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50 HORAS
Objetivos*
Mobilizar conhecimentos prévios;
Argumentar e contra-argumentar;
*(adaptação de conteúdos do Programa de Português 10º, 11º e 12º ano, para os cursos
Científico-Humanísticos e Cursos Tecnológicos)
Linguagem e Comunicação
A distinção entre linguagem, língua e fala aplica-se a aspetos diferentes daquilo que é a
comunicação humana.
Fig.1
Linguagem - capacidade inata que todos os seres humanos possuem para usar e
compreender a língua ou outros sistemas (música, pintura, dança) em condições normais
de comunicação e que não os impeça de produzir ou compreender enunciados.
A linguagem é usada para fins sociais, isto é, há sempre algo que se pretende realizar ou
atingir quando se utiliza a linguagem (advertir, ensinar, aprender, planificar, debater,
persuadir, pedir, etc.)
Todos temos mecanismos inatos para a linguagem, mas a língua que falamos é aquela a
que estamos expostos na fase da sua aquisição.
Oralidade
3º variações diafásicas (phasis (grego) = fala): resulta das diferenças entre os tipos de
modalidade expressiva. Manifesta-se pela adequação às diferentes situações de
comunicação, em que o falante muda o registo, adequando-o às circunstâncias, como o
grau de cultura e a idade do interlocutor ou local em que se encontra;
4º Nível popular: Sendo um registo mais comum na oralidade, não tem preocupações
de formalidade e predominam muitas das incorreções que ouvimos no dia-a-dia, como
“há-des” ou “fostes” ou “póssamos”.
A interação discursiva não deixa de ser uma forma de interação social. Tal como vimos,
os interlocutores, no ato comunicativo, fazem uso dos recursos que decorrem da sua
própria condição sociocultural e que podem representar tanto aproximação como
afastamento entre os falantes.
2.1. Dêixis
Analisando um pouco mais a relação social entre os interlocutores (semelhanças ou
dissemelhanças), vemos que um dos recursos utilizados pelos falantes é a dêixis, seja
para auto-referência, forma de tratamento ou localização espácio-temporal.
Por si só, estes elementos não têm valor. Têm como função fazer referência aos
interlocutores, ao momento, ao local e à situação. A dêixis serve, no fundo, para indicar,
identificar os referentes existentes na situação ou contexto, ficando, portanto,
dependente deles.
Quadro 1-Dêiticos
Para que a interação verbal seja bem-sucedida, todos os fatores que analisámos
anteriormente são fundamentais, mas não bastam. É necessário que exista cooperação
entre os interlocutores, cujos princípios regulam o ato comunicativo.
Por exemplo:
Falante B: Às 21h30.
Falante B: À noite.
O interlocutor, à partida, afirma unicamente aquilo que pensa ser verdadeiro e aquilo
que sabe, não dando informação que seja falsa, não falando de coisas para as quais não
há evidências, não falando do que não sabe nem dando informação desadequada ao
contexto da interação.
Falante A: Ela chega sempre atrasada. Achas que hoje chega a horas?
Falante A: Ela chega sempre atrasada. Achas que hoje chega a horas?
Falante B: Então não vês que até já chegou? Está aqui ao meu lado, só que está
invisível.
O uso de recursos como a ironia explicam o desrespeito propositado por esta máxima,
como no exemplo 2. Outro dado importante para a observação da máxima da qualidade
é o universo de referência ou o sistema de conhecimentos e crenças de cada interlocutor.
Falante B: Não. Mas podíamos ir hoje, que os bilhetes são mais baratos.
As máximas não são recursos isolados e, muitas vezes, a sua quebra constitui um
recurso estilístico.
1
Afirmação de uma ideia através da negação do seu contrário. Pode ser depreciativa ou
laudatória. Assemelha-se a uma combinação de eufemismo e ironia, sendo o seu efeito o de
atenuação do que é dito.
No ato comunicativo, então, o alocutário infere a informação que está, desse modo, a
ser-lhe transmitida.
2
GRICE, H. P. (1991[1975]). Logic and conversation. In: DAVIS, S. (Org.). Pragmatics: a reader.
Oxford University, Oxford, p. 305 - 315
Exemplo:
Os enunciados que proferimos contêm atos de fala / ilocutórios, que são realizações
linguísticas, orientadas por regras, sob certas condições e intenções. Este conjunto de
orientações assegura que o que dizemos é adequadamente interpretado.
Quando um falante pronuncia uma determinada frase, num determinado contexto, como
já vimos de forma implícita ou explícita, produz atos como “avisar”, “afirmar”,
“perguntar”, “pedir”, ordenar”, etc.
