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Deficiência intelectual,
física e psicomotora
Marcia Siécola
Cleussi Schneider
48530
9 788538 763130
Deficiência Intelectual,
Física e Psicomotora
Marcia Siécola
Cleussi Schneider
2017
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Bons estudos!
Sobre as autoras
Marcia Siécola
Relacionado a esses fatos, nos anos 60 inicia-se um forte movimento social no sentido
de integrar as pessoas com alguma deficiência na esfera social. Na década seguinte, obser-
vamos organizações gerenciadas por deficientes, obrigando a sociedade a legitimar seus
direitos. Nesse contexto histórico, a sociedade sistematiza maneiras de remover barreiras
arquitetônicas e os espaços coletivos começaram a ser pensados de forma inclusiva.
No Brasil, as primeiras instituições deram o atendimento às pessoas com deficiência no
tempo do Império, com a criação de duas organizações: o Imperial Instituto dos Meninos
Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant (IBC), e o Instituto dos Surdos Mudos, em
1857, atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES), ambos no Rio de Janeiro. No
início do século XX foi fundado o Instituto Pestalozzi, em 1926, instituição especializada no
atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 foi fundada a primeira Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), e em 1945 o primeiro atendimento educacional
especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff
(BRASIL, 2008, p. 2.).
O período que se iniciou em 1901 e terminou em 2000 foi um século que registrou vá-
rias transformações de padrões no segmento da deficiência. Com relação aos indivíduos
com esse comprometimento, trouxe um desenvolvimento expressivo, principalmente no
que concerne aos amparos técnicos, como: cadeiras de rodas, bengalas, acessibilidade, rede
de ensino para surdos e cegos, dentre outros que foram se aprimorando. Verificamos ainda
que ocorreu por parte da comunidade uma sistematização coletiva para se defrontar com as
adversidades, e para efetivamente respeitar o indivíduo com necessidades especiais.
Frente a esse contexto, ocorreram concomitantemente algumas pesquisas científicas so-
bre essa temática, que principiou na transformação do ponto de vista da comunidade. Foi o
que aconteceu com os estudos de Lev Vygotsky que, como evidencia Alexander Luria:
Diferentemente de muitos pesquisadores anteriores que estudavam a criança
deficiente, Vygotski concentrou sua atenção nas habilidades que tais crianças
possuíam habilidades estas que poderiam formar a base para o desenvolvi-
mento de suas capacidades integrais. Interessava-se mais por suas forças do que
por suas deficiências. (LURIA 2001, p. 34) [grifos nossos]
Por conseguinte, nesse período os indivíduos com necessidades especiais começaram a
ser respeitados como cidadãos da sua comunidade, com seus direitos e deveres, mas ainda
sob um aspecto assistencialista.
Na atualidade, século XXI, o pressuposto que direciona a realidade dos indivíduos
com deficiência é o da diversidade. Essa categoria tem como meta introduzir na sociedade
tecnológica e no mercado de trabalho esse ser humano com carências, tendo como parâme-
tro básico suas reais potencialidades. Todavia, sabe-se que essa realidade precisa ainda ser
ajustada, para que as instituições e a comunidade possam garantir seus direitos sociais e
individuais e a sua participação efetiva. Contudo, é necessário evidenciar que a diversidade
é um protótipo recente, e precisará de tempo para ser incorporado por todos os segmentos
da sociedade.
efetivo, ambos pautados em pesquisas científicas, para experimentar a inclusão social e es-
colar (SILVA, 2012).
