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Considerações sobre a
importância da família na
socialização: o que dizem
as crianças?
Florbela Samagaio
Resumo
Este artigo incide sobre a crescente importância social que as crianças têm vindo a
adquirir na sociedade atual. Atores de várias vivências, afetos e opiniões, as crianças e os
jovens (considerados até aos 18 anos de idade) têm vindo a desempenhar um
protagonismo cada vez mais visível a ter em consideração nas estruturas e nas dinâmicas
sociais. À semelhança do que acontece noutros países, a Sociologia da Infância em
Portugal desempenha um papel fundamental na questão social da visibilidade da infância
e da criança enquanto ser socialmente competente ao desenvolver estudos que suportem
um estatuto para a criança. Destacam-se as potencialidades da escuta ativa de crianças e
jovens (10-18 anos) sobre assuntos que lhes digam respeito (Artº. 12º. Da Convenção dos
Direitos da Criança). Salienta-se a Educação Não Formal, prevista no âmbito do trabalho
socioeducativo do Programa Escolhas, como porta de entrada num contexto institucional
da vida da criança. Este artigo foca, para além de questões teóricas afins, a opinião das
crianças sobre a importância que a família desempenha no seu processo de socialização.
Palavras-Chave: criança, participação social, educação não formal, programa escolhas, cidadania, família.
Abstract
This article focuses on the growing social importance that the children have come to
acquire in today's society. Actors from various experiences, feelings and opinions,
children and young people (considered up to 18 years old) have been playing an
increasingly visible role to take into consideration the structures and social dynamics.
Similar to what happens in other countries, the sociology of childhood in Portugal plays
an important role in the social issue of childhood visibility and child while being socially
responsible to develop studies that support a statute for the child. It highlights the
potential of active listening to children and young people (10-18 years) on matters which
concern them (Art. 12. The Convention on the Rights of the Child). It highlights the Non-
Formal Education, provided for under the social and educational work of the Programa
Escolhas (Choices Program), as a stakeholder in an institutional context of the child's life.
This article focuses, in addition to theoretical issues related to children's citizenship, the
views of children on the importance that the family plays in their socialization process.
Keywords: children, social participation, non formal education, choices program (programa escolhas),
citizenship, family.
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Introdução
Este artigo tem por base uma tese de doutoramento intitulada “Participar para Escolhe®,
um Itinerário sociológico em torno de uma política social de cariz educador”, iniciada em
2009 e finalizada em 2014. A investigação procura refletir sobre a necessidade de as
crianças e os jovens serem ouvidos na avaliação participativa das políticas sociais que os
visem como destinatários diretos. Procurando dar conta da necessidade de
reconfiguração do Estado-Providência, em termos de preocupações institucionais e em
função das necessidades sociais emergentes, focamo-nos sobre o fenómeno da pobreza e
da exclusão social infantojuvenil. O trabalho parte de uma análise documental de medidas
legislativas e da produção de medidas de política social para o período 1990-2010 e
procura dar conta das respetivas potencialidades educativas, no tocante à Educação Não
Formal, através de uma apresentação do Programa Escolhas.
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Nesta linha de pensamento, são vários os autores, no âmbito da sociologia, que têm
trabalhado as competências sociais da criança contribuindo para uma visão sociológica
da mesma enquanto ser socialmente competente (Corsaro 1992; Sarmento, 2000; Prout,
2005; Almeida, 2009). A sociedade atual, como refere Qvortrup, vivencia um paradoxo
relativamente às suas crianças. Estas nunca foram tão desejadas e amadas, no seio
familiar, isto é, em privado, dando razão à ideia central da obra de Ariès, sobre a
emergência do amor e da afetividade na esfera da privatização da família. No entanto, e
por outro lado, em termos sociais surgem grandes dificuldades no sentido de as proteger
e apoiar de modo realmente eficiente. Podemos afirmar que o número de nascimentos
diminui, mas a importância social da infância está a aumentar (Qvortrup, 2000).
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temporal em causa, podemos pensar, juntamente com Prout, que estamos perante uma
realidade difusa e híbrida (Prout, 2005). Neste sentido, existem várias infâncias (1ª
infância; 2ª infância e 3ª infância), atendendo às fases do desenvolvimento cognitivo da
criança, o que nos leva, numa perspetiva mais alargada, ou seja, no âmbito das ciências
sociais, a perceber que criança é aquele indivíduo que, como refere Ana Nunes de Almeida
“ainda não acedeu à plena cidadania” (Almeida, 2009: 79).
