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FIP - FACULDADE IMPACTO DE PORANGATU

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - 1° PERÍODO

ALUNOS(AS): CARLA, DANIELY, EMILLYA, GABRIELLY, GIOVANNA,


KATHELLEN, LARA, RAFAEL, RAÍSSA E VITÓRIA.

LIVRO DIDÁTICO DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Resenha Crítica - Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania - Professor(a):
Anderson

PORANGATU
MARÇO DE 2024
ALUNOS(AS): CARLA, DANIELY, EMILLYA, GABRIELLY, GIOVANA,
KATHELLEN, LARA, RAFAEL, RAISSA E VITÓRIA.

LIVRO DIDÁTICO DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Resenha Crítica

Resenha crítica das unidades 1 e 2 do


livro Didático de Fundamentos das
Ciências Sociais, para apresentação
semestral do 1° período no curso de
Psicologia apresentado a Faculdade
Impacto de Porangatu (FIP).

Orientador(a): Professor Anderson

PORANGATU
MARÇO DE 2024
ALUNOS(AS): CARLA, DANIELY, EMILLYA, GABRIELLY, GIOVANA,
KATHELLEN, LARA, RAFAEL, RAISSA E VITÓRIA.

LIVRO DIDÁTICO DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Resenha Crítica

Resenha crítica das unidades 1 e 2 do livro


Didático de Fundamentos das Ciências Sociais,
para apresentação semestral do 1° período no
curso de Psicologia apresentado a Faculdade
Impacto de Porangatu (FIP).

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

Professor Anderson
"Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge
com nossos pensamentos. Com nossos
pensamentos, fazemos o nosso mundo."
(Buda)
RESUMO

Tal qual os seres vivos, que são formados por elementos, as células, as
organizações são, também, conjuntos de elementos participantes, quer sejam
prisões, clubes recreativos, fábricas, bancos ou associações de condomínios. Tais
participações, enquanto individuos isolados, são estudadas por uma ciência, a
Psicologia, mas, em coletividade, por outra, a Sociologia, pois as pessoas agem
diferentemente quando associadas, porque os comportamentos de uma pessoa são
influenciados pelos das demais. A disciplina Fundamentos das Ciências Sociais, foi
pensada como um espaço de análise dos conceitos e temas fundamentais para
compreensão da realidade social, numa perspectiva crítica. O objetivo dessa
resenha é simplificar e expor fatos de conhecimento para os colegas de sala, a fim
de facilitar o entendimento de todos. Aplicou-se a leitura ativa e pesquisa em sites
para chegar-se nesse resultado. Verificou-se que grande parte dos conteúdos vistos
são do suma importância para todos os discentes e por isso devem ser expostos a
todos.

Palavras-chave: Psicologia. Sociedade. Resenha. Conteúdos. Ciências Sociais.


ABSTRACT

Just like living beings, which are made up of elements, cells and organizations are
also sets of participating elements, whether prisons, recreational clubs, factories,
banks or condominium associations. Such participations, as isolated individuals, are
studied by one science, Psychology, but, collectively, by another, Sociology, as
people act differently when associated, because one person's behaviors are
influenced by those of others. The subject Fundamentals of Social Sciences was
designed as a space for analyzing fundamental concepts and themes for
understanding social reality, from a critical perspective. The objective of this review is
to simplify and expose knowledge facts to classmates, in order to facilitate everyone's
understanding, Active reading and research on websites were applied to reach this
result. It was found that much of the content seen is of utmost importance, for all
students and therefore must be exposed to everyone.

Keywords: Psychology. Society. Review. Contents. Social Sciences.


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1 INTRODUÇÃO

A introdução aos Fundamentos das Ciências Sociais é essencial para


compreendermos a complexidade das interações humanas e as estruturas sociais
que moldam nossas vidas. As Ciências Sociais englobam disciplinas como
Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Economia e Psicologia Social, entre
outras, que estudam diversos aspectos do comportamento humano, das instituições
sociais e das dinâmicas culturais.

Os fundamentos das ciências sociais referem-se aos princípios básicos que orientam
o estudo das diversas áreas que compõem esse campo do conhecimento humano.
As ciências sociais englobam disciplinas como sociologia, antropologia, ciência
política, economia, psicologia social, entre outras.