No Brasil, a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
está regulada pela Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989, e regulamentada pelo Decreto
n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999 (BRASIL, 1999), legislação essa que, em essência, traduz
os conceitos sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nessas legislações en-
contramos a seguinte classificação das deficiências: o artigo 3., do Decreto n. 3.298, de 20 de
dezembro de 1999, assim preconiza:
I - deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psico-
lógica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;
II - deficiência permanente: aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um
período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade
de que se altere, apesar de novos tratamentos; e
III - incapacidade: uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integra-
ção social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos
especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir
informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou
atividade a ser exercida. (BRASIL, 1999) [grifos nossos]
A Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989, foi criada para garantir às pessoas com defi-
ciência a sua integração social. O documento legal tem como normas gerais assegurar o ple-
no exercício dos direitos básicos deste grupo social, incluindo o direito à educação, à saúde,
ao trabalho, ao lazer e à previdência social. No âmbito educacional, a lei reforça os direitos
da criança e do jovem com deficiência à educação quando estabelece como crime:
[...] punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa:
I. recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a
inscrição de um aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau,
público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta. (BRASIL,
1989, p. 274) [grifos nossos]
A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde)
foi reestruturada a partir da Lei n. 7.853/89 e tornou-se o órgão responsável pela coordena-
ção das ações governamentais relacionadas à pessoa com deficiência, elaboração de pro-
gramas e projetos e conscientização da sociedade quanto à integração social da pessoa com
deficiência (BRASIL, 1989).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei n. 9.394/96 inova ao
inserir um capítulo próprio (Capítulo V), que trata especificamente dos direitos dos “edu-
candos portadores de necessidades especiais” (art. 58) à educação “preferencialmente” nas
escolas regulares, e institui o dever do Estado de estabelecer os serviços, os recursos e os
apoios necessários para garantir escolarização de qualidade para esses estudantes, assim
como determina como dever das escolas responder a tais necessidades desde a Educação
O processo de ensino-aprendizagem de
alunos com deficiência intelectual
(REIS; ROSS, 2017)
Não estamos afirmando com isso que não exista a deficiência, mas o pro-
fessor precisa modificar o seu olhar sobre ela. As deficiências dos alunos
devem ser consideradas como condições a que a escola precisa atender.
Assim, sem negar a etiologia orgânica que uma considerável parcela de
deficientes carrega, Pessotti (1984) alerta para os radicalismos nas consi-
derações sobre a deficiência, no sentido de evitar uma postura totalmente
organicista e unitária, lembrando que o conceito de deficiência mental,
seu diagnóstico e classificação devem considerar o homem dentro de uma
visão integrativa e global.
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lida as normas de proteção, e dá outras providências. Este texto não substitui o publicado no DOU de
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dá outras providências. Este texto não substitui o publicado no DOU 16 jul. 1990 e retificado em 27 set.
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VIGOTSKI, Lev S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Resolução
1. A forma de visualizar a deficiência modifica-se de forma lenta e tímida e passou-se
a ter certa tolerância ao convício com esses indivíduos. Observa-se que não acon-
tecia mais a prática do extermínio, mas sim a ocultação e a exclusão das pessoas
denominadas diferentes. Exemplo dessa prática retira-se da literatura da história
do Corcunda de Notre Dame, obra de Vitor Hugo, ambientada na Paris medieval,
que retratava a cultura de uma época e a dificuldade em aceitar e conviver com um
ser humano com alguma anomalia. O personagem principal é um deficiente, filho
de ciganos, que ao ficar órfão é recolhido por padres e passa a morar na Catedral de
Notre Dame (FONSECA, 2000).
Aucoutier e Lapiere nos evidencia que “A criança está aí com seus pro-
blemas, suas deficiências, suas falhas, mas também com suas potencia-
lidades, e recusamo-nos a fixar a priori e sem apelação os limites de suas
potencialidades” (1986, p. 24).
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(Atualidades pedagógicas).
Resolução
1. Significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por essa
modalidade de educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo
contrário, com a inclusão as diferenças não são vistas como problemas, mas como di-
versidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão
de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças. Preser-
var a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa
oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas
competências, capacidades e potencialidades do educando (DINIZ, 2004).
Dessa forma, a Educação Especial e a inclusão na escola regular de ensino estão assegu-
radas no artigo 208 da Constituição Federal Brasileira/88 em que preconizou: “[...] o Estado
deve garantir atendimento educacional especializado aos portadores de necessidades es-
peciais, preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988) [grifos nossos].
Baseado neste preceito legal, a LDBEN vigente incluiu um capítulo que trata da
Educação Especial. O artigo 58, da Lei n. 9.394/96, particularmente o parágrafo 2., garante
classes, escolas ou serviços especializados quando não for possível a integração desses alu-
nos nas classes de ensino regular, como se demonstra:
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalida-
de de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos portadores de necessidades especiais.
