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NOÇÃO DE IDENTIDADE
O critério para a diversidade de sentidos, é de que duas pessoas não podem ser
substituídas preservando o valor da verdade de uma função. O fato de diferentes sentidos
designarem o mesmo objeto segue-se de que ele não é transparente, o que seria
transparente para nós é apenas a noção de sentido dos objetos.
Russell escreve no prefácio de sua obra ‘’ ‘’ A discussão dos indefiníveis que forma a
parte principal da lógica filosófica; é a tentativa de ver claramente e dar aos outros a ver
claramente as entidades em questão de tal forma que a mente possa ter com elas a espécie
de contato que ela tem com a vermelhidão ou com o saber de um abacaxi. Nós não
descrevemos para um egod e nascença a vermelhidão, tão pouco o saber de uma abacaxi
para alguém privado de paladar.
Destas coisas só pode haver conhecimento na primeira pessoa, direto e imediato. E
este é o conhecimento primitivo ao qual o realismo radical pretende chegar. Portanto as
noções primitivas são indefiníveis, ou seja não podem ser caracterizadas discursivamente,
mas podem ser apresentadas diretamente.
A filosofia analítica é premeditada nos princípios de Frege; e anunciada nas obras The
Principles of Mathematics de Russell e Principia ethica de Moore.
Aqui temos uma lógica atomista que está fundada na rejeição do primado do juízo
sobre seus constituintes que está ainda em Frege, uma metafísica realista de corte
plantonista e uma oposição extensiva ao idealismo que havia reivindicado o legado da
revolução copernicana de Kant. Uma defesa da autonomia da metafísica, ou seja ela é
totalmente independente de quaisquer considerações epistemológicas, e a negação de que
a teoria do conhecimento seja tomada como filosofia primeira, isto é, que a pergunta pelo
ser seja subordinada a uma investigação das condições do conhecimento. Aqui trata-se de
um projeto lógico filosófico que faz a análise conceitual sem passar pela análise da
linguagem.