Essas disciplinas nos ajudam a compreender como as sociedades se organizam,


como as normas e valores são construídos, como ocorrem as mudanças sociais e
como os indivíduos se relacionam entre si e com o mundo ao seu redor.

Nesta pesquisa, exploraremos os princípios fundamentais das Ciências Sociais,


destacando sua importância na compreensão dos fenômenos sociais, na análise das
desigualdades e na formulação de políticas públicas. Ao entendermos esses
fundamentos, estaremos preparados para investigar questões sociais complexas e
contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
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2 RESENHA

•A sociedade como objeto de estudo: Laços que formam nós.

Há uma série de problemas sociais na nossa sociedade atual, e um dos impasses


que impede a resolução desses problemas é a própria sociedade, que prefere ficar
na sua própria “bolha” a olhar o mundo exterior com um olhar crítico. A falta de visão
crítica leva à perpetuação dos problemas sociais, à alienação e ao individualismo
que prejudica a sociedade como um todo, à falta de busca de soluções e ao
aumento de crenças e estereótipos fundados por uma cultura que não visa o
coletivo.
A sociedade deve procurar perguntas em vez de respostas para alcançar mudanças
reais.
Vontade de saber: O conhecimento como característica do ser humano
Na obra de Auguste Rodin "O pensador" ele aborda essa característica do ser
humano, a habilidade de pensar e refletir. O único animal que vive no mundo é tem a
capacidade de pensar racionalmente e o ser humano, é o único que pensa no
mundo que vive e tem preocupação em entender o meio que vive. Existe inúmeras
formas de tentar compreender o mundo e a sociedade e nem toda forma de
conhecimento e a mesma em todos os lugares. Existem muitas teorias que buscam
explicar um mesmo fenômeno, para o mesmo existe explicações diferentes que
resulta em um conhecimento mais distinto.
Algumas formas de conhecimentos são:

-O Conhecimento mítico
Essa forma de conhecimento busca explicar o mundo de uma forma não natural, que
vai além do sobrenatural. Ele vem de uma tradição oral das narrativas míticas
passadas pelos poetas gregos na Grécia antiga. Se baseia em mitos e busca ser
fabuloso.

-O conhecimento Religioso
Nesse tipo de conhecimento existe uma separação entre o que é considerado
sagrado e o que é do profano. São várias religiões que buscam explicar por meio do
sobrenatural também. Tudo é baseado na fé, ter uma crença e buscar garantias para
a salvação por meio de ritos, sacramentos e orações.
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-O Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico é o conhecimento racional, um tipo de conhecimento
caracterizado por esforços para questionar questões da vida humana com base na
razão e na lógica.

-O conhecimento do senso comum


Esse tipo de conhecimento e adquirido ao longo da vida, tudo aquilo foi passado e
vivido, se acumula como aprendizado. Segundo Arruda(2010), Esse tipo de
conhecimento nasce da tentativa do homem de resolver os problemas da vida.

-O conhecimento científico
Esse conhecimento é algo concreto, que se pode provar. O conhecimento científico
é resultado de investigações e análises com um objetivo de ter absoluta garantia de
validade. Ainda assim, é uma crença, já que a ciência muda sempre e podem estar a
serviço de interesse político, econômico e sociais.

•O senso comum
O conhecimento do senso comum originou-se da necessidade do ser humano de
enfrentar os desafios cotidianos. Esse foi um dos primeiros tipos de conhecimentos
constituído pelos indivíduos com o intuito de compreender a natureza e modificá-la
para benefício próprio.
O senso comum é o tipo de conhecimento que foi passado por gerações ao longo de
muitos anos. Portanto, o senso comum é uma herança cultural, um legado, que tem
a intenção de orientar a sobrevivência humana em diversos aspectos.
É através do senso comum que se aprende por exemplo que o fogo queima, ou que
certos tipos de plantas não são comestíveis. E aprende até mesmo a noção do que é
junto ou injusto, certo ou errado, mal ou bom, entre outras coisas que vão direcionar
o seu modo de agir e pensar, as suas decisões e atitudes.
O senso comum também é um conhecimento acrítico, pois não pergunta como ou
porque as coisas acontecem. O saber de senso comum é assistemático, pois é
aprendido de uma forma difusa não sistematizada ou organizada. Assim, não supõe
o uso de um método.
E também pode se dizer que é um tipo de conhecimento empírico afinal se vale da
observação imediata das coisas. E daí é comum, cairmos em armadilhas de
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primeiras impressões, pois assim como diz o ditado popular "as aparências
enganam".
Basicamente o Senso Comum é transmitido através das gerações; é subjetivo e
reflete opiniões e sentimentos; considera experiências do cotidiano; aprendizado
informal; demonstra uma avaliação qualitativa.

