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Disciplina: Planeamento e Ordenamento do Território

Tema 2 – Análise de Princípios de Ordenamento

1. Âmbito

A política de ordenamento do território e de urbanismo define e integra


as acções promovidas pela Administração Pública, visando assegurar uma
adequada organização e utilização do território nacional, na perspectiva da sua
valorização, tendo como finalidade o desenvolvimento económico, social e
ambiental integrado, harmonioso e sustentável do País, das diferentes regiões
e aglomerados urbanos.

2. Objecto

A regulação, no âmbito da política de ordenamento do território e de


urbanismo, das relações entre os diversos níveis da Administração Pública e
desta com as populações e com os representantes dos diferentes interesses
económicos e sociais.

3. Fins

a) Reforçar a coesão nacional, organizando o território, corrigindo as


assimetrias regionais e assegurando a igualdade de oportunidades dos
cidadãos no acesso às infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções
urbanas;
b) Promover a valorização integrada das diversidades do território
nacional;
c) Assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a
preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a
funcionalidade dos espaços edificados;
d) Assegurar a defesa e valorização do património cultural e natural;
e) Promover a qualidade de vida e assegurar condições favoráveis ao
desenvolvimento das actividades económicas, sociais e culturais;
f) Racionalizar, reabilitar e modernizar os centros urbanos e promover a
coerência dos sistemas em que se inserem;
g) Salvaguardar e valorizar as potencialidades do espaço rural, contendo
a desertificação e incentivando a criação de oportunidades de emprego;
h) Acautelar a protecção civil da população, prevenindo os efeitos
decorrentes de catástrofes naturais ou da acção humana.

4. Objectivos

a) A melhoria das condições de vida e de trabalho das populações, no


respeito pelos valores culturais, ambientais e paisagísticos;
b) A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura
e lazer;
c) A criação de oportunidades diversificadas de emprego como meio
para a fixação de populações, particularmente nas áreas menos desenvolvidas;
d) A preservação e defesa dos solos com aptidão natural ou
aproveitados para actividades agrícolas, pecuárias ou florestais, restringindo-se
a sua afectação a outras utilizações aos casos em que tal for
comprovadamente necessário;
e) A adequação dos níveis de densificação urbana, impedindo a
degradação da qualidade de vida, bem como o desequilíbrio da organização
económica e social;
f) A rentabilização das infra-estruturas, evitando a extensão
desnecessária das redes e dos perímetros urbanos e racionalizando o
aproveitamento das áreas intersticiais;
g) A aplicação de uma política de habitação que permita resolver as
carências existentes;
h) A reabilitação e a revitalização dos centros históricos e dos elementos
de património cultural classificados;
i) A recuperação ou reconversão de áreas degradadas;
j) A reconversão de áreas urbanas de génese ilegal.

O sistema de gestão territorial organiza-se, num quadro de interação


coordenada, em quatro âmbitos distintos:

a) O âmbito nacional;
b) O âmbito regional;
c) O âmbito provincial;
d) O âmbito municipal,

VÁRIOS INSTRUMENTOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (1;


2; 3)

1. PRIMEIRO
 PROGRAMA NACIONAL DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO (NACIONAL – ÂMBITO NACIONAL)
A elaboração desse plano compete ao Governo sob coordenação do
Instituto Naciobal do Ordenamento do Território e da Administração do
Território).
A Assembleia da República aprova o plano e o Governo desenvolve e
Concretiza o programa de acção.

 PLANOS ESPECIAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO


A elaboração desse plano é acompanhada por uma comissão criada por
uma resolução do conselho de ministros.
Esses planos são elaborados pela administração central (ministérios). A
decisão da elaboração desses planos compete ao Governo.
– Planos de ordenamento da orla costeira
– Planos de ordenamento de áreas protegidas
– Planos de ordenamento de albufeiras de águas públicas
– Planos de ordenamento de parques arqueológicos – Planos
Ecológicos

 PLANOS SECTORIAIS (PROVÍNCIAS – ÂMBITO PROVINCIAL)


Planos elaborados pelas entidades públicas que integram a
administração provincial directa ou indirecta.

