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Transtornos do Humor

Prof.
Galo1
Transtornos do Humor
Estado de ânimo normal:

Corresponde a uma situação de relativa harmonia da pessoa


consigo mesma e com seu ambiente, caracterizada por reações
de alegria ou tristeza mensuradas sem que uma ou outra emoção
interfira com seu funcionamento habitual.
Transtornos de Humor

- 1896 – Emil Kraepelin – um neuropsiquiatra alemão, descreve o


termo Insanidade maníaco-depressiva no final do século XIX

- Até os anos 60, esta idéia prevaleceu, quando houve uma separação
entre Depressão
; Maior e Psicose Maníaco-depressiva, no DSM-I;

- Em 1970, Dunner discriminou bipolar tipo I e tipo II;

- Em 1981, Klerman fez a primeira classificação dos Bipolares


Transtornos Afetivos

UNIPOLARES BIPOLARES

Transtorno Depressivo Maior Transtorno Bipolar I

Transtorno Distímico (“triste ou na fossa”)


Transtorno Bipolar II

Transtorno Ciclotímico (“mudanças de humor”)


Transtorno Bipolar I : Experiência atual ou pregressa de um episódio
maníaco, durando pelo menos uma semana, quando o humor do indivíduo
esteve anormal ou persistentemente elevado, expansivo ou irritável. O episódio
é suficientemente grave para causar prejuízo extremo no funcionamento social
ou ocupacional. Os transtornos bipolares podem ser classificados como
maníacos (limitados a episódios maníacos).

Transtorno Bipolar II: Presença ou história de um ou mais episódios


depressivos maiores e pelo menos um episódio hipomaníaco. Jamais houve
um episódio maníaco.

Transtorno ciclotímico: Uma história de dois anos de hipomania, nos quais a


pessoa passou por numerosos períodos com humor anormalmente elevado,
expansível ou irritável. Esse humor alternante não reuniu os critérios de um
Episódio depressivo maior.
Importância do Transtorno Bipolar

• Prevalência ao longo da vida


• Tipo I: 1,0 a 1,6%
• Tipo II: 1,1 a 3,9%
• Idade média de início
– 17 a 22 anos

• Doença crônica e recorrente

• Média de 9 episódios ao longo da vida


• Altas taxas de hospitalizações
• Prejuízo ocupacional, familiar e pessoal
• Não existe diferença entre sexos
• A mais grave consequência é o suicídio. Cerca de 25 a 50% dos portadores
tentam suicídio e 15 a 20% dos pacientes cometem efetivamente o suicídio
Hipóteses Etiológicas

Fatores Genéticos – a existência de história familiar aumenta o


risco de ocorrência de transtorno de humor na descendência de
08 a 20 vezes mais que a expectativa na população normal.

Fatores Psicossociais – estressores vitais, psicológicos, sociais


precipitam e influenciam o curso de transtornos do humor, além
disso, interfere com sua expressão sintomatológica e pode
interferir com a recuperação.
Taxas de concordância entre gêmeos (%)

MZ 51-79
DZ 13-29
McGuffin e cols 1994

Risco de morbidade (%) em parentes de 1o grau

Pacientes Bipolar Unipolar

Bipolar 7,8 11,4

Unipolar 0,6 9,1


O Humor

PREJUÍZO

PREJUÍZO
Quais são os sintomas do Transtorno Bipolar?
Transtorno bipolar. (Episódio maníaco)

- Humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável.

- Este período de humor anormal deve durar pelo menos 1 semana


(ou menos, se a hospitalização for exigida)
Transtorno bipolar. (Episódio maníaco)

• Euforia: Sentimento de intenso bem estar, elação, felicidade, entusiasmo e


alegria;
• Agitação: aumento da energia (aumento da atividade ou inquietação
psicomotora);
• Otimismo e autoconfiança exagerados;
• Diminuição da necessidade de sono.;
• Fuga de idéias ou sentimentos de pensamento acelerado,
taquilalia (fala excessiva e atropelada);

• Quando grave ocorrem delírios e/ou alucinações;

• Delírios grandeza, poder (aumento exagerado da autoestima);


- Hipotenacidade (começar muitas coisas e não conseguir terminar);

- Maior contato social e desinibiçã o(Perda de inibição social);

