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Sumário
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Definição de Problemas de Avaliação ................................ 43
Referências Bibliográficas............................................................................ 0
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NOSSA HISTÓRIA
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UNIDADE I SISTEMA EDUCACIONAL
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Com a sociedade moderna, cujo modo de produção é o capitalista, a
classe dominante, a burguesia, detém a propriedade privada dos meios de
produção, ou seja, é uma classe empreendedora, porque detém os meios de
produção, condições e instrumentos de trabalho convertidos em capital,
revolucionando as relações de produção.
[...] no século XVI e no século XVII, nada era regular, metódico; não
admira, pois, que a instrução pública também não fosse uniforme [...] É preciso
chegar até o século XVIII para encontrar traços da intervenção oficial nos estudos
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dirigidos pelos jesuítas. É também, por esta mesma época, que surge a presença
da municipalidade.
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Dessa forma, a sociedade contemporânea é profundamente permeada
pelos conhecimentos e habilidades elaborados através dos processos formais
de escolarização. A escola, como instituição moderna, é corresponsável pela
formação dos sujeitos, atuando concomitantemente com outras instituições
universais, como a família a religião (igreja), por exemplo.
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construída essa organização de educação colonial, um processo que teve início
desde a chegada dos primeiros jesuítas, considerados pelos historiadores
como únicos educadores no Brasil sem desconhecer a presença de outras
Companhias, cujo trabalho foi insignificante - até sua expulsão pelo Marquês
de Pombal, em 1759.
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Entretanto, no período de 1834, houve a ocorrência de um fato
educacional significativo, o repasse, para as províncias, da responsabilidade de
oferecer escolas públicas primárias e secundárias, em consequência do Ato
Adicional à Constituição, pelo governo central do Império (MONLEVADE, 1997).
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educação, universalizando a escola básica.
A Escola Pública, tal como hoje, se constitui no país tardiamente. Apesar das
várias formas de educação pública que surgiram no início da história do Brasil, como
vimos anteriormente, chega-se ao consenso de que a construção de um sistema
público de ensino é uma conquista recente (século XX), de forma mais específica nos
anos 1930.
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um sistema educacional no Brasil. Tanto que Saviani (2000: 02), chega a questionar:
“Existe um Sistema Educacional no Brasil?”.
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estruturado, através dos tempos, com a criação de instituições escolares, nos
vários graus de ensino, com a introdução de reformas (em geral fragmentadas)
que, bem ou mal, tinham definido as posições dos diferentes cursos, disciplinando
e sistematizando o que se criava e consolidava e estabelecendo a articulação entre
graus e cursos.
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essas mesmas características”.
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“relações entre Estado e Sociedade”.
UNIDADE 2 PLANEJAMENTO
Tipos de Planejamento
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com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve
oferecer ao estudante por meio dos diversos componentes curriculares (Idem,
2005).
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Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental
responder às questões “para quê”, “para quem” e também com “o quê”, cuja
preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de
eficácia; serve para situações de crise, em que a proposta é de transformação,
em médio prazo e/ou longo prazo. “Tem o plano e o programa como expressão
maior” (GANDIN, 2001: 55).
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- Como distribuir bem o tempo? - Analisando: tempo disponíveis x atividades a
executar.
- Como apresentar o assunto? - Adequando métodos e técnicas à situação de
aprendizagem.
- Como poderei enriquecer a - Selecionando meios auxiliares de acordo com a
minha apresentação? situação de aprendizagem.
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SELEÇÃO DE - aspectos significativos do
CONTEÚDOS programa;
O QUÊ?
- conteúdos que atendam aos
interesses dos alunos.
- métodos;
- conteúdo;
- hábitos;
- livros;
habilidades;
ONDE? - revistas;
comportamentos.
DesvelandoFONTES
o Planejamento
DE - publicações em geral.
Para discorrermos sobre o assunto, citamos Padilha (2001: 30) que nos
esclarece, de forma sucinta, que planejamento:
INFORMAÇÕES
é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e
objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores
de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de
planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação;
processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios
(materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de
objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados
das avaliações.
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experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosóficos,
culturais, econômicos e políticos de quem planeja e com quem se planeja.
Logo, planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que
esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro,
estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução
da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação.
Sendo assim, é necessário que percebamos que tanto o ato de planejar quanto
o de avaliar andam de mãos dadas.
O Ato de Planejar
Todo ser humano que sonha, imbui em sua vida o planejamento, a fim de
que possa realizar suas metas. Porém, nem sempre enfrentamos situações que
requerem planejamento, como em nossas atividades diárias, pois são
tracejadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto
de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que
não estão inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para
alcançar o que aspiramos.