§1. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regu-
lar, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
§2. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços espe-
cializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. (BRASIL, 1996)
[grifos nossos]
Nesta perspectiva, a LDBEN – Lei n. 9.394/96 visualiza a educação especial como uma
modalidade da educação escolar, que deve ser disponibilizada pelo governo, porque é res-
ponsabilidade do Estado e deve acontecer preferencialmente no sistema de ensino regular.
Dessa forma, confirma a gratuidade do atendimento especializado em seu artigo 4. “IV
– atendimento educacional especializado aos educandos com necessidades especiais, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1996, art. 4) [grifos nossos].
Assim, a educação especial a partir da LDBEN vigente não visa ser um tratamento, tera-
pia, ou assistência ao aluno(a), pois não é um nível de ensino, mas um conjunto de alternati-
vas, estratégias e serviços educacionais à disposição do estudante que dela demandar, uma
modalidade educacional que pretende ofertar uma assessoria tanto ao estudante do ensino
regular, como a de pessoas com necessidades educativas especiais, por meio de serviço de
deslocamento e da sala de recursos. A integração é o princípio fundamental que rege os di-
reitos da educação especial proposta nessa lei educacional. Em consonância com esse precei-
to legal, as escolas devem acolher a todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sensoriais, emocionais, linguísticas, dentre outras (BRASIL, 1996).
Para que isto ocorra, faz-se necessário uma adaptação da instituição escolar para aten-
der esses alunados, como também o preparo técnico e psicológico do quadro funcional,
pois esses profissionais sem o devido preparo não conseguirão desenvolver um trabalho de
qualidade. As instituições escolares devem adequar-se a todos os estudantes, adaptando-se
aos diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, proporcionando, assim, um ensino de com-
petência (BRASIL, 1996).
• Quais foram os sistemas intelectuais que o estudante elaborou ou não, para culmi-
nar na seguinte contraposição?
• Quais são os conhecimentos adquiridos por este aluno a respeito deste tema?
• O que ele desconhece, mas está processando informações pertinentes?
• Que outras metodologias educacionais eu, docente, devo colocar em prática/ex-
plorar para intervir na estruturação desse conhecimento?
Nesse sentido, o professor, ao planejar suas atividades para os alunos com deficiência
intelectual, deve observar que é preciso conhecer o aluno nos seguintes aspectos: sua reali-
dade familiar e social; as características pessoais; os interesses e peculiaridades; o processo
de aprender de cada um; necessidades de aprendizagem significativa; o que ele já sabe e o
que está prestes a aprender (SCHLÜNZEN, 2000, p. 76).
Assim sendo, há várias estratégias didáticas que o professor poderá estabelecer em sala
de aula para o desenvolvimento da sua prática com aluno deficiente intelectual, dentre elas:
• o jogo como estratégia de ensino, permitindo a elaboração de estruturas como
classificação, ordenação, estruturação, resolução de problemas e estratégias de lei-
tura e escrita;
• a utilização do computador como ferramenta de aprendizagem deste estudante,
sob a perspectiva da construção do conhecimento, além da utilização de softwares,
podemos trabalhar com editores de texto, editores de imagem, e a internet como
fonte de pesquisa, acesso à informação e comunicação para eles. Trata-se de um
recurso atrativo, que pode ser utilizado em diferentes situações: de escrita, de de-
senho, de pesquisas, lúdico, dentre outras. Por meio deste recurso, o aluno entra
em contato com o mundo virtual, descobrindo inúmeras possibilidades para no-
vos conhecimentos, fazendo buscas em sites, trocando informações e ampliando
suas redes de amizades mediante as trocas de e-mail. Em se tratando da internet, o
professor poderá encontrar ainda inúmeros sites com jogos e programas disponí-
veis gratuitamente para download, no entanto, caberá ao docente identificar dentre
esses quais levarão seus alunos a construírem conhecimentos;
• o trabalho com cartazes possibilita a visualização de um conhecimento aprendido
tornando uma referência visual, ou seja, por meio do cartaz o aluno consegue vi-
sualizar os trabalhos, facilitando a compreensão e a memorização;
• utilizar cartazes de referências e orientações como: calendário, de presença, rotina,
aniversário, alfabeto, números;
• ateliês, cantinhos, oficinas, em que o aluno poderá realizar atividades diversifi-
cadas em sua sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte,
pintura, desenho, dentre outras atividades;
• as dramatizações com músicas, teatros e leituras;
• propor trabalhos e atividades que auxiliam no desenvolvimento de habilida-
des adaptativas como: sociais, de comunicação, cuidados pessoais, autonomia,
dentre outros;
Para o autor, a escola deve ser “[...] capaz de planejar e desenvolver pro-
cessos de ensino e aprendizagem válidos para todos e cada um dos alunos
que acolhe” (op. cit., p. 130), com base no currículo geral e não propondo
currículos diferenciados ou especiais. O currículo deve ser capaz de foca-
lizar todas as potencialidades e multiplicidades na forma de aprender
presentes na escola.