•O conhecimento científico
O conhecimento científico nasceu da busca do ser humano desejar compreender
como as coisas funcionam ao contrário de apenas aceitá-las. Com este
conhecimento o ser humano começou a compreender o porquê de diversos
fenômenos naturais.
É considerado que a ciência moderna, surgiu na Europa, no século XVII, a partir de
um marco histórico fundamental: a denominada revolução científica. Foi nesse
período que ocorreu as primeiras tentativas de superação dos dogmas e das crenças
religiosas direcionadas aos fenômenos que regem o mundo e buscou-se uma
explicação sistematizada dos fatos.
No entanto, o que torna o saber criado ao longo dos séculos XVI e XVII tão
especifico é a drástica mudança que ele provoca na visão de mundo e na própria
maneira de compreendê-lo, conhecê-lo e explicá-lo. Isto porque a ciência moderna
marca uma divisão em relação ao mundo antigo
e medieval ao estabelecer um método de estudo, ao privilegiar a razão como meio
de conseguir respostas para os fatos existentes. Neste sentido, é atribuído a Galileu
Galilei (1597–1681) papel essencial nessa mudança, pois foi a partir das ideias
defendidas por ele de que se introduziu o método científico.
O conhecimento científico exige que uma série de regras e procedimentos sejam
seguidos para que possa ser firmado. Nele, as respostas só são consideradas se
passadas por testes que possam comprová-las.
O desenvolvimento desse conhecimento se dá de modo constante, afinal com o
aparecimento de outras respostas, às antigas podem ser atualizadas ou substituídas,
se acaso se revelarem refutadas ou ultrapassadas.
Mas somente um método não é o bastante para comprovarmos que um estudo é
científico, pois o conhecimento científico é gerado a partir do estabelecimento de
métodos que correspondem a objetos de estudos específicos, afinal cada ciência é
única, pois determina um campo de pesquisa e procedimentos particulares a cada
campo.
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As conclusões obtidas no processo científico são objetivas, uma vez que uma
mesma experiência pode ser replicada e analisada por diferentes cientistas em
ambientes distintos. Tal objetividade implica também certa imparcialidade do sujeito
que investiga, sem uso de emoções ou juízo de valores.

•Ciências Sociais
As Ciências Sociais compreendem um campo de conhecimento que engloba
disciplinas como Antropologia, Ciência Política e Sociologia, e em algumas visões,
incluem outras áreas como Psicologia, Etnologia, Administração e Ciências
Jurídicas. Essas disciplinas estudam fenômenos sociais resultantes da vida em
sociedade, porém, diferenciam-se em seus objetos e abordagens.
A Antropologia foca na compreensão da cultura humana, estudando aspectos
microcósmicos da sociedade para entender seus significados culturais. Por outro
lado, a Sociologia investiga as estruturas sociais e seu impacto no comportamento e
cultura dos grupos e indivíduos. A Ciência Política concentra-se nas relações de
poder e governança.
As Ciências Sociais lidam com eventos complexos e subjetivos, envolvendo
interpretações da realidade. Isso contrasta com as Ciências Naturais, que lidam com
fenômenos objetivos e replicáveis. As dificuldades em estabelecer leis objetivas e
universais nas Ciências Sociais surgem de sua natureza subjetiva e da influência
dos valores do pesquisador. A objetividade e neutralidade científica são desafios
nesse campo, mas não impossíveis de superar.
Em resumo, as Ciências Sociais possuem racionalidade e especificidades próprias,
exigindo uma abordagem interpretativa e teórica para compreender e analisar os
fenômenos sociais, considerando a influência dos valores e do contexto
histórico-cultural.

•As Ciências Sociais no cotidiano: problemas sociais e sociológicos.


