorrido.
• É o início da representação e o gesto imitativo é o princípio de significante
diferenciado.

• Jogo simbólico : menina finge dormir,


dormir fechando os olhos e refazendo o ritual
que observa ao adormecer; faz dormir o boneco;

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O jogo transforma o real por assimilação mais ou menos pura às
necessidades do eu,
eu ao passo que a imitação (quando constitui
fim em si mesma) é acomodação mais ou menos pura aos
modelos exteriores e a inteligência é o equilíbrio entre a
assimilação e a acomodação.
Tipos
p de jjogos:
g
• Jogo de exercício: repetir pelo prazer das atividades adquiridas,
com uma finalidade de adaptação

26‐11‐2010 39
26‐11‐2010 40
Teoria da Aprendizagem de Piaget ‐ resumo

Piaget baseia‐
baseia‐se na idéia de que a criança, no seu
desenvolvimento, constrói estruturas cognitivas
sofisticadas ‐ que vão dos poucos e primitivos reflexos do
recém‐‐nascido até às mais complexas actividades
recém
mentais do jovem adulto
adulto.. De acordo com Piaget,
Piaget a
estrutura cognitiva é um "mapa" mental interno, um
"esquema"
q ou uma "rede" de conceitos construídos p pelo
indivíduo para compreender e responder às experiências
que decorrem dentro do seu meio envolvente
envolvente..

26‐11‐2010 41
Teoria da Aprendizagem
A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de
etapas, que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de
mudanças
d ordenadas
d d e previsíveis.
ií i

A criança é concebida como um ser dinâmico, interage com a


realidade e opera activamente com objectos e pessoas.

Essa interacção com o ambiente faz com que construa as estruturas


mentais e adquira maneiras de as fazer funcionar.

O eixo central é a interacção organismo - meio e essa interacção


acontece através de dois processos simultâneos: a organização
interna e a adaptação ao meio,
meio funções exercidas pelo organismo ao
longo da vida.

A adaptação,
adaptação definida por Piaget,
Piaget ocorre através da assimilação e
acomodação
26‐11‐2010 42
• Processo dinâmico
di â i – não é absorção
b passiva,
i exigei actividade
i id d
externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em
todos os seus aspectos.

• Processo contínuo – presente do início ao fim da vida humana.

• Processo global (compósito) – todos os aspectos que


constituem
tit a personalidade
lid d são
ã activados.
activados
ti d .

26‐11‐2010 43
• Processo pessoal – a aprendizagem é intransferível. Tem
maneira, ritmo, preferências, métodos pessoais.

• Processo gradativo – ocorre através de processos


gradativamente complexos. O efeito disso é a gradação de
conteúdos, integração curricular.

• Processo cumulativo – importância das experiências


anteriores que servem para a “ancoragem” das novas
anteriores, novas..
(Ausubel
Ausubel))

26‐11‐2010 44
Assimilação e Acomodação

ASSIMILAÇÃO é o processo pelo qual o sujeito interpreta a 
informação que provém do meio, em função de seus esquemas
ou estruturas conceituais disponíveis.

A criança deixa de chamar
a todos os animais de 4 
p
patas cão, e passa distingui‐
, p g
los.

26‐11‐2010 45
Assimilação e Acomodação

ACOMODAÇÃO Ã é a adaptação das nossas estruturas cognitivas,


ou seja, a aquisição de novos conceitos através da modificação de
outros conceitos prévios.
Pressupõe
õ uma nova assimilação,
i il ã ou reinterpretação
i ã dos
d dados
d d
ou conhecimentos anteriores em função dos novos esquemas
construídos..

não existe assimilação
sem acomodação e vice‐versa

26‐11‐2010 46
• Assimilação – é o processo mental que consiste em integrar numa 
estrutura prévia do sujeito os objectos as situações isto é os elementos
estrutura prévia do sujeito os objectos, as situações, isto é, os elementos 
provenientes do meio. Pela assimilação incorporam‐se os dados das 
experiências às estruturas cognitivas, aos esquemas existentes.

• Acomodação – é o processo mental pelo qual as estruturas cognitivas, os 
esquemas existentes se vão modificar em função das experiências do 
q ç p
meio. É um processo em que as estruturas se submetem às exigências 
exteriores, às situações novas adequando‐se ao meio.

• Adaptação – é o processo interno de equilíbrio entre o organismo e o 
meio. Resulta da interacção entre a assimilação e a acomodação. A 
evolução cognitiva faz‐se pela cada vez melhor adaptação do sujeito ao 
meio .

26‐11‐2010 47
Maturação ‐ crescimento biológico dos órgãos.

Exercitação ‐ funcionamento dos esquemas
e órgãos que implica na formação de hábitos.
e órgãos que implica na formação de hábitos. 

processo de
desenvolvimento Aprendizagem social
Aprendizagem social ‐ aquisição de valores, 
aquisição de valores
é influenciado  linguagem, costumes e padrões culturais e sociais.

Equilibração (processo de auto regulação 
interna do organismo, que se constitui
d
na busca sucessiva de reequilíbrio após cada
desequilíbrio sofrido). 
q )

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A Teoria da Equilibração

Segundo Piaget a teoria da equilibração, de uma maneira


geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a
acomodação e assim,
acomodação, assim é considerada como um mecanismo auto-
auto
regulador, necessária para assegurar à criança uma interacção
eficiente com o meio -ambiente.
ambiente

26‐11‐2010 49
• Jean Piaget (1896(1896‐1980)
1980) foi um dos
investigadores mais influentes do séc. 20 na
área da psicologia do desenvolvimento.
desenvolvimento Piaget
acreditava que o que distingue o ser humano
dos outros animais é a sua capacidade de ter
um ppensamento simbólico e abstracto. Piaget
g
acreditava que a maturação biológica
estabelece as pré pré‐condições
condições para o
desenvolvimento cognitivo. As mudanças mais
significativas são mudanças qualitativas (em
género) e não qualitativas (em quantidade).
26‐11‐2010 50
• Existem 2 aspectos principais nesta teoria: o
processo de conhecer e os estádios/ etapas
pelos quais nós passamos à medida que
adquirimos essa habilidade.
• ∙ Como biólogo, Piaget estava interessado
em como é que um organismo se adapta ao
seu ambiente (ele descreveu esta capacidade
como inteligência) ‐ O comportamento é
controlado através de organizações mentais
denominadas “esquemas”, que o indivíduo
utiliza para representar o mundo e para
designar as acções.

26‐11‐2010 51
• ∙ Essa adaptação é guiada por uma
orientação biológica para obter o balanço
entre esses esquemas e o ambiente em que
está. (equilibração). Assim, estabelecer um
desequilíbrio é a motivação primária para
alterar as estruturas mentais do indivíduo.
• ∙ Piaget descreveu 2 processos utilizados
pelo sujeito na sua tentativa de adaptação:
assimilação e acomodação.
acomodação Estes 2 processos
são utilizados ao longo da vida à medida que a
pessoa se vai progressivamente adaptando ao
ambiente de uma forma mais complexa.

26‐11‐2010 52
• Capta as grandes tendências do pensamento 
ç
da criança
• o Encara as crianças como sujeitos activos da 
sua aprendizagem
sua aprendizagem

26‐11‐2010 53
FORMAS DE APRENDIZAGEM
FORMAS DE APRENDIZAGEM

COGNITIVA MOTORA

AFETIVA

26‐11‐2010 54
FORMAÇÃO DE CONCEITOS
FORMAÇÃO DE CONCEITOS
E
Expressão do 
ã d
conceito
(linguagem:  Percepção do 
símbolos, objeto
números,palavras)

Formação do 
conceito
Evocação da
Evocação da 
( b
(abstração / 
/
imagem
generalização)

Associação com 
imagens 
semelhantes

26‐11‐2010 55
FACTORES DETERMINANTES DA 
APRENDIZAGEM

ATENÇÃO

PERCEPÇÃO MEMÓRIA

FORMAÇÃO DE 
CONCEITOS

26‐11‐2010 56
A educação na visão Piagetiana

A educação deve possibilitar


poss b ta à ccriança
a ça
um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período
sensório- motor até o operatório abstracto.

A escola deve partir dos esquemas de assimilação da


criança propondo actividades desafiadoras que provoquem
criança,
desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo
assim descoberta e a construção do conhecimento.

26‐11‐2010 57
V
Vygotsky
k

26‐11‐2010 58
Alguns dados biográficos
Alguns dados biográficos

Lev Semenovich Vygotsky

Nasceu em 17 de Novembro de 1896, na cidade de Orsha, 
Nasceu em 17 de Novembro de 1896 na cidade de Orsha
em Bielarus.

M
Morre em 11 de Junho de 1934.
11 d J h d 1934

Professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget .

Professor dedicou‐se nos campos da pedagogia e psicologia.

Deu várias palestras em escolas e faculdades sobre pedagogia, 
psicologia e literatura

26‐11‐2010 59
Vygotsky - Teoria da aprendizagem

A teoria da aprendizagem para Vygotsky tem  por base o 
d
desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio‐histórico, 
l i d i di íd l d d ó i hi ó i
enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento. 
Esta teoria é chamada de   sócio ‐ histórica ou sócio ‐ cultural. 
A sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interacção do sujeito 
com o meio. 

O ser humano desenvolve‐se através da interacção com outras pessoas.

A visão de Vygotsky dá importância à dimensão social,


social interpessoal,
interpessoal
na construção do sujeito psicológico..

26‐11‐2010 60
Formação de conceitos

Centram‐se na relação entre Centram‐se na questão cultural
pensamento e linguagem  e na formação de significados
por cada sujeito.

Conceitos
para Vygotsky

Centram‐se na interiorização A sua formação assenta
e no papel das transmissões nas funções
de conhecimentos  psíquicas superiores

26‐11‐2010 61
Funções psíquicas superiores

Para Vygotsky o cérebro é a base biológica do sujeito, e


com as suas particularidades define os limites e possibilidades
para o desenvolvimento
d l i t humano.
h

Esta concepção
p fundamenta a ideia de q
que as funções ppsicológicas
g
superiores são construídas ao longo da história social do
homem, e através da sua relação com o mundo.

Deste modo, as funções psicológicas superiores referem-se


a processos voluntários, ou seja, acções conscientes,
mecanismos intencionais e dependem
p de pprocessos de
aprendizagem.

26‐11‐2010 62
Funções psíquicas superiores

Linguagem Atenção
Funções
psíquicas
superiores

Afectividade
Memória

26‐11‐2010 63
Processo de mediação

A construção do conhecimento faz‐se através de processos de mediação.
A construção do conhecimento faz se através de processos de mediação
Os processos de mediação são tudo o que utilizamos, quer para nos
lembrarmos, quer para transmitir algo aos outros.

Escrita

D
Desenhos
h M di d
Mediadores I
Imagens

Através do processo de mediação 
Lembretes conseguimos transmitir tudo aquilo 
q
que nós e os outros pensamos
p
e fazemos
26‐11‐2010 64
Não há acesso directo Através de recortes do real 
aos objectos mas mediado
aos objectos, mas mediado. éé que formamos os 
que o a os os
nosso conceitos. 

Processo de
mediação

Dá ênfase à construção
Dá ênfase à construção O conhecimento é obtido
O conhecimento é obtido
do conhecimento, através do outro social, 
através da mediação.  ou outro significativo.

26‐11‐2010 65
Vygotsky introduziu elementos mediadores

Os mediadores não são réplicas


p externas das associações
ç E-R,, nem um
componente a mais das correntes associativas.

Na concepção de Vygotsky os mediadores são instrumentos que transformam a


realidade em vez de imitá-la.

A sua função não é adaptar-se passivamente às condições ambientais, mas


modificá-las
difi á l activamente.
i
O conceito vygotskiano de mediador está mais próximo do conceito piagetiano
de adaptação
adaptação, como um equilíbrio entre assimilação e acomodação

26‐11‐2010 66
Linguagem – um processo de mediação instrumental

A linguagem é um sistema simbólico dos grupos humanos, e representa um salto

qualitativo
lit ti na evolução
l ã dad espécie.
é i

É ela que nos fornece os conceitos,


conceitos as formas de organização do real,
real e a mediação

entre o sujeito e o objecto do conhecimento.

É por meio da linguagem que as funções mentais superiores são socialmente


formadas e culturalmente transmitidas, portanto, é devido à linguagem que
sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferentes.

26‐11‐2010 67
Linguagem – um
Linguagem –
Linguagem  um processo de mediação instrumental
processo de mediação instrumental

Sistema simbólico que está
q Maneira de organizarmos o real
Maneira de organizarmos o real.
organizado por grupos sociais.

Linguagem

A natureza conceptual 
do pensamento ocorre devido à 
linguagem.
linguagem
26‐11‐2010 68
Op
processo de interiorização
ç

È um processo fundamental para o desenvolvimento do funcionamento


psicológico
i ló i humano.
h

A interiorização envolve uma actividade externa que se modifica para se tornar numa
actividade interna

É um processo inter pessoal que se torna num processo intra pessoal.


pessoal

A interacção social e o instrumento linguístico são decisivos para o desenvolvimento.

26‐11‐2010 69
Níveis de desenvolvimento

Existem,
E it pelo
l menos dois
d i níveis
í i de d desenvolvimento
d l i t
identificados por Vygotsky: um real, já adquirido ou formado,
que determina o que a criança já é capaz de fazer por si
própria, e um potencial, ou seja, a capacidade de aprender
com outra pessoa.

26‐11‐2010 70
Níveis de desenvolvimento

A aprendizagem com o desenvolvimento, produz
uma abertura nas zonas de desenvolvimento proximal (ZDP) 

– distância entre aquilo que a pessoa consegue fazer sozinha
e aquilo que ela é capaz de fazer com intervenção de outro
e aquilo que ela é capaz de fazer com intervenção de outro .

A potencialidade para aprender não é a mesma para 
A i lid d d ã é
todas as pessoas.     

26‐11‐2010 71
Zona de Desenvolvimento Proximal

Zona real

ZDP
Zona potencial

26‐11‐2010 72
Modo de chegar ao desenvolvimento cognitivo

IInteriorização da interacção 
t i i ã d i t ã Processo de fora 
social e do material da cultura. para dentro.

Desenvolvimento 
cognitivo

ÉÉ na interacção que
i t ã
A actividade do sujeito
o sujeito interioriza o 
depende do domínio dos
conhecimento, os papeis
instrumentos de mediação
instrumentos de mediação. 
e funções sociais.