Por outro lado, a visão jurídica, de certa forma suportada pela análise social, define como
criança o ser com idade compreendida entre os 0 e os 18 anos, sendo que aqui, o menor é
definido pela maioridade legal, ou pela falta dela. No caso da Convenção dos Direitos da
Criança, a definição que se propõe é abrangente, isto é, procura ser aplicável ao maior
número possível de casos, considerando como limite etário superior os 18 anos de idade,
a idade consensual, entre os Estados aderentes, em que a criança/o jovem atinge a
maioridade legal. É o que podemos verificar no art.º 1.º da referida Convenção, assim
como na Carta Europeia dos Direitos da Criança. Nesta perspectiva, o intervalo temporal
é igualmente abrangente, o que acentua a complexidade do entendimento do sujeito em
questão.
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Nem sempre a criança foi considerada um ser diferente do adulto. Na Idade Média, por
exemplo, “as crianças são representadas como adultos em miniatura (homunculus):
trabalham, comem, divertem-se e dormem no meio dos adultos” (Pinto, 2000: 60). A
partir de finais do século XVII e concretamente já no século XVIII, assistimos à emergência
da ideia moderna de infância como fase de vida relativamente autónoma face ao mundo
da adultez. Contudo, este século ainda é povoado por duas ideias dominantes sobre a
infância. Assim, para Ariès, “o primeiro sentimento da infância - “a criança-brinquedo” –
surgia no meio familiar na companhia das crianças pequenas. O segundo, pelo contrário,
provinha de uma fonte exterior à família: dos homens de igreja ou de toga, raros até ao
século XVI, de moralistas mais numerosos no século XVII, preocupados com o
policiamento e a racionalização dos costumes” (Ariès, 1988: 191).
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A escola constitui, por excelência o primeiro espaço público da criança. A este se virão
juntar tantos outros trazidos pelo fenómeno da globalização e pela participação das
crianças no mercado de consumo globalizado, ora participando diretamente através do
consumo ora de forma indireta ao interiorizar normas e modelos de conduta ditados pelo
mundo exterior, em busca de uma construção permanente das identidades pessoais.
Dando razão à visibilidade social das crianças nos tempos atuais interessa pois escutar a
sua voz atribuindo-lhes um papel ativo na investigação sociológica, neste caso concreto,
ao procurar conhecer algumas perceções das crianças sobre a importância social da
família e o seu lugar no processo de socialização.
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Na sua génese, a noção de Educação Não Formal é vaga e difusa. Define-se como toda a
educação que se processa fora do sistema formal. A designação é formalmente
estabelecida, pela primeira vez, na Conferência sobre a Crise Mundial da Educação
(1967), organizada pela Unesco. Refere-se à atividade educacional organizada que se
processa fora do sistema formal e é dirigida a uma clientela específica e com objetivos
específicos. Ou seja, constitui uma atividade educativa, organizada e sistemática,
desenvolvida fora do enquadramento do sistema formal de ensino e com vista a fornecer
tipos de aprendizagem selecionados para subgrupos particulares da população, adultos
ou crianças (Rogers, 2004). Por seu lado, Trilla-Bernet define-a como o conjunto de
processos, meios e instituições específicas e diferenciadoras concebidas em função de
objetivos de formação explícitos, que não se encontram diretamente relacionados com
obtenção de diplomas próprios do sistema de educação formal (Trilla-Bernet, 2003).
Se, numa fase inicial, a Educação Não Formal estava muito centrada na questão da
alfabetização e educação de adultos, atualmente, este domínio da educação intervém num
campo muito mais vasto, que engloba desde ações de animação sociocultural, intervenção
comunitária, atividades de tempos livres, ações de formação profissional, ações de higiene
e segurança no trabalho, formação sindical, educação artística, física e desportiva,
ludotecas, clubes juvenis, educação parental, gestão e economia doméstica, formação de
voluntariado, entre outros, sempre numa lógica de conceber projetos socioeducativos
dirigidos a necessidades específicas. Neste sentido, a primeira política pública, destinada
à criança, que trabalha contextos de Educação Não Formal é efetivamente o Programa
Escolhas.