Tudo o que foi visto até aqui nos ajuda a compreender a constituição das Ciências
Sociais enquanto conhecimento científico específico, distinto das ciências da
natureza embora já tenha percorrido boa parte do caminho no que se diz respeito
ao entendimento desse campo de saber, cabe ainda apresentar uma perspectiva
relevante quanto a sua aplicação no cotidiano.
Para ciências sociais, uma explicação possível para tal questão é a compreensão
daquilo que o eminente sociólogo Wright Mills chamou de imaginação sociológica. A
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imaginação sociológica remete ao processo através do qual o indivíduo consegue


estabelecer conexões entre sua experiência pessoal e a sociedade em que vive. Mas
afinal o que é Ciências Sociais
Segundo Chauí (1999, p. 271), a expressão ciências humana (ou sociais) refere-se
àquelas ciências que têm o próprio ser humano como objeto de estudo. Essas
ciências estudam áreas da realidade social extremamente diversas. Um cientista
social é capaz de refletir sobre qualquer aspecto da sociedade, fazendo-se
necessário que cada um se concentre em um determinado fator da vida das
sociedades, para fazer dele uma especialidade.
Sabemos que vários problemas que nos afetam individualmente são compartilhados
por outros tantos indivíduos, constituindo-se, por assim dizer, problemas sociais.
Entretanto, existe uma diferença entre problemas sociais e problemas sociológicos.

O problema social é uma situação que afeta um número significativo de pessoas e é


julgada por estas ou por um número significativo de outras pessoas como uma fonte
de dificuldade ou infelicidade é considerada suscetível de melhoria. Já os problemas
sociológicos são o objeto de estudo da Sociologia enquanto ciência, a qual se
debruça sobre esses para compreender suas características gerais
O problema sociológico é uma questão de conhecimento científico que se suscita e
resolve no âmbito da Sociologia. Em outras palavras, nem todas as questões
suscitadas acerca das matérias de que se ocupam as Ciências Sociais constituem
problemas científicos, mas podem ser problemas sociais. Só são problemas
científicos as questões formuladas de tal modo que as respostas a elas confirmem,
ampliem ou modifiquem o que se tinha por conhecido anteriormente.
Podemos concluir, portanto, que todo problema social pode ser um problema
sociológico, mas nem todo problema sociológico é um problema social.

A ligação entre o sujeito e a coletividade é de fato intricada e se desdobra em


variados aspectos. É plausível investigar como as diretrizes, princípios e
expectativas sociais impactam a construção da identidade singular, ao mesmo
tempo em que as atitudes e decisões individuais podem repercutir na coletividade
como um todo.
Também é válido analisar de que maneira as interações sociais influenciam as
percepções e condutas dos sujeitos. Ademais, é possível debater sobre o efeito das
inovações tecnológicas e das transformações culturais nesse entrelaçamento ao
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longo do tempo. Émile Durkheim discorreu sobre a relação mútua entre o sujeito e a
coletividade. Durkheim foi um dos precursores da sociologia como área científica e
sua contribuição foi crucial para o progresso desse campo de estudo.
A concepção de que as estruturas sociais, como a família, o governo, a educação e
as religiões, exercem influência mútua com os sujeitos é um dos fundamentos da
sociologia de Durkheim.
Ele se dedicou a investigar como essas estruturas modelam os comportamentos e
crenças individuais, ao mesmo tempo em que refletem as características e
necessidades da sociedade em que se inserem. Durkheim tinha interesse em
compreender os obstáculos no progresso social e em buscar maneiras de aprimorar
a sociedade para que pudesse progredir continuamente. Sua abordagem científica
teve um impacto significativo na maneira como compreendemos as interações entre
o sujeito e a coletividade.