Sujeito interactivo
Sujeito interactivo
e não só activo.
26‐11‐2010 73
Escola; Professor; Aluno

A escola é o lugar onde a intervenção pedagógica


intencional desencadeia o processo ensino - aprendizagem.

O professor
f tem o papell de
d provocar avanços na
aprendizagem através da intervenção na ZDP.

O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem,


mas, aquele
q qque aprende
p jjunto do outro o qque o seu ggrupo
p
social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio
conhecimento.

26‐11‐2010 74
A diferença entre ambos os tipos de instrumentos fica nítida nas
seguintes
i palavras
l de
d Vygotsky
k (1978,
( trad.
d cast.):
)
“A função da ferramenta não é outra que a de servir de condutor da
i fl ê i humana
influência h no propósito
ó i da
d actividade;
i id d encontra-se
externamente orientada e deve provocar mudanças nos objectos. É
um meio ppelo qqual a actividade humana externa aspirap dominar e
triunfar sobre a natureza. Por outro lado, o sinal absolutamente
nada no propósito de uma operação psicológica. Dessa maneira,
t t
trata-se d um meio
de i da
d actividade
ti id d interna
i t que aspira
i dominar-se
d i a
si próprio; o sinal, por conseguinte, encontra-se orientado
internamente”.

26‐11‐2010 75
A ORIGEM DOS SIGNIFICADOS:

Vygotsky
yg y distancia-se também da teoria de Piaget
g (1936),
( ), que
q defende
o acesso à simbolização através das acções sensório-motoras
individuais da criança.

Para Vygotsky
yg y os significados
g provêm
p do meio social externo,, mas
devem ser assimilados ou interiorizados por cada criança de forma
particular.
A posição de Vygotsky coincide com a de Piaget ao considerar que os
sinais se elaboram em interacção com o meio ambiente,
No caso de Piaget, esse ambiente está constituído unicamente por
objectos, alguns dos quais são objectos sociais,
Para Vygotsky está composto de objectos e pessoas que medeiam a
interacção da criança com os objectos
26‐11‐2010 76
Segundo Vygotsky
Segundo Vygotsky , o vector de 
o vector de
desenvolvimento e de aprendizagem iria 
desde o exterior do sujeito ao interior, seria 
p ç
um processo de “interiorização” ou 
transformação das acções externas, sociais, 
em acções internas psicológicas
em acções internas, psicológicas. 

26‐11‐2010 77
A formação de significados como um processo de interiorização
pressupõe uma posição teórica “mediadora” entre a ideia
associacionista de que os significados se adquirem do exterior,
exterior de
acordo com o princípio da correspondência, e a teoria piagetiana,
segundo a qual o sujeito constrói os seus significados de maneira
autónoma.
A posição vygotskiana, ainda que mais próxima da ideia construtivista
de Piaget, também incorpora, de maneira clara e explícita, a
influência do meio social.

26‐11‐2010 78
Teoria da aprendizagem de Vygotsky - Resumo

È uma teoria sócio ‐ interacionista

Destaca os contributos da cultura e da língua 

Dá relevo à interacção social


Dá relevo à interacção social

Desenvolve a dimensão histórica do  
d
desenvolvimento das dimensões mentais 
l i t d di õ t i

Aprendizagem é o processo pelo qual a experiência causa 
mudança permanente no conhecimento
mudança permanente no conhecimento
ou no comportamento do individuo 

Conhecimento é socialmente construído e é baseado na
contribuição dos participantes numa construção conjunta
26‐11‐2010 79
• Lev Vygotsky desenvolveu a teoria socio‐
g
cultural do desenvolvimento cognitivo. A sua
teoria tem raízes na teoria marxista do
materialismo dialéctico,
dialéctico ou seja,
seja que as
mudanças históricas na sociedade e a vida
material produzem mudanças na natureza
humana.

26‐11‐2010 80
• Vygotsky abordou o desenvolvimento
cognitivo por um processo de orientação.
• Em vez de olhar para o final do processo de
desenvolvimento, ele debruçou‐se sobre o
processo em si e analisou a participação do
sujeito nas actividades sociais.
• Para ele o desenvolvimento não precede a
socialização. Ao invés, as estruturas sociais e
as relações sociais levam ao desenvolvimento
das funções mentais.
mentais

26‐11‐2010 81
• Ele acreditava que a aprendizagem na criança
podia ocorrer através do jjogo,
p g da brincadeira,
da instrução formal ou do trabalho entre um
aprendiz e um aprendiz mais experiente.
experiente

26‐11‐2010 82
O esforço para procurar uma psicologia unitária, se não única, passa em 
Vygotsky por uma concepção dialéctica das relações entre o fisiológico  e 
o mental
o mental. 

Vygotsky rejeita totalmente os enfoques que reduzem a psicologia, e no 
rejeita totalmente os enfoques que reduzem a psicologia e no
nosso caso a aprendizagem, a uma simples acumulação de reflexos ou 
associações entre estímulos e respostas.

Existem aspectos especificamente humanos não redutíveis a associações, 
como a consciência e a linguagem, que não podem ficar alheios à 
psicologia. 

26‐11‐2010 83
• O processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação (a ligação entre
duas estruturas, uma social e uma pessoalmente construída, através de
instrumentos ou sinais);

• Quando os signos culturais vão sendo interiorizados pelo sujeito é


quando os humanos adquirem a capacidade de uma ordem de
pensamento mais elevada;

• Ao contrário da imagem de Piaget em que o indivíduo constrói a


compreensão
p do mundo,, o conhecimento sozinho,, Vygostky
yg y via o
desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interacções com
as pessoas e com os instrumentos do mundo de cada um;

• Esses instrumentos são reais: canetas, papel, computadores; ou


símbolos: linguagem, sistemas matemáticos, signos.

26‐11‐2010 84
• Vygostsky sublinhou as influências socioculturais no 
desenvolvimento cognitivo da criança:

• O desenvolvimento não pode ser separado do contexto social
• A cultura afecta a forma como pensamos e o que pensamos
• Cada cultura tem o seu próprio impacto
d l ó i i
• O conhecimento depende da experiência social

A criança desenvolve representações mentais do mundo através da 
cultura e da linguagem.
cultura e da linguagem.

• Os adultos têm um importante papel no desenvolvimento através 
p p p
da orientação que dão e por ensinarem. 

26‐11‐2010 85
• Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – intervalo entre a resolução de 
problemas assistida e individual.

Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam‐ma falando alto 
para elas próprias de forma a direccionarem o seu próprio 
comportamento; 
linguagem essa que mais tarde será interiorizada e silenciosa
linguagem essa que mais tarde será interiorizada e silenciosa.

26‐11‐2010 86
David Paul Ausubel
David Paul Ausubel

26‐11‐2010 87
Alguns dados biográficos
Alguns dados biográficos

Nasceu nos Estados Unidos – Nova Iorque – em 1918;

Filho de uma família judia emigrante da Europa Central;

Preocupou‐se com a maneira como educavam na sua época e, 
P i d é
em especial, na sua cultura; 

Originou e difundiu a teoria da aprendizagem significativa;

Entre os vários livros que escreveu encontram‐se, os livros “Psicologia 
Educativa” e “Psicologia da Infância”;

Actualmente, vive no Canadá – Ontário. 


Actualmente, vive no Canadá  Ontário.

26‐11‐2010 88
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Ausubel classifica as aprendizagens a partir de dois critérios:

Produto da aprendizagem
d d d

Processo de aprendizagem
p g

aprendizagem memorística repetitiva – puras associações

aprendizagem significativa – construção de novos conhecimentos,
integrando‐os nos conhecimentos previamente adquiridos. 

refere‐se às estratégias pelas quais o aluno ou recebe a informação por
outra pessoa ou a descobre por si mesmo
outra pessoa ou a descobre por si mesmo.

26‐11‐2010 89
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Ao contrário do que Bruner definiu, Ausubel defende que
nenhuma estratégia de instrução leva necessariamente a um tipo de aprendizagem.

A aprendizagem fruto da recepção e da descoberta pode ser significativa ou
memorística dependendo das condições em que ocorre. 
í ti d d d d di õ

localizadas nas zonas A, B, C e D.
(figura 1)

26‐11‐2010 90
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Figura 1.

26‐11‐2010 91
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Condições para que a aprendizagem seja significativa:
O aluno tem de ter vontade em aprender o que se lhe ensina, sendo 
p q
necessárias estratégias motivadoras que provoquem a sua atenção.

O aluno deve possuir os conhecimentos necessários prévios adequados 
para poder aceder aos novos conhecimentos. Neste sentido, precisa de estratégias
metodológicas que activem os conceitos prévios – organizadores prévios.

9 Expositivos – proporcionam inclusores onde integrar
l d
a informação nova, quando o aluno tem
pouco ou nenhum conhecimento 
acerca da matéria.
d té i

9 Comparativos – em que se introduz um novo material
estabelecendo analogias entre o novo e o
estabelecendo analogias entre o novo e o 
prévio, quando a nova informação é mais
26‐11‐2010 familiar ao aluno. 92
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Os conteúdos informativos a processar têm de se apresentar 
estruturados formando cada “bloco”
estruturados, formando cada  bloco  destes conteúdos um Organizador 
destes conteúdos um Organizador
Sequencial. 
As estratégias de estruturação do conteúdo implicam o uso de um 
vocabulário e terminologia adaptados ao aluno
vocabulário e terminologia adaptados ao aluno. 
As fases e as estratégias da aprendizagem significativa, seguem esta sequência:

Predisposição Activação de Estruturação de


Fase inicial: recepção conhecimentos novos
activa prévios conhecimentos

Organizadores Organizadores
Estratégia Atenção e Motivação
Prévios Sequenciais

26‐11‐2010 93
Aprendizagem Significativa Aprendizagem Memorística

Estrutura cognitiva com subsunçores Não existem subsunçores adequados


adequados na estrutura cognitiva

Disponibilidade de novas informações Disponibilidade de novas informações


potencialmente significativas potencialmente significativas

26‐11‐2010 94
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Tipos de aprendizagem significativa:

Aprendizagem de representações – quando a criança aprende vocabulário.

A
Aprendizagem de conceitos
di d it – quando a criança, a partir de experiências 
d i ti d iê i
concretas, compreende que a palavra mamã também pode ser utilizada 
por outras pessoas referindo‐se às suas mães. 

Aprendizagem de proposições – quando a criança conhece o significado 
dos conceitos e consegue formar frases com dois ou mais conceitos
em que afirma ou nega algo
em que afirma ou nega algo.

Assim, o aluno assimila um novo conceito ao integrá‐lo na sua estrutura cognitiva 
com os conhecimentos prévios. Esta assimilação dá‐se por:
h i t é i Et i il ã dá

26‐11‐2010 95
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Diferenciação Progressiva
Diferenciação Progressiva – quando o conceito novo se subordina a conceitos
quando o conceito novo se subordina a conceitos
mais inclusores que o aluno já possui. 

Reconciliação Integradora – quando o novo conceito tem um grau de inclusão


Reconciliação Integradora quando o novo conceito tem um grau de inclusão
Superior que os conceitos que o aluno possui. 

Combinação – quando o novo conceito tem a mesma hierarquia que aqueles que
quando o novo conceito tem a mesma hierarquia que aqueles que
o aluno já possui.   

26‐11‐2010 96
Ausubel − Teoria da Aprendizagem Significativa
Ausubel  Teoria da Aprendizagem Significativa

Vantagens

9 Produz uma retenção mais duradoura;

9 Facilita a aquisição de novos conhecimentos relacionados com os 
anteriormente adquiridos;

9 A nova informação ao ser relacionada com a já adquirida é guarda 
A i f ã l i d já d i id é d
na memória a longo prazo;

9 O aluno tem um papel activo;
O aluno tem um papel activo;

9 A significação da aprendizagem depende dos recursos cognitivos do aluno.

26‐11‐2010 97
Freud
O desenvolvimento da personalidade

26‐11‐2010 98
I Aspectos essenciais
I‐ Aspectos essenciais

• Aspecto tópico
• Aspecto dinâmico
• Aspecto
A genético
éi
• Aspecto
A t sócio-cultural
ó i lt l
• Aspecto
A t conflitual-psicológico
flit l i ló i
ƒ Aspecto tópico
Aspecto tópico

¾Equivale ao modelo de representação


espacial
i l do
d psiquismo
i i
¾Dois “tópicos”
tópicos freudianos:
1ª - distinção fundamental entre
inconsciente, pré-inconsciente e consciente
2ª - Três instâncias: Id,
Id Ego,
Ego Super
Super-ego
ego
• Sistema Consciente: com a função de receber informações
provenientes do interior e do exterior,
exterior que ficam registadas
qualitativamente de acordo com o prazer ou desprazer que
elas causam,, pporém isso não fica retido ou arquivado
q no
consciente.

O Sistema Pré‐Consciente: chamado de barreira de contacto,
pois está articulado com o consciente. Serve como uma
peneira
i que selecciona
l i aquilo
il que pode
d ou não
ã passar para o
consciente. È um pequeno arquivo de registos.

