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O GRUPO DE ENCONTRO E

WORKSHOP VIVENCIAL
- CARL ROGERS
FACULDADE MARTHA FALCÃO
PROCESSOS GRUPAIS
PSICOLOGIA

Profa. Dra. Ester M. dos Anjos

FELIPE PEDROSO DE MORAIS – 202108170364


GUILHERME PINTO FELIX – 202108170356
LORENA SILVA DA SILVA – 202108616206
MARCIO FELIX FERREIRA DA SILVA – 202108170348
NATHÁLIA LYDIA SANTANA BRAGA RODRIGUES DA SILVA – 202109015605
Introdução

Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo


norte-americano. Desenvolveu a Psicologia
Humanista, também chamada de Terceira
Força da Psicologia. Foi um dos principais
responsáveis pelo acesso e reconhecimento
dos psicólogos ao universo clínico, antes
dominado pela psiquiatria médica e pela
psicanálise. Sua postura enquanto terapeuta
sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e
observações clínicas.
Como surgiu?
Como é formado?
O primeiro grupo foi chamado T-group
(T significando training, treino) foi ▪ Por pessoas
realizado em Bethel, Maine, em 1947, ▪ Ambiente
pouco depois da morte de KURT ▪ Data/Horário
LEWIN aqueles que trabalhavam com GRUPO DE ▪ Compartilhamento de vivências
▪ Confiar no potencial do grupo
ele (estudantes e equipe) continuaram ENCONTRO
a desenvolver as training group, os
grupos de treino, não só enquanto
estiveram no Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT, sigla em
inglês) mas também, mais tarde na O que acontece?
Universidade de Michigan. Os grupos Qual objetivo?
de verão em Bertioga tornaram se ▪ Igualdade
famosos formou-se uma organização, ▪ Proporcionar crescimento ▪ Condições Facilitadoras
os NATIONAL TRAINING pessoal ▪ Confiança
LABORATORIES, com escritórios em ▪ Aprimoramento da comunicação ▪ Ser compreendido
Washington e desde então e durante e desenvolvimento de relações ▪ Acolhimento
mais duas décadas se tem humanas ▪ Sigilo
constantemente desenvolvido. ▪ Despertar autoconfiança ▪ Condições de meio de alternativa
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ CONGRUÊNCIA

▪ ACEITAÇÃO INCONDICIONAL

▪ EMPATIA
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ CONGRUÊNCIA

Autenticidade Expressar-se abertamente

Sem máscaras “Eu real”


Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ CONGRUÊNCIA

“Eu percebo que sou mais útil todas as vezes em que sou genuíno, em
que sou real [...] Quando sou transparente, quando não há nada oculto
de mim para a pessoa que estou atendendo.” (Rogers, In: A
conversation with Carl Rogers: The Job of a Theraphist Saybrook
University, 1960)
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ CONGRUÊNCIA

“Quero ser real e aberto comigo mesmo para que eu comunique


apenas uma mensagem.” (Rogers, In: A conversation with Carl Rogers:
The Job of a Theraphist Saybrook University, 1960)
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ CONGRUÊNCIA

Habilidade e desejo de
Está constantemente exposto
expressar abertamente seus
a novas experiências
sentimentos com honestidade

Existem diferentes níveis de


congruência
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ ACEITAÇÃO INCONDICIONAL

Prezar e aceitar Sem julgamentos

Livre de restrições
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ ACEITAÇÃO INCONDICIONAL

“Aceitar a pessoa com o direito aos seus próprios sentimentos e


comportamentos e seu modo de ver as coisas.” (Rogers, In: A
conversation with Carl Rogers: The Job of a Theraphist Saybrook
University, 1960)
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ ACEITAÇÃO INCONDICIONAL

“Há uma coisa que aprendi em minha experiência é que devo valorizar
a pessoa como ela é, com as potencialidades que certamente ela tem,
mas quero valorizar, prezar e aceita-la como é.” (Rogers, In: A
conversation with Carl Rogers: The Job of a Theraphist Saybrook
University, 1960)
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ EMPATIA

Viver temporariamente a
Entender o ponto de vista
vida do outro
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ EMPATIA

“Eu desejo ser um instrumento bastante sensível em entender e sentir


pelo menos um pouco do significado que essa pessoa está querendo
me comunicar e deixá-la saber que eu a entendo e que eu sinto como
ela se sente.” (Rogers, In: A conversation with Carl Rogers: The Job of a
Theraphist Saybrook University, 1960)
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ EMPATIA

A falta de compreensão e
Para confirmar as percepções,
aceitação acaba por gerar o
é necessária a validação do
congelamento de padrões de
paciente
comportamento
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ EMPATIA

