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Governo espelho do povo

Há um ensinamento diz “a tropa é o espelho do comandante ao passo que o


comandante é o espelho da tropa”. O bom lider é capaz de influenciar positivamente o ambiente a
sua volta, tornando-o mais produtivo e motivador, enquanto que o bom soldado é capaz de exercutar
adequadamente os comandos recebidos. Bons soldados não precisam de um comandante para
lutarem bem, eles sozinho aplicam em combate aquilo que necessitam para sobreviverem, todavia
bons soldados precisam de um bom comandante para vencerem outros bons soldados, ou seja: bons
soldados são eficiêntes e os bons comandantes são pressuposto para eficácia;

Trazendo esses conceitos para a realidade social, afirma-se que o bom governo não é
sozinho a solução para todos os problemas. Ele é apenas o presuposto para o sucesso mas reflete a
imagem da populaçao que governa, de modo que é o povo é quem detém a maior parcela da
responsabilidade social, pois é ele quem concretiza os ideiais abstratos emanados pelos lideres. Para
exemplifica tal tese, aproveitando ainda o tema castrense, cita-se eventos ocorridos nas ultimas
decadas, frutos de movimentos sociais e da vontade social.

Nos anos 60 viu-se surgir diversas ditaduras, provenientes da então conjuntura. A


guerra fria obrigava as nações a terem posicionamentos firmes com relaçao ao sistema
socioeconomico adotado, estas, de acordo com seus antecedentes históriocos e culturais e
influenciadas pela localização geográfica, seguiam certos ideiais e os defendiam dos seus supostos
rivais. Porém quando esta realidade antagônica tornou-se incompatível com os anseios populares,
ocorreram profundas transformações em todas sociedades. Em Berlim, por exemplo, não foram os
governantes mundiais que derrubaram o muro que dividia a cidade, foram os próprios cidadões
alemães não mais aceitavam aquele simbolo segregador. Do mesmo modo, no Brasil em 1998, foi a
população brasileira quem outorgou a nova constituição da república.

Muitos são os exemplos na histíria que mostram o poder que possui o povo sobre a
sociedade: Revolução Francesa, Revolução de 1929, Caras Pintadas entre outros. Tais eventos
demonstram que por mais poderoso que sejam os governantes, é a vontade popular quem dita a
realidade vigente. O indivíduo, como teoriza alguns clássicos estudiosos da sociologia, a exemplo
de Durkheim, não possui vontade senão a vontade da coletividade, portanto sendo o governante um
indivíduo , mesmo que representante de uma nação, suas idéias serão unicamente aquelas desejadas
ou permitidas pelos cidadões que fazem parte do seu governo.

Handerson Gleber de Lima Cavalcanti


João Pessoa, 5 de agosto de 2009

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