Sistema Inconsciente: parte mais arcaica do aparelho
psíquico,
p q , onde existem as p
pulsões. Funcionalmente ele opera
p
pelas leis do processo primário. Além das pulsões do Id,
também opera muitas funções do Ego e do Superego

26‐11‐2010 101
• Na infância, dirigida 
Desenvolvimento 
Desenvolvimento a si mesma (auto
a si mesma (auto‐
da personalidade Sexualidade erótica)

•A
A partir da 
partir da
adolescência, voltada 
para os outros

1ª. •Pulsões‐Pulsão é um conceito situado entre o mental e o somático ‐ é 
o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do 
Inconsciente or anismo e al an am a mente
organismo e alcançam a mente
•Desejos
•…

•Entre o consciente e o inconsciente
Subconsciente •Conteúdos traduzidos a consciência

•Pensamentos
Consciente •Sentimentos

26‐11‐2010 102
• Através do processo de recalcamento os pensamentos, acontecimentos
e memórias que possam ser dolorosos para o sujeito são enviados para
o inconsciente, de modo a preservar o seu equilíbrio psíquico; (1ª
tópica)

Consciente constituído por: 
constituído por:
raciocínios, percepções, 
pensamentos;

Pré‐consciente constituído pelas as 
memórias, fantasias e lembranças 
que nem sempre estão na 
consciência do sujeito;
Inconsciente onde se encontram 
recalcamentos desejos pulsões
recalcamentos, desejos, pulsões 
agressivas ou inatas e medos.
• Modelo Estrutural (2ª Tópica)


Diferentemente da 1ª tópica que tinha um carácter de
passividade, a 2ª tópica é mais activa e dinâmica
• O modelo estrutural significa um conjunto de elementos que
separadamente têm funções específicas, porém que são
dissociadas entre si, si interagem permanentemente e
influenciam‐se reciprocamente.
• A sua divisão é tripartida e consiste em três instâncias:
• Id, Ego e Superego

26‐11‐2010 104
2ª.
• Fonte de pulsões inconscientes
p
Id • Rege‐se pelo princípio do prazer e 
pelo processo primário

• Instância Consciente
Ego • Mediador entre as pressões do 
Mediador entre as pressões do
Superego e do Id

• Normas, regras e interditos sociais, 
Super ego culturais e morais interiorizados

26‐11‐2010 105
Constituição do aparelho psíquico

• Di
Dividiu
idi o aparelho
lh psíquico
í i em 3 níveis:
í i ID,EGO
ID EGO e
SUPEREGO (2ª tópica)
ƒ Aspecto dinâmico

¾ Apresentação
A t ã do
d
comportamento humano como
resultado de um jjogo
g e de uma
interacção de energias.
ƒAspecto genético
ƒAspecto genético

¾ Estudo do desenvolvimento
psíquico da pessoa a partir do
estádio
ádi indiferenciado
i dif i d do
d recém-
é
nascido até à formação da
personalidade do adulto.
p
ƒ Aspecto sócio‐cultural
Aspecto sócio‐cultural

• Incidência das formas


características da sociedade e da
civilização no desenvolvimento
d energias
das i humanas.
h
ƒ Aspecto conflitual‐psicológico
Aspecto conflitual psicológico

¾ Compreensão do funcionamento
do psiquismo normal através da
génesis e da evolução das doenças
psíquicas.
E
Estrutura da Personalidade
d P lid d

• As observações de Freud revelaram uma série 
interminável de conflitos e acordos psíquicos. 
p q
• A um instinto opunha‐se outro. 
• As proibições sociais bloqueavam pulsões biológicas, 
As proibições sociais bloqueavam pulsões biológicas
e os modos de enfrentar situações frequentemente 
chocavam se uns com os outros
chocavam‐se uns com os outros. 
Freud tentou ordenar este caos aparente, 
d d
p p
propondo três componentes básicos 
p
estruturais da psique: 

► Id, Ego
Id Ego e Super‐ego. 
e Super‐ego
O Id
O Id
™ Contém tudo o que é herdado, que 
está presente no nascimento, e na 
está presente no nascimento e na
constituição, acima de tudo os 
i i
instintos que se originam da 
i i d
organização somática e encontram 
g ç
expressão psíquica sob formas que 
nos são desconhecidas.
ã d h id
É a estrutura da personalidade
original,
i i l básica
bá i e central
t l do
d ser
humano exposta tanto às
humano,
exigências
g somáticas do corpo,
p ,
como às exigências do Ego e do
Super-ego.
As leis lógicas do pensamento não
se aplicam
li ao Id,
d havendo
h d assim,
i
impulsos contrários lado a lado,
lado
sem que um anule o outro, ou sem
que um diminua o outro.
O Id seria o reservatório de energia
de toda a personalidade.
O Id
O Id
™Pode ser associado a um cavalo, cuja força é total, 
™P d i d l j f ét t l
mas que depende do cavaleiro para usar de modo 
adequado essa força.
adequado essa força. 
™Os seus conteúdos são quase todos inconscientes, 
eles incluem configurações mentais que nunca se 
tornaram conscientes, assim como o material que foi 
considerado inaceitável pela consciência. 
™U
™Um pensamento ou uma lembrança, excluídos da 
t l b l íd d
consciência, mas localizados na área do Id, será 
capaz de influenciar toda a vida mental de uma
capaz de influenciar toda a vida mental de uma 
pessoa.
O Ego
O Ego
• ÉÉ a parte do aparelho psíquico que está em 
contacto com a realidade externa. 

• D
Desenvolve‐se a partir do
l i d Id, à medida que a 
Id à did
pessoa vai tomando consciência da sua 
própria identidade, vai aprendendo a aplacar 
as constantes exigências do Id.
as constantes exigências do Id. 
• Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas 
extrai dele a energia suficiente para as suas 
realizações.

• Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e 
sanidade da personalidade
sanidade da personalidade.

• Uma
Uma das características principais do Ego é estabelecer 
das características principais do Ego é estabelecer
a conexão entre a percepção sensorial e a acção 
muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário.

• Tem a tarefa de auto‐preservação. 
Em relação aos acontecimentos externos
Em relação aos acontecimentos externos
p
Desempenha ç ,
a sua função, dando conta dos 
estímulos externos:
armazenando experiências sobre eles na 
memória, 
evitando o excesso de estímulos internos 
(mediante a fuga), 
( )
lidando com estímulos moderados (através da 
d ã )
adaptação) 
e aprendendo, através da actividade, a produzir 
modificações convenientes no mundo externo, 
difi õ i t d t
em benefício próprio .
Em relação aos acontecimentos internos, 
ou seja, em relação ao Id

Desempenha a missão de obter controle 
sobre as exigências dos instintos, decidindo se 
elas devem ou não ser satisfeitas, adiando 
elas devem ou não ser satisfeitas, adiando
essa satisfação para ocasiões e circunstâncias 
mais favoráveis ou suprimindo inteiramente
mais favoráveis ou suprimindo inteiramente 
essas excitações. 
O Ego
O Ego

• Considera as tensões produzidas pelos 
estímulos e coordena e conduz estas tensões
estímulos e coordena e conduz estas tensões 
adequadamente. 
• A elevação dessas tensões é, em geral, sentida 
p ç p
como desprazer e a sua redução como prazer.
• Esforça‐se pelo prazer e busca evitar o 
desprazer.
desprazer
ƒ Assim sendo, o Ego é originalmente criado
pelo Id na tentativa de melhor enfrentar as
necessidades de reduzir a tensão e aumentar o
prazer.
Contudo para fazer isto
Contudo, isto, o Ego tem de
controlar ou regular os impulsos (Necessidade imperiosa, 
muitas vezes irresistível, que leva certos indivíduos à prática de actos irreflectidos) do
d Id,
Id de
d
modo que a pessoa possa buscar soluções
mais adequadas, ainda que menos imediatas e
mais realistas.
O Super ego
O Super‐ego
• EEsta última estrutura da personalidade desenvolve‐
úl i d lid d d l
se a partir do Ego. 
• Actua como um juiz ou censor sobre as actividades e 
A j i b i id d
pensamentos do Ego
• É o depósito dos códigos morais, modelos de 
É d ói d ódi i d l d
conduta e dos parâmetros que constituem as 
inibições da personalidade
inibições da personalidade. 
• Freud descreve três funções do Super‐ego: 
consciência auto observação e formação de ideais
consciência, auto‐observação e formação de ideais.
• Enquanto
qua to co consciência
sc ê c a pessoa
pessoal,, age ta
tanto
to paparaa
restringir, proibir ou julgar a actividade consciente,
porém,, também p
p pode agir
g inconscientemente.

• As restrições inconscientes são indirectas e podem


aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.

• Tem a capacidade de avaliar as actividades da


pessoa, ou seja, da auto‐observação,
independentemente das pulsões do Id para tensão‐
redução e independentemente do Ego, que também
está envolvido na satisfação das necessidades.
• A
A formação de ideais do Super‐ego
formação de ideais do S per ego está ligada 
está ligada
ao seu próprio desenvolvimento. 

• O Super‐ego
Super ego de uma criança é construído
segundo o modelo não dos seus pais, mas do
S
Super‐ego d seus pais;
dos i
• os conteúdos qque ele encerra são os mesmos
e torna‐se veículo da tradição e de todos os
duradouros julgamentos de valores que dessa
forma se transmitiram de geração em geração.
O modelo freudiano
O modelo freudiano

• Freud concebeu o inconsciente como a instância onde se


acumulal a energia
i que está tá na base
b d construção
da t ã do d
humano.
• Freud reduziu essa grande “fonte
fonte energética
energética” ao impulso ou
pulsão sexual.
• Foi sobretudo em termos de sexualidade que ele explorou o
mundo do inconsciente.
F ã d
Função de controlo do Ego
t l d E

Há 4 grupos de
d comportamentos
explicados à luz da teoria
freudiana:
eud a a:
1 Pulsões
1‐ P l õ que satisfazem as exigências 
ti f i ê i
do Super‐ego
do Super ego

Ex: Os encontros heterosexuais entre


duas pessoas casadas que são o
resultado de uma pulsão sob a forma
de um acto de amor.
amor
2‐ Pulsões
l que não satisfazem
f as exigências
ê d Super‐
do
ego e são sublimadas

• A energia associada a impulsos e instintos social e


pessoalmente
l constrangedores
d é na impossibilidade
é, i ibilid d de
d
realização destes, canalizada para actividades socialmente
meritórias e reconhecidas.

• Ex.: A frustração de um relacionamento afectivo mal


sucedido, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte.
3‐ Pulsões que não satisfazem as exigências do 
Super‐ego
Super ego ee são removidas
são removidas

• A pulsão não admite ser sublimada nem mascarada;


permanece removida,
removida morre aparentemente,
aparentemente depois de ter
lutado contra o Super‐ego.

• A pulsão originária, não satisfeita, dá lugar a um complexo.


4‐ Pulsões que não satisfazem as exigências do Super‐
q g p
ego e que se transferem para outros objectos

• Corresponde à realização de uma pulsão que, ao não ser 
aceite pelo Super‐ego, é camuflada para poder realizar‐se.
p p g , p p

• A
A pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão
pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra 
por outra
diferente e socialmente mais aceite. 

• Ex.: Durante uma discussão, a pessoa tem um forte impulso 
, p f p
de dar um murro à outra, entretanto, acaba por transferir tal 
impulso para um copo, atirando‐o ao chão.
É neste contexto que 
q
aparecem os diferentes 
p
estádios do 
desenvolvimento
Estádios

Estádios

Oral Anal Fálico Latência Genital

Até 1 ano 1‐3 anos 3‐5 anos 6‐11 anos A partir da 


adolescência

26‐11‐2010 133
Fase Oral
• Período: de 0 a 1 ano aproximadamente.
• As necessidades,
necessidades percepções e modos de expressão
do bebé estão originalmente concentrados na boca,
lábios,, língua
g e outros órgãos
g relacionados com a
zona oral.
• A região do corpo que proporciona maior prazer à
criança
i é a boca,
b pela
l quall a criança
i entra em
contacto com o mundo ‐ é por esta razão que a
criança pequena tende a levar tudo o que pega à
boca.
• Op principal
p objecto
j de desejo
j nesta fase é o seio da
mãe, que além de alimentar proporciona satisfação
ao bebé.
Fase anal
• P
Período:
í d 1 aos 3 anos aproximadamente.
i d
• Neste período a criança passa a adquirir o controle dos
esfíncteres.
esfíncteres
• A zona de maior satisfação é a região do ânus.
• A criança descobre que pode controlar as fezes que saem
do seu interior, oferecendo‐o à mãe ora como um
presente, ora como algo agressivo.
• É nesta etapa que a criança começa a ter noção de
higiene.
g
• Fase de birras.
Fase Fálica
Fase Fálica
• Período: dos 3 aos 5 anos aproximadamente.
aproximadamente
• Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta‐se
para a região genital.
• Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto
as meninas possuem um pénis.
• Ao serem defrontadas com as diferenças anatómicas entre os
sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais
infantis", imaginando que as meninas não têm pénis porque
este órgão lhe foi arrancado (complexo de castração).
castração)
• É neste momento que a menina tem medo de perder o seu
pénis.
• Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o
menino passa a apresentar uma atracção pela mãe e se
rivalizar com o p
pai,, e na menina ocorre o inverso.
Fase latente
• Período: dos 5/6 anos, aproximadamente, até à puberdade, por
volta dos 12 anos
• Este período tem por característica principal um deslocamento
da libido da sexualidade para actividades socialmente aceitas,
ou seja,
seja a criança passa a gastar a sua energia em actividades
sociais e escolares.
• Fase de relativa tranquilidade ou inactividade do impulso sexual
d
durante
t o período
í d que se estende
t d dad resolução
l ã dod complexo
l d
de
Édipo até a puberdade (dos 5/6 anos até cerca de 11/13 anos), o
que permite o desenvolvimento dos aparelhos do ego e o
d í i de
domínio d habilidades.
h bilid d
• Elementos de identificação ulteriores podem ser adicionados
aos componentes
p edípicos
p com base nos contactos com outras
figuras importantes fora da família: professores, treinadores e
outros adultos.
Fase genital
Fase genital
• P
Período:
í d a partir
ti dos
d 11/12 anos, atété que o
adolescente atinja a vida adulta.
• Neste período,
período que tem início com a adolescência,
adolescência há
uma retoma dos impulsos sexuais.
• O adolescente passa a buscar, em pessoas fora do
seu grupo familiar, um objecto de amor.
• A adolescência é um período de mudanças no qual o
jovem tem que elaborar a perda da identidade
infantil e dos pais, da infância, para que, pouco a
pouco possa assumir uma identidade adulta.
pouco, adulta
Libido
• É uma energia de carácter sexual que procura a obtenção de prazer;
• Os humanos nascem “poliformicamente
poliformicamente perversos
perversos”,, ou seja, procuram
obter prazer de objectos sem recorrer ao acto sexual;
• A Libido é voltada para o interior do sujeito quando a criança sente
prazer consigo mesma e desenvolve-se em 5 estádios. É o chamado
desenvolvimento psicossexual :
¾ Estádio oral – Ex.: Chupar a chucha;
¾ Estádio anal – Ex.: Controlar a defecação;
¾ Estádio fálico – Ex.:
Ex : Manipulação dos órgãos genitais;
¾ Estádio de latência –Libido orientada para as actividades
sociais como, por ex. o estudo na escola;
¾ Estádio g genital – Inicia-se na p
puberdade,, onde prevalece
p uma
sexualidade genital;

• O primeiro investimento da libido numa outra pessoa dá-se no momento


do Complexo de Édipo: a criança ama o progenitor do sexo oposto e
compete pelo seu amor com o progenitor do mesmo sexo
Em suma
Em suma…
9Muitos
Muitos dos problemas psicopatológicos da idade adulta que
trata a Psicanálise têm as suas raízes nas primeiras fases ou
estádios do desenvolvimento.
9Na perspectiva freudiana, a “construção” do sujeito, da sua
personalidade, não se processa em termos objectivos (de
conhecimento) mas em termos objectais.
conhecimento), objectais
9O objecto, em Freud, é um objecto libidinal, de prazer ou
desprazer,
p , “bom ou mau”,, ggratificante ou não ggratificante,,
positivo ou negativo.
9A formação dos diferentes estádios é determinada,
precisamente, por essa relação objectal.
9 EEm Freud,
F d o estádio tádi é definido
d fi id e caracterizado
t i d pela l
concentração da libido (impulso ou pulsão sexual), numa
determinada zona erógena: boca, ânus, órgãos sexuais.
9 Nos três primeiros estádios não há dúvidas a este respeito. Mas
no quarto, a libido difunde‐se por todo o corpo, acalma, ficando
como qque adormecida ou no estádio de latência. No q quinto,, ela
vem de novo à superfície e concentra‐se de um modo mais viril,
explícito e determinante nos órgãos sexuais que, através de
toda uma série de transformações hormonais, a partir desse
momento começam a manifestar a força adulta da genitalidade
e a adquirir a capacidade de procriar.
9 É por essa razão que,
que no modelo freudiano,
freudiano a relação da pessoa
humana e do mundo passa, com mais ou menos intensidade,
através dessas zonas consoante o estádio de desenvolvimento
em que a criança se encontra.
encontra
• ∙ Propõe, à data, um novo modelo radical da
mente humana, que alterou a forma como
pensamos sobre nós próprios, a nossa
linguagem e a nossa cultura.