- Comportamento inadequado e provocativo; agressividade física e/ou verbal;

- Aumento da atividade e hipersexualidade (desinibição sexual);

- Abuso de drogas, álcool; aumento dos gastos; endividamentos,

- Irritabilidade.
COMPORTAMENTOS ASSOCIADOS COM A MANIA

AFETIVOS FISIOLÓGICOS COGNITIVOS COMPORTAMENTAIS

Excitação ou euforia Desidratação Ambição Agressividade

Expansividade Nutrição inadequada Grandiosidade Gastos excessivos

Propensão a tiradas Baixa necessidade de


Distração Atos grandiosos
humorísticas sono
Auto-estima inflada Perda de peso Fuga de idéias Hiperatividade
Negação de
Intolerância à críticas Atividade motora aumentada
perigos reais
Ausência de Irritabilidade, discussões,
Ilusões
vergonha ou culpa provocações

Falta julgamento Irresponsabilidade

Associações
Excesso de atividade sexual
desconexas
Loquacidade (discurso)
Critérios de diagnóstico para Episódio Maníaco.

Pelo menos 3 dos seguintes sintomas devem estar presentes em um grau


significativo, por pelo menos uma semana:

- Grandiosidade;
- Redução da necessidade de sono;
- Fala apressada;
- Fuga de idéias;
- Distração;
- Agitação psicomotora;
- Envolvimento excessivo em atividades prazerosas sem levar em conta as
consequências negativas.
Atendimento de Enfermagem ao Paciente Maníaco

Diagnosticos de Enfermagem:
• Risco de lesão;

• Risco de violência direcionado a outros;

• Risco de suicídio;

• Processo de pensamento perturbado;

• Percepção sensorial perturbada;

• Enfrentamento defensivo;

• Ansiedade;

• Disposição para comunicação aumentada;


Diagnosticos de Enfermagem (cont.)

• Volume de liquido deficiente;


• Padrão de sono perturbado;
• Fadiga;
• Déficit no auto cuidado;
• Disfunção sexual;
• Processos familiares interrompidos;
• Manutenção ineficaz da saúde;
• Nutrição desequilibrada abaixo da necessidade;
• Interação social e familiares prejudicada;
• Manutenção de lar prejudicada
Atendimento de Enfermagem ao Paciente maníaco

• Manter o nível de estímulos reduzido no ambiente;

• Acomodar o cliente mais próximo de seu cuidador;

• Proporcionar atividades para canalizar sua energia;

• Auxiliar o cliente a identificar sinais que desencadear autoagressão;

• Colocar limites quanto a agitação, a agressividade e a euforia apresentam-


se em ritmo crescente;

• Não julgar o comportamento do cliente nem puni-lo;

• Proporcionar repouso periódico;


• Observar ingestão de alimentos e líquidos;
• Observar necessidade de sono;
• Orientar cliente quanto a aparência;
• Observar e registrar as horas de sono do cliente;
• Supervisionar o cliente na hora da higiene pessoal;
• Encorajar o cliente a ter papel papel ativo no seu tratamento e na
recuperação;
• Orientar os familiares e clientes sobre a importância da medicação e a
não suspensão da mesma;
• Orientar cliente e familiares sobre a natureza da doença;
Estabilizadores de humor

Lítio
• É indicado:
- Transtornos bipolares;
- Depressão;
- Mania;
- Profilaxia;
- Em depressão unipolar;
- Manutenção.

• Não tem os mecanismos de ação tão bem estabelecido;

• Potencializa a ação dos antidepressivos;

• Relacionado com a diminuição da mortalidade dos pacientes;

• Realize exame clinico cuidadoso: tireoide, rim, coração;

• Exames de sangue: Hemograma, TSH, eletrólitos , ECG,BHCG ( controle


de todos).
Estabilizadores de humor

Lítio

- Possibilidades:

Redução da Atividade dos Neurônios;

- Efeito sobre neurotransmissores → Noradrenalina, Serotonina e


Dopamina.

- Aumenta liberação da Serotonina (principalmente no sistema límbico) ->


temporal – Responsável pelo controle emocional.
Assistência de enfermagem administração de litio
- Efeitos colaterais do Lítio
- Níveis Excessivos: Desconforto gástrico persistente, Confusão, Sedação, -
Falta de coordenação, Hipotensão severa, Convulsões, Coma → Morte.