Atividades
1. Constatou-se nesta aula que cada LDBEN se utiliza de uma expressão diferente, as-
sociada à condição de quem seria contemplado a receber serviços educacionais espe-
cializados, atribuindo aos mesmos valores concebidos de acordo com cada contexto.
Quais são esses termos?
2. Como deve ser o processo avaliativo dos alunos com deficiência intelectual?
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Resolução
1. A LDBEN 4.024/1961 se utiliza do termo “Educação de Excepcionais”. Já a LDBEN
5.692/1971 se utiliza da expressão “Educação Especial”, e a LDBEN vigente, Lei
9.394/1996 modifica novamente o termo para “Educando com Necessidades Especiais”.
Atividades
1. Qual a diferença entre os sufixos plegia e paresia?
Resolução
1. O sufixo paresia significa paralisia parcial, uma diminuição da capacidade motora
devido a lesões do sistema nervoso. O sufixo plegia é o mesmo que paralisia, a pessoa
perdeu o movimento de algum membro do seu corpo.
3. Os pais devem estar atentos para quaisquer alterações psicomotoras como: andar
de forma descoordenada ou manca, não conseguir colocar a planta do pé no chão,
pernas em tesoura, desequilíbrios, postura inadequada e quedas constantes, choro
sem motivo aparente pode ser manifestação de alguma dor, articular ou muscular,
forma de manipular e apreender os objetos escolares como utilizar lápis com muita
ou pouca força, dificuldades para o uso da tesoura ou da rasgadura, buscar ajuda
especializada para uma análise mais profunda do caso.
A vida escolar é muito rica de significados para a criança, representa uma grande
parte de sua existência. É, para ela, um depósito de esperanças, em que vai descobrir
coisas novas, apreender para a vida futura, correlacionar-se socialmente, desenvolver
suas habilidades e encontrar o poder que exerce sua própria inteligência. Algumas
crianças, apesar de motivadas, não superam determinados critérios estabelecidos pela
escola e passam a fazer parte de um percentual de alunos que não atingem determi-
nados critérios estabelecidos pela escola, pois não fazem parte da idealização do bom
aluno. Mas devem ser compreendidas e incluídas no processo ensino e aprendizagem,
possuem um ritmo próprio para aprender e organizar-se.
Para um aluno que apresenta sequela motora ter acesso a rede regular de
ensino é necessário transporte para a escola, se a família não tiver condu-
ção própria e ele não puder andar de ônibus, equipamento que necessite
para frequentar as aulas, como uma cadeira de rodas; eliminação barrei-
ras arquitetônicas e do preconceito do professor em relação com a pessoa
com deficiência, a exigência de um cuidador acompanhando o aluno em
sala de aula, no caso de a família não puder atendê-la. Para que os alunos
tenham acesso à rede regular de ensino é imprescindível a compreensão
concreta dos alunos que apresentam sequelas motoras. Não há possibili-
dade desse aluno frequentar uma sala de aula sem que sejam atendidas à
essas necessidades, que não são especiais e fazem parte da luta pelo seu
acesso e pela permanência.