• A sua descrição
ç da mente enfatiza o ppapel
p
fundamental do inconsciente na psique
humana e apresenta o comportamento
humano como resultado de um jogo e de uma
i t
interacção
ã de
d energias.
i

26‐11‐2010 142
• Freud contribuiu para a eliminação da
p ç básica entre sanidade e
tradicional oposição
loucura ao colocar a normalidade num
continuum e procurou compreender
funcionamento do psiquismo normal através
da génesis e da evolução das doenças
psíquicas.

26‐11‐2010 143
• Estudo do desenvolvimento psíquico da pessoa a partir 
do estádio indiferenciado do recém nascido até à
do estádio indiferenciado do recém‐nascido até à 
formação da personalidade do adulto.
• ∙ Muitos dos problemas psicopatológicos da idade 
Muitos dos problemas psicopatológicos da idade
adulta de que trata a Psicanálise têm as suas raízes, as 
suas causas, nas primeiras fases ou estádios do 
desenvolvimento.
desenvolvimento
• ∙ Na perspectiva freudiana, a “construção” do 
sujeito, da sua personalidade, não se processa em
sujeito, da sua personalidade, não se processa em 
termos objectivos (de conhecimento), mas em termos 
objectais. 
• ∙ O objecto, em Freud, é um objecto libidinal, de 
b d é b lbd l d
prazer ou desprazer, “bom ou mau”, gratificante ou não 
gratificante, positivo ou negativo.
gratificante, positivo ou negativo.
• ∙ A formação dos diferentes estádios é 
determinada, precisamente, por essa relação objectal. 
(Estádios: Oral, Anal, Fálico, Latência, Genital) 
26‐11‐2010 144
• A sua teoria sobre o desenvolvimento da 
p
personalidade atribui uma nova importância 
p
às necessidades da criança em diversas fases 
do desenvolvimento e sobre as
do desenvolvimento e sobre as 
consequências da negligência dessas 
necessidades para a formação da
necessidades para a formação da 
personalidade

26‐11‐2010 145
Eric Erikson
O desenvolvimento da personalidade

26‐11‐2010 146
Desenvolvimento 
Desenvolvimento Ocorre ao longo da 
O l d IInfluência de 
fl ê i d
da personalidade vida contextos sociais

Confiança vs  Identidade vs 


Desconfiança (até  Difusão/Confusão 
aos 18 meses)) (12‐18/20 anos)

Autonomia vs  Intimidade vs 
Dúvida e Vergonha  Isolamento (18/20 –
(
(18 meses ‐ 3 anos)) 30 anos)
30 anos)

Generatividade vs 
Iniciativa vs Culpa   g ç (
Estagnação (30 – 60 
(3‐6 anos) anos)

Industria vs  Integridade vs 
Inferioridade (6‐12  Desespero (mais de 
( d
anos) 65 anos)
26‐11‐2010 147
III‐ Estádios de desenvolvimento segundo 
Erikson

• Nota Introdutória: Segundo Erikson, psiquiatra


que desenvolveu a teoria da personalidade e os
seus "Oito Estádios de Desenvolvimento", a
socialização da criança pode ser dividida em oito
fases distintas, formuladas a partir do trabalho
psicoterapêutico de Erikson com crianças e
adolescentes de todas as camadas sociais.
• Cada fase é responsável por um "conflito sócio‐
emocional" do indivíduo,, exigindo
g uma superação
p ç
dessa crise para que se chegue ao estádio seguinte.

• Pode‐se comparar o desenvolvimento emocional e


social da criança à construção de uma casa: a
fundação da casa precisa de ser firme para que o
primeiro andar se sustente, e assim por diante até ao
último andar. Da mesma forma,, cada fase do
desenvolvimento da criança é importante para que a
próxima fase possa ser superada sem problemas.
Estádios de desenvolvimento segundo 
Erikson

• Nascimento a 1 ano ‐ CONFIANÇA FACE À DESCONFIANÇA ‐


aprendendo a confiar em vez de desconfiar

• Durante os p primeiros dois anos de vida,, a criança


ç desenvolve
a confiança básica, a segurança e o optimismo. Como ela
depende dos pais para tudo (alimentação, afecto, protecção),
ela precisa confiar inteiramente neles. Para isso, é preciso que
os pais a tratem com muito amor, atenção, apoio e paciência.
Caso contrário,
contrário crescerá insegura e desconfiada.
desconfiada
• 2 aos 3 anos – AUTONOMIA FACE À VERGONHA E À DÚVIDA ‐
aprendendo a ser independente em vez de sentir vergonha e 
dúvida

• Nesta fase, a criança dá um grande salto no desenvolvimento: aprende a


andar, a falar, a ir ao WC, torna-se independente e ganha auto-confiança.

• A criança que tiver uma boa orientação dos pais sairá dessa fase segura de
si mesma, feliz com as suas novas conquistas e orgulhosa, em vez de ser
tímida.

• É importante incentivar a autonomia das crianças nessa fase, mas isso não
pode ser sinónimo de indisciplina. É comum que as crianças de 2 ou 3 anos
f
façam cenas no meio
i da
d rua, se recusem a dar
d a mão para atravessar a rua, e
digam "não" com muita facilidade.

• Cabe
C b aos pais
i explicar
li carinhosamente
i h o que a criança
i pode
d ou não pode
d
fazer sem impedir que se desenvolva. A super-protecção também atrapalha
o desenvolvimento e torna a criança dependente dos pais.
¾ 4 a 5 anos – ESPÍRITO DE INICIATIVA FACE AO SENTIDO DE CULPA ‐
aprendendo a ter iniciativa em vez de sentir culpa
• Nesta fase, a criança saudável aprende: (1) a imaginar, a brincar no
mundo do faz‐de‐conta e da fantasia; (2) a cooperar com os outros; e (3) a
dar e a receber ordens.

• Aprende a equilibrar diversão e responsabilidade.

• A criança que é reprimida pelos pais nesta fase, sente‐se culpada, cresce
com medo, fica deslocada dentro do grupo, não tem iniciativa (depende
muito dos adultos) e não desenvolve satisfatoriamente a imaginação e a
criatividade.

• É importante que as crianças sejam encorajadas pelos pais a desenvolver a


sua criatividade, aprendendo a controlar os seus impulsos sem se
tornarem indisciplinadas.
indisciplinadas
¾6 anos à puberdade – HABILIDADE/PRODUTIVIDADE FACE AO SENTIDO 
DE INFERIORIDADE
DE INFERIORIDADE
– aprendendo a construir em vez de se sentir inferior

• Surge no início da vida escolar (escola primária).

• Nesta fase a criança adquire noções básicas para a vida em sociedade,


como: (1) relacionar‐se em grupo de acordo com regras sociais; (2) brincar
em grupo de forma organizada, seguindo regras; (3) ir à escola, aprender
aritmética, leitura e estudos sociais. Os T.P.C. são uma tarefa que
incentivam a auto‐disciplina, que aumenta a cada ano do
desenvolvimento.

• A criança que aprendeu, nos anos anteriores, a confiar, a ser


independente e a ter iniciativa,
iniciativa será uma criança competente na escola e
sem complexos de inferioridade perante os colegas.
¾Adolescência – IDENTIDADE FACE À DISPERSÃO
¾Adolescência – IDENTIDADE FACE À DISPERSÃO
• Descobrindo quem é para não se perder.
• D 12 aos 18 anos, o adolescente
Dos d l t aprended a responder
d à pergunta
t "Quem
"Q sou
eu?". Porém, até mesmo os adolescentes mais saudáveis psicologicamente vivem
um momento de difusão da identidade: a grande maioria deles envolve‐se em
menor ou maior grau com a delinquência, confusão e revolta.
• Segundo Erikson, durante a adolescência sadia, o indivíduo amadurece a sua
perspectiva de tempo. Este é o momento psicológico mais importante da vida do
indivíduo: o jovem descobre o seu caminho e, a partir das suas dúvidas, define a
sua identidade. Caso os conflitos anteriores não tenham sido bem resolvidos,, o
adolescente terá dificuldades para enfrentar este grande momento de definição.

• Se tiver sucesso, assumirá papéis construtivos dentro da sociedade, em vez de


seguir
i o caminho
i h dad delinquência,
d li ê i como acontece t com o adolescente
d l t mall
preparado psicologicamente.

• O adolescente saudável é capaz de planear o seu futuro, futuro antever as suas


realizações e de lutar por elas, em vez de ficar paralisado devido a sentimentos de
inferioridade. Caso contrário, não conseguirá definir a sua vocação profissional, a
sua orientação sexual e o seu papel na sociedade.
¾ 19 aos 30 anos – INTIMIDADE FACE AO ISOLAMENTO ‐
descobrindo o outro para não se isolar

• O adulto jjovem e saudável jjá está p


preparado
p psicologicamente
p g para ter
p
intimidade afectiva e sexual com outra pessoa.

• Independente do seu sucesso profissional,


f o indivíduo
í só
ó estaráá
plenamente desenvolvido quando for capaz de ter intimidade com
alguém.

• Aquele que não tiver alcançado a noção de intimidade terá dificuldades


em manter relacionamentos,
relacionamentos terá medo de se envolver afectivamente e a
depender de outra pessoa.
¾30 a 50 anos ‐ CAPACIDADE GERADORA ‐ aprendendo a gerar 
para evitar a estagnação

• Na vida adulta,
adulta o indivíduo precisa produzir,
produzir criar,
criar seja através da maternidade ou
paternidade, seja trabalhando produtiva e criativamente.

• Segundo Erikson, as pessoas que são capazes de olharem para fora de si, para a
família, terão a sensação de estarem a contribuir para as futuras gerações. Os
indivíduos que não constituem família poderão sentir‐se estagnados na meia
idade.

• Caso o indivíduo supere as sete etapas anteriores do desenvolvimento


psicossocial, é capaz de fazer julgamentos com maturidade e integridade. Sabe
confiar, é independente e não tem medo de desafios; encontrou o seu caminho na
vida e tem uma imagem de si mesmo que o satisfaz. Consegue manter uma vida
íntima sem culpa, controle, arrependimento ou falta de realismo. Tem orgulho do
que produz: o seu trabalho, os seus filhos, os seus hobbies.

• Se uma ou mais etapas do desenvolvimento psicossocial não forem bem


resolvidas, o indivíduo pode ter uma má imagem de si mesmo, viver insatisfeito,
arrependido e desesperado.
¾ A partir dos 50 anos ‐ SABEDORIA ‐ integridade do ego em vez do 
desespero e do desgosto
desespero e do desgosto

• Com a velhice chega o momento de reflexão sobre a vida e o seu papel no


mundo. É a hora do balanço das suas conquistas e dos seus fracassos.

• Se a pessoa está satisfeita com a vida que teve e sente que existe uma
união entre ela e as pessoas que a rodeiam, aceitará a morte com
integridade.

• Citando Erikson, a criança saudável não teme a vida, e o idoso saudável


não teme a morte. Porém, se o indivíduo chega a essa idade insatisfeito e
arrependido, muito provavelmente viverá momentos de desespero e
temor da morte.
morte
Processo de socialização
Processo de socialização
Família Relação Mãe‐Bebé

• Papel decisivo no  A carência afectiva 
•Papel decisivo na  processo de  materna tem 
integração do indivíduo  socialização repercussões que 
na sociedade
na sociedade acarretam 
• A criança aprende a  perturbações físicas
•A criança beneficia de  atribuir significados 
um conjunto de 
j aos comportamentos
aos comportamentos 
conhecimentos e  dos outros e às 
comportamentos situações

26‐11‐2010 158
• ∙ A teoria que desenvolveu nos anos 50 partiu do aprofundamento da
teoria psicossexual de Freud e respectivos estádios, mas rejeita que se
explique a personalidade apenas com base na sexualidade.
• ∙
• Acredita na importância da infância para o desenvolvimento da
personalidade mas, ao contrário de Freud, acredita que a personalidade se
continua a desenvolver para além dos 5 anos de idade.

26‐11‐2010 159
• No seu trabalho
b lh mais conhecido,
h d Erikson
k propõe
õ 8 estádios
ádi d
do
desenvolvimento psicossocial através dos quais um ser humano em
desenvolvimento saudável deveria passar da infância para a idade adulta.

• Em cada estádio cada sujeito confronta‐se, e de preferência supera, novos


desafios ou conflitos.
conflitos Cada estádio/ fase do desenvolvimento da criança é
importante e deve ser bem resolvida para que a próxima fase possa ser
superada sem problemas.

26‐11‐2010 160
• TTall como Piaget,
Pi t concluiu
l i que não
ã se deve
d apressar o desenvolvimento
d l i t
das crianças, que se deve dar o tempo necessário a cada fase de
desenvolvimento, pois cada uma delas é muito importante.

