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Aline Cristine Muzel Araújo 004202001617

Bruna Bressane Falconi 004201900341

Giulia Wolf Piton Assunção 004202006254

Hugo Lima de Souza 004202004433

Júlia Fernanda Lima Duarte 004202004825

Karina Kammer Melo 004202008522

PRÁTICA DE COMPETÊNCIA

CASO GLÓRIA – CARL ROGERS

CAMPINAS

2023

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Aline Cristine Muzel Araújo 004202001617

Bruna Bressane Falconi 004201900341

Giulia Wolf Piton Assunção 004202006254

Hugo Lima de Souza 004202004433

Júlia Fernanda Lima Duarte 004202004825

Karina Kammer Melo 004202008522

PRÁTICA DE COMPETÊNCIA

ENTREVISTA COM PROFISSIONAL

prática de competência – estudo de caso do vídeo da Glória

no atendimento com Carl Rogers, a partir do que foi

aprendido na matéria de teorias e técnicas fenomenológicas,

existenciais e humanistas do Curso de Psicologia da

Universidade São Francisco.

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CAMPINAS

2023

SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..................................................................4

1.1 Dados Evidenciados.........................................................4

2. QUEIXAS......................................................................................................5

2.1 Queixas principais............................................................5

2.2 Queixas secundárias.........................................................5

3. DADOS RELAVANTES..............................................................................6

3.1 Dados relevantes da história de vida.................................6

4. DIAGNÓSTICO .........................................................................................7

4.1 Diagnóstico ou hipóteses diagnósticas...............................7

4.2 Fundamentação teórica......................................................8

4.3 Conduta Terapêutica.........................................................9

5. EVOLUÇÃO .................................................................................................11

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5.1 Evolução paciente.....................................................................11

5.2 Contexto...................................................................................12

5.3 Prognóstico..............................................................................13

6. REFERÊNCIAS.............................................................................................15

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Dados Evidenciados:

A cliente apresentada no vídeo é Glória, uma mulher com aproximadamente 30 anos de

idade (a idade exata não foi claramente mencionada durante a gravação). É mãe e,

embora não tenha especificado o número exato de filhos, é possível entender que possui

uma filha de 9 anos de idade.

Durante o vídeo, pode-se identificar que Glória foi criada por mãe e pai. Casou-se, no

entanto, ela também revela que o casamento acabou em divórcio, sem entrar em

detalhes sobre os motivos específicos que levaram a essa separação. Além de sua

situação conjugal, Glória faz referência ao fato de estar trabalhando fora de casa. No

entanto, ela não especifica qual é exatamente sua ocupação ou ramo de trabalho.

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2. QUEIXAS

2.1 Queixas principais:

Para a cliente Glória, a principal queixa seria a dificuldade em adaptar-se à sua vida

após o divórcio. Ela preocupa-se em afetar seus filhos caso chegue em casa com um

homem e questiona se o fato de ter relações sexuais com homens seria inadequado.

Além disso, Glória manifesta uma grande preocupação em relação à sua filha de nove

anos, se ela a aceitará como mãe do jeito que é e com as decisões que toma.

2.2 Queixas secundárias:

A cliente pontua na sessão que possui dificuldade em conversas abertamente com sua

filha de 9 anos à respeito de sua vida amorosa, pois se sente desconfortável e lhe

desperta sentimento de culpa, já que estes desejos de práticas sexuais são passageiros e

provavelmente, se vieram acontecer, após o ato irá se sentir arrependida.

A mesma também se sente culpada por trabalhar demais e não estar dando atenção o

suficiente para a sua filha.

Quer ser aprovada por ela mesma.

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3. DADOS RELAVANTES:

3.1 Dados relevantes da história de vida:

A cliente deixa a entender que foi criada pelos seus pais na infância, relatando que sua

mãe não foi franca o suficiente com ela.

Na época da sessão, havia se divorciado há pouco tempo e sua filha estava com 9 anos.

Estava em conflito interno, pois possuía o desejo de se relacionar com outros homens,

porém estava com medo do que sua filha iria pensar e se sentia culpada por não saber

abordar este assunto de forma confortável para ambas.