- Níveis Terapêuticos (abaixo de 1,5 mEq)

- Náusea e diarréia
-Tremor nas mãos (dedos principalmente, pode ser aumentado por estresse e
antidepressivos, cafeína e antipsicóticos),
- Poliúria (Lítio antagoniza efeito do Hormônio Anti-Diurético → ↓ ação da
Adenilato Ciclase renal, resulta na redução de reabsorção renal de água
pela vasopressina , - orientar o paciente a ingerir líquido - 2/3L de água por
dia).
-Toxicidade renal (redução das funções renais, pode ser complicado em
diabéticos),
- Hipotireoidismo e aumento da tireóide (inibe liberação do Hormônio
Tireoidiano),
Assistência de enfermagem administração de litio

Início do tratamento:

-Náusea, vômitos e diarréia;


-Sede e poliúria;
-Tremor fino e convulsão (raro);

Uso crônico:

Ganho de peso;
Bócio e Hipotireoidismo;
Anormalidades nas ondas T do ECG (Onda T - corresponde à repolarização
ventricular (relaxamento);
Acne;
Teratogênese (problemas cardiovasculares)
Contra indicações

• Bradicardia sinusal;

• Arritimias ventriculares graves;

• ICC;

• Gravidez (pode apresentar malformação congênita)e


amamentação;

• Insuficiência renal grave.


Efeitos Tóxicos Lítio

Nível plasmático de 1,5-2 mEq/L(miliequivalente)

• Fraqueza, diarréia, vômitos, náusea, ataxia, tontura

Nível plasmático de 2-3 mEq/L


• vertigem, ataxia, visão borrada, zumbido no ouvido,
confusão, fala arrastada, mioclonia, hiperreflexia, hipertonia

Nível plasmático >3 mEq/L

• Convulsões, arritmias, hipotensão, torpor, coma


• Insuficiência renal aguda – recomenda-se hemodiálise
Anticonvulsivantes

• Carbamazepina

• Ácido Valpróico

• Lamotrigina
Transtorno Bipolar (Episódio depressivo)

- Período mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor


deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as
atividades.

- Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ao invés


de triste.
Depressão: “vida cinza e sem gosto””
Depressão
- Crise depressiva única – Episódio Depressivo

- Várias crises intercaladas – Transtorno Depressivo Recorrente

- Risco:
-7 – 12% homens

-20 – 30% mulheres (11,5 milhões de pessoas/ano – 71% mulheres)

- 50 a 60% apresentarão um novo episódio


Idade: 20 – 30 anos

-mulheres – após o primeiro parto


-Família: familiares em 1º grau – risco de 1,5 a 3 vezes mais
Depressão (cont.)

•Episódios não-tratados de depressão maior: de 6 a 24 meses


+ de 50%: tem outro episódio;
25%: terão depressão crônica recorrente;

• Depressão grave – 15% cometem suicídio.


- Fatores precipitantes
Dificuldades sociais crônicas
Perdas
• Episódio estressante – importante no primeiro episódio com
diminuição nos outros (sensibilização crescente a estresses)
• Níveis: leve, moderado e grave com ou sem sintomas
psicóticos
• Depressão psicótica: incomum ( - 10% de todas as depressões)
Tristeza Depressão
1- Perturbação normal, universal e necessária 1- É uma perturbação no humor, que consiste
na experiência de vida de um indivíduo. de uma elaboração patológica do luto.

