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Introdução
Este trabalho tem como principal objetivo compreender o funcionamento do “regime jurídico
dos instrumentos de gestão territorial e a planificação territorial no contexto geral da
planificação administrativa”, concernente o a gestão territorial dentro do âmbito do Direito do
Urbanismo e Território, o regime jurídico é a parte que vai reger as actividades da gestão pública
ou privada para actuarem nessa área na sociedade, estabelecendo as normas gerais e especificas
para aquilo que há de ser realizado em cada trabalho, já a planificação administrativa é o ápice
social consiste no planeamento das ocupações, no potencial do aproveitamento das
infraestruturas existentes e no assegurar da preservação de recursos limitados.

O plano territorial tem um caráter abstrato e contém os objetivos de ordenação com um grau
de determinação material, importante e vinculante para os organismos públicos encarregados
do planejamento com incidência territorial, e as exigências/requisitos, objectivos e princípios,
todavia em fase de elaboração e de caráter não vinculantes ou procedentes de avaliações e
estudos territoriais, que abordaremos nas sucintas paginas deste trabalho.
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Desenvolvimento
O crescimento das cidades e muito em particular, o das nossas grandes cidades, após a
independência, mercê, quer de factores de atracção das cidades, quer do êxodo rural por
pressão da guerra, colocou e coloca com acuidade problemas graves e específicos da gestão do
espaço urbano, com uma gama complexa e especializada de questões a apelarem soluções que,
de forma integrada, global e coordenada, passam por instrumentos de gestão sistemáticos de
planeamento.

Os instrumentos do ordenamento do território angolano no sentido amplo são instrumentos


que integram a estrutura instrumental do ordenamento territorial e no sentido restrito são o
mesmo que planos territoriais.

Os planos territoriais contêm determinações que irão recorrer, desenvolver e determinar outras
instâncias administrativas e outros níveis de planejamento, sejam outros planos territoriais de
âmbito regional ou o planejamento urbano, diversas modalidades de planejamento setorial. Isto
explica a natureza particular das determinações ou disposições de um plano territorial. Os
planos territoriais, em função do âmbito territorial são: Os planos territoriais de âmbito
nacional, provincial ou equivalentes são instrumentos de aplicação da política governamental
do ordenamento do território, a nível nacional e provincial, e nessa medida, uma vez
preenchidos os respectivos requisitos para a sua eficácia, são imperativos e de execução
obrigatória para todos os serviços públicos, sendo de natureza indicativa para as entidades
privadas classificam-se em: planos nacionais; planos provinciais ou interprovinciais; e planos
municipais.

•Planos nacionais: são os que abrangem todo território nacional e têm como objetivos definir
as políticas nacionais do ordenamento do território. Incluem assim as Principais Opções de
Ordenamento do Território Nacional (POOTN), que é um instrumento de desenvolvimento
territorial de natureza estratégica e estabelece os princípios e as opções em matéria de
ordenamento do território. Tem o peso de Lei, por ser aprovado na AN e é elaborado pelo
Governo/Estado servindo como paradigma de referência para todos os planos de natureza
inferior.

•Planos provinciais ou interprovinciais: são os que abrangem o território de uma província ou


de duas ou mais províncias. Contêm as grandes opções estratégicas de carater genérico
referente ao desenvolvimento provincial, definindo o modelo de ocupação dos solos rurais e
urbanos e servem também de orientação aos planos municipais.
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Planos municipais: são os que abrangem o território de um município ou de dois ou mais


municípios, e classificam-se em Planos Diretores Municipais (PDM); Planos Intermunicipais de
Ordenamento do Território (PIMOT); Planos de Urbanização (PU); Planos de Ordenamento Rural
(POR); Planos de Pormenor (PP); e os Planos Diretores Gerais (PDG), no caso de grandes cidades.

A elaboração de um plano territorial pode seguir procedimentos e metodologias muito diversas,


mas é também bastante comum que o plano territorial esteja estruturado em três fases bem
diferenciadas: a primeira fase de análise territorial, uma segunda fase de diagnóstico e uma
terceira fase de elaboração de propostas e determinações. Essas fases encadeadas têm
normalmente uma estrutura piramidal, com uma fase de análise territorial caracterizada por
grande número de informações e seu tratamento e elaboração com os instrumentos e análises
disponíveis. A segunda fase, mais sintética, diagnostica os problemas territoriais que vão ser
resolvidos e define os objetivos. O diagnóstico levará a definição do modelo territorial proposto,
contrapondo ao modelo atual obtido na análise territorial, e em que se recorrerá e se criará os
objetivos territoriais que farão a elaboração do plano territorial.

Território e do Urbanismo no território angolano, e podemos notar que o Direito do


ordenamento do território e do urbanismo sendo uma política pública que incide sobre o
território vem regular a ocupação, utilização e conservação do solo. No ordenamento do
território angolano, apesar de que já se tem vindo a desenvolver políticas de ordenamento do
território desde a época do colonialismo, ainda assim, tem-se mostrado insuficiente para dar
resposta a todos problemas urbanísticos e rurais num território que sofreu 30 anos de guerra
civil e que por consequência da guerra ainda existe uma insuficiência no sistema de planificação
do país, pois nota-se uma falta de cultura de planeamento territorial, o que faz com que o
sistema seja debilitado.
Assim como a criação de um sistema de informação territorial acessível a consulta pelos
cidadãos baseado no registo dos procedimentos de elaboração dos planos territoriais e na
disponibilização dos elementos fundamentais após a sua publicação.

Tendo como base legal para aplicação das leis: Decreto n.º 2/06 de 23 de Janeiro, Lei n.º 3/04,
de 25 de Junho
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Conclusão

Os regimes jurídicos dos instrumentos da gestão territorial têm a importância não só de manter
as políticas de desenvolvimento da organização do território bem como do seu próprio bom uso.

A planificação territorial é o seu regime é uma matéria de vasta importância para o futuro de
um determinado Estado democrático e de direito, pois surge da planificação, medidas de gestão
territorial bem como a capacidade de distribuição sobre os seus recursos naturais e subsequente
o seu uso.

Nesta visão entendemos que toda essa ideia incidente dos regimes instrumentais e planos
administrativos, tem sua completa relevância social para estruturação de uma sociedade, a
organização e gestão do governo nessa área, porquê tendo em conta que tratamos disso dentro
do Direito do Urbanismo e Ordenamento do Território, tem que haver um estudo específico
nessa actuação.

Mas no nosso contexto de vida no país, não há essa total dedicação dos órgãos públicos, enão
surgem inúmeros problemas sem a materialização do “regime jurídico dos instrumentos de
gestão territorial e a planificação territorial no contexto geral da planificação administrativa”,
por conta da situação actual do país, não havendo uma gestão adequada e planos
administrativos, você tem um desequilíbrio social, tendo vários bairros, cidades, municípios,
comunas, distritos etc… com grandes debilidades .

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