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Disciplina: Planeamento e Ordenamento do Território

Tema 1 – Apresentação do professor e estudantes;


Breves considerações sobre a disciplina;
Abordagem sobre os métodos de Avaliação

1. Introdução;
2. Conceitos;
3. Origem;
4. Objectivos da disciplina (gerais);
5. Objectivos da disciplina (específicos);
6. Competências a Adquirir
7. Saidas profissionais.

1. Introdução:

O crescimento das cidades e muito em particular, o das nossas


grandes cidades, após a independência, mercê, quer de factores de
atracção das cidades, quer do êxodo rural por pressão da guerra, colocou e
coloca com acuidade problemas graves e específicos da gestão do espaço
urbano, com uma gama complexa e especializada de questões a apelarem
soluções que, de forma integrada, global e coordenada, passam por
instrumentos de gestão sistemáticos de planeamento.

Em Angola, a entidade responsável pelo ordenamento do território é o


MINOPOT – MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO.

Assim, o que possui ou deverá possuir o Ordenamento?

2. POT - Conceitos:

De um modo explícito ou implícito, o espaço físico, o espaço


humanizado e as correspondentes relações são considerados como o seu
objecto. A repartição do espaço pelos seus ocupantes permite, por um lado,
uma racionalização da sua utilização e por outro, a satisfação dos vários
interessados.
Definição 1: ordenamento do território é, fundamentalmente, a gestão
da interacção homem/espaço natural. Consiste no planeamento das
ocupações, no potenciar do aproveitamento das infra-estruturas existentes e no
assegurar da preservação de recursos limitados.

Definição 2: é a aplicação no território das políticas económicas,


sociais, urbanísticas e ambientais, visando a localização, organização e gestão
correcta das actividades humanas.

3. POT - Origem:

O processo de ordenamento do território é uma atribuição pública


moderna, o qual só se acaba por afirmar em meados do século XX, com a
passagem do Estado de Direito Liberal para o Estado de Direito Social,
desenvolvendo a sua actividade no âmbito económico e social e na racional
divisão do espaço disponível, nomeadamente quanto à sua escassez.

Estado de direito: é uma situação jurídica, ou um sistema institucional,


no qual cada um é submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a
potência pública. O estado de direito é, assim, ligado ao respeito às normas e
dos direitos fundamentais (saúde, educação e liberdade de expressão).
Estado de Direito Liberal: é o estado onde o poder está na mão de
uma só pessoa, o Rei, surgiu no século XVII a XVIII [reinado de Luís XIV, rei
francês, de 1643 a1715] (é o estado baseado no uso arbitrário do poder) e às
monarquias absolutas de direito divino (o rei no antigo regime pensava ter
recebido seu poder de Deus e, assim, não admitia qualquer limitação a ele: "O
Estado, sou eu", como dizia Luís XIV rei francês) e às ditaduras, na qual a
autoridade age frequentemente em violação aos direitos fundamentais do
homem/cidadão.
Em outras palavras, o estado de direito liberal é aquele no qual os
mandatários políticos (no autoritarismo: são indicados/assumem por sucessão)
eles são a lei.
Estado de Direito Social: é o estado onde o poder está na mão do
povo, (surge no final do século XIX, com o início da revolução francesa, (já que
ela formatou as linhas mestras da política e da ideologia do século XIX, sendo
a revolução de seu tempo), e início do século XX), ele escolhe os
representantes que irão velar pelos seus interesses.
Em outras palavras, o estado de direito social é aquele no qual os
mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis
promulgadas.
A teoria da separação dos poderes de Montesquieu, na qual se baseia a
maioria dos estados ocidentais modernos, afirma a distinção dos três poderes
(executivo, legislativo e judiciário) e suas limitações mútuas. Por exemplo, em
uma democracia parlamentar, o legislativo (Parlamento) limita o poder do
executivo (Governo/político): este não está livre para agir à vontade e deve
constantemente garantir o apoio do Parlamento, que é a expressão da vontade
do povo. Da mesma forma, o poder judiciário (Tribunais) permite fazer
contrapeso a certas decisões governamentais.
O poder do Estado é uno e indivisível. A função do poder se divide em
três grandes funções: a função legislativa (parlamento), a função judicial
(tribunais) e a função executiva (político). A ausência de um Estado de direito
forte.

A expressão “ordenamento do território” surge após a segunda Grande


Guerra e foi usada pela primeira vez em 1950, pelo Ministro da Reconstrução e
Urbanismo de França, Charles Petit, que a definiu como a procura, a nível
nacional, de uma melhor repartição dos homens em função dos recursos
naturais e das actividades económicas.

4. POT - Objectivos Gerais disciplina

Estabelecimento de regras sobre a propriedade que garantam a


ordenação de usos e as provisões do futuro.

Essas regras regulam diversos aspectos de propriedade:

1. Regulação de uso e das suas intensidades, sobre o territorio;


2. Preservação dos elementos de interece: históricos, arquitectónicos e
meio-ambientais;
3. As posíveis previsões de crescimento urbano sobre o territorio.

5. POT - Objectivos Específicos disciplina

 Desenvolver investigação teórica e aplicada orientada para o


desenvolvimento de soluções de apoio à decisão, mediante a
combinação dos princípios teóricos e o uso intensivo de tecnologias
recentes, nomeadamente, a gestão, análise e modelação de informação
geo-referenciada;
 Desenvolver metodologias de análise espacial;
 Diagnosticar as principais tendências de organização do território;
 Elaborar estudos nos domínios do planeamento e do ordenamento do
território;
 Elaborar planos e programas nos domínios do planeamento e do
ordenamento do território;
 Desenvolver estudos e políticas para as regiões insulares e ultra-
periféricas;
 Avaliar as mudanças nos territórios associados à reestruturação
económica, decorrente de novos usos do tempo em áreas urbanas;
 Avaliar as relações entre as dinâmicas de urbanização e o ordenamento
do território;
 Avaliar a vulnerabilidade humana face às mudanças na ocupação do
território;
 Desenvolver métodos e técnicas para a resolução de problemas
concretos na prática do ordenamento do território e apoio à decisão em
domínios como planeamento regional e urbano, desenvolvimento
regional, aquisição e gestão de informação geográfica, procedimentos
de criação e gestão de projectos SIG, análise geoestatística,
programação computacional e modelação de fenómenos territoriais;

6. POT - Competências a Adquirir

 Conhecer a legislação nacional em matéria de ordenamento do território


e urbanismo;
 Interpretar uma planta e um regulamento de um Plano e, de forma
autónoma, entender se as pretensões cumprem os requisitos nele
definido;
 Dialogar com os diferentes agentes no território sobre assuntos diversos
relacionados com o ordenamento do território e o urbanismo;
 Utilizar as técnicas de desenho que lhe permitam auxiliar o urbanista na
difusão das suas ideias através de Planos urbanísticos;
 Conhecer e aplicar os procedimentos de avaliação e fiscalização de
Instrumentos de Planeamento e Gestão Territorial.

7. POT - Saídas Profissionais

 Autarquias, Administração Central (ministério), Regional e Local;


 Promotores Imobiliários;
 Gabinetes de consultoria e fiscalização;
 Empresas de Urbanismo e Arquitectura;
 Empresas de outros ramos de actividade como acessoria na área do
urbanismo e gestão do território.

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