A educação das pessoas com deficiência física precisa ser repensada a par-
tir dessa contextualização como uma questão histórica, buscando superar
uma leitura abstrata da mesma. É preciso que consideremos o conjunto
de características físicas ao interagirmos com o indivíduo com deficiência
física, que saibamos favorecer o seu desenvolvimento humano, caso con-
trário estaremos contribuindo para o desenvolvimento da deficiência.
Quanto aos requisitos das pessoas com deficiência física nas escolas veri-
ficamos também as determinações do Ministério da Educação através da
Portaria n. 1679 de 2 de dezembro de 1999 que estabelece as condições
básicas de acesso nas instituições de ensino.
Art. 2. A Secretaria de Educação deste Mistério, com apoio técnico da
Secretaria de Educação Especial estabelecera os requisitos, tendo como
referência a Norma Brasil 9050, da Associação brasileira de Normas e
Técnicas, que trata da Acessibilidade de pessoas com deficiências, edifica-
ções, espaço, mobiliário, equipamentos urbanos. Parágrafo Único. Os re-
quisitos estabelecidos na forma do caput deverão contemplar no mínimo:
-para alunos com deficiência física: eliminação de barreiras arquitetônicas
para circulação do estudante, permitindo acesso nos espaços de uso co-
letivos, reserva de vagas nas em estacionamentos nas proximidades das
unidades de serviço construção de rampas com corrimãos ou colocação
de elevadores, facilitando a circulação de cadeiras de rodas, adaptação de
portas e banheiros para permitir o acesso de cadeira de rodas; colocação
de barras de apoio nas paredes dos banheiros; instalação de lavabos, bebe-
douros e telefones públicos em altura acessível aos usuários de cadeira de
rodas. (BRASIL, 1999, p. 25)
3. De acordo com Visca, que atividades devem ser levadas em conta pela escola com
relação a inclusão de deficientes?
Referências
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DE MAMAN, C. F. Psicopedagogia interativa. Ação psicopedagógica institucional baseada em
uma convergência teórica. Dissertação. Mestrado em Educação. São Paulo: Universidade de São
Paulo, 1997.
Resolução
1. Na Antiguidade os deficientes eram abandonados ou exterminados e nos dias atuais
a Legislação os ampara por meio da inclusão social.
2. Segundo Fonseca (1987) a criança com deficiência física pode apresentar como perfil
de comportamento os seguintes problemas: psicomotores, emocionais, perceptivos,
atenção, todos podem ser detectados e prevenidos, dentro da própria escola.
3. A escola, de acordo com Visca (1987), deve levar em conta algumas atividades, como
o diagnóstico do desenvolvimento do indivíduo; a análise das condições pedagógi-
cas, planejamento e aplicação das técnicas mais adequadas a cada caso; elaboração
e execução de programas de ação preventiva envolvendo os alunos e os agentes da
educação; acompanhamento e avaliação institucional; adaptação às exigências legais
de acessibilidade.
Browning (2002) acrescenta que 50% das crianças com Paralisia Cerebral
vivenciavam dificuldades no processo de alfabetização. Braccialli e
Manzini (2010) indicaram que 68% dos alunos com deficiência física aten-
didos em classes especiais e sala de recursos eram alunos com diagnóstico
clínico de Paralisia Cerebral. Os demais quadros são os de malformação
congênita como, por exemplo, a Espinha Bífida na forma mais grave de
mielomeningocele e a distrofia muscular.
Atividades
1. Qual é a área da tecnologia assistiva que apresenta maior avanço?
Referências
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Resolução
1. Sistemas auxiliares ou prótese para comunicação.
Na atualidade, sabe-se que é por meio do movimento que a criança explora o mundo
exterior, e por essas experiências concretas é que são construídas as noções básicas para o
desenvolvimento intelectual. É a partir dessa exploração que ela desenvolve a consciência
de si e do mundo externo (FONSECA, 1995, p. 332).