• Sublinhou que apressar o desenvolvimento pode ter consequências


emocionais e minar as competências das crianças para a sua vida futura.
futura

26‐11‐2010 161
• Human personality in principle develops 
according to steps predetermined in the 
growing person's readiness to be driven 
toward, to be aware of and to interact with a
toward, to be aware of and to interact with a 
widening social radius" 
• Erik
E ik Erikson.
E ik

26‐11‐2010 162
Jerome Bruner
Jerome Bruner

26‐11‐2010 163
Alguns dados biográficos
Alguns dados biográficos

Nasceu nos Estados Unidos – Nova Iorque – em 1915;

Graduou‐se na Universidade de Duke em 1937;

Obteve o titulo de doutor na Universidade de Harvard em 1941;

Tem sido considerado o pai da Psicologia Cognitiva;


Tem sido considerado o pai da Psicologia Cognitiva;

Pesquisou acerca do trabalho na sala de aula e desenvolveu 
Uma teoria da instrução;
Uma teoria da instrução;

Entre os vários livros que escreveu encontra‐se, o livro “Uma 
N
Nova Teoria da Aprendizagem”.        
T i d A di ”
26‐11‐2010 164
B
Bruner – Aprendizagem por descoberta
A di d b t

A maior preocupação de Bruner era como fazer com que o aluno participasse
activamente no processo de aprendizagem.

Para ele, o aluno estabelece relações entre os elementos do seu conhecimento


e constrói estruturas cognitivas para reter esse conhecimento de forma
organizada.

O método por descoberta ‐ permite ao aluno desenvolver


habilidades na resolução de problemas, exercitar o pensamento critico,
distinguir o importante do superficial, preparando‐o para enfrentar os
problemas do dia‐a‐dia.

26‐11‐2010 165
Bruner – Aprendizagem por descoberta
Aprendizagem por descoberta

Aprendizagem

consiste essencialmente na categorização (ocorre para simplificar a interacção 
com a realidade e facilitar a acção). 
processos
p

9 selecção de informação;
l ã d i f ã
determinam diferentes conceitos
9 geração de proposições;
9 simplificação;
9 tomada de decisões e construção;
tomada de decisões e construção;
9 verificação de hipóteses. 

26‐11‐2010 166
Bruner – Aprendizagem por descoberta
Aprendizagem por descoberta

A aprendizagem é um processo activo, de associação e 
A di é ti d i ã
construção. 

A estrutura cognitiva prévia do aluno é um factor essencial na aprendizagem. 

− dá significação e organização às suas experiências

− permite ir mais além da informação dada

para a integrar à sua estrutura cognitiva é preciso
aprofundá‐la e contextualizá‐la. 
f dá l li á l
26‐11‐2010 167
Bruner – Aprendizagem por descoberta
Aprendizagem por descoberta

O desenvolvimento dos processos cognitivos possuem 3 etapas 
gerais que se desenvolvem em sistemas complementares para
gerais  que se desenvolvem em sistemas complementares para 
assimilar a informação e representá‐la, sendo estes:

Modo inactivado – é a primeira inteligência prática, surge e 
desenvolve‐se como consequência do contacto da criança com 
os objectos e com os problemas da acção que o meio lhe dá. 

Modo icónico – é a representação de coisas através de imagens livres 
da acção, ou seja, representar imagens mentais que representam objectos.s.

Modo simbólico – é quando a acção e as imagens se dão a conhecer 
ou melhor, se traduzem em linguagem.  

26‐11‐2010 168
Bruner – Aprendizagem …
Aprendizagem …

Bruner não limita a descoberta a apenas o encontro de coisas novas.
A descoberta pode:
9 libertar o aluno de expectativas quanto à existência de uma 
resposta certa activando assim todo o potencial intelectual disponível;
resposta certa, activando assim todo o potencial intelectual disponível;

9 libertar o aluno do controle através das recompensas ou do castigo
imediato e provocar uma verdadeira motivação;
imediato e provocar uma verdadeira motivação;

9 permitir o desenvolvimento pessoal de processos de descoberta quee
podem ser generalizados a diversas situações;
podem ser generalizados a diversas situações;  

9 favorecer a invocação de informações. 

26‐11‐2010 169
Bruner – Teoria da instrução
Teoria da instrução

Princípios base da Teoria da Instrução:

Motivação –– predisposição para aprender.
Motivação 

Activação – explica a conduta de exploração de alternativas. 
Manutenção – quando produzida a conduta há que a manter e 
para isto, é necessário que a exploração seja mais
it é ái l ã j i
benéfica que prejudicial.
Direcção – a exploração de alternativas tem de ter uma direcção.

Estrutura e forma do conhecimento –
Estrutura e forma do conhecimento – forma como se representa o 
conhecimento.

Modo de representação – inactiva, icónica e simbólica. 
Economia – refere‐se à quantidade de informação que se necessita paraa
representar e processar o conhecimento Ex Matemática
representar e processar o conhecimento. Ex. Matemática.
Poder efectivo – o conhecimento tem de ter um valor generativo igual
26‐11‐2010 tanto no campo real como no psicológico.  170
Bruner – Teoria da instrução
Teoria da instrução

Sequência – tem a ver com o facto do aluno para aprender umas coisas 
Sequência –
já tem de ter adquirido outras.

Reforço – o aluno deve assegurar‐se de que os resultados estão 
Reforço –
correctos 

Pressupõe ainda:

Um tipo de professor 
Um tipo de professor ‐‐ com profundos conhecimentos do conteúdo 
das matérias de ensino.

Currículo espiral ‐ o currículo deve organizar‐se de forma espiral, isto é, 
Currículo espiral ‐
trabalhar de forma periódica os mesmos conteúdos, cada vez com maior 
profundidade.  

26‐11‐2010 171
Bruner

Por tudo isto, pode dizer‐se que o método de Bruner é socrático.

Quando o aluno se acomoda ao conhecimento adquirido, cabe ao professor
Quando o aluno se acomoda ao conhecimento adquirido cabe ao professor
suscitar‐lhe dúvidas – currículo em espiral.  

O fundamental é a interacção entre: aluno, material e modo como este lhe
O fundamental é a interacção entre: aluno material e modo como este lhe
é apresentado.

O aluno é encarado como o construtor da sua própria aprendizagem e situa
O a u o é e ca ado co o o co st uto da sua p óp a ap e d age e s tua
o professor como elemento “desafiador” e não apenas como um fornecedor 
de respostas prontas. 

"A escola não desenvolve a inteligência." − Jerome Bruner.

26‐11‐2010 172
Teoria cognitivista
Teoria cognitivista

• Bruner afirma na sua teoria que a


aprendizagem é um processo activo, no qual
os aprendizes constroem novas ideias,
ideias ou
conceitos, baseados nos seus conhecimentos
passados e actuais.

26‐11‐2010 173
• A estrutura cognitiva (esquemas, modelos
mentais) fornecem significado e organização
para as experiências e permitem ao indivíduo
ir além da informação dada
"ir dada"
• pesquisou o trabalho de sala de aula e
desenvolveu uma teoria da instrução, que
sugere metas e meios para a acção do
educador

26‐11‐2010 174
• A teoria construtivista de Bruner é uma
estrutura ggeral p
para a instrução,
ç baseada no
estudo da cognição.
• Muito da teoria está ligado à pesquisa do
desenvolvimento infantil

26‐11‐2010 175
• Teoria do Valor: Que conhecimentos e competências são 
valiosas na aprendizagem?
• Quais são os objectivos da educação?

• Teoria do Conhecimento:
Teoria do Conhecimento: O que é o conhecimento?
O que é o conhecimento?
• Como é que é diferente da crença?
• O que é um erro?
O que é um erro?
• O que é uma mentira?

• Teoria da natureza humana: O que é um ser humano?
• Como é que diferem de outras espécies?
• Quais são os limites do potencial humano?
Quais são os limites do potencial humano?

• Teoria da Aprendizagem:
p g O que é aprender?
q p
• Como é que as competências e os conhecimentos são 
adquiridos?

26‐11‐2010 176
• Teoria da Transmissão: Quem ensina?
• q
Por que métodos?
• O que vai ser o currículo?
• Teoria da Sociedade: O que é a sociedade?
Teoria da Sociedade: O que é a sociedade?
• Como é que as instituições estão envolvidas no 
processo educativo?
processo educativo?
• Teoria da Oportunidade: Quem pode ser educado?
• O que é ser escolarizado?
O que é ser escolarizado?
• Teoria do Consenso: Porque é que as pessoas 
discordam?
• Como é alcançado o consenso?
• Q
Que opinião tem precedência?
i iã t dê i ?

26‐11‐2010 177
• Narrativa diacrónica: As narrativas têm sentido ao
longo do tempo.
• Particularidade: A ideia de que lidar com narrativas e
determinados eventos podem ser vagos no seu
geral.
geral
• Implicação e estado intencional: O conceito de que
personagens
p g dentro de uma narrativa tem "crenças,
ç ,
desejos, teorias, valores e assim por diante"
• Hermenêutico: A teoria de que as narrativas possam
ser interpretadas em termos do seu papel como um
conjunto seleccionado de eventos que constituem
uma "história"
história .

26‐11‐2010 178
• Canónico e violação: As notícias são sobre a alegação de que
aconteça alguma coisa incomum ;
• Referencialidade: O princípio de que uma história, de alguma
forma, referência realidades, embora não de forma directa,
mas q que oferece verosimilitude.
• Genérico: O “dar a volta” à particularidade; é a característica
da narrativa em que a história pode ser classificada;
• Normalidade:
N lid d A observação
b ã ded que, ded alguma
l f
forma, a
narrativa supõe uma reclamação sobre a forma como deve
agir. Esta situação resulta do que é considerado canónico e
violação.
i l ã
• Contexto de sensibilidade e negociabilidade: relacionadas
com a hermenêutica e agregação,
g g ç , é a característica da
narrativa que exige um papel negociado entre autor de texto
e leitor, incluindo a atribuição de um contexto para as ideias e
suspensão
p da descrença.
ç

26‐11‐2010 179
• A aprendizagem
• A aprendizagem consiste essencialmente na
categorização (que ocorre para simplificar a
i t
interacção
ã com a realidade
lid d e facilitar
f ilit a acção;
ã
• A categorização está estreitamente relacionada com
processos tais
t i como: a selecção
l ã de d informação,
i f ã
geração de proposições, simplificação, tomada de
decisões e construção e verificação de hipóteses.
hipóteses
• Outra consequência é que a estrutura cognitiva
prévia do aluno os seus modelos mentais e
esquemas são um factor essencial na aprendizagem.

26‐11‐2010 180
• Esta estrutura cognitiva prévia dá significação
g ç à suas experiências
e organização p eppermite ir
mais além da informação dada, já que para
integrá‐la
integrá la à sua estrutura deve aprofundá
aprofundá‐lala e
contextualizá‐la.

26‐11‐2010 181
A teoria ou método de Bruner pressupõe:
A teoria ou método de Bruner pressupõe

• Estruturação das matérias de ensino 
• Sequência de apresentação das matérias 
• M ti ã
Motivação 
• Reforço 
ç
• Um tipo de professor 
• Currículo em espiral 
í l l

26‐11‐2010 182
• Bruner pressupõe:

• estruturação das matérias de ensino


• seqüência de apresentação das matérias
• motivação
ã ( predisposição
d ã para aprender
d )
• reforço
• um tipo de professor: com profundos conhecimentos do
conteúdo das matérias de ensino
Esses pressupostos, sobre os quais fundamenta sua teoria,
acabam sendo propícios à memorização e transferência dessa
memorização, pois o aluno satisfeitas essas condições,
transfere a aprendizagem para uma nova situação
• Currículo
C í l espiral: i l o currículo
í l deve
d organizar‐se
i d forma
de f
espiral, isto é, trabalhar de forma periódica os mesmos
conteúdos, cada vez com maior profundidade. Isso para que o
aluno continuamente modifique as representações mentais
que já esteja construindo.

26‐11‐2010 183
• a descoberta
d b t pode:d
• liberar o estudante de expectativas quanto à pré‐existência de
p
uma resposta correcta, situação
ç em q que nada haveria p para
ser descoberto, activando deste modo todo o potencial
intelectual disponível;
• libertar o aluno do controle por meio de recompensas ou do
castigo imediato e, assim, provocar uma verdadeira
motivação para o trabalho;
• permitir o desenvolvimento pessoal de processos de
descoberta que podem ser generalizados para as mais
variadas situações;
• favorecer a invocação de informações, já que elas foram
retidas dentro de uma estrutura cognitiva construída pela
própria
p p p pessoa.

26‐11‐2010 184
Dois princípios que estão na base da sua concepção:
Dois princípios que estão na base da sua concepção:

• 1) O conhecimento do mundo baseia‐se num modelo representativo da


realidade elaborado conforme três técnicas p possíveis: a acçãoç
(representação activa – estabelecer relações entre a experiência e acção;
crianças em idade pré‐escolar), a imagem (representação icónica – estágio
operacional concreto; resolução de problemas na mente) e o símbolo
(operações formais; utilização de símbolos);

• 2) Os modelos da realidade desenvolvem‐se em função da informação


proveniente do meio e em função da superação que o sujeito lhes traz
graças à sua actividade pessoal.

26‐11‐2010 185
• o fundamental é a interação entre: criança, assunto 
e modo pelo qual ele é apresentado. 
• Difere de Piaget em relação à linguagem. Para ele, o 
pensamento da criança evolui com a linguagem e 
dela depende. Para Piaget, o desenvolvimento da 
linguagem acontece paralelamente ao do 
pensamento, caminha em paralelo com a lógica. 

26‐11‐2010 186
Burrhus F. Skinner (1904 – 1990)

26‐11‐2010 187
Burrhus Frederic Skinner

26‐11‐2010 188
Alguns dados biográficos
Alguns dados biográficos

Burrhus Frederic Skinner nasceu em 20 de Março de 1904,


na pequena cidade Susquehanna na Pensilvânia.
Pensilvânia

Formou‐se em inglês no Hamilton College. Após se graduar, tentou seguir


a carreira de
escritor sem muito sucesso. Passou algum tempo escrevendo artigos de jornal.

Em 1945,, tornou‐se o p presidente do departamento


p de ppsicologia
g da
universidade de Indiana.
Em 1948, foi convidado a voltar a Harvard, onde permaneceu até sua morte,
fazendo pesquisas
e orientando centenas de alunos de doutorado e escrevendo artigos.

Skinner faleceu no dia 18 de Agosto de 1990, de leucemia.

26‐11‐2010 189
Skinner

Influenciado pelos estudos de Pavlov e de Watson, Skinner
passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo uma intensa 
actividade no estudo da psicologia a aprendizagem.
d d d d l d

Skinner baseou a sua teoria na análise das condutas observáveis.

Respostas operantes
Respostas operantes

Processo de
aprendizagem
p g
Positivos  ‐ recompensas

Estímulos ‐ reforço
N
Negativos  ‐
i castigos 
i
26‐11‐2010 190
Skinner

A teoria de Skinner baseia‐se na ideia que a aprendizagem ocorre  em função
de mudança no comportamento manifesto.