A cliente também possuía desejos impulsivos e isso à fazia se questionar sua

conduta como mãe e sentia raiva de seus filhos quando o desejo vinha à tona.

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4. DIAGNÓSTICO:

4.1 Diagnóstico ou hipóteses diagnósticas:

Gloria menciona que está passando por um divórcio recente e está enfrentando

dificuldades para se ajustar à vida de solteira. O que demonstra uma dificuldade de

adaptação após essa ruptura do relacionamento.

Outro ponto que apareceu foram as preocupações sobre como sua situação de divórcio

afeta seus filhos, especialmente sua filha de nove anos. Ela está preocupada com o

impacto das mudanças na estrutura podem ter de tê-la afetado.

A paciente também menciona sentir-se culpada por mentir para sua filha sobre

relacionamentos íntimos após o divórcio. Ela expressa o desejo de ser honesta, mas

também teme o impacto emocional que pode causar tanto em revelar a filha de que vive

sua sexualidade quanto de não contar e gerar as mesmas inseguranças nela.

As dificuldades em aceitar-se aparecem também quando descreve um conflito interno

entre seus desejos sexuais e suas próprias expectativas sobre como uma mãe "ideal"

deveria se comportar. Ela expressa sentimento de culpa e insegurança em relação a seus

comportamentos.

No final, Glória menciona um relacionamento conflituoso com seu pai, no qual ela

sentia que nunca era boa o suficiente e nunca era ouvida. Isso parece ter deixado uma

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marca profunda em sua visão de si mesma e em seus relacionamentos, o que pode ter

gerado ess necessidade de validação constante.

4.2 Fundamentação teórica:

Toda abordagem teórica aqui apresentada que embasam o raciocínio terapêutico está

enraizada na abordagem ACP, originada pelo próprio Carl Rogers.

Os pontos que podemos observar são:

Glória está buscando autenticidade, desenvolvimento de seu potencial como indivíduo,

e o papel do psicólogo é de justamente conduzi-la para que encontre a autorrealização.

A Autonomia e liberdade do indivíduo é essencial para fazer escolhas significativas e

responsáveis. A Glória precisa buscar orientação para tomar suas próprias decisões e

assumir a responsabilidade por elas.

A terapia humanista também enfoca o presente momento e a experiência subjetiva

imediata do indivíduo. O terapeuta colocou o enfoque em questões atuais de sua vida,

como seu divórcio, vida de solteira e preocupações em relação à sua filha.

A ACP destaca a importância da relação terapêutica, baseada em empatia, aceitação

incondicional e genuinidade por parte do terapeuta. Logo no início da sessão, Glória

expressa uma sensação de calmaria e tranquilidade na presença de Carl Rogers, o que

indica a existência de uma relação de confiança entre eles e o que de fato propicia o

aprofundamento da terapia.

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Outro ponto que Rogers acaba trazendo é o incentivo a cliente de se envolver em um

processo de autorreflexão, permitindo que ela encontre suas próprias respostas e

soluções. Carl Rogers, em momento nenhum, dá a resposta que Gloria gostaria que ele

desse, mas facilita seu processo de tomada de consciência e autodesenvolvimento.

A terapia com Glória se concentra em explorar seus próprios pensamentos, sentimentos

e percepções em relação a seus comportamentos, sua imagem como mãe e mulher, e a

influência de suas experiências passadas, o que demonstra o foco na subjetividade e

individualidade do paciente

4.3 Conduta Terapêutica:

A abordagem fenomenológico-existencial é uma perspectiva da psicologia clínica que

busca entender a experiência subjetiva do paciente e sua forma de viver no mundo,

levando em consideração os aspectos emocionais, sociais e culturais envolvidos em sua

vida. A abordagem parte do princípio de que cada pessoa é única e possui sua própria

forma de perceber e lidar com o mundo, e que o terapeuta deve se colocar no lugar do

paciente para compreender sua perspectiva.