Empatia ≠ Simpatia

Autopiedade
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP)
▪ EMPATIA

NÃO!
Ter empatia implica que o terapeuta tem
os mesmos sentimentos do cliente?
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 1
▪ Não fala sobre si mesmo
▪ Extremamente rígido
▪ Resistente à mudança
▪ Não reconhece problemas
▪ Não comunica sentimentos ou emoções
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 2
▪ Levemente menos rígido
▪ Discute eventos externos
▪ Recusa ou demonstra dificuldade em reconhecer os
próprios sentimentos
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 3
▪ Fala mais livremente sobre si de forma objetiva
▪ Fala de sentimentos e emoções no passado e futuro, mas
evita falar dos presentes
▪ Recusa-se aceitar as próprias emoções
▪ Percebe vagamente que pode fazer escolhas pessoais
▪ Nega responsabilidades individuais par suas decisões
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 4
▪ Começa a falar sobre sentimentos profundos, mas quase
não fala sobe os do momento
▪ Quando os sentimentos presentes surgem, se surpreende
▪ Nega ou distorce experiências, embora tenha uma vaga
percepção de que é capaz de sentir emoções no presente
▪ Questiona valores introjetados a partir das opiniões de
terceiros e começa a ver a incompatibilidade entre o
autoconceito (o eu percebido) e o eu organísmico (o eu
real)
▪ Aceita mais liberdade e responsabilidade
▪ Começa a se permitir um maior envolvimento com o
terapeuta
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 5
▪ Experimenta mudanças significativas e crescimento
▪ Expressa sentimentos no presente, embora ainda possa
haver distorções
▪ Começa a confiar em seu processo de avaliação
organísmico, gerando autodescoberta
▪ Maior diferenciação de seus sentimentos, aprecia as
nuances
▪ Toma suas próprias decisões
▪ Aceita responsabilidades por suas escolhas
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 6
▪ Experimenta um crescimento profundo e um movimento irreversível no sentido de
se tornar um pessoa completamente funcional
▪ Ele aceita experiências que negava ou distorcia
▪ Torna-se mais congruente
▪ É capaz de reconhecer adequadamente suas experiências presentes e expressá-las
abertamente
▪ Começa desenvolver uma autoconsideração positiva incondicional
▪ Começa a sentir uma certa soltura fisiológica com maior relaxamento da
musculatura, melhor circulação sanguínea e maior facilidade em vivenciar emoções

Normalmente
indica o final
da psicoterapia
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 7
▪ Após o estágio 6, o cliente chegará ao estágio 7 com ou sem
acompanhamento do terapeuta, pois o crescimento instalado no
estágio 6 é irreversível.
▪ Torna-se completamente funcional
▪ Possui confiança para ser ele mesmo todo o tempo, apropriar-se e
sentir em profundidade todas as suas experiências, vivenciando-as
no presente
▪ Seu eu real, agora unificado ao autoconceito, torna-se o ponto de
partida de avaliação das suas experiências, e o indivíduo sente
prazer ao perceber que essas avaliações internas fluem com
tranquilidade, e que a mudança e o crescimento continuarão
▪ Torna-se congruente, possui autoconsideração positiva
incondicional e é capaz de ser amável e empática com outras
pessoas
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 7
▪ Por se tornar mais realista, possui uma visão mais adequada das
suas potencialidades permitindo distância entre o eu real (a
pessoa que se é) e o eu ideal (a pessoa que se deseja ser) diminua
▪ Torna-se menos vulnerável à ameaça e sente menos ansiedade
▪ Sente menor necessidade de procurar outras pessoas para pedir
orientações e é menos provável que se valha das opiniões e
valores de terceiros para avaliar as próprias experiências, logo é
torna mais autodirigida e mais consciente de que o ponto de
partida das avaliações reside dentro de si
▪ Não há mais necessidade de agradar às outras pessoas e de
atender a expectativas externas
▪ O relacionamento com os outros também se modifica
▪ Passa a aceitar mais as outras pessoas, fazendo menos exigências
e permitindo que elas sejam simplesmente quem são
Teorias
TERAPIA CENTRADA NA PESSOA (ACP) – O processo
ESTÁGIO 7
▪ Menor necessidade de distorção da realidade, o indivíduo tem
menos desejo de forçar os outros a atenderem suas expectativas
▪ É percebido pelos outros como mais maduro, mais agradável e
mais sociável
Teorias
CRÍTICA AO SISTEMA EDUCACIONAL

Professores Estudantes

▪ Facilitador VS. ▪ Autonomia


Detentor
EDUCAÇÃO ▪ Responsabilidade
▪ Aproximar da CENTRADA NO ▪ Autodeterminação
realidade do aluno ▪ Discernimento
▪ Favorecer
ESTUDANTE ▪ Expressar-se
necessidades reais do ▪ Ter curiosidade
estudante
▪ Propiciar ambiente
convidativo à Sentir-se censurado leva a diminuição da percepção e pode gerar um
aprendizagem quadro de ansiedade, comprometendo a aprendizagem, produção
▪ Ser congruente intelectual e a criatividade do indivíduo, todos esses fatores causam a
perda da autoconfiança
Conclusão

O grupo de encontro foi um desdobramento natural, a terapia centrada


na pessoa evolui de uma prática clínica individual para uma experiência
e prática com grupo. Com o objetivo de facilitar o desenvolvimento e o
crescimento interpessoal. É uma abordagem otimista o homem é bom!
e precisa estar o mais alinhado possível com seu eu Verdadeiro, em
busca desse auto- conceito o grupo compartilha emoções, percepções,
experiências e nessa interação fluida é que si cria a atmosfera ideal
para o desenvolvimento das competências necessárias para uma vida
melhor, menos adoecida e mais produtiva.
Referências Bibliográficas
A conversation with Carl Rogers: The Job of a Therapist Saybrook University, 1960

VIEIRA, Thiago. Carl Rogers e sua contribuição para a educação. Publicado em “Psicopedagogia
Crítica”. Disponível em https://psicopedagogiacritica.wordpress.com. Acesso em 26/09/2020.

Carl Rogers: Quem Foi e Quais São Suas Teorias. Disponível em https://iptc.net.br/carl-rogers/.
Acesso em 26/09/2020.

https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/26/os-grupos-de-encontro-de-carl-r-rogers
ROGERS, C. R Liberdade para Aprender. Belo Horizonte: Interlivros, 1972.

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