Mudança de 
=   estímulo ‐ resposta
comportamento
recompensado
recompensado 

O sujeito é condicionado a reagir


O sujeito é condicionado a reagir O organismo pode emitir
g p
respostas aos estímulos.

26‐11‐2010 191
Skinner – condicionamento operante
condicionamento operante

O condicionamento operante é um mecanismo que permeia uma 
determinada resposta de um individuo até ele ficar condicionado a
associar a necessidade da acção
associar a necessidade da acção.

Mecanismo de aprendizagem de um novo 
M i d di d
comportamento – processo a que Skinner chamou de modelagem (reforço))

26‐11‐2010 192
26‐11‐2010 193
Caixa Operante ou Caixa de Skinner
Caixa Operante ou Caixa de Skinner

E1 R1

( alavanca ) ( pressão na alavanca )

E2 R2

( comida ) ( comer )

R2 só se dá se houver R1. Neste caso, há reforço de R1 através de E2.

26‐11‐2010 194
Skinner – condicionamento operante

Princípios
p

Comportamento que é positivamente reforçado, vai acontecer novamente.
e.

As informações devem ser apresentadas em pequenas quantidades, 
para que as respostas sejam reforçadas (“modelagem”).

Os reforços vão generalizar, lado a lado, estímulos similares 
(generalização de estímulo) produzindo condicionamento secundário .

26‐11‐2010 195
Skinner – condicionamento operante

Principais conceitos do condicionamento operante de Skinner:

Positivo – todo o estimulo que quando está presente aumente
a probabilidade de que se produza uma conduta.

Negativo – todo o estímulo aversivo que ao ser retirado aumenta a


probabilidade de que se produza a conduta.

Extinção – a qual se apresenta quando um estímulo que previamente
reforçava a conduta deixa de actuar.

Castigo – igual ao da extinção, funciona no sentido de reduzir a 
conduta.

26‐11‐2010 196
Estratégias na Mudança de Conduta
Estratégias na Mudança de Conduta

A mudança de conduta ocorre quando os indivíduos interagem uns com os outros. 
Desta mudança podem se obter resultados positivos ou resultados negativos
Desta mudança podem‐se obter resultados positivos ou resultados negativos

Influência comportamental
p – ocorre sempre que um sujeito, exerce algum
p q j , g
controlo sobre outrem .

Modificação do comportamento – tipo especifico de influencia comportamental  

A modificação do comportamento constitui uma forma precisa de
influência do comportamento
p

26‐11‐2010 197
Positivo – Token Economy.

Reforço
Negativo ‐ choques eléctricos. 

Mudança de Conduta Consistência – as regras devem ser cumpridas 


“independentemente”
da situação uma vez imposta.

T
Temporização do reforço
i ã d f ‐ o reforço
f
deve ser administrado logo após 
resposta desejada.

Punição 

26‐11‐2010 198
• ∙ Psicólogo
i ól Americano,
i conduziu
d i trabalhos
b lh
pioneiros em Psicologia Experimental e
defendia o comportamentalismo /
behaviorismo (estudo do comportamento
observável).
• ∙ Tinha uma abordagem g sistemática p
para
compreender o comportamento humano,
uma abordagem de efeito considerável nas
crenças e práticas culturais correntes.

26‐11‐2010 199
• ∙ Fez investigação
i i ã na área
á d modelação
da d l ã dod
comportamento pelo reforço positivo ou
negativo
ti (condicionamento).
( di i t ) O condicionamento
di i t
operante explica que um determinado
comportamento tem uma maior probabilidade de
se repetir se a seguir à manifestação do
comportamento se apresentar de um reforço
(agradável). É uma forma de condicionamento
onde o comportamento acabará por ocorrer
antes da resposta.

26‐11‐2010 200
• A aprendizagem, pode definir‐se como uma
mudançaç relativamente estável no p
potencial
de comportamento, atribuível a uma
experiência ‐ Importância dos estímulos
ambientais na aprendizagem

26‐11‐2010 201
Alb
Albert Bandura
d

26‐11‐2010 202
Alguns dados biográficos
Alguns dados biográficos

Albert Bandura nasceu a 04 de Dezembro de 1925 numa pequena


cidade no norte do Canadá, em (província de) Alberta.

• Em 1949, Bandura recebeu, em apenas três anos, o Bacharelato em Psicologia pela


Universidade de British Columbia.

Esteve também na Universidade de Lowa,EUA, fazendo sua pós‐graduação,


terminando seu doutorado em Psicologia Clínica,
em pleno ano de 1952

Bandura foi nomeado, em 1973, para presidente da prestigiada Associação


A
Americana
i d Psicologia.
de Pi l i

Ainda hoje, Albert Bandura continua a trabalhar em Standford.

26‐11‐2010 203
Bandura Aprendizagem social
Bandura – Aprendizagem social

Dedicou‐se ao estudo da aprendizagem social por observação, ou
aprendizagem por modelação.

Experiência: 

O sujeito pode adquirir um novo comportamento através da observação  
de um modelo
de um modelo.

modelação – envolve observação, imitação e integração que a 
envolve observação, imitação e integração que a
pessoa aprende de um comportamento que passa a
integrar no seu quadro de respostas.

26‐11‐2010 204
Bandura Aprendizagem social
Bandura – Aprendizagem social

Neste tipo de aprendizagem, Bandura sublinha a importância do reforço
e distingue dois tipos de reforço:

Reforço directo – a seguir ao comportamento desejado o sujeito 
é reforçado.
é reforçado.

Reforço vicariante – o reforço é recebido pelo modelo.

Introduz ainda o conceito de punição vicariante.

A punição do comportamento do modelo observado
produz no observador a tendência para se afastar de tall
comportamento.
comportamento

26‐11‐2010 205
Bandura Aprendizagem social
Bandura – Aprendizagem social

Atenção

Condições necessárias 
Condições necessárias Retenção
da aprendizagem 
observacional
Execução
ç

Motivação e Reforço

26‐11‐2010 206
Bandura Aprendizagem social
Bandura – Aprendizagem social

Proximidade afectiva
Características do
modelo

Género, idade, estatuto
id d t t t
Factores que 
influenciam a  Consequências vicariantes
aprendizagem 
social.
Autoeficácia

Nível de desenvolvimento
do observador

26‐11‐2010 207
• ∙ É tal
É, t l como Skinner,
Ski d linha
da li h behaviorista
b h i i t da d
Psicologia. No entanto enfatiza a modificação do
comportamento
p do indivíduo durante a sua interacção.
ç
Ao contrário da linha behaviorista radical de Skinner,
acredita que o ser humano é capaz de aprender
comportamentos sem sofrer qualquer tipo de reforço.
reforço
Para ele, o indivíduo é capaz de aprender também
através de reforço vicariante, ou seja, através da
observação do comportamento dos outros e de suas
consequências, com contacto indirecto com o reforço.
Entre o estímulo e a resposta,
resposta há também o espaço
cognitivo de cada indivíduo.

26‐11‐2010 208
• É um dos
d autores associadoi d ao Cognitivismo‐Social,
C ii i S i l
uma teoria da aprendizagem baseada na ideia de que
as pessoas aprendem através da observação dos outros
e que os processos do pensamento humano são
centrais p
para se compreender
p ap
personalidade:
• ∙ As pessoas aprendem pela observação dos outros.
• ∙ A aprendizagem é um processo interno que pode ou
não alterar o comportamento.
• ∙ As ppessoas comportam‐se
p de determinadas
maneiras para atingir os seus objectivos.

26‐11‐2010 209
• ∙ O comportamento é auto‐dirigido (por
p ç a determinado p
oposição pelo ambiente))
• ∙ O reforço e a punição têm efeitos indirectos
e imprevisíveis tanto no comportamento
como na aprendizagem.
• ∙ Os adultos (pais, educadores, professores)
têm um papel importante como modelos no
processo de aprendizagem da criança.

26‐11‐2010 210
Arnold Gesell (1880‐1961)

26‐11‐2010 211
• ∙ Psicólogo Americano que se especializou na
área do desenvolvimento infantil. Os seus
primeiros trabalhos visaram o estudo do
atraso mental nas crianças,
crianças mas cedo
percebeu que é necessária a compreensão do
desenvolvimento normal para se
compreender um desenvolvimento anormal.

26‐11‐2010 212
• ∙ Foi pioneiro na sua metodologia de
observação e medição do comportamento e,
portanto, foi dos primeiros a implementar o
estudo q quantitativo do desenvolvimento
humano, do nascimento até à adolescência.
• ∙ Realizou uma descrição detalhada e total do
desenvolvimento da criança; realça, com base em
pesquisas rigorosas e sistemáticas,
sistemáticas o papel do
processo de maturação no desenvolvimento.

26‐11‐2010 213
• Gesellll e colaboradores
l b d caracterizaram
i o
desenvolvimento segundo quatro dimensões
da conduta: motora, verbal, adaptativa e
social. Nesta perspectiva cabe um papel
decisivo às maturações nervosa, muscular e
hormonal no processo de desenvolvimento.
• ∙ Desenvolveu, a partir dos seus resultados,
escalas para avaliação do desenvolvimento e
inteligência.

26‐11‐2010 214
• Teoria Sócio‐Interacionista
T i Só i I i i (Lev S. Vygotsky )
(L S V k )
Tipos de Aprendizagem..
Factores de Aprendizagem
Factores de Aprendizagem. 
Métodos de Aprendizagem
• .

26‐11‐2010 215
• Aprendizagem e Memória
• Não há aprendizagem sem memória e uma actividade cerebral 
minimamente estruturada.

• Quando dizemos que aprendemos ou sabemos algo, queremos dizer 
fixamos os conteúdos ou as operações que acabamos de adquirir na 
memória. 
ói

• Neste sentido saber ou aprender é um processo que começa numa 
Neste sentido saber ou aprender é um processo que começa numa
percepção, uma instrução verbal, um gesto repetido e termina na 
memória, que armazena a informação para uma possível utilização futura.

26‐11‐2010 216
• Sem memória não existiria, por exemplo, linguagem. 

• Nos seres humanos, a maioria das aprendizagens mais complexas, faz‐se 
em grande parte através de processos verbais. 

• As palavras funcionam como estímulos‐respostas. 

• Na própria aprendizagem prática, por exemplo, o conserto de uma 
máquina, depende de instruções verbais. 
q , p ç

26‐11‐2010 217
A Resposta Vygotskiana Diante da Separação da Psicologia:
Actividade e Mediação

A aproximação de Vygotsky à psicologia é contemporânea à


aproximação de Piaget, e tem em comum, tanto com o autor
genebrino
b i como com a escola l da
d Gestalt,:
G t lt

- partir de uma posição decidida contra o associacionismo e o


mecanicismo que começavam a dominar as teorias psicológicas.

26‐11‐2010 218
O esforço para procurar uma psicologia unitária, se não única, passa em 
V tk
Vygotsky por uma concepção dialéctica das relações entre o fisiológico  e 
ã di lé ti d l õ t fi i ló i
o mental. 

Vygotsky rejeita totalmente os enfoques que reduzem a psicologia, e no 
nosso caso a aprendizagem, a uma simples acumulação de reflexos ou 
associações entre estímulos e respostas.

Existem aspectos especificamente humanos não redutíveis a associações, 
como a consciência e a linguagem, que não podem ficar alheios à 
psicologia. 
psicologia

26‐11‐2010 219
No caso da aprendizagem, tal fusão passa pela integração dos processos
de associação e reestruturação em uma teoria unitária da
aprendizagem.
Porém essa integração, não pode ser feita num plano de igualdade.
De facto, a posição a respeito da aprendizagem está mais próxima dos
preceitos organicistas do que dos mecanicistas.
Neste sentido, a teoria vygotskiana pode ser considerada uma variante do
enfoque organicista.

26‐11‐2010 220
Contudo, diferentemente de outras posturas igualmente organicistas, como 
as de Piaget ou as da Gestalt, Vygotsky, por princípio, não vai negar a 
g , yg y, p p p , g
importância da aprendizagem associativa, 

Vygotsky não negando as aprendizagens associativas não chegue a 
desenvolver, suficientemente, como interactuam com os processos mais 
complexos da aprendizagem por reestruturação
complexos da aprendizagem por reestruturação.

26‐11‐2010 221
Enquanto o associacionismo nega a existência de um desenvolvimento
i d
independente
d dos
d processos associativos
i i de
d aprendizagem
di
Piaget reduz todo o desenvolvimento à aprendizagem,
Vygotsky, adopta uma posição inversa, ao negar a relevância das
aprendizagens associativas para a equilibração que é o motor
f d
fundamental
t l do
d desenvolvimento.
d l i t

26‐11‐2010 222
• A posição de Vygotsky  vai ser novamente intermediária.

• Ambos os processos são, segundo Vygotsky, 
interdependentes. 

• Ainda que o desenvolvimento,  na terminologia de Piaget, a 
“aprendizagem em sentido amplo”, equivalente aos processos 
d
de reestruturação por equilibração,  não seja uma simples 
t t ã ilib ã ã j i l
soma cumulativa de aprendizagens associativas pontuais, é 
facilitado por eles
facilitado por eles. 

26‐11‐2010 223
• Não existe desenvolvimento sem aprendizagem, nem 
aprendizagem sem desenvolvimento prévio
aprendizagem sem desenvolvimento prévio. 

• Do ponto de vista do autor, não existe reestruturação sem 
acumulação associativa nem associação sem estruturas
acumulação associativa, nem associação sem estruturas 
prévias.

26‐11‐2010 224
Universidade Lusíada de 
Lisboa
b

BRUNER

26‐11‐2010 225
Vygotsky/P aget
Vygotsky/Piaget
Teoria Psicológica Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky)

Crescimento intelectual da criança

Piaget  Vygotsky
Manifestação de actividades 
ç
infantis individuais (a criança tem  Manifestação de actividades infantis 
que estar pronta para…) tendo em conta os processos sociais 
A ti id d M t l
Actividade Mental, resulta:
lt em que a criança se baseia
em que a criança se baseia

‐Aprendizagem social, Discurso/olhos/mãos
interiorização de signos  Percepção /discurso/acção
pç / / ç
sociais, de cultura, de 
relações sociais. A actividade  tendo em conta o contexto cultural 
social facilita a interiorização  do sujeito / modo de 
de esquemas sensório‐ funcionamento sociedade e
funcionamento sociedade e 
motores mecanismos de apoio
26‐11‐2010 226
Vygotsky/Bruner
Bruner
Bruner refuta a ideia das crianças estarem prontas para aprender –
B f t id i d i t t d
propõe e aplica uma politica de intervenção activa.