Verbos declarativos
e de atividade
mental: afirmar,
acreditar, achar,
admitir, concordar
Relacionar o locutor com confessar, dizer
o valor de verdade da responder, etc.;
Acredito que
proposição expressa pelo
haja condições
Assertivos enunciado. O locutor
para melhorar
acredita que o que diz é
Expressões
verdadeiro.
modalizadoras de
verbos criadores de
referência:
considerar certo,
achar possível,
achar necessário,
etc.; Está a chover
Asserção simples.
Expressões de
ordem, conselho,
pedido, sugestão,
Tentar que o alocutário instrução, através de Queres ir ao
realize futuramente uma verbos como: cinema?
ação, verbal ou não– permitir, perguntar,
verbal, que reflita o convidar, exigir,
reconhecimento por parte implorar, pedir, etc.; Não te esqueças
Diretivos dele do conteúdo de trazer o meu
proposicional do livro.
enunciado proferido pelo Frases do tipo
locutor. imperativo e
interrogativo.
Fórmulas de
despedida que
impliquem
comprometimento.
Peço desculpa
por telefonar a
Verbos expressivos: esta hora.
agradecer, lamentar,
pedir desculpas, dar
condolências,
Expressivas felicitar, etc; Gosto tanto
Exprimir o estado deste
psicológico do locutor restaurante!
em relação a uma Verbos modalizados
realidade, especificada por advérbios: Achar
no conteúdo do bem / mal;
enunciado. Expressões
3
Adaptação da taxonomia de Searle, apresentada por C. A. M. Gouveia in Isabel
Hub Faria et alii (1996: 391 – 402)
Não falamos exatamente do mesmo modo que escrevemos, mesmo que a mensagem
seja semelhante. A oralidade é mais “livre”, na medida em que, quando falamos, não
usamos estruturas ou vocabulário tão complexo como na escrita porque podemos
recorrer a outros meios para nos fazermos entender, como a gesticulação e a entoação.
5. 1. Propriedades da oralidade
Quando falamos para outrem, significa que temos algo de interesse para partilhar. Só
que isso não basta: é necessário comunicar com correção sintática (responsável pela
articulação das palavras nas frases) e imprimir riqueza e variedade ao léxico, com
conta, peso e medida, sem “pecar” por excesso nem defeito.
Como vimos, são vários os fatores que interagem no processo de comunicação verbal
oral. Além de que o que se diz e como se diz também está, de certa forma, condicionado
por algo que foi anteriormente dito e a forma como foi dito. Isto é, o discurso que foi
previamente enunciado tem influência no discurso que se vai produzir a seguir.
São orações breves, com diversos elementos linguísticos que, ainda assim, não
desempenham nenhuma função sintática na frase, compostos por interjeições, advérbios
ou conjunções.
Quadro 4 - Conectores
Algumas destas expressões podem ser utilizadas em funções diferentes. Por exemplo,
uma expressão como “mais precisamente” pode ser usada para reformular ou para
exemplificar.
Comunicação Escrita
1. Linguagem escrita
Contudo, a escrita, ao longo dos tempos, adquiriu um estatuto próprio, tendo-se tornado
mais prestigiada. Já não é “apenas” a representação da linguagem oral, apesar de esta
ser a que lhe serviu de suporte.
Ao contrário da linguagem oral, a escrita não se adquire, não é interiorizada apenas pela
exposição a documentos escritos. Tem de ser aprendida.
b) prefixos terminados em –s, como bis - , cis - ; des - ; dis - ; tras - e trans –
mantêm a sua integridade quando seguidos de sílaba iniciada por consoante (bis
– ne – to; des – le-al), mas o –s junta-se à sílaba seguinte quando esta começa
por vogal.
→ bi – sa – vó; de – sor – dem
d) não se separam vogais sozinhas no fim ou no início de uma linha, mesmo que
forme uma sílaba.
→ ele – fan – te; má – go –a; íris
1.4. Pontuação
Vírgula [,]
Ponto de interrogação
No fim de uma frase de
[?]
tipo interrogativo.
Depois do nome de um
produto que se pretende
Castanhas assadas!
vender ou de algo que se
Quentes e boas!
anuncia.
- A sintaxe;
- A pontuação;
- A ortografia;
- A acentuação.
Quadro 5 - Pontuação
As letras ou grafemas são sinais gráficos que correspondem aos sons da língua. O modo
como eles se codifica constitui a grafia, que é a representação escrita da língua.
Acentos gráficos;
Til;
Cedilha;
Hífen;
Apóstrofo;
Trema.
Acento agudo [ ´ ] Usa-se sobre a sílaba tónica Maracujá, café, óculos, difícil,
aberta (a, e, o) e sobre os i e u túnica
tónicos.