2- Reação à perda real de um objeto de 2- É uma reação a perda real, ameaçada ou


grande valor, que pode ser tangível ou imaginada de um objeto de grande valor,
intangível. tangível ou intangível. É uma resposta
extrema ao que o indivíduo considera uma
perda catastrófica.
3- É autolimitada e diminui gradualmente em 3- Não é ao longo e vai além do luto em
duração num período de cerca de 1 ano, duração e intensidade. É prolongada, grave e
exceto nos idosos, onde podem ser progressivamente incapacitante em todas as
necessários 2 anos. Exceto no estágio inicial áreas da vida do indivíduo.
e agudo, não é incapacitante.
4- As 3 fases do processo de resolução do 4- Não entra em fase de resolução apenas
luto normal são: dentro de algumas semanas ou meses. A
A- Choque e descrença. ajuda profissional freqüentemente é
B- Desenvolvimento da conscientização sobre necessária.
a dor da perda que resulta em choro.
C- Resolução que envolve a experiência de
lamentação e eventual elevação da memória
do objeto perdido a um grau de perfeição.
Novos objetos substituem o objeto perdido ao
final dessa fase.
Transtorno Bipolar (Episódio depressivo)
• Tristeza exagerada
• Pessimismo ou desesperança
• Sentimento de culpa ou inutilidade
• Diminuição de energia, astenia
• Perda de interesse ou prazer nas atividades antes prazerosas (incluindo
sexo)
• Dificuldade de concentração e tomada de decisões, diminuição da memória
• Inquietação ou irritabilidade

• Hipersonia ou insônia

• Inapetência com diminuição e/ou aumento de peso

• Dor crônica ou outro sintoma físico persistente sem doença física

• Pensamento de morte/suicídio ou tentativa de suicídio


Comportamentos Associados com a Depressão
AFETIVOS FISIOLÓGICOS COGNITIVOS COMPORTAMENTAIS
Raiva Dor abdominal Ambivalência Agressividade
Ansiedade Anorexia Confusão Agitação
Apatia Lombalgia Incapacidade de Alcoolismo
concentrar-se
Amargura Dor torácica Indecisão Dependência excessiva
Negação de Perturbações no Perda do interesse Drogadicção
sentimentos sono e da motivação
Desânimo Tontura/Cefaléia Pessimismo Intolerância
Culpa Fadiga Atribuição de culpa Irritabilidade
a si mesmo
Desesperança Impotência sexual Autodepreciação Falta de espontaneidade

Impotência Alterações no peso Pensamentos Nível alterado de atividade


autodestrutivos
Solidão Indigestão Incerteza Fraca higiene pessoal
Baixa auto-estima Constipação Retardo psicomotor
Tristeza Alterações Isolamento social
menstruais
Senso de inutilidade Náusea/Vômito Propensão ao choro
Hiperfagia Retraimento
Atendimento de Enfermagem ao Paciente Depressivo
• Diagnósticos de Enfermagem:
• Baixa auto-estima crônica
• Risco de violência direcionado a si mesma
• Risco de suicídio
• Risco de solidão
• Processo de pensamento perturbado
• Percepção sensorial perturbada
• Enfrentamento defensivo
• Ansiedade
• Padrão de sono perturbado
• Déficit no auto cuidado
• Disfunção sexual
• Padrão de sono perturbado
• Manutenção ineficaz da saúde
• Nutrição desequilibrada menos que a necessidade corporal
• Interação social e familiares prejudicada
• Manutenção de lar prejudicada
• Obstipação
• Isolamento social
Atendimento de Enfermagem ao Paciente Deprimido
Intervenção de enfermagem:
- Estabelecer quadro diário de horários que inclua banho, alimentação,
atividade física. (encorajamento e calma);

-Paciência (indagar mais de uma vez, esperar pela resposta, permitir tempo
suficiente para completar as atividades ...);
“Você deseja um banho agora?;”

“Seu banho já está pronto. Ajudarei você.;”

- Ajudá-los a orgulharem-se de sua aparência pessoa;

- Oferecer pequenas quantidades de alimentos facilmente ingerível e


nutritivo;

- Oferecer água ou suco a cada 2 horas.


Atendimento de Enfermagem ao Paciente Deprimido
Intervenções de enfermagem:

• Não tentar alegrar o paciente (“Alegre-se”,“Vamos ver seu sorriso”)


• Ser amigável, compreensivo e sério.
Proporcionar oportunidade para que se envolvam em tarefas que os
ajudem a aliviar sentimentos de culpa.
• Determinar preferências de: horário, produtos métodos, penteado;
• Durante as atividades de autocuidado proporcionar opções e solicitar
preferências;
• Não se concentrar sobre a incapacidade.
•Propensão para transtornos físicos devido inatividade (prisão de ventre,
edema periférico e pneumonia).
• Maior suscetibilidade a infecções, problemas gastrintestinais e
circulatórios (dores de cabeça, “sensação de estômago cheio”,
constipação e dores abdominais).
Atendimento de Enfermagem ao Paciente Deprimido