A elaboração dos planos sectoriais é determinada pelo Conselho de


ministros. São acompanhados pelas Autarquias Locais (administrações
provinciais) cujos territórios estão indicados no respectivo âmbito de aplicação.

2. SEGUNDO

 Planos regionais de ordenamento do território (REGIÃO - ÂMBITO


REGIONAL – 2 ou + PROVINCIAS)
3. TERCEIRO
 Planos intermunicipais de ordenamento do território (ÂMBITO
MUNICIPAL – 2 ou + MUNICÍPIOS)

 Planos municipais de ordenamento do território


– Planos directores municipais
– Planos de urbanização
– Planos de pormenor
 De conteúdo normal
 De conteúdo simplificado

Relação entre os instrumentos de gestão territorial.

Relação entre os instrumentos de âmbito nacional e regional

1. - O programa nacional da política de ordenamento do território, os


planos sectoriais, os planos especiais de ordenamento do território e os planos
regionais de ordenamento do território traduzem um compromisso recíproco de
compatibilização das respectivas opções.

2. - O programa nacional da política de ordenamento do território, os


planos sectoriais e os planos regionais de ordenamento do território
estabelecem os princípios e as regras orientadoras da disciplina a definir por
novos planos especiais de ordenamento do território, salvo o disposto no n.º 2
do artigo 25.

3. - O programa nacional da política de ordenamento do território implica


a alteração dos planos especiais de ordenamento do território que com o
mesmo não se compatibilizem.

4. - A elaboração dos planos sectoriais é condicionada pelas orientações


definidas no programa nacional da política de ordenamento do território que
desenvolvem e concretizam, devendo assegurar a necessária compatibilização
com os planos regionais de ordenamento do território.

5. - Os planos regionais de ordenamento do território integram as opções


definidas pelo programa nacional da política de ordenamento do território e
pelos planos sectoriais preexistentes.
6. - Quando sobre a mesma área territorial incida mais do que um plano
sectorial ou mais do que um plano especial, o plano posterior deve indicar
expressamente quais as normas do plano preexistente que revoga, sob pena
de invalidade por violação deste.

1. - O programa nacional da política de ordenamento do território e os


planos regionais definem o quadro estratégico a desenvolver pelos planos
municipais de ordenamento do território e, quando existam, pelos planos
intermunicipais de ordenamento do território.

2. - Nos termos do número anterior, os planos municipais de


ordenamento do território definem a política municipal de gestão territorial de
acordo com as directrizes estabelecidas pelo programa nacional da política de
ordenamento do território, pelos planos regionais de ordenamento do território
e, sempre que existam, pelos planos intermunicipais de ordenamento do
território.

3. - Os planos municipais de ordenamento do território e, quando


existam, os planos intermunicipais de ordenamento do território, devem
acautelar a programação e a concretização das políticas de desenvolvimento
económico e social e de ambiente, com incidência espacial, promovidas pela
administração central, através dos planos sectoriais.

4. - Os planos especiais de ordenamento do território prevalecem sobre


os planos intermunicipais de ordenamento do território, quando existam, e
sobre os planos municipais de ordenamento do território.
Princípios Fundamentais/LOTU/TERRAS:

 Domínio público;
 Utilidade Pública;
 Propriedade estatal dos recursos naturais;
 Propriedade originária da terra pelo Estado;
 Desenvolvimento económico e social;
 Planeamento territorial e urbanístico;
 Melhoria da Qualidade de vida das populações

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

1.Órgãos políticos:

a) a Assembleia Nacional;
b) o Governo/ Executivo;
c) a Comissão Interministerial do Ordenamento do Território e do
Urbanismo como órgão auxiliar do Governo/Executivo:

2 Órgãos técnicos:

a) a nível central: órgão técnico central e órgãos sectoriais (ministérios);


b) a nível provincial: órgãos técnicos provinciais (administrações
provinciais);
c) a nível local: órgãos técnicos municipais (administrações municipais).

Órgãos participativos:

a) Nível central: comissão Consultiva Nacional do O.T.U.;


b) A nível provincial: Comissão Consultiva Provincial do O.T.U.;

Informação de Base:

 Cartográfica;
 Territorial;
 Estatístico;
 Legal

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