Por sua vez, a etimologia, da palavra psicomotricidade é composta por dois termos
distintos, sendo eles, a palavra psyché, traduzida por “alma”, e a palavra latina motorius,
traduzida como que tem movimento. Vários autores e estudiosos da área da psicomotricidade
registram definições a respeito dessa ciência e, dentro da perspectiva deste estudo, destaca-
mos a definição citada pela Sociedade Brasileira de Psicomotricidade:
Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo o estudo do homem
através do seu corpo em movimento em relação ao seu mundo interno e externo,
bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os obje-
tos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, em que o cor-
po é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Psicomotricidade,
portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organi-
zado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é
resultante de sua individualidade e sua socialização. (SBP, 2007) [grifos nossos]
No entanto, a psicomotricidade avançou fundamentada em dois eixos centrais: de um
lado a psicomotricidade funcional, referenciada na avaliação, por meio de testes padroniza-
dos, do perfil psicomotriz da criança com distúrbios psicomotores, e de outro, a psicomotri-
cidade relacional, sustentada na relação estabelecida entre psicomotricista e a criança tendo
o campo simbólico do brincar como atividade-meio. “Se a psicomotricidade com enfoque
funcional serve-se de métodos diretivos para atingir seus fins, a psicomotricidade relacional
deve servir-se de métodos não diretivos” (NEGRINE, 1995, p. 61).
Diante dessas considerações, percebemos que a psicomotricidade é apresentada como
uma ciência que pretende transformar o corpo em um instrumento de relação e expressão
com o outro, por meio do movimento dirigido ao ser em sua totalidade, em seus aspectos
motores, emocionais, afetivos, intelectuais e sociais. Considerando o ser humano como úni-
co, em constante evolução e essencialmente um ser interativo, o movimento corporal, como
abordado pela psicomotricidade, facilita seu acesso ao funcionamento psíquico normal oti-
mizado (FONSECA, 1988).
7.2.2.1 Paratonia
É a persistência de certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades
do corpo ou somente em duas. A criança apresenta incapacidade de relaxar voluntariamen-
te um músculo. Quando a criança caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam
mal e rigidamente. Ao caminhar ou na postura estática apresenta certa deselegância. A qual-
quer tipo de solicitação, interna ou externa, a rigidez aumenta. Se compararmos uma criança
com a motricidade normal com uma criança que apresente paratonia, podemos observar
que balançando o corpo de um lado para o outro, seguras pelos ombros, o movimento da
criança com motricidade normal é livre e amplo, já na criança com debilidade psicomotora o
movimento se apresenta muito limitado, como se estivessem bloqueados. O mesmo padrão
de comportamento motor poderá ser observado se levantarmos os braços das crianças até a
altura dos ombros e os largarmos livremente (GONÇALVES, 2011, p. 30).
7.2.2.2 Sincinesia
É a participação de músculos em movimentos nos quais eles são desnecessários. Por
exemplo, quando colocamos algo numa das mãos de uma criança com debilidade motora, e
pedimos que ela aperte o objeto fortemente, sua mão oposta também se fechará. É impossí-
vel para ela ficar sobre um pé só. Nos casos de sincinesia percebemos ainda descontinuidade
dos gestos, imprecisão de movimentos nos braços e nas pernas; os movimentos finos dos
dedos não são realizados e, num dado ritmo, não consegue reproduzi-los por meio de atos
coordenados, nem mesmo por imitação (GONÇALVES, 2011, p. 30).
Geralmente, as crianças com debilidade motora apresentam:
a. Distúrbios de linguagem (articulação, ritmo e simbolização).
b. Hábitos manipuladores como enrolar o cabelo, chupar os dedos.
c. Tremores na língua, nos lábios ou nas pálpebras, bem como nos dedos quando
iniciam uma atividade ou fazem força com eles.
d. A questão da disciplina é muito difícil, sua atenção é deficiente e a coordenação
motora pobre.
e. Tem dificuldade de realizar movimentos finos.
f. Sua afetividade e intelectualidade são comprometidas (seu aspecto habitual não é
de sofrimento, mas de indiferença e apatia, confundido frequentemente como um
deficiente intelectual).