Para Baffi (2002: 01), “as ideias que envolvem o planejamento são
amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para o
exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso
adequado dos mesmos”.
Assim sendo, o objetivo desta unidade é dar espaço para que se estabeleça a
relação entre planejamento a partir das experiências pessoais e profissionais.
Contudo, apenas abordaremos, neste breve capítulo, alguns níveis de
planejamento, pois, de acordo com Gandin (2001: 83):
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de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui
uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a
analisar a realidade, a propor ações e atitudes para
transformá-la.
Plano de Aula
Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o
que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem
fazer. Para existir plano, é necessária a discussão sobre fins e objetivos,
culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se
respondem às questões indicadas acima O plano é a “apresentação
sistematizada e justifica- da das decisões tomadas relativas à ação a realizar
(FERREIRA, apud PADILHA, 2001: 36). Assim sendo, o plano tem a conotação
de produto do planejamento. Nessa perspectiva, podemos afirmar que plano é
um guia, cuja função é de orientar a prática, partindo da própria prática,
portanto não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização
dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve
desafios e contradições.
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planejamento da educação escolar. “É o documento mais global; expressa
orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto
pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos” (LIBÂNEO,
2005: 225).
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Objetivos e meios são relacionados ao tema central da
unidade (objetivos específicos), a natureza do tema determina a
duração da unidade.
UNIDADE
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(2005: 143), que afirma:
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3) Suporte institucional e financeiro - que significa vontade política,
pleno conhecimento de todos, principalmente dos dirigentes e recursos
financeiros claramente definidos.
Tudo isso estabelece que deve haver uma educação voltada para a
cidadania e autonomia, por serem hoje duas categorias estratégicas de
construção de uma sociedade melhor em torno das quais há, frequentemente, o
consenso.
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demais etapas. Alguns autores que tratam do planejamento, como Gadotti,
referem-se ao marco referencial, mas outros, como Gandin e Vasconcellos,
distinguem nele três marcos: situacional, doutrinal e operativo.
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atividades permanentes”.
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Com a ação participativa de todos os elementos da escola no projeto,
todos têm a oportunidade de se expressar, inclusive aqueles que geralmente
não falam, mas que estão acreditando, estão querendo.
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Apresentamos, sinteticamente, os possíveis passos para o processo de
elaboração e aplicação do Projeto Pedagógico, alicerçados em Vasconcelos
(2005):
• Decisão Coletiva
• Elaboração
• Marco Referencial
• Diagnóstico
• Programação
• Publicação
• Realização Interativa
• Reprogramação Anual
• Avaliação de Conjunto
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sujeito, com sua subjetividade, possa contribuir para a reconstrução de uma
escola de que precisamos?
UNIDADE 3 Avaliação
Avaliação Escolar - Considerações Gerais
O mais importante e bonito do mundo é isto: que pessoas não estão
sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando.
Afinam e desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso me alegra
de montão! (ROSA, João G. apud MARTINS, 2007: 01).
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avaliação escolar. Isso porque a escola não considerou, por um bom tempo, a
diferença que existe entre os seres humanos, em que cada um tem seu ritmo
de desenvolvimento diferenciado.
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indivíduo, tanto no momento presente no futuro quanto.
Sendo assim, o novo significado para avaliação faz com que a prova seja
um bom momento para professores e alunos efetuarem uma revisão de tudo o
que foi - ou deveria ter sido aprendido - e perceberem o que ainda pode ser
melhorado.
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Federativa do Brasil de 1988, que incorporou o princípio de que toda e
qualquer educação visa o pleno desenvolvimento do indivíduo, ou seja,
prepará-lo para exercer a cidadania e sua qualificação para o trabalho. Esse
princípio é retomado pelo art. 2º da LDBN 9394/96.
Sendo assim, cabe à educação brasileira ter grande desafio de, dentro
do contexto da atualidade, promover a aprendizagem de todos os alunos e lhes
assegurar uma trajetória de sucesso. Essa trajetória só ser possível se o
aspecto pedagógico, considerado como central, passar a fazer parte de uma
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gestão que priorize formas de pensar, sentir e atuar para garantir a
permanência do aluno na sala (LIMA, 2007).
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momento de aprendizagem.
Funções da Avaliação
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Portanto, a avaliação da aprendizagem passa a ser um momento
privilegiado de estudo e não mais de acertos de contas. Nesse caso, devemos
transformar mediação em Avaliação, pois:
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Para Luckesi (2002), o ato de partida de avaliar e precisa ter a disposição
de acolher, ou seja, o autor considera que esse acolhimento está no sujeito do
avaliador e não no objeto de avaliação.
