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HPG
c. A corrente quantitativa.
Movimentos de Renovação
d. O pensamento crítico.
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MORAES, A. C. R. Geografia – pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1981.
• Escola Alemã
A Geografia surge na Alemanha, onde a questão do espaço era a primordial. Humboldt e
Ritter foram os autores das primeiras obras sistematizadas do pensamento geográfico. A
obra desses dois compõe a base da geografia tradicional. Criam uma linha de continuidade
no pensamento geográfico.
o Humboldt: Visão da Geografia como a parte terrestre da ciência do Cosmos. Cabe
ao estudo geográfico reconhecer a unidade na variedade dos fenômenos. Método:
Empirismo raciocinado (intuição a partir da observação). Principais obras: Cosmos,
e Quadros da Natureza. Não foram normativos!
o Ritter: Obra explicitamente metodológica. Define o conceito de Sistema natural.
Ciência como forma de relação entre o homem e seu criador. Proposta
antropocêntrica, regional, valoriza a relação homem-natureza. Método: Análise
empírica (caminhar de observação em observação).6
o Ratzel: Posterior a Humboldt e Ritter, também foi um importante autor da escola
geográfica alemã. Sua obra foi um poderoso instrumento de legitimação dos
desígnios expansionistas do Estado Alemão, também chamada de “manual do
imperialismo”. Esse autor foi importante no processo de sistematização da
Geografia. Principal obra: Antropogeografia. Conceito: Espaço vital. Importância de
sua obra: Homem no centro das análises.
• Escola Francesa
Grande escola da Geografia, que se opõe às colocações de Ratzel, seu principal formulador
foi Paul Vidal de la Blache. A geografia francesa se desenvolveu com o apoio do Estado
francês, no contexto da metade do século XIX, quando ocorreu o levante da comuna de
Paris, a queda de Bonaparte, consequência da Guerra franco-prussiana.
A disciplina da geografia foi colocada em todas as séries do ensino básico, na época da
Terceira República, também foram criadas cátedras e institutos de geografia. La Blache foi
o fundador da escola francesa de geografia. Conceito: Gênero de vida. Legitimação da ação
colonialista francesa. Método menos generalizador do que o de Ratzel, ambas com
fundamentos positivistas.
Principais autores:
Principais críticas:
Revisão conceitual
• Espaço (P.15)
O espaço não se constitui conceito chave na geografia tradicional, mas está nas obras
de Ratzel (base indispensável para a vida do homem, encerrando as condições de trabalho,
naturais ou socialmente produzidas) e Hartshorne (espaço absoluto, conjunto de pontos
com existência em si, é independente. Espaço como um receptáculo, apenas contém as
coisas). Espaço e tempo associados a todas as dimensões da vida.
• Região (P.49)
Conceito de região natural, sob a ideia de que o ambiente tem certo domínio sobre a
orientação do desenvolvimento da sociedade. Região como unidade básica do saber
geográfico, como resultado do trabalho humano em um determinado ambiente.
A região é uma realidade concreta, física, que existe como um quadro de referência para
os que vivem nela.
Para Hartshorne “O método regional (procurar na distribuição dos fenômenos a
caracterização de unidades regionais) é a particularidade que diferencia a geografia.”
Preocupação primordial com a distribuição e localização espacial (Elemento-chave na
definição epistemológica da Geografia). Regionalização como uma tarefa de dividir o espaço
segundo diferentes critérios que são devidamente explicitados e que variam segundo as
intenções de cada trabalho.
• A análise regional: Conjunto de novas regras, cuja região é uma classe de área,
fruto de uma classificação geral que divide o espaço segundo critérios ou
variáveis arbitrários que possuem justificativa no julgamento de sua relevância
para certa explicação.
• Região para Hartshone: Produto mental, uma forma de ver o espaço que coloca
em evidência os fundamentos da organização diferenciada do espaço.
• A análise regional: A região é uma classe de área, fruto de uma classificação geral
que divide o espaço segundo critérios ou variáveis arbitrários que possuem
justificativa no julgamento de sua relevância para certa explicação.
• Região na visão pragmática:
• Região na visão crítica: A diferenciação do espaço se deve à divisão territorial do
trabalho e ao processo de acumulação capitalista. A divisão das regiões deve se
ater à divisão sócio-espacial do trabalho. Região como um processo de
classificação do espaço. Região como totalidade sócio-espacial.
• Região na visão humanista: Vista como um quadro de referência fundamental na
sociedade. Consciência regional, sentimento de pertencimento, mentalidades
regionais, são alguns dos elementos usados para valorizar a dimensão regional
como espaço vivido. A região define um código social comum que tem uma base
territorial. Para compreender a região é preciso viver a região.
• Região Concentrada (SANTOS)
• Região Natural
“A região natural é uma área geográfica, mais ou menos precisa, que a
observação permite criar com a superposição de mapas figurando
influências fisiográficas diferentes: relevo, hidrografia, clima, vegetação;
forma-se, assim, uma imagem composta, uma síntese esboçada que vai
servir de cenário à ação do homem.”
(Carvalho, 1944, p. 16).
Escala como o artifício analítico que dá visibilidade ao real; é uma projeção do real.
LE MOIGNE (1991) – A escala é uma forma de dividir o espaço, definindo uma realidade
percebida/concebida, é uma forma de dar-lhe uma figuração, uma representação, um ponto
de vista que modifica a percepção mesma da natureza deste espaço, e, finalmente, um
conjunto de representações coerentes e lógicas que substituem o espaço observado.
Conceito
Séc. XX, rede como um instrumento importante para entender a dinâmica territorial
brasileira.
• Redes urbanas
• Regime de acumulação
• Modos de regulação econômica
• Circuitos de produção
• Origens do pensamento geográfico no Brasil: Meio tropical, espaços vazios e a ideia
de ordem
Última década do séc. XIX e as três primeiras do séc. XX, como uma época de redefinição
da identidade nacional. Com o pensamento geográfico presente nos debates sobre a
natureza físico-climática do território, a adaptação do indivíduo ao meio, as características
raciais, e as possíveis consequências desses aspectos sobre a formação social do povo
brasileiro. ‘