7.2.5. Imperícia
A pessoa que tem imperícia normalmente possui inteligência normal, com evidência de
uma frustração pelo fato de não conseguir realizar certas tarefas que requerem uma apurada
habilidade manual. A criança com imperícia apresenta dificuldade na coordenação moto-
ra fina, letra irregular, movimentos rígidos, alto grau de cansaço e quebra constantemente
objetos. Como é um distúrbio de menor gravidade, sua recuperação se dá mais facilmente.
A criança deve ser encaminhada para o atendimento individual, uma ou duas vezes por
semana, podendo frequentar uma classe comum (ALVES, 2003).
Por fim, para identificarmos um problema de psicomotricidade, é necessário submeter
a criança a uma avaliação psicomotora com um profissional da área, que mediante exercí-
cios específicos, analisará os seguintes aspectos: qualidade tônica (rigidez ou relaxamento
muscular), qualidade gestual (dissociação manual e dos membros superiores e inferiores),
agilidade, equilíbrio, coordenação, lateralidade, organização espaço-temporal e a grafomo-
tricidade, que é o conjunto das funções motoras referente ao desenvolvimento da atividade
gráfica, ou seja, é a soma de habilidades básicas para o desenvolvimento da pré-escrita e
escrita (FONSECA, 1995).
A avaliação pode revelar na criança, respeitadas as características próprias do seu de-
senvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e perturbações de equilíbrio,
coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema corporal, estrutura e orientação espacial,
grafismo, afetividade, dentre outros. Estes problemas podem ser identificados na pré-escola
ou nas séries iniciais do primeiro grau (DROUET, 2001, p. 21).
o mundo cultural que a cerca, por meio das intermediações dos adultos
que vão nomeando para a criança todas essas percepções e sensações que
ocorrem com a mesma.
Atividades
1. Qual é o objetivo da psicomotricidade?
3. Para que a psicomotricidade seja eficaz na prática escolar e possa contribuir para ao
processo de aprendizagem o que é preciso que o professor faça?
Referências
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Resolução
1. Psicomotricidade tem como objetivo enxergar o ser humano em sua totalidade, nun-
ca separando o corpo (sinestésico), o sujeito (relacional) e a afetividade; sendo assim,
ela busca, por meio da ação motora, estabelecer o equilíbrio desse ser, dando lhe pos-
sibilidades de encontrar seu espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte.
1. Intervenções pontuais: quando a classe está fazendo uma atividade em que todos
têm autonomia para desenvolver sem a ajuda do professor, este faz uma interven-
ção com o aluno que está com dificuldades de aprendizagem. Os professores são
orientados para que registrem o trabalho que desenvolvem, nesses momentos, com
a criança. Chamamos de “Caderno de Intervenção Pontual” e, nele, são registrados:
data, conteúdo, atividade desenvolvida e uma breve reflexão escrita do que perce-
be quando o aluno está fazendo determinada atividade.
2. Professor auxiliar: as salas de aula inclusivas possuem um professor que traba-
lha com os alunos com dificuldades. É uma política da Secretaria de Estado de
Educação. Consiste em dois profissionais em sala de aula, o professor regente e o
professor auxiliar, trabalharem em conjunto para recuperar os alunos que se en-
contram abaixo das expectativas de aprendizagem esperadas. Orienta-se o pro-
fessor auxiliar para que registre todas as suas ações em sala de aula. A cada dois
meses, analisa-se os resultados e redireciona-se esta ação.
3. Chamar o responsável para conversar: quando conversamos com os professores
individualmente para discutirmos a aprendizagem dos alunos, às vezes consta-
tamos que é necessário chamar o responsável da criança para uma conversa. Essa
ação tem ajudado muito a coordenação pedagógica e os professores, pois é possí-
vel conhecer melhor a realidade das crianças envolvidas. Por exemplo, às vezes as
crianças não têm um adulto para orientá-las nas tarefas de casa, ou para motivá-las
a ler o livro que a professora enviou. Problemas familiares também refletem na
aprendizagem das crianças.
4. Sala de apoio pedagógico especializado: a escola deve contar com duas salas que
oferecem apoio pedagógico, uma em cada período. Alguns alunos são encaminha-
dos para serem avaliados pelas professoras especialistas. Esse processo consiste na
professora da criança responder a um questionário e a professora especialista fazer
uma entrevista com o aluno e com o seu responsável. Então, se diagnosticada a
necessidade, o aluno passa a frequentar essa sala em período contrário, permane-
cendo nela até os docentes concluírem que não há mais necessidade.