Dentro desse enfoque, existem diversas técnicas que são utilizadas na avaliação e

intervenção clínica. Uma das principais técnicas é a observação cuidadosa do

comportamento e da linguagem do paciente, a fim de compreender sua vivência e seus

sentimentos. Outra técnica comum é a utilização de metáforas e histórias para ajudar o

paciente a compreender melhor suas próprias experiências.

No caso da Glória, podemos perceber a utilização dessas técnicas pelo psicólogo Carl

Rogers. Durante a sessão, ele mostra-se atento às palavras e expressões da paciente,

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buscando compreender a sua vivência de forma empática. Rogers utiliza também a

técnica de repetição, ao reafirmar o que Glória disse para mostrar que está

compreendendo seus sentimentos. Além disso, ele utiliza metáforas para ajudar Glória a

compreender suas próprias emoções, como quando compara a raiva com um dragão que

pode ser domado.

Outro aspecto importante da abordagem fenomenológico-existencial é a valorização da

liberdade e responsabilidade do paciente em suas escolhas e ações. A terapia busca

ajudar o paciente a compreender que ele é responsável por suas próprias escolhas e pode

mudar sua forma de lidar com o mundo. No caso da Glória, podemos ver essa

valorização da liberdade e responsabilidade, quando Rogers questiona o porquê de ela

querer agradar as pessoas, mostrando que essa escolha é dela e que ela pode escolher

agir de forma diferente.

Além disso, durante as sessões terapêuticas, são exploradas diversas preocupações

relacionadas à vida pós-divórcio, como promover autoconsciência e autenticidade,

explorar a relação com a filha e encorajar a tomada de decisões conscientes. O foco é

apoiar o desenvolvimento da autoaceitação, enquanto se explora também as

expectativas sociais e familiares, trabalhando na aceitação de suas próprias escolhas.

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5. EVOLUÇÃO:

5.1 Evolução paciente:

O caso de Glória, como diz o terapeuta, “a entrevista” se norteia em “fazer o que tem

vontade sem se sentir culpada”, e as respostas que esta entrega na terapia são

conclusivas pois o terapeuta a todo momento está lhe fazendo perguntas para que fique

mais clara na mente de Glória. As conclusões são que ela, primeiramente, se reconhece

culpada e esclarece-se onde há a necessidade de ação. Porém, a todo momento ela quer

que o próprio terapeuta lhe diga a resposta, ou pelo menos por onde começar a resolver

seu próprio problema.

Glória também entende que não está sendo sincera com si mesma diante da situação que

há aflige, pois se sente confortável em sair com outros homens, mas para ela isso só é

errado por não ter sentimentos para com ele (no sentido carnal está correto, mas na

mente está errada) e por ter mentido para sua filha Pammy, e sendo assim, tem medo de

que a filha se magoe caso conte-lhe a verdade.

Após alguns minutos de sessão ela entende que o terapeuta não está ali para responder

nenhuma de suas perguntas, mas sim, ser um facilitador do processo num todo. Ela sabe

que ficará bem no final, mas não sabe por onde começar.

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Gloria acha que se não estivesse fazendo terapia, mentiria para a filha e não se sentiria

culpada, faria de tudo para ter o respeito de suas filhas, “mesmo que precisasse mentir”,

mas após a terapia, ainda não tem certeza que se fosse 100% honesta, suas filhas hás

aceitariam.

E assim, toma consciência que precisa se arriscar mais devido as falas do terapeuta.

Após, tem uma tomada de consciência importante. Entende que sempre quer ser

perfeita, ter a vida perfeita e fazer tudo perfeito pois era isso que seu pai exigia dela. E

assim diz que tenta superar o pai mas sabe que no fundo, tem que o aceitar.

5.2 Contexto:

De acordo com o vídeo, parece que Glória está buscando orientação e suporte em

relação a um comportamento específico: levar homens para casa e as preocupações

sobre como isso pode impactar sua filha.

Dentro da Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers, o terapeuta geralmente adota

uma postura de escuta ativa, empatia e aceitação incondicional para ajudar o cliente a

explorar suas preocupações e chegar a suas próprias conclusões. No caso de Glória,

Rogers buscou a todo momento fornecer um ambiente seguro e acolhedor para ela

compartilhar seus sentimentos, pensamentos e preocupações.