Intervenções de enfermagem:
• Designar um membro da equipe para permanecer constantemente junto
ao paciente.
• Oferecer oportunidades seguras para participação na rotina diária (não
privar da liberdade).
• Ajudá-lo a participar nas atividades ocupacionais, sociais e
recreacionais.
• Comentar positivamente sobre as conquistas.
• Refletir frases do paciente para encorajar conversa.
• Sentar silenciosamente com o paciente se este não deseja falar.
• Transmitir interesse pelo que o paciente diz.
• Não discutir sobre expressões de inutilidade.
• Não permitir o uso da incapacidade como instrumento de manipulação.
• Encorajar a interação com os outros.
Paciente deprimido

tratamento:

- antidepressivos, psicoterapia, ECT, lítio, outros estabilizadores.

Drogas Antidepressivas

- Década 50 – descoberta de drogas efetivas no tratamento da depressão

- Imipramina – teste como antipsicótico


Drogas Antidepressivas
GENÉRICO / COMERCIAL Dose adulta habitual
(Mg/dia)
DROGAS TRICÍCLICAS
Amitriptilina (Tryptanol) 50-300
Doxepin (Adapin, Sinequan) 50-300
Imipramina (Tofranil) 50-300
Clomipramina (Anafranil) 50-250
Nortriptilina (Pamelor) 50-100
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE
Fenelzina (Nardil) 45-90
Tranilcipromina (Parnate) 20-60
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA
Fluoxetina (Prozac) 20-80
Paroxetina (Aropax) 20-50
Sertralina (Zoloft) 25-200
OUTRAS DROGAS ANTIDEPRESSIVAS
Bupropiona (Welbutrin) 50-600
Maprotilina (Ludiomil) 50-225
Mirtazapine (Remeron) 15-45
Nefazedona (Serzone) 200-500
Venlafaxine (Effexor) 25-375
Assistência de enfermagem no tratamento medicamentoso
. Efeitos Colaterais tricíclicos:
-Informar paciente sobre sintomas de hipotensão ortostática (tontura).
Orientá-lo para que ele se sente e que a hipotensão pode ser
minimizada ao movimentar-se lentamente para assumir uma
postura ereta.

-Alertar pacientes sobre efeitos anticolinérgicos(antagonizam o efeito


da acetilcolina) :

a. Boca seca: mascar goma ou ingerir líquidos pode aliviar


b. Fotofobia: aconselhar uso de óculos de sol.
c. Constipação: aconselhar paciente a aumentar o consumo diário de
fibras.
d.Taquicardia: monitorar freqüência cardíaca e reportar aumentos
significativos.
e.Ganho de peso: monitorar o peso e realizar balanço alimentar.

-Sedação: aconselhar paciente a evitar tarefas perigosas como dirigir e


operar máquinas que possam oferecer riscos.
Desafios Diagnósticos do Transtorno Bipolar

 Doença crônica e recorrente;


 Média de 9 episódios ao longo da vida;
 Altas taxas de hospitalizações;
 Prejuízo ocupacional, familiar e pessoal;
 Mortalidade aumentada;
 Negação do diagnóstico pelo paciente;
 Condições comórbidas (por exemplo, transtornos da ansiedade,
transtornos alimentares, abuso de substâncias)
 Crianças/adolescentes (diagnóstico equivocado, estigma).
Bibliografia

Kaplan, B.J. ; Sadock, V.A. Compêndio de psiquiatria, 9ª edição,


Editora Artmed, 2007.
Stefanelli,M.C.,Fukuda,I.M.K.,Arantes,E.C.Enfermagem Psiquiátrica
em suas dimensões assistenciais.1ª.ed.Manole.Barueri,SP,20
Townsend, M.C. Enfermagem Psiquiátrica Conceitos de
Cuidados. Guanabara Koogan, 3ª Edição,2002.

Stuart, G.W & Laraia, M.T. Enfermagem psiquiátrica. 4ª ed. Rio de


Janeiro: Reichmann & Afonso Ed, 2002.

Kapczinski, F.; Frey, B. N.; Zannattoa, V.. Fisiopatologia do


transtorno afetivo bipolar: o que mudou nos últimos 10 anos?.
Revista Brasileira de Psiquiatria,SãoPaulo v.26(Supl III) p.17-21.
2004.

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