“Qualquer
Qualquer assunto pode ser eficazmente ensinado, de alguma forma  
assunto pode ser eficazmente ensinado de alguma forma
intelectualmente honesta, a qualquer criança em qualquer fase de 
desenvolvimento” (Bruner, 1963, p.33)

O verdadeiro conhecimento nasce de um processo de aprofundamento do entendimento 

Retomar ou reavivar ideias
As crianças , mesmo bastante 
As crianças mesmo bastante
pequenas conseguem compreender 
Currículo Espiral  intuitivamente  ideias que podem 
retomar mais tarde  em níveis 
crescentes de  dificuldade.
26‐11‐2010 227
Vygotsky/Bruner
Vygotsky e a Educação
Criança = agente activo do processo educacional =
sujeito e objecto desse mesmo processo

Perspectiva diferente da de Piaget bem como dos modelos de educação


tradicionais: as crianças não agem isoladamente, tomando para si próprias o
conhecimento
h i numa comunidade
id d dde outros iindivíduos
di íd que partilham
ilh uma
cultura comum.
Quando a criança nasce,
nasce a sua estrutura biológica já se encontra formada
mas não humanizada.
A humanização
m ç chega
g posteriormente
p m com
m a interiorização
ç da cultura.

26‐11‐2010 228
Piaget/Vygotsky/Bruner

Maturidade 
Biológica/Desenvolvimento/Aprendizagem

Pedagogia/Processo de 
Aprendizagem/Desenvolvimento/ Zonas
Aprendizagem/Desenvolvimento/ Zonas 
de Desenvolvimento

Estruturação da Aprendizagem 
/Zona de Desenvolvimento 
/Aprendizagem 
/Aprendizagem
/Desenvolvimento

26‐11‐2010 229
Vygotsky
Zonas de Desenvolvimento
* Zona de Desenvolvimento Efectivo (ZDE)

Capacidade de realizar tarefas de forma


independente ou autónoma – desenvolvimento
retrospectivo – etapas já alcançadas pela criança.
criança

O processo desencadeado num determinado meio sócio


sócio-cultural,
cultural, vai
despertar os processos de desenvolvimento internos na criança. Desta
forma, o desenvolvimento não ocorre na falta de situações que
propiciem a aprendizagem.
aprendizagem

Em cada momento do seu desenvolvimento a criançaç tem um nível de


desenvolvimento real e um nível de desenvolvimento potencial.
26‐11‐2010 230
Vygotsky / Bruner
* Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
Conceito fundamental que explica o modo como a criança aprende 
com a ajuda de outros.

Nível DISTÂNCIA Nível


Desenv. Desenv
Desenv.
Real ZDP Potencial

Sob a orientação de adultos


Sob a orientação de adultos C
Como?
?
ou
com a colaboração de colegas 
com a colaboração de colegas Através do desafio
Através do desafio
mais competentes
“Controlo Condicionado”

26‐11‐2010
Ex: cilindros de papel 231
Vygotsky/Bruner
* Noção
ç de Scaffolding
g (suporte/apoio)
( p p )
Conjunto de actividades através das quais a pessoa mais 
experiente ajuda a criança a atingir os objectivos 
inalcançáveis de outra forma (desenv p/ Bruner)
inalcançáveis de outra forma (desenv. p/ Bruner)

- Construção de pontes entre um adulto e a


criança;
- Interacção desenvolve-se na zona de
desenvolvimento
n m n p proximal;
m ; ESTRATÉGIA DE 
ESTRATÉGIA DE
APOIO FLEXIVÉL E 
- É uma acção auto-regulada cuja finalidade é o
CENTRADA NA 
fornecimento do apoio e orientação adequados CRIANÇA COM VISTA
CRIANÇA COM VISTA 
aos níveis
í da aprendizagem da criança; À SUA 
- Neste processo é importante que a criança INDEPENDÊNCIA
aprenda por si só a superar os obstáculos,
obstáculos o
erro é um processo de evolução e crescimento;
26‐11‐2010 232
Piaget/Vygotsky/Bruner
Pensamento e Linguagem
g g
Para Vygostky e Bruner:
¾A Linguagem e a comunicação interpessoal bem
como a intervenção activa por parte de
d adultos
d l mais
experientes contribuem para o desenvolvimento da
criança – Para Piaget
g o professor
p é apenas
p um
facilitador
¾Os monólogos das crianças não são egocêntricos, são detentores de
carácter
á t social
i leffazem a ttransição
i ã dda linguagem
li como um instrumento
i t t
de regulação da acção e das necessidades comunicativas para a
linguagem como instrumento de pensamento.

¾Mostram o desenvolvimento das crianças através da sua capacidade de


g
regular as suas próprias
p p actividades,, ajudando-as
j ap
planear e organizar
g
o seu comportamento.
26‐11‐2010 233
Vygotsky/Bruner
yg y
Implicações Actuais na Educação
A instrução é p
parte essencial na aprendizagem.
p
Professor e alunos trabalham juntos na
construção de novos esquemas – papel primordial
d adulto
do d lt mais
is experiente
i t na progressão
ssã do
d
pensamento infantil tendo em conta a
competencia da criança e e a ZDP.
Objectivo: trabalhar de forma independente
indo mais além da informação dada.
Á medida em que a criança vai conquistando a
autonomia o apoio ou suporte vai lhe sendo
retirado.
A Estratégia de Apoio Fléxivel não explica por si
só a forma como as crianças interiorizam novas
aprendizagens – No Entanto – Serve de
Fundamentação Teórica para Métodos que
26‐11‐2010 234
Estruturam a Aprendizagem.
Em consequência, Vygotsky (1934) entende que a aprendizagem precede
temporalmente ao desenvolvimento,
desenvolvimento que a associação precede à
reestruturação. Tal precedência temporal fica manifesta na distinção
vygotskiana entre dois níveis de desenvolvimento ou dois tipos de
conhecimentos presentes nas pessoas.
Tal relevância é ainda maior se levarmos em conta que as ideias de
Vygotsky conseguem superar um certo bloqueio produzido nas
relações desenvolvimento/instrução pela aplicação imediata da obra
de Piaget à educação.
educação
Esse bloqueio fica excelentemente resumido no falso dilema analisado
por Duckworth (1979) no que diz respeito à aplicação de Piaget à sala
de aula: “ou ensinaremos muito cedo, e não o podem aprender, ou
ensinamos muito tarde, e já o sabem”.

26‐11‐2010 235
 Ao romper a unidirecionalidade das relações entre
aprendizagem/instrução e desenvolvimento, Vygotsky consegue
superar tal dilema, permitindo uma proveitosa aplicação da psicologia
d aprendizagem
da di à educação,
d ã consistente
i t t com a psicologia
i l i cognitiva
iti e
evolutiva atual (Carretero, 198Gb; Palacios, 1987).
 O estreito
t it vínculo
í l entret os processos ded aprendizagem
di e a instrução
i t ã
na interiorização e conseguinte reestruturação de mediadores
simbólicos é pparticularmente claro qquando são analisadas as idéias de
Vygotsky em relação à aprendizagem de conceitos. Nessas idéias
encontraremos o esboço de uma teoria que deve servir novamente
como ponte conciliadora entre muitas das teorias da aprendizagem até
aqui revisadas.

26‐11‐2010 236
FORMAÇÃO DE CONCEITOS ESPONTÂNEOS
E CIENTÍFICOS

 Nas idéias vygotskianas a respeito da generalização e aquisição de


conceitos se encontram, talvez como em nenhum outro aspecto, as
melhores virtudes da teoria histórico-cultural de Vygotsky, mas
também seus maiores defeitos. Isto é assim porque, fiel à sua rejeição
da análise elementarista e à sua própria concepção das relações entre
pensamento e linguagem,
linguagem Vygotsky (1934) estabelece que a unidade
de análise da psicologia deveria ser buscada no “significado da
palavra”, no qual se encontra não somente a menor unidade
comunicativa que conserva as propriedades da totalidade, mas
também a unidade mínima do “pensamento generalizado”.

26‐11‐2010 237
 Dessa maneira, os conceitos, enquanto generalizações, terão sua
origem na palavra que, uma vez interiorizada, se constituirá em
sinal mediador: “Todas as funções psíquicas superiores são
processos mediatizados,
di i d e os sinais,i i os meios
i básicos
bá i utilizados
ili d
para dominá-los e dirigi-los... Na formação de conceitos esse sinal é
appalavra” (Vygotsky,
( yg y, 1934,, pp.
pp 98-99 da trad. cast.).
)
 Com a finalidade de comprovar a importância da palavra na
formação
ç de conceitos espontâneos
p ou familiares nas crianças
ç —
em oposição aos conceitos — Vygotsky (1934) recorre ao “método
da dupla estimulação”, também conhecido como “método genético-
experimental .
experimental”

26‐11‐2010 238
 Tal método, idealizado por Sakharov, um de seus colaboradores, é
coerente com a lei da dupla formação e com o conceito de zona de
desenvolvimento potencial,
potencial e consiste na apresentação simultânea de
duas séries de estímulos, uma tendo como centro a atividade da
criança e a outra o conjunto de sinais que podem servir para apoiar
essa atividade.
 As palavras proporcionadas pela série de estímulos auxiliares não
apresentam nesse tipo de classificação nenhum significado. Essa
etapa corresponde ao pensamento “sincrético” ou participativo, tanto
na psicologia evolutiva (por exemplo,
exemplo Piaget,
Piaget 1927; Wallon,
Wallon 1945;
Werner, 1948) como nos estudos sobre o pensamento dos povos
primitivos (Levy-Bruhl, 1910; Werner, 1948).
 O pensamento sincrético é o único tipo de categorização que carece
de significado conceitual. O tipo seguinte, o pensamento mediante

“complexos”,
l ” já possuii tanto
t t referência
f ê i como significado.
i ifi d
26‐11‐2010 239
 Porém
Porém, se as cadeias mostram com maior clareza a natureza dos
complexos, a manifestação mais relevante desse tipo de pensamento
para a aprendizagem de conceitos são os pseudoconceitos. Ainda que,
d d um ponto dde vista
desde i interno,
i psicológico,
i ló i o pseudoconceito
d i
continua sendo um complexo, desde o ponto de vista externo, lógico,
aparenta
p ser um conceito. Neste sentido,, constitui a forma mais
avançada dos complexos, servindo como uma ponte para a formação
de conceitos propriamente ditos.
 Um pseudoconceito agrupa adequadamente os objetos, porém a partir
de seus aspectos sensoriais imediatos, sem que o sujeito tenha uma
idéia precisa de quais sejam as características comuns aos objetos,
objetos
sem que conheça propriamente o conceito.
 Os pseudoconceitos,
pseudoconceitos porém,
porém não aparecem somente no pensamento
infantil. Ainda que a partir da adolescência os sujeitos já sejam
capazes de formar autênticos conceitos, eles devem conviver por toda
a vida com os pseudoconceitos.
26‐11‐2010 240
D
De ffato,
t segundod Vygotsky,
V t k se as acumulações
l õ sincréticas
i éti são
ã nomes
próprios, os complexos, e mais especificamente os pseudoconceitos,
são como “sobrenomes”,, compartilhados
p ppelos membros de uma
mesma família: “Nesta etapa de seu desenvolvimento, a criança pensa,
por assim dizer, em sobrenomes; o universo dos objetos individuais
torna se organizado ao ser agrupado em “famílias” separadas,
torna-se separadas porém
mutuamente relacionadas” (op. cit., p. 94 da trad. cast.).
 Uma vez mais as idéias de Vygotsky resultam de uma modernidade
surpreendente, ainda que talvez devamos nos perguntar se não é a
psicologia atual que demonstra uma antiguidade surpreendente.
 A atualidade de Vygotsky se baseia não somente em admitir a
existência de categorias difusas, com os mesmos referentes dos
conceitos clássicos ou científicos correspondentes, mas com diferentes
significados, mas chega inclusive a antecipar os dados recolhidos pelos
mais recentes estudos sobre a formação de categorias naturais.
naturais
26‐11‐2010 241
 De fato, os pseudoconceitos são para Vygotsky uma ponte para o
terceiro
i tipo
i ded classificação,
l ifi ã os “conceitos”.
“ i ” NaN medida
did em que os
pseudoconceitos se baseiam em uma generalização a partir de
aspectos
p semelhantes,, são um caminho para
p a formaçãoç de conceitos
propriamente ditos. Eles se constituíram, ademais, por um segundo
caminho, o dos “conceitos potenciais”, que consistem na abstração de
um aspectot constante
t t em uma série
é i de
d objetos.
bj t
 Mediante os processos tradicionais de abstração, os conceitos
cotidianos somente podem chegar a ser representações gerais
gerais, o que
os diferencia dos conceitos científicos. Neste ponto, Vygotsky
considera insuficiente o enfoque tradicional, ou teoria da abstração, e
a contrasta com caminho inverso, pelo qual se adquirem os conceitos
científicos.

26‐11‐2010 242
 Segundo Vygotsky (1934), os conceitos verdadeiros são os conceitos
científicos, adquiridos através da instrução. Diferentemente dos
conceitos espontâneos, os conceitos científicos apresentam três
aspectos característicos em sua aquisição (ver Davydov,
Davydov 1972):
a) Os conceitos científicos fazem parte de um sistema;
b) São adquiridos através de uma tomada de consciência da própria
atividade mental;
c) Envolvem uma relação especial como objeto, baseada na
interiorização da essência do conceito.
 Assim, os conceitos espontâneos e científicos se aprendem por
caminhos opostos; os conceitos espontâneos vão do concreto ao
abstrato, enquanto os científicos percorrem o caminho inverso.
Segundo Vygotsky (1934, p. 148 da trad. cast., sublinhado do autor),
“o desenvolvimento dos conceitos espontâneos da criança acontece
d maneira
de i ascendente
d e o de
d seus conceitos
i científicos
i ífi de
d maneira
i
descendente”.
26‐11‐2010 243
 Desta maneira,, os diferentes processos
p seguidos
g na aprendizagem
p g dos
conceitos espontâneos e científicos determinam definições e
estruturações diferentes dos mesmos. Assim, os conceitos
espontâneos
tâ são
ã adquiridos
d i id e definidos
d fi id a partir
ti dos
d objetos
bj t aos quais i
se referem, por sua referência, enquanto os conceitos científicos são
adquiridos
q sempre
p por
p relação
ç hierárquica
q com outros conceitos,, por
p
seu sentido.
 Na opinião de Vygotsky, os conceitos científicos adquiridos na
instrução são a via através da qual se introduz na mente a consciência
reflexiva, que posteriormente se transfere aos conceitos espontâneos.
 Na terminologia utilizada pelo autor neste trabalho, o significado dos
conceitos científicos não pode ser construído sem referência aos
conceitos cotidianos.
cotidianos Ou,
Ou em termos de processo de aprendizagem,
aprendizagem os
verdadeiros conceitos somente podem ser adquiridos por
reestruturação, mas essa reestruturação somente é possível se apoiada
em associações prévias.
26‐11‐2010 244
A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DA 
CIÊNCIA: COMO FACILITÁ‐LA?
CIÊNCIA: COMO FACILITÁ LA?