•O conceito antropológico de cultura


A compreensão da cultura é central em várias áreas do conhecimento, mas a
Antropologia é o principal campo de estudo nesse sentido. Edward Taylor foi o
primeiro a formalizar o conceito em seu livro "Primitive Culture" (1871), definindo
cultura como o conjunto de conhecimentos, crenças, artes, moral, leis e hábitos
adquiridos pelo ser humano como membro da sociedade. Outra definição relevante,
proposta por Kluckhohn, concebe cultura como a totalidade da vida de um povo e a
herança social do indivíduo. Cultura pode ser aplicada tanto em um contexto geral
como em culturas específicas, como a brasileira, russa, popular, erudita, negra e
indígena. No entanto, é importante não reduzir a cultura a determinantes biológicos
ou geográficos, pois isso levaria a equívocos na compreensão dos comportamentos
culturais.
Na década de 1930, a antropóloga Margaret Mead estudou as culturas da Nova
Guiné, destacando como diferentes sociedades encaram os papéis de gênero. Ela
descobriu que em algumas culturas, como os Arapesh, não há distinção marcada
entre comportamentos masculinos e femininos, enquanto em outras, como os
Mundugumor, a agressividade é incentivada em ambos os sexos. Mead também
desafiou a ideia de que os instintos, como o materno, são inatos, sugerindo que são
moldados pela cultura e aprendizado social. Essas descobertas mostram como as
noções de gênero e comportamento são construídas culturalmente, não
geneticamente determinadas.
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•Uma Crítica ao Determinismo Geográfico


O determinismo geográfico foi uma teoria desenvolvida por geógrafos nos séculos
XIX e XX, que sustentava que as diferenças do ambiente físico condicionavam a
diversidade cultural. Essa ideia se tornou popular, mas começou a ser criticada por
antropólogos no final do século XIX.
De acordo com esses críticos, afirmar que a cultura está inteiramente sujeita aos
limites do habitat ignora a influência de outros fatores culturais, como valores,
costumes e crenças. Além disso, a crítica destaca que a tecnologia de um povo pode
permitir a manipulação do ambiente físico, criando um ambiente artificial que não
está diretamente sujeito às pressões do habitat natural.
Um exemplo citado é o dos habitantes do Polo Norte, como os lapões e os
esquimós. Mesmo vivendo em ambientes semelhantes, eles desenvolvem respostas
culturais distintas para lidar com as condições adversas.
O filme "Babel" é mencionado como um exemplo que demonstra como um evento
pode afetar pessoas em diferentes partes do mundo, ressaltando a complexidade
das interações culturais.
Por fim, a cultura é definida como um conjunto de regras que orientam a forma como
percebemos e interagimos com o mundo. Ela não é determinada apenas pelo
ambiente geográfico, mas é moldada por uma variedade de fatores históricos,
sociais e culturais.

Essa crítica ao determinismo geográfico nos permite compreender melhor a


complexidade das interações entre o homem e o meio ambiente, destacando a
importância de considerar múltiplos fatores na análise das diferenças culturais.

•O método antropológico
O método dos antropólogos é o trabalho de campo, através do qual se produz a
análise e a descrição do grupo estudado, isto é, a etnografia. De acordo com este
método, o pesquisador vai até o local (o campo de estudo) e investiga os costumes
culturais, as regras, as relações que deseja apreender. O antropólogo converte-se,
assim no principal instrumento de coleta de dados. Neste sentido, o trabalho de
campo pode ser considerado como uma situação metodológica de encontro
intercultural. Para o antropólogo, o trabalho de campo é uma espécie de iniciação,
de rito de passagem (momentos anteriores que precedem a mudança de situação na
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ordem social), ou seja, de transição de um status social para um novo.


O trabalho de campo é uma característica da antropologia moderna. Até os fins do
século XIX, parte dos cientistas eram os chamados etnólogos de gabinete, que
escreviam sobre as sociedades não ocidentais, não europeias, sem nunca ter estado
nelas. Para isso, utilizavam os relatos de cronistas, missionários e viajantes que
tiveram contato direto com estas sociedades. Em geral, esses antropólogos eram
diretores ou especialistas ligados aos grandes museus etnográficos que, pela
quantidade de documentação cultural dos vários povos que guardavam, tornavam-se
o espaço ideal para se praticar a antropologia na época.
Somente no século XX emergem as bases metodológicas que fundamentam a
ciência antropológica contemporaneamente: o trabalho de campo. Abandonando a
divisão de tarefas na coleta e análise de dados culturais, os antropólogos modernos
fizeram fusão entre o viajante e o teórico em um só indivíduo: são eles próprios que
vão observar os grupos culturais onde vivem e que analisam e sistematizam os
dados colhidos, através da escrita etnográfica.
O trabalho de campo é uma metodologia, criada por antropólogos, que tem como
base a integração no grupo humano estudo e, como objetivo, a compreensão de
seus temas culturais.