Regras Exemplos
Palavras agudas
2 – Acentuam-se:
f) As formas da 2ª e 3ª pessoas do
singular do presente do indicativo
de verbos compostos a partir de
Ter e Vir;
Palavras graves
2. Acentuam-se:
b) As palavras terminadas em i, is ou
us; Óvni, íris, bónus
Fórum, álbuns
Vogais i e u
Regras Exemplos
2. Escreve-se g antes de e e i:
3. Escreve-se j antes de e e i:
4.1 Emprega-se s:
4.4. Emprega-se ç:
Mudança, lembrança
Próximo, máximo
Poetisa, profetisa
c) No sufixo –esa nas palavras
femininas que designam cargos
ou títulos;
Princesa, duquesa
8.1. Emprega-se x
a) Após um ditongo;
Caixa, peixaria
8.2. Emprega-se ch
Encher, achar
b) Emprega-se m antes de p, b ou
m e em final de palavra, com
vogal diferente de a; Chumbo, campo, comummente, homem,
cetim
c) Emprega-se n nas restantes
situações.
3- Maiúsculas e
minúsculas
Meses do ano:
janeiro, abril, novembro
3.1- O uso da
minúscula
Estações do ano
primavera, verão, outono, inverno
Títulos de santos:
Santa Rita ou santa Rita
Eu Me Eu Me
Tu Te Tu Te
O sr. O sr.
A sra. O, A A sra. Lhe
Ele Ele
Ela O, A Ela Lhe
Nós Nos Nós Nos
Vós Vos Vós Vos
Eles Eles
Elas Os, As Elas Lhes
De uma forma geral, no caso de não existir nenhum modificador pré-verbal da posição
do pronome, estes surgem à direita do verbo (posição enclítica), ligados por um hífen.
Exemplo:
a) Quando os
O candidato faz discursos em
verbos
terminam em r, No caso de verbos terminados em r várias plataformas → O
s ou z. candidato fá-los em várias
e z, para manter a sílaba tónica,
plataformas.
coloca-se acentuação gráfica na
vogal baixa a e média e.
Fazemos o resto do exercício
amanhã? → Fazemo-lo amanhã?
Os professores convidaram os
estudantes para a reunião. →
Os professores convidaram-nos.
b) Quando os Acrescenta-se n ao pronome:
verbos
terminam em –
Quando chegares, põe os livros
m ou ditongo -no, -na, -nos, -nas
em cima da secretária. → Põe-
nasal.
nos em cima da secretária.
- Verbo Querer na Ele quer o trabalho feito hoje. → Ele quere-o feito hoje.
3ª pessoa do
singular, do
presente do
indicativo;
6. Orações coordenadas disjuntivas, iniciadas por a) Não te decides. Ora me pedes para
conjunções coordenativas correlativas (ou…ou, esperar, ora para me ir embora.
ora…ora, nem..nem, quer…quer…).
b) Quer te liguem, quer não, fizeste uma
boa entrevista.
Parágrafo – é uma forma de organização textual, com sentido completo e unidade entre
as várias partes que o constituem. Inicia-se sempre numa linha nova, mais para a direita,
iniciando sempre com letra maiúscula. Usa-se o travessão, no caso de serem falas de
personagens. Pode ser delimitado por ponto, ponto de interrogação, ponto de
exclamação ou reticências.
Período – é cada uma das partes do parágrafo. Cada período contribui para adicionar
informação, complementando o assunto do parágrafo. É constituído por frases simples
ou complexas, podendo ser delimitado por ponto, ponto de interrogação, ponto de
exclamação ou reticências.
Exemplo
Texto
“ A Google quer colocar-se ao lado dos sites na promoção de debates construtivos. Mas
também ao lado do leitor. Para isso, a empresa lançou “Perspective”, uma ferramenta
informática, baseada em inteligência artificial, que pretende moderar automaticamente
os comentários, identificando as mensagens que podem atrapalhar uma discussão.
Por muito engraçado que possa ser ler determinadas mensagens, os espaços de
comentário são, por vezes, uma dor de cabeça para os moderadores. Esta ferramenta
permite detetar as mensagens “tóxicas” antes da publicação e medir o potencial
impacto das mesmas no debate.”
1 - Frase/Predicado Nominal – pode não ter verbo (a); se possuir verbo, tem de ter
dois elementos essenciais: sujeito e predicado. O sujeito é o termo que concorda com o
verbo em número e pessoa, sendo que o núcleo da declaração está num nome e a frase
possui um verbo copulativo (ser, estar, ficar, parecer, continuar…) que integra o
predicativo do sujeito. Indica um estado ou uma qualidade do sujeito (b).
Nos dias de hoje, comunicamos cada vez mais por escrito, tanto a nível pessoal, como
profissional, académico e institucional, recorrendo aos email, sms, fora virtuais e redes
sociais. Enviamos mensagens eletrónicas para fazer requerimentos, apresentações
comerciais ou apenas dar notícias, antes mesmo de usarmos o telefone.