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Esta política social apresenta como destinatária direta a criança e atribui-lhe o necessário
protagonismo na construção da sua trajetória de vida. Pode-se afirmar que constitui parte
integrante de uma “nova geração“ de políticas sociais que apelam a um compromisso
ativo ente Estado e Cidadão.
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O ramo do saber sociológico sobre a família esteve, de certa forma, silencioso até à
primeira metade do século XX, ainda que os anos seguintes tenham possibilitado um
desenvolvimento teórico vasto e diverso. Assim, são vários os autores que terão
contribuído para tal evolução. Burgess (1886-1966) propõe a transformação da família
institucional em família companheirista (Burguess e Locke, 1960). Parsons, por sua vez,
na perspetiva funcionalista, pensa a família moderna como uma espécie de
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contratualização entre os géneros, com funções bem definidas e com base na teoria dos
papéis sociais femininos e masculinos. Goode, por seu lado, realizou pesquisas
comparativas “cujos resultados foram publicados em World Revolution and Family
Patterns” (Torres, 2001: 53). É um autor que se inscreve na corrente estruturo-
funcionalista e procura estudar as relações da família com outras esferas das relações
sociais.
Independentemente dos olhares teóricos sobre a família, esta surge como uma unidade
social fundamental, baseada na relação e na divisão de tarefas. São várias as funções que
a famílias vêm desempenhando ao longo do tempo. Contudo, desde sempre a família
representou, na sua essência, uma forma de organização social. A. Teixeira Fernandes
aponta a família como uma instituição de controlo já que “toda a actividade humana é
regulada por instituições. Assim acontece com a escola, a família, a religião, a economia e
outras modalidades de associação. Algumas destas instituições desempenham um papel
importante no processo de controlo e de regulação social” (Fernandes, 2006: 34). A
família relaciona-se com a estrutura social e favorece a sua reprodução cultural. Por
outras palavras, como refere Lenoir, a família não se reproduz a si própria enquanto
unidade e princípio, ela encontra-se sujeita à operacionalização de diferentes estratégias
de vida em função da diversidade social.
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A este nível de análise, Burgess, entre outros, propõe, desde 1945, uma distinção ideal-
típica entre “instituição” e “companheirismo” para dar conta da família moderna. A tese
de Burgess tem como objetivo central privilegiar a emergência e a consolidação dos afetos
no seio da família moderna, dando continuidade ao pensamento de Ariés sobre a questão
da privatização crescente dos espaços familiar e doméstico. Embora os conceitos de
companheirismo e de privatização possam, também, ser ambíguos, o que nos interessa,
na nossa investigação, é relevar o papel fundamental da família no processo de
socialização, enquanto lugar central de aprendizagens informais e de afetos, onde, por
vezes, também assistimos a um certo instrumentalismo nas funções desempenhadas no
interior da família. Na verdade, “a família restrita e afetiva tal como hoje a conhecemos,
que se organiza em torno da criança e das suas necessidades universais de amor,
segurança, disciplina, vigilância e investimento, é obra da alvorada da modernidade”
(Cunha, 2007: 27). Esta tendência crescente no sentido de acentuar a afetividade contou
com um processo histórico transformador ao qual não foram alheias as revoluções
contracetivas, que levaram a uma diminuição gradual da natalidade acompanhada por
uma descoberta dos filhos como lugar privilegiado dos vários tipos de investimento, entre
eles o amor e a realização pessoal. A criança transformou-se num bem de consumo afetivo
para o casal.
Numa perspetiva mais restrita, focamos agora a atenção na questão das funções que os
filhos, as crianças e os jovens, podem, enquanto filhos (as) desempenhar no espaço
familiar.
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QUADRO Nº 1
Funções que os filhos podem desempenhar no contexto familiar e doméstico
Este quadro sistematiza as funções que a criança e o jovem podem exercer no espaço
privado da família. Apontam para uma nova visão sobre o lugar da criança na família, um
lugar marcado, geralmente, pela afetividade e pelo investimento na colocação social
ascendente da criança. Por outro lado, a escola, ao oferecer um “ofício” à criança colocou-
a no centro das atenções da vida social pública e constitui um dos mais poderosos agentes
de socialização dos tempos modernos, como a seguir veremos, completando o processo,
mas, por vezes, revelando-se ainda insuficiente.