Rogers ao longo da sessão, encorajou Glória a expressar suas emoções sobre suas

experiências de relacionamento, bem como suas preocupações específicas em relação à

influência dos homens e situação em sua filha. O terapeuta ajudou Glória a refletir sobre

os possíveis efeitos desse comportamento em sua filha, incentivando-a a explorar suas

motivações, valores e prioridades como mãe.

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Ao longo do processo terapêutico, Rogers apoiou Glória na busca por suas próprias

soluções, ajudando-a a desenvolver maior autoconsciência e responsabilidade por suas

escolhas. Ele ajudou Glória a examinar suas crenças, necessidades e desejos, bem como

a considerar as consequências potenciais de suas ações.

A abordagem de Carl Rogers enfatizou a importância da congruência, aceitação

incondicional e empatia para criar um ambiente terapêutico seguro, onde Glória se

sentisse livre para explorar suas preocupações sem medo de julgamento. Com base

nesses princípios, Rogers trabalhou com Glória para ajudá-la a ganhar clareza e tomar

decisões que fossem consistentes com seus valores e objetivos pessoais, ao mesmo

tempo considerando o bem-estar de sua filha.

A ACP enfatiza o potencial de crescimento e autorrealização inerentes a cada pessoa.

Com o apoio adequado, como uma terapia centrada no cliente, Glória pode desenvolver

maior autoconsciência, aceitação e compreensão de suas próprias motivações e

necessidades.

Através do processo terapêutico, Glória pode explorar e confrontar seus sentimentos

dúbios, inseguranças e arrependimentos, trabalhando para compreender suas crenças,

valores e prioridades em relação à sua sexualidade e vida amorosa. Isso pode levar a

uma maior clareza sobre o que ela realmente deseja e a capacidade de tomar decisões

mais alinhadas com seus próprios objetivos e valores.

Além disso, a terapia centrada no cliente pode ajudar Glória a desenvolver habilidades

de comunicação aberta e saudável com sua filha, criando um ambiente de confiança e

entendimento mútuo. Isso pode permitir que ela tenha conversas significativas sobre

sexualidade e relacionamentos com sua filha, adaptando-se à idade e maturidade da

criança.

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5.3 Prognóstico:

Com base no vídeo e na aplicação dos princípios da Abordagem Centrada na Pessoa de

Carl Rogers, há uma perspectiva positiva para o caso de Glória. A terapia centrada no

cliente oferece um ambiente seguro e acolhedor para que ela explore suas preocupações

e encontre suas próprias soluções.

Ao longo do processo terapêutico, espera-se que Glória desenvolva maior

autoconsciência e responsabilidade por suas escolhas. Com o apoio adequado, é

possível que ela adquira clareza sobre suas motivações, valores e prioridades,

especialmente em relação à sua sexualidade e vida amorosa. Isso pode resultar em

decisões mais conscientes e alinhadas com seus objetivos e valores pessoais.

Além disso, a terapia centrada no cliente pode ajudar Glória a desenvolver habilidades

de comunicação aberta e saudável com sua filha. Com um ambiente de confiança

estabelecido, é provável que ela seja capaz de ter conversas significativas sobre

sexualidade e relacionamentos, adaptadas à idade e maturidade da criança.

Em resumo, espera-se que Glória possa progredir no sentido de uma maior compreensão

de si mesma, de suas motivações e de suas interações com sua filha. Com o apoio do

terapeuta e aplicando os princípios da ACP, ela tem potencial para alcançar uma maior

autorrealização, desenvolver relacionamentos saudáveis e tomar decisões mais

alinhadas com seus valores pessoais.

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6. REFERÊNCIAS:

YouTube. (2019, dezembro 3). How to Format Your Paper in APA Style [Vídeo].

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bIxAQ79RmL4

Rogers, C. R., JoséM., & Alvamar Lamparelli. (2001). Tornar-se pessoa.

Martins Fontes.

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