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CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS
CAMPINA GRANDE
2023
Maria Rayssa Badu Marques
Melissa Rayane Tavares Andrade
CAMPINA GRANDE
2023
Resumo: Diante da diversidade de áreas e estudos científicos sobre a linguagem, a
morfologia recebe uma especial atenção em decorrência do seu potencial no auxílio no
ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa na educação básica. Desse modo,
considerando as aplicações didático-pedagógicas no ensino de gramática, este artigo
tem como objetivo verificar a apresentação da flexão nominal em gramáticas do
Português Brasileiro. A partir de uma pesquisa de natureza bibliográfica e de base
documental foram analisadas duas gramáticas, uma tradicional e uma contemporânea. A
investigação apoiou-se em subsídios teóricos de gramáticos e autores referendados nos
estudos linguísticos, a citar: Walter Kehdi, Maria de Nazaré Carvalho Laroca, M.
Cecília P. de Souza e Silva e Ingedore Villaça Koch. Os resultados apontam para a
necessidade de trabalho conjunto das duas perspectivas gramaticais em sala de aula em
virtude dos seus posicionamentos complementares, sendo o trabalho com o uso das
normas gramaticais em seu uso fonológico e ideográfico, bem como a busca resquícios
da historicidade e surgimento das decodificações.
INTRODUÇÃO
Tem-se que Kehdi (1992) e Silva e Koch (1995) apontam como “desinência de
gênero’’ aos verbetes masculino e feminino, provenientes de derivação, flexão e
heteronímia dos substantivos. Acrescenta que não devemos considerar as palavras
masculinas como marca linguística, pois carregam vogal atemática (ou alomorfe zero)
opondo-se ao uso do dativo -a. Esses, logo, diferem-se de Laroca (2005) que aborda
gênero como classe gramatical repartida em masculino e feminino mediante a rotulagem
subjetiva com marca fonológica em sua significação destinada apenas para o léxico.
Nessa perspectiva, Laroca (2005) e Silva e Koch (1995) defendem que devem
ser explicadas as diferenciações entre macho/fêmea, por exemplo que não estejam
interligadas por acréscimos obrigatórios, já que não existe alteração para designar sexo.
Ademais, os autores discorrem sobre flexão de número originadas de palavras escritas
no singular das quais se acrescentam os morfemas /s/, /is// /es/, condicionado
foneticamente dentro de um determinado contexto.
METODOLOGIA
A presente análise consiste em uma pesquisa bibliográfica-documental acertado
ao aproveitamento dos livros impressos e digitais nas seguintes edições: “Gramática
Normativa da Língua Portuguesa”, de Rocha Lima, 49 ed., São Paulo, 2011; “Nova
gramática do português brasileiro”, Ataliba Castilho, 1 ed., São Paulo, 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com relação aos substantivos sem flexão, GN01 desvela sobre o uso dos artigos
ou terminações do determinante, denominado de comum, a citar: o aborígene/; a
aborígine/ o gerente/; a gerente. Ademais, Laroca (2005), aponta para a dependência de
gênero caracterizada por derivação dos substantivos das quais se utilizou de sufixos
após consoante, ditongo e vogal tônica.
Quanto aos substantivos terminados em -ão, a flexão que é viva no seu uso
atual da língua, faz-se apenas supressão do segmento vocálico átono final de
-ão; - ã. (LAROCA, 2004)
Partindo para GC02, o sintagma nominal é dado por meio de uma estrutura da
qual o substantivo é o núcleo de criação dos períodos compostos como designador e
tendo outra classe substituta para gerar um novo contexto. Além disso, tal gramática
traz estudos referentes à descrição nominal que visa a construção com vogais temáticas
dada por dativos nas palavras feminina e masculina.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CASTILHO, Ataliba Teixeira de. Gramática do português brasileiro. 1 ed, São Paulo;
Contexto, 2014, pp. 453- 467.
GONÇALVES, Carlos Alexandre. Morfologia. São Paulo: Parábola, 2019
KEDHI, Walter. Morfemas do português. 3 ed., São Paulo: Atípica, 2003, pp. 29-32.
LAROCA, Maria Nazaré de Carvalho. Manual de morfologia do português. 4 ed,
Campinas: Pontes, 2003, pp.37 -49.
LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49 ed, Rio de Janeiro;
José Olympio, 2011, pp.119-138.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
metodologia científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto,
2011.
PETTER, Margarida. Linguagem, língua, linguística. In: FIORIN, J. L. (org.).
Introdução à Linguística: Objetos Teóricos. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 1 ed, São Paulo: Cultrix, 1975, pp
79-84.
SOUZA e SILVA, Maria Cecília Pérez. Linguística aplicada ao português:
morfologia. Ingedore Grunfield Villança Koch - 8. ed. - São Paulo: Cortez, 1995, pp.
40-49.