•Etnocentrismo
Etnocentrismo é a tendência de uma pessoa ou grupo de julgar outras culturas com
base nos valores e padrões de sua própria cultura, considerando-a como superior às
demais. Isso pode levar à visão distorcida e desrespeitosa de outras culturas,
resultando em preconceito e discriminação. É importante reconhecer e combater o
etnocentrismo para promover a compreensão e o respeito entre as diferentes
culturas. Alguns exemplos de etnocentrismo são: preconceito cultural, preconceito
religioso, intolerância religiosa, entre outros. Sendo assim, o etnocentrismo é
considerado uma visão preconceituosa estabelecida sobre outros povos, culturas,
religiões e etnias. Que ocorre quando uma pessoa coloca a sua cultura, religião ou
etnia como superior, afim de inferiorizar a do outro.

•Relativismo cultural
O relativismo cultural é a ideia de que as crenças, valores e práticas de uma cultura
devem ser compreendidos dentro do contexto cultural delas, sem julgá-las com base
nos padrões de outra cultura. De acordo com o relativismo cultural, não há um
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conjunto absoluto de valores universais e o que é considerado certo ou errado pode


variar de acordo com a perspectiva cultural. Isso promove a tolerância e o respeito
pela diversidade cultural, valorizando as diferentes formas de viver e pensar ao redor
do mundo. O relativismo cultural ocorre uma vez que, o julgamento é deixado de
lado, e buscamos entender melhor o outro sem julgar. Defende também que não
existe verdade única e universal, o conhecimento é relativo ao sujeito, todos tem o
direito de ter suas culturas e tradições sem qualquer preconceito e julgamento.

•Diversidade Cultural
Diversidade cultural é relacionada às diferentes culturas existentes entre os seres
humanos, no que diz respeito às danças, vestuário, crenças, linguagem, música,
arte, convivência de ideias, características e outros como a organização em
sociedade, tudo isso se refere à cultura. A diversidade cultural tem uma suma
importância para a compreensão das constantes mudanças no mundo atual. A
globalização, que surgiu na década de 80, quando os países de “primeiro mundo”
começaram a ter uma maior influência, foi muito importante para a ocorrência dessa
diversidade, ao ser a partir daí que os povos começaram a ter contato com outras
culturas. De início, os países de primeiro mundo queriam uma homogeneização
cultural, uma padronização total da cultura, mas como reação, aconteceram os
movimentos antiglobalização, que se contradizia com o movimento de globalização.
Foi nesse contexto que surgiu o multiculturalismo, que, por sua vez, é o
reconhecimento das diferenças, o respeito da individualidade, do novo, estranho.
Devido ao avanço tecnológico existente atualmente, é importante reconhecer,
valorizar e respeitar as diferentes culturas, para um bom convívio em uma sociedade
que tem como realidade a multicultura.
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3 CONCLUSÃO

Os fundamentos das ciências sociais são essenciais para compreendermos as


dinâmicas e estruturas da sociedade humana. Através da análise e estudo das
ciências sociais, podemos explorar e entender os padrões de comportamento, as
relações sociais, as instituições e as mudanças sociais que ocorrem em diferentes
contextos culturais e históricos.

Uma conclusão importante sobre os fundamentos das ciências sociais é que elas
fornecem ferramentas teóricas e metodológicas para investigar e interpretar a
complexidade da vida social. Ao examinar temas como cultura, politica, economia,
identidade, poder e desigualdade, as ciências sociais contribuem para o
desenvolvimento de conhecimentos criticos e reflexivos sobre a sociedade.

Além disso, as ciências sociais desempenham um papel crucial na promoção do


diálogo interdisciplinar, conectando áreas como sociologia, antropologia, psicologia
social, ciência politica, economia e história para uma compreensão mais abrangente
das questões sociais,

Em resumo, os fundamentos das ciências sociais são fundamentais para a


compreensão, análise e transformação das estruturas e relações sociais que moldan
a vida em sociedade.
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REFERÊNCIAS

O livro no qual a pesquisa foi baseada "Livro Didático de Fundamento de Ciências


Sociais" se encontra em PDF no Google.

ANSEL, EFT. D. M. A. H. D. C. G. A. C. E. T. R. S. D. S. Livro Didático de


Fundamentos das Ciencias Sociais: ORGANIZAÇÃO SOLANGE FERREIRA DE
MOURA 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Universidade Estácio de Sá, 2014. p. 11-44.

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