Tipos de Avaliação
No contexto da avaliação da aprendizagem, a relação entre eficácia e
eficiência dá-se quando o professor propõe um objetivo e consegue alcançá-lo
com êxito e o processo desenvolvido para alcançar o objetivo proposto é
relevante, racional, econômico e útil. Logo, para que avaliação seja eficiente, é
necessário que ela seja eficaz.
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Formativa- Acontece durante o processo ensino-aprendizagem,
ela é contínua, propõe informar como está ocorrendo a aprendizagem. É
aplicada para acompanhar o desempenho do aluno. Durante o processo ensino-
aprendizagem, devem ser realizados testes e instrumentos rápidos, aplicados
periodicamente, a fim de verificar se a aprendizagem está realmente
acontecendo.
Programáticos
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se inicia no diagnóstico das necessidades educacionais (saber onde estamos)
para determinar os objetos (aonde queremos chegar) e selecionar os conteúdos
programáticos e experiências de aprendizagem (que caminhos trilhar para
atingir os objetivos propostos).
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as várias apresentadas nas alternativas. Já a questão aberta exige do
examinador a apresentação de uma resposta por ele mesmo elaborada,
seguindo uma linha de abordagem sugerida na pergunta.
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Segundo Fernandez (1991: 136), “uma mensagem que precisa ser
decodificada pelo professor é quando a criança emite um grito de desespero ou de
incompreensão do que acontece; como um pedido falido de ajuda”.
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cidadãos conhecedores, participantes e formadores de opinião.
Assim sendo, a avaliação deve ser feita de forma a contribuir para formar
o indivíduo, respeitando suas diferenças e individualidades para que ele seja
capaz de resolver os conflitos encontrados no dia-a-dia, tornando-se um
verdadeiro cidadão, capaz de exercer sua própria cidadania na prática e
conscientizar os demais ao seu redor e, concomitantemente, se conscientizar
que uma avaliação inadequada pode contribuir para uma total exclusão social.
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de avaliação, notamos o seu grau de complexidade. Percebemos que,
dependendo do uso que se faça da avaliação, o educador poderá estar
condenando seus alunos a uma pena cruel, sem que perceba o que está
fazendo.
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Diante desse quadro, justifica-se a necessidade de uma maior reflexão
em torno da prática educativa (ZABALLA, 2000), que envolve a relação
pedagógica entre o planejamento do trabalho docente, a sua efetivação através
do ensino e da aprendizagem, o processo avaliativo e as condições estruturais de
trabalho dos profissionais da educação. Buscar compreender a coerência
didático-pedagógica entre os elementos da prática educativa (planejamento,
ensino/aprendizagem e avaliação) e sua interdependência com a
especificidade socioeducacional do contexto escolar poderá possibilitar ao
professor refletir sua ação para reelaborar sua postura pedagógica como um
todo e, em especial, a avaliativa, cientes dos limites e possibilidades dessa
reflexão.
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modelo de avaliação quanto os objetivos, o planejamento
e os métodos a serem utilizados.
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através de uma reflexão constante, crítica e participativa”.
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Segundo Luckesi (2002: 148):
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Freire (2000: 123), afirma que:
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De acordo com Wallon (2000), o sentimento de compromisso por
aquela pessoa com quem está se relacionando é reconhecê-la como uma pessoa
digna de respeito e de interesse, no processo ensino-aprendizagem, isso não
pode ser mais desconsiderado.
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, José Ricardo Pires. Instrução pública no Brasil da educação
escolar. São Paulo: Cortez, 2000. ÁLVAREZ MÉNDEZ, Juan Manuel. Avaliar
para conhecer, examinar para excluir. Tradução de Magda Schwarzhaupt
Chaves. Porto Alegre: ARTMED, 2002.
CANDAU, V.M. (org.). Rumo a uma nova Didática. 11 ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2000.
0
CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. 12 ed. Campinas, São Paulo:
Papirus, 1989. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
______. Professor sim & tia não: cartas a ousar. São Paulo: Olho D’Água, 2000.
1
1994.
2
MONLEVADE, João. Educação pública no Brasil: contos & descontos. DF:
Ceilândia: UFB, 1997.
PARO, Vitor Henrique. Escrita sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.
3
Cortez, 1998.
4
VALADARES, Jorge & GRAÇA, Margarida. Avaliando... para melhorar a
aprendizagem. Lisboa: Plátano Edições Técnica: 1998.