Atividade 03 – Planejamento urbano

Discentes: Assucena Nogueira Batista Dantas.

João Rafael Vieira Dias.
01 – Fale a respeito do planejamento estratégico (marcado pela racionalidade
desenvolvimentista) no estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, revise a aula
sobre o texto de Linhares e porque isso não se adequa aos problemas sociais do RN.

Durante o período de 1960 e 1970, em virtude também do período da ditadura militar, o

Brasil passou por uma série de mudanças políticas e econômicas que tiveram
repercussão na organização do seu território. Dessa forma, tendo em vista modernizar e
promover o desenvolvimento econômico do estado do Rio Grande do Norte, foram
instituídas as bases do planejamento regional, durante os governos de Aluízio Alves
(1961-1966), Monsenhor Walfredo Gurgel (1966-1971) e José Cortez Pereira
(1971-1974). Para o sucesso desse planejamento, ambos investiram na formação de
técnicos qualificados para atuarem nos órgão ligados à gestão e planejamento do estado,
a fim de que fosse cumprida a exigência dos militares do adequado planejamento das
ações dos Estados, ligados a uma racionalidade desenvolvimentista atrelados a
formação de técnicos capazes de atuar na gestão e planejamento.

02 – Disserte sobre o que são os Planos Plurianuais (PPA), sua relação com o LOA
e LDO e faça um breve histórico dos PPAs do RN.

O Plano Plurianual foi estabelecido pela constituição de 1988, e é um instrumento de

planejamento criado para orientar a ação pública do Estado brasileiro (Federal, Estadual
e Municipal) em médio prazo, e tem como objetivo aprimorar os programas e a
qualidade do gasto público. Dessa maneira, esse instrumento funciona como um plano
normativo que direciona as ações orçamentárias do poder público. A LDO e a LOA
tratam-se, respectivamente, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária
Anual, uma vai anunciar as prioridades e políticas públicas necessárias para o exercício
seguinte do governo, enquanto a outra tem como objetivo estimar os gastos das ações.
No Rio Grande do Norte, o primeiro foi formulado em 1996-1999, contudo como não se
foram encontrados os PPAs referente aos período de 1996-2003, o histórico foi feito
com base no artigo a partir do PPA de 2004. A PPA 2004-2007 tinha como estratégia a
maior participação da sociedade na tomada de decisões, através de audiências públicas,
conselhos e conferências estaduais nas regiões de planejamento consideradas pelo PPA.
O PPA 2008-2011, teve como preocupação a definição de conceitos, e indicar para cada
região do estado uma proposta, baseada na realidade de cada um, a fim de que se
tornassem menos desigual. O PPA 2012-2015, sofreu diversas críticas quanto a sua
operacionalização por não apresentar uma clareza na sua organização, relacionada a
dificuldade de monitoramento; uma grande variedade de programas e projetos; falta de
clareza quanto a definição de estratégias; e descompasso entre planejamento e a
execução orçamentária. No entanto, em virtude das críticas direcionadas ao plano
anterior, o PPA 2016-2019, fez um maior esforço para fazer com que plano fosse mais
estratégico, adotando uma nova regionalização para o estado, a fim de que se obtenha
maior êxito na aprovação de projetos públicos federais financiados pelo “RN
sustentável”, pois esse eixo detém uma grande quantidade de recursos provenientes do
Banco Mundial.

03 – Qual a relevância dos conceitos de território e região para o planejamento?

Território e região são conceitos importantes para o planejamento, pois ajudam a

direcionar a tomada de decisões inerentes ao espaço público, de uma forma que através
do conhecimento teórico, a prática fosse mais fácil de ser implantada, considerando as
delimitações do espaço trabalhado. Dessa maneira, a região é uma parte do espaço que
se diferencia das demais devido às suas individualidades e características próprias, mas
para defini-las é necessário considerar, por exemplo, os regionalismos políticos e as
identidades regionais, entre outros que produzem a “diversidade geográfica” no mundo
(HAESBAERT, 1999). Dessa maneira, é primordial uma área ser conhecida para que
haja o planejamento que se adeque de maneira mais eficiente a realidade de cada
espaço, de modo a tornar o território menos desigual. O território, contudo, trata-se da
porção do espaço ocupado, delimitado e usado conflituosamente pela sociedade, e é a
expressão dos seus distintos usos, como a agricultura, comércio e serviços.

04 – Quais os passos para a elaboração de um Planejamento territorial elencados

pelos autores?

São elencados pelos autores três pilares para o Planejamento Territorial : estabelecer
uma política de Estado (longo prazo); definir políticas e ações de planejamento em curto
e médio prazo; e adotar uma regionalização mais eficaz , que reconheça as diferenças e
desigualdades em cada porção do território. Para isso, são tomados 5 passos
fundamentais, segundo os autores, para o planejamento territorial a partir da
regionalização pautada no uso do território. O primeiro passo trata-se da definição das
variáveis que vão compor o banco de dados e subsidiará a leitura das condições
territoriais. O segundo passo será a organização do banco de dados encontrado nas
pesquisas, como por exemplo do IBGE. Em seguida, o terceiro passo será organizar
uma produção cartográfica baseada nos dados obtidos e organizados anteriormente, e
mediante esses mapas, é possível uma visão mais abrangente da realidade e assim uma
reflexão acerca dos dados analisados e sua utilidade para políticas públicas. O quarto
passo trata-se da definição das Regiões de Ação Prioritária (RAPs) e Regiões de Ação
Necessária (RANs), levando em consideração os resultados obtidos no banco de dados e
processados nos softwares. E, portanto, o quinto passo seria a escuta da população a
fim de saber dos problemas e demandas da população inserida em determinado
território.

*Responder com base no artigo de Barbosa; Dantas sobre o Planejamento urbano e

regional no Rio Grande do Norte.
** Grupos de 02 ou 03 alunos.
*** Entregar até Sexta (14/04) o estudo dirigido. Pode ter cerca de 02 páginas.