Para não falar do serviço de mensagens curtas (sms), que substitui tantas vezes a
comunicação oral, mesmo quando esta é possível de realizar.
A nível pessoal, escrita e oralidade aproximam-se cada vez mais, isto é, não são tão
evidentes as preocupações com a forma (as mensagens querem-se curtas ou mesmo
ilustradoras da oralidade e das emoções). Em contrapartida, a nível académico,
profissional e institucional a preocupação com o rigor formal é não só bem visto, como
determinante para o sucesso nessas áreas.
5.1.2. A carta comercial - representa uma empresa, por isso dever estar bem
identificada e ser muito clara no conteúdo e objetivos.
Abertura:
Fecho:
A - Resposta a anúncio:
“Esta carta deve conter sempre a referência ao anúncio a que se está a responder, isto é,
devemos colocar sempre o n.º de referência do anúncio e/ou a função a que se concorre.
É aconselhável fazer um pequeno resumo da experiência profissional (3 ou 4 linhas).
Este é um modelo que deve conter os dados solicitados no anúncio e que, em geral, são
os seguintes:
Fonte:
http://www.fc.up.pt/fcup/bolsaEmprego/documentos/modelos_de_cartas_2006.pdf
B – Candidatura espontânea
“(…) a sua carta, deverá ter em atenção alguns requisitos, ou seja, deverá revelar as
razões da candidatura, despertar o interesse do leitor, que, por sua vez, o levará à leitura
do curriculum vitae e, finalmente, deverá apelar à entrevista. A carta não deve substituir
o curriculum vitae a não ser que seja uma carta de exploração. Ela tem como objetivo
chamar a atenção do leitor para o curriculum vitae (e não é) apenas um documento para
Apresentação;
Papel: igual ao do curriculum vitae;
Direção pessoal: canto superior esquerdo (não utilizar títulos);
Direção do destinatário: na lateral direita, sobre a data;
Estilo: escreva à mão, no caso de ter uma boa caligrafia, ou se tal for solicitado;
Título do destinatário: utilizar no caso de ter conhecimento do destinatário. Se
tal não acontecer, utilize «Senhor/ Senhora» ou «Senhores».”
Fonte:
http://www.fc.up.pt/fcup/bolsaEmprego/documentos/modelos_de_cartas_2006.pdf (com
correções)
- Use palavras simples e frases curtas. Transmita uma ideia por parágrafo, evitando que
o mesmo ultrapasse as 5 linhas;
- Evite erros ortográficos, tendo sempre em atenção o uso correto dos sinais de
acentuação das palavras;
- Use corretamente a pontuação gráfica de forma a tornar a leitura mais fácil e fluida;
- Se utiliza siglas, deve escrever logo de seguida o seu significado. Ex. GESP –
Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais;
- Se indica números deve usar algarismos, em vez de escrever por extenso. Esta opção
torna a leitura mais fácil;
- Tenha sobriedade na escolha do e-mail. A denominação pode, por si só, sugerir uma
conotação ou opinião acerca do candidato;
3º Experiência profissional (da mais recente para a mais antiga). Indique datas, nome
da empresa, cargo, principais responsabilidades e principais resultados obtidos. Lembre-
se que é conveniente elencar apenas a experiência relevante para o lugar a que se
candidata;
É um documento que chama, que convoca, para uma reunião em que devem estar
presentes. É elaborado por alguém com poder institucional para tal (coordenador,
diretor, presidente).
Deve conter:
5.4. A ata
Existem regras que determinam este texto, que tem de ser muito claro, já que se trata da
reprodução e registo oficial de decisões tomadas em assembleia. São elas:
Documento que conta, que relata, que reflete o resultado de uma investigação ou
trabalho.
5.6 O memorando
O memorando é um documento que se usa para a comunicação entre departamentos de
uma instituição ou empresa, quando é necessário lembrar algo importante.
Serve para registar algo que deve ser lembrado para um determinado contexto sobre
algo que deve ser tido em conta.
Faria, I.H. et al. (1996) Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Caminho, Lisboa
Faria, I.H. (2003) O uso da linguagem. In Faria, I.H. e al. Gramática da Língua
Portuguesa. Caminho, Lisboa. Cap. II, p. 55-81
Faria, I.H. (2003) Aspetos linguísticos da coesão textual. In Faria, I.H. e al. Gramática
da Língua Portuguesa. Caminho, Lisboa. Cap. II, p. 85 – 118
Leite, Sara de Almeida (2017) Como escrever tudo em Português correto. Manuscrito
editora, Lisboa.
Rocha, Maria Regina (2016) Gramática de Português. Ensino Secundário /10º, 11º e
12º anos.
Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-02-19 19:14:30].
Sites consultados
www.ciberduvidas.iscte-iul.pt
www.infopedia.pt