26‐11‐2010 245
• Objectivo
• tem por objectivo debater a aprendizagem da ciência, à luz da 
Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS)
• os principais contributos devem‐se, por ordem decrescente 
d i
de importância, a David Ausubel, Joseph Novak e D Bob 
tâ i D id A b l J hN k DB b
Gowin. Serão discutidos (as): 
– As
As ideias mais relevantes da TAS. 
ideias mais relevantes da TAS
– Os seus fundamentos epistemológicos e psicológicos.
– Dois importantes organizadores gráficos guiados pela TAS e o modo 
como podem  (e devem...) ser utilizados no ensino da Ciência.

26‐11‐2010 246
• Aprendizagem (um aparente paradoxo)
• Ainda que seja um processo pessoal e 
Ainda que seja um processo pessoal e
idiossincrásico (Gowin, 1981, p. 124) 
é
• profundamente influenciado por todo o meio 
p p
envolvente (Vygotsky, 1977, pp. 41 a 50)            

26‐11‐2010 247
• E o que é o ensino?
• Ensino ‐ é um acontecimento social no qual o 
é um acontecimento social no qual o
«professor» compartilha significados com os 
seus «alunos» (Gowin 1981 p 62)
seus «alunos». (Gowin, 1981, p. 62). 

26‐11‐2010 248
• Alguns princípios
• No acto educativo na sala de aula está envolvido o aprendiz, o 
professor, o currículo, a avaliação e a governança. 
• O factor mais importante de que depende a aprendizagem do 
aluno é a sua estrutura cognitiva prévia (Ausubel).
l é t t iti é i (A b l)
• A estrutura cognitiva de cada ser humano é idiossincrática e o 
resultado de pensamentos sentimentos e acções que se
resultado de pensamentos, sentimentos e acções que se 
combinam para formar o significado pessoal da experiência. 

26‐11‐2010 249
• Alguns princípios
• No acto educativo na sala de aula está envolvido o aprendiz, o 
professor, o currículo, a avaliação e a governança. 
• O factor mais importante de que depende a aprendizagem do 
aluno é a sua estrutura cognitiva prévia (Ausubel).
l é t t iti é i (A b l)
• A estrutura cognitiva de cada ser humano é idiossincrática e o 
resultado de pensamentos sentimentos e acções que se
resultado de pensamentos, sentimentos e acções que se 
combinam para formar o significado pessoal da experiência. 

26‐11‐2010 250
• A
A TAS enquadra‐se num paradigma construtivista 
TAS d di i i
humano
• SSegundo o paradigma construtivista, cada ser humano vai 
d di t ti i t d h i
estruturando e reestruturando o seu próprio conhecimento.  
• O construtivismo humano é um visão humanista da 
O construtivismo humano é um visão humanista da
construção do conhecimento, considerando cada ser humano 
como um todo transdimensional. Possui dimensões cognitivas 
(ló i
(lógico‐matemática, linguística, cinestésica, etc.), afectivas 
t áti li í ti i té i t ) f ti
(emocional, sentimental, volitiva, etc.) e axiológicas (as que 
p ) ((Viegas Fernandes, 
dizem respeito aos mais variados valores).   g ,
2000).

26‐11‐2010 251
• A ideia central da teoria da aprendizagem 
id i ld i d di
significativa
• Se tivesse que reduzir toda a psicologia 
p p ,
educacional a um único princípio, enunciaria 
este: de todos os factores que influenciam a 
p g , p q
aprendizagem, o mais importante é o que o 
aluno já sabe. Averigue‐se o que o aluno sabe 
e ensine‐se
e ensine se em conformidade.(
em conformidade.(D. Ausubel, 1968
D. Ausubel, 1968).

26‐11‐2010 252
• A
A importância da estrutura cognitiva
i â i d ii
• O que o aluno já sabe:
ESTRUTURA COGNITIVA
• Averigue‐se o que o aluno já sabe:
AVALIAR PARA CONHECER 
A ESTRUTURA COGNITIVA
• Ensine‐se em conformidade com o que o aluno já 
sabe:
BASEAR O ENSINO NA 
ESTRUTURA COGNITIVA
26‐11‐2010 253
• As dimensões da aprendizagem
(Ausubel, 2002, Novak e Gowin, 1999, p. 23).

Aprendizagem significativa‐ processo pelo qual os 
conhecimentos novos são relacionados de modo 
substantivo com proposições e conceitos relevantes
substantivo com proposições e conceitos relevantes 
previamente disponíveis na estrutura cognitiva.

Aprendizagem memorística ou mecânica – é a antítese 


da aprendizagem significativa.

26‐11‐2010 254
• As dimensões da aprendizagem (continuação)
Aprendizagem por recepção – aquela em que o conhecimento é 
fornecido directamente ao aluno podendo este aprendê lo
fornecido directamente ao aluno, podendo este aprendê‐lo 
ou não de modo significativo.

Aprendizagem por descoberta autónoma – o  conhecimento 
não é fornecido ao aluno este tem de identificar e seleccionar
não é fornecido ao aluno, este tem de identificar e seleccionar 
por si a informação necessária. 

26‐11‐2010 255
• As dimensões da aprendizagem (in J. Novak e D. Gowin, 
1999, p.24)

26‐11‐2010 256
• Condições para a ocorrência da aprendizagem 
significativa
• 1ª ‐ O conteúdo tem de ser potencialmente significativo:
‐O conteúdo tem de ter significado lógico, isto é, tem de 
estar organizado de modo não arbitrário, sendo passível de
estar organizado de modo não arbitrário, sendo passível de 
ser aprendido significativamente.
‐ O aluno deve dispor de subsunçores adequados para 
poder transformar o significado lógico em psicológico
poder transformar o significado lógico em psicológico

26‐11‐2010 257
• Condições para a ocorrência da aprendizagem 
di õ ê i d di
significativa 
• 2ª ‐ O aluno tem de se dispor psicologicamente a 
aprender significativamente:
‐ O aluno deve possuir uma predisposição 
psicológica para relacionar de modo substantivo e 
não arbitrário o novo material, potencialmente 
ã b á l l
significativo, com os subsunçores adequados da sua 
estrutura cognitiva
estrutura cognitiva.
(J. Valadares & M. Graça, 1998, adaptado de J. Novak, 1992, p. 15)

26‐11‐2010 258
• E quando não existem os subsunçores?
• Aprendizagem significativa por «formação de conceitos» (os 
primários e maios básicos)‐ processo importante nas crianças 
de tenra idade.
• Aprendizagem mecânica –
A di â i há
há necessidade de aprender de cor 
id d d d d
alguns dos subsunçores de que precisamos.
Após a existência dos primeiros subsunçores o mecanismo da 
Após a existência dos primeiros subsunçores o mecanismo da
aprendizagem significativa por excelência passa a ser a «assimilação 
de conceitos».

26‐11‐2010 259
• E quando não existem os subsunçores?
• Aprendizagem significativa por «formação de conceitos» (os 
primários e maios básicos)‐ processo importante nas crianças 
de tenra idade.
• Aprendizagem mecânica –
A di â i há
há necessidade de aprender de cor 
id d d d d
alguns dos subsunçores de que precisamos.
Após a existência dos primeiros subsunçores o mecanismo da 
Após a existência dos primeiros subsunçores o mecanismo da
aprendizagem significativa por excelência passa a ser a «assimilação 
de conceitos».

26‐11‐2010 260
• O organizador avançado
• Como a assimilação dos conhecimentos a aprender 
significativamente consiste inicialmente numa 
i ifi ti t it i i i l t
diferenciação progressiva de subsunçores 
adequados, recomenda‐se
adequados, recomenda se que o aprendiz parta de 
que o aprendiz parta de
um organizador avançado. Este é uma estrutura de 
conceitos gerais e abrangentes que servem de ponte 
cognitiva com o que o aprendiz já apreendeu 
iti di já d
significativamente e com a sua experiência do dia a 
dia. 
dia.

26‐11‐2010 261
• O conteúdo a aprender deve ter significado lógico 
(este diz respeito ao conteúdo em si)
• As ideias principais devem ser realçadas (títulos, 
destaques à margem, etc.). 
• As ideias subordinadas devem ser permanente e 
A id i b di d d t
intencionalmente relacionadas com as ideias 
principais de modo a elaborar estas.
principais de modo a elaborar estas.
• As relações entre ideias principais e subordinadas 
têm de possuir significado lógico e ser claras e bem 
destacadas.  

26‐11‐2010 262
• O
O conteúdo terá de adquirir significado psicológico 
úd á d d i i i ifi d i ló i
(diz respeito à estrutura cognitiva de cada aprendiz)
• É nesta passagem do significado lógico do conteúdo 
É d i ifi d ló i d úd
em si a significado psicológico de cada aprendiz que 
consiste a aprendizagem significativa Pressupõe que
consiste a aprendizagem significativa. Pressupõe que 
a estrutura cognitiva possua os subsunçores 
adequados ao conteúdo e que o aluno esteja
adequados ao conteúdo e que o aluno esteja 
disposto psicologicamente para a aprendizagem 
significativa.
g

26‐11‐2010 263
• O
O conteúdo terá de adquirir significado psicológico 
úd á d d i i i ifi d i ló i
(diz respeito à estrutura cognitiva de cada aprendiz)
• É nesta passagem do significado lógico do conteúdo 
É d i ifi d ló i d úd
em si a significado psicológico de cada aprendiz que 
consiste a aprendizagem significativa Pressupõe que
consiste a aprendizagem significativa. Pressupõe que 
a estrutura cognitiva possua os subsunçores 
adequados ao conteúdo e que o aluno esteja
adequados ao conteúdo e que o aluno esteja 
disposto psicologicamente para a aprendizagem 
significativa.
g

26‐11‐2010 264
conjunto de transformações do ser humano ao longo de
toda a sua vida. É um processo complexo que se inicia no
momento da concepção e termina com a morte.

acontece porque o ser humano é um sistema aberto, está


em constante interacção dinâmica com o meio ambiente.

adaptação
p ç progressiva
p g do ser humano ao meio natural e
social e é integrativo porque as aquisições anteriores são
incorporadas nos estádios seguintes. O sujeito tem um
papel activo no seu próprio desenvolvimento.
desenvolvimento

26‐11‐2010 265
A educação na visão Piagetiana

A educação deve possibilitar


poss b ta à criança
c a ça
um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período
sensório- motor até o operatório abstracto.

A escola deve partir dos esquemas de assimilação da


criança propondo actividades desafiadoras que provoquem
criança,
desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo
assim descoberta e a construção do conhecimento.

26‐11‐2010 266
26‐11‐2010 267
• ) "O desenvolvimento intelectual caracteriza‐se por independência
crescente da resposta, em relação à natureza imediata do estímulo. É
possível prever o comportamento da criança conhecendo os estímulos
que nelas agem, durante e imediatamente antes da resposta."
2) "O desenvolvimento
d l i t intelectual
i t l t l baseia‐se
b i em absorver
b eventos
t em um
sistema de armazenamento que corresponde ao meio‐ambiente. É tal
sistema que permite à criança aptidão progressiva de ir além da
informação encontrada em uma única ocasião; ela faz previsões e
extrapolações, partindo do modelo armazenado do universo".
3) "O desenvolvimento intelectual entende uma capacidade crescente de
afirmar,
fi a sii mesmo, e aos outros,
t por palavras
l ou símbolos,
í b l o que alguém
l é
fez ou o que alguém fará. Essa prestação de contas ou consciência própria
possibilita a transição de um comportamento chamado lógico".

26‐11‐2010 268
• 4
4‐ "O desenvolvimento
d l i i l
intelectual
l baseia‐se
b i numa interação
i ã
sistemática e contingente, entre um professor e um aluno, no
qual o p
q professor,, amplamente
p equipado
q p com técnicas
anteriormente inventadas, ensina à criança".
5 – “O ensino é altamente facilitado por meio da linguagem
que acaba sendo,
sendo não apenas meio de comunicação,
comunicação mas o
instrumento que o estudante pode usar para ordenar o meio‐
ambiente. A natureza da língua e suas funções devem fazer
parte de qualquer teoria do desenvolvimento cognitivo".

26‐11‐2010 269
• 6)
6) "O desenvolvimento intelectual é caracterizado 
"O d l i i l lé i d
por crescente capacidade para lidar com alternativas 
e simultaneamente atender a várias seqüências ao
e, simultaneamente, atender a várias seqüências, ao 
mesmo tempo, e distribuir tempo e atenção, de 
maneira apropriada a todas essas demandas
maneira apropriada, a todas essas demandas 
múltiplas. Há, naturalmente, grande distância entre a 
mente singela de uma criancinha e a aptidão de um
g p
menino de dez anos para enfrentar um mundo 
extremamente complexo". 

26‐11‐2010 270
• A teoria Gestalt é, por excelência, o sistema para estudar a forma icônica, 
A teoria Gestalt é por excelência o sistema para estudar a forma icônica
solidamente firmada na análise da fenomenologia cândida da experiência e de 
como percepção e memória se ligam pela semelhança fenomênica".
"Os fatores afetivos e motivacionais influem nas imagens e na organização 
"O f t f ti ti i i i fl i i ã
perceptiva, especialmente quando se usam estímulos pobres e se põe ambígua a 
caracterização linguística".
"O certo é que quanto mais conhecemos sobre as propriedades e poderes da 
"O é i h b i d d d d
linguagem, mais devemos saber sobre como usá‐la para ajudar o raciocínio".
Bruner discute como a linguagem influi nos processos cognitivos.
"A capacidade progressiva para cuidar os aspectos múltiplos do meio ambiente, e 
para seguir seqüências diversas ao mesmo tempo, depende da natureza da 
representação com que a criança ordena o seu mundo".

26‐11‐2010 271
26‐11‐2010 272

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