5. Monitoria ou agrupamento: os professores são orientados a trabalhar com monitores.
Assim, o aluno que tem facilidade senta-se com o que tem dificuldade, para ajudar o
colega. É preciso ter bom senso, pois não dá para realizar esse agrupamento em todo o
período de aula, mas sim em atividades específicas (MASSUCATO, 2015).
No entanto, a coordenação pedagógica deve conversar com os professores sobre a cla-
reza que devem ter de não abandonar os alunos com dificuldades de aprendizagem, e que é
preciso saber “dar o remédio que cada um precisa” (MASSUCATO, 2015).
Por fim, vale ressaltar que é imprescindível que o professor esteja capacitado pelo res-
peito à diferença humana, que esteja capacitado para perceber que a heterogeneidade pre-
sente numa sala de aula pode ser enriquecedora para o aprendizado. Por se tratar de um
processo que envolve seres humanos, não há nenhuma proposta pedagógica que possa ser
generalizada, como uma receita prescrita.
O mundo está mudando e isso está ocorrendo a uma velocidade sem pre-
cedentes na evolução histórica da humanidade. A globalização, o surgi-
mento de novas tecnologias, como o avanço das telecomunicações e da
informática, contribui para que ocorram mudanças, também, na Educação.
A interação professor – aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos
últimos anos. O professor tem deixado de ser um mero transmissor de
conhecimentos para ser mais um orientador, um estimulador de todos
os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores,
atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como
cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verda-
deiramente construtiva.
O modo de entender e agir que nos possibilita não nos deixarmos abater
pela adversidade e, até mesmo, de utilizá-la para crescer. Uma das causas
do fracasso do ensino é que tradicionalmente, a prática mais comum era
aquela em que o professor apresentava o conteúdo partindo de defini-
ções, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de
aprendizagem, fixação e aplicação, pressupondo-se que o aluno aprendia
pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução correta era evidên-
cia de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática mostrou-se ineficaz, pois
a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o
aluno aprendeu a reproduzir, mas não aprendeu o conteúdo. É necessário
saber para ensinar. O professor deve se mostrar competente na sua área
de atuação, demonstrando domínio na ciência que se propõe a lecionar,
pois do contrário, irá apenas “despejar” os conteúdos “decorados” sobre
os alunos, sem lhes dar oportunidade de questionamentos e criticidade.
Atividades
1. Cite os principais distúrbios de aprendizagem encontrados em sala de aula pelo professor.
3. Existem algumas ações que são desenvolvidas quando um aluno(a) não corresponde
às expectativas de aprendizagem para o ano em que está estudando, são as interven-
ções pontuais. Em que consiste essa prática?
Referências
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dificuldades de aprendizagem? Disponível em: <http://gestaoescolar.org.br/conteudo/1259/o-que-
fazer-com-os-alunos-que-apresentam-dificuldades-de-aprendizagem>. Acesso em: 30 jan. 2017.
MATTOS, Paulo. No mundo da lua: perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Lemos Editorial, 2003.
Resolução
1. São quatro: a) dislexia – distúbio na área da leitura, escrita e soletração; b) disgrafia –
é um distúrbio da escrita, uma dificuldade no contexto escrita e o estímulo visual da
palavra impressa; c) discalculia – é a dificuldade que afeta a habilidade com núme-
ros; d) TDAH – transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – é um distúrbio
neurobiológico, de causas genéticas.
3. Quando a classe está fazendo uma atividade em que todos têm autonomia para de-
senvolver sem a ajuda do professor, este faz uma intervenção com o aluno que está
com dificuldades de aprendizagem. Os professores são orientados para que regis-
trem o trabalho que desenvolvem, nesses momentos, com a criança. Chamamos de
“Caderno de Intervenção Pontual” e, nele, são registrados: data, conteúdo, atividade
desenvolvida e uma breve reflexão escrita do que percebe quando o(a) aluno(a) está
fazendo determinada atividade.
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