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possamos ter mais do que um núcleo geracional familiar e ou mesmo mais do que uma
família e percorrer, ao longo da vida, vários espaços familiares e domésticos. É no espaço
familiar que se desenvolvem as aprendizagens mais significativas quer no campo das
interações como no das vivências plurais, normativas, educativas e afetivas. As famílias
constituem contextos socioculturais relativamente definidos. Contudo não podem ser
vistas como entidades genuinamente autónomas. De facto, elas sofrem influências de uma
sociedade e de uma determinada época histórica e (re) configuram-se continuamente de
acordo com as ideologias dominantes. Cada família, enquanto sistema, é um todo, mas é
também uma parte integrante de contextos mais vastos como a comunidade e a
sociedade.
Além disso, verificamos que nos encontramos perante uma população infantil bastante
heterogénea. O elemento comum, agregador, nesta perspetiva, é o fator do insucesso
escolar. O fraco desempenho escolar constitui uma das razões que leva ao ingresso nos
Projetos Escolhas. Também, é de salientar que as crianças inquiridas/entrevistadas
encontram-se inseridas em contextos residenciais de bairro social, isto é, territórios
considerados desfavorecidos. Sendo assim, quando solicitados a posicionarem-se sobre
eventuais dificuldades que se façam sentir em casa e na família, temos que 43,8% dos
inquiridos afirmam que se verifica em casa dificuldades para fazer face às despesas da
casa e do quotidiano familiar.
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QUADRO Nº 2
Representações sobre a Família por parte dos inquiridos
A tabela expõe as representações sociais que a população infantil em causa possui acerca
da família, e apesar de estarmos perante contextos de pobreza e exclusão social, onde
acontecem situações de desorganização e de desagregação familiar, é pertinente
notarmos a valorização social significativa manifestada pelas crianças aquando da
resposta ao inquérito por questionário. A família constitui, por excelência, o espaço dos
afetos e das aprendizagens generalizadas. Inclusivamente, segundo as crianças, a família
incentiva ao estudo e motiva para a escola, abrindo, assim, espaços para o entendimento
de uma cooperação família-escola.
Pela voz das crianças, assistimos à confirmação unânime de que a família “é muito
importante”, constitui um agente fundamental de socialização na vida da criança. Na
verdade, para 97% da população inquirida a família inclusivamente “ajuda a ser boa
pessoa”. Independentemente da amplitude do significado da expressão utilizada,
reconhece-se a existência de pressupostos culturais e morais subjacentes à expressão. O
ser boa pessoa passa por uma concordância com valores dominantes do bem e do que está
certo. As afirmações das crianças permitem reforçar um entendimento da socialização
numa linha de pensamento construtivista, de partilha e construção quotidiana
(Corsaro,1992; Berger e Luckman, 1997).
A análise dos dados sugere dimensões de cooperação entre pais e filhos, numa lógica de
construção conjunta. Esta constatação torne-se ainda mais pertinente em contextos
sociais considerados de exclusão social, onde, por vezes, a desorganização e a
desestruturação familiares são visíveis. Nestes contextos, que subjazem esta investigação,
denotamos que as crianças atribuem uma importância fundamental à família, o que
contribui para a sua consolidação enquanto espaço central da vida da criança.
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A reprodução social dos valores dominantes da sociedade faz-se sentir: estudar, ter um
emprego e constituir uma família. Deixamos estas expectativas pela voz dos inquiridos:
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Isso é o sonho de qualquer um... é ter uma família, ter uma casa...”
(...) “Para mim qualquer emprego dava. Para mim qualquer coisa
é profissão... Se puder arranjar alguma coisa melhor para o meu
futuro é bom, por exemplo, se der para uma empresa de
informática é bom... Mas, se tiver de seguir a profissão do meu pai,
pedreiro... Não interessa, é profissão à mesma...
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Este paper resulta de um convite ao autor, fruto da sua trajetória académica e investigativa de relevo.
Todo o conteúdo nele expresso é da exclusiva responsabilidade do autor.
This paper results from an invitation to the author, due to his reputed academic and investigative
record. All contents are the author’s sole responsibility.
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Autora/Author
Florbela Samagaio
A autora, titular dos direitos desta obra, publica-a nos termos da licença Creative Commons
“Atribuição – Uso Não Comercial – Partilha” nos Mesmos Termos 2.5 Portugal
